Na Madrugada.
Vejo-os: durante a conversa, alguém, de repente, se distrai fica parado e pensativo, talvez por alguns segundos, mas é quanto basta para compreender que sua verdade está lá, naquele silêncio. Como alguém que, defronte de casa, esteja conversando com amigos e de repente se afasta, corre para casa para ver sabe Deus o quê e volta logo depois, com exatamente a mesma expressão de antes e ninguém sabe o que foi fazer, e se alguém lhe pergunta, responde “nada”, e, de outro lado, não se podia ver nada através da porta quando a abriu, o que havia lá dentro, via-se apenas um retângulo escuro.
Uma praça imensa, portanto, tendo ao redor uma infinidade de casas, esta é a vida; e, no centro, os homens que negociam entre si e nunca alguém consegue conhecer as outras casas; somente a sua, e mesmo esta, geralmente mal, porque permanecem muitos ângulos escuros e às vezes quartos inteiros que o dono não tem paciência ou coragem para explorar. E a verdade se encontra somente nas casas e não fora delas. De maneira que, do resto do gênero humano, nunca se sabe nada. O homem passa distraído no meio destes infinitos mistérios e isso finalmente não parece desagradar-lhe demasiadamente.
(BUZZATI, Dino. “A Solidão”. In: Naquele Exato Momento. Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 2004.)
Uma praça imensa, portanto, tendo ao redor uma infinidade de casas, esta é a vida; e, no centro, os homens que negociam entre si e nunca alguém consegue conhecer as outras casas; somente a sua, e mesmo esta, geralmente mal, porque permanecem muitos ângulos escuros e às vezes quartos inteiros que o dono não tem paciência ou coragem para explorar. E a verdade se encontra somente nas casas e não fora delas. De maneira que, do resto do gênero humano, nunca se sabe nada. O homem passa distraído no meio destes infinitos mistérios e isso finalmente não parece desagradar-lhe demasiadamente.
(BUZZATI, Dino. “A Solidão”. In: Naquele Exato Momento. Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 2004.)
******************************
Tempos Adversos
Fui eu
Vem ver
Fui eu
Vem ver
Há vidros no chão
Há folhas no chão
Há livros no chão
Lutamos em vão
Claro que temos que andar
são os tempos adversos
Que puxam para trás
É claro que temos que ver a estrada
Que um dia a história acaba...
Quem foi?
Quem viu?
Quem foi?
Quem viu?
Os vidros no chão
São restos de nós
Os vidros no chão
Perdem a voz.
Claro que vamos andar
entre tempos adversos
que puxam para trás
é claro que temos que ver a estrada
Que um dia a história acaba...
...Que um dia a história acaba.
( Toranja, Álbum "Segundo", Universal Music Portugal, 2005)
******************************
Ouça "Tempos Adversos", com o Toranja.
Gravações com endereço certo!
A gravação feita por Lair Ferst de sua conversa com Marcelo Cavalcante teve endereço certo. Esta é a impressão ao se ouvir a se ouvir a gravação. Mandar recados aos seus ex-parceiros, pressionar Marcelo Cavalcante, conseguir a "Delação Premiada" junto a Justiça Federal, enfim, uma infinidade de explicações podem ser tiradas; mas uma coisa nos parece claro: Lair direcionou a conversa e Marcelo não sabia da gravação.
Ou seja, Lair procurou dizer o que não lhe comprometesse, e foi puxando o revelador fio da meada...
França quer acabar com a farra do Photoshop
Os parlamentares da terra de Sarkozy devem estar com muito tempo livre. Segundo notícia, estão discutindo uma lei que obriga toda imagem humana modificada digitalmente na publicidade, nos jornais, nas embalagens, ter a mensagem: “Fotografia retocada para modificar a aparência física de uma pessoa”. Claro, já há quem lembre que além das imagens humanas na publicidade, o cinema e a TV também usam de expedientes para maquiar atores, entrevistados, apresentadores etc. Lembram até que qualquer voz no rádio não corresponde à voz normal, já que são aplicados diversos filtros em estúdios.
Mas, fora a polêmica, este blog confessa que adora praticar esta transformação, em nome da melhor estética. Darei um exemplo:
Nesta imagem de um homem feio, retirada do ótimo site DeviantART, vamos usar os poderosos recursos do paintbrush, meu programa favorito para transformações digitais.
Agora, a imagem transformada. Vejam que belezura.
Clique para ver...
Mas, fora a polêmica, este blog confessa que adora praticar esta transformação, em nome da melhor estética. Darei um exemplo:
Nesta imagem de um homem feio, retirada do ótimo site DeviantART, vamos usar os poderosos recursos do paintbrush, meu programa favorito para transformações digitais.
Agora, a imagem transformada. Vejam que belezura.
Assinar:
Postagens (Atom)