Charge do Santiago



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Gravações com endereço certo!


A gravação feita por Lair Ferst de sua conversa com Marcelo Cavalcante teve endereço certo. Esta é a impressão ao se ouvir a se ouvir a gravação. Mandar recados aos seus ex-parceiros, pressionar Marcelo Cavalcante, conseguir a "Delação Premiada" junto a Justiça Federal, enfim, uma infinidade de explicações podem ser tiradas; mas uma coisa nos parece claro: Lair direcionou a conversa e Marcelo não sabia da gravação.

Ou seja, Lair procurou dizer o que não lhe comprometesse, e foi puxando o revelador fio da meada...


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França quer acabar com a farra do Photoshop

Os parlamentares da terra de Sarkozy devem estar com muito tempo livre. Segundo notícia, estão discutindo uma lei que obriga toda imagem humana modificada digitalmente na publicidade, nos jornais, nas embalagens, ter a mensagem: “Fotografia retocada para modificar a aparência física de uma pessoa”. Claro, já há quem lembre que além das imagens humanas na publicidade, o cinema e a TV também usam de expedientes para maquiar atores, entrevistados, apresentadores etc. Lembram até que qualquer voz no rádio não corresponde à voz normal, já que são aplicados diversos filtros em estúdios.

Mas, fora a polêmica, este blog confessa que adora praticar esta transformação, em nome da melhor estética. Darei um exemplo:


Nesta imagem de um homem feio, retirada do ótimo site DeviantART, vamos usar os poderosos recursos do paintbrush, meu programa favorito para transformações digitais.


Agora, a imagem transformada. Vejam que belezura.
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Integração e estratégia


Depois do VII Encontro Internacional do Fórum Universitário Mercosul-FoMerco, realizado entre 9 e 11 de setembro em Foz do Iguaçu (PR), pode-se concluir que a integração latino-americana goza de importante apoio da intelectualidade da região, que a interpela com redobrado interesse científico e paixão cívica até certo ponto incomum nos dias de hoje. Apesar disso, enfrenta obstáculos complicados que, se não têm força suficiente para desativá-la ou paralisá-la, conseguem postergar seu desfecho e lhe dificultam a formação de uma consistente base de sustentação.

Se olharmos a questão em escala histórica, é impossível não reconhecer que muito se progrediu desde a assinatura do Tratado de Assunção (1991), marco da criação do Mercosul. O próprio FoMerco é um retrato dessa evolução. De idéia quase isolada em 2000, animada especialmente pela combatividade do jornalista Guy de Almeida, ganhou corpo, peso e densidade com o passar dos anos, a ponto de se converter num espaço acadêmico relevante no subcontinente. A cada encontro, têm sido maiores as adesões, não só de brasileiros, mas de argentinos, uruguaios e paraguaios. Na reunião desse ano, sob a presidência de Marcos Costa Lima, o FoMerco reuniu 27 grupos de trabalho, cujos coordenadores selecionaram 216 resumos para debate. É um número expressivo, que aumenta de importância quando se atenta para o teor das comunicações e a representatividade institucional de seus autores.

Também é digna de nota a multiplicação das instituições que vêm se dedicando à integração. No encontro de Foz de Iguaçu, o FoMerco teve o apoio do Centro Internacional Celso Furtado de Políticas para o Desenvolvimento–Cicef, do Colégio Brasileiro de Altos Estudos–CBAE da UFRJ, da Fundação Alexandre de Gusmão e da Universidade Federal de Pernambuco. As reuniões ocorreram na sede da Universidade Federal da Integração Latino Americana–Unila, um projeto inovador do governo Lula, cuja prioridade é formar pesquisadores e profissionais que tenham no cerne de suas respectivas áreas de conhecimento a preocupação com uma América Latina integrada.

O sucesso de reuniões acadêmicas não é indicador suficiente, mas com certeza reflete a existência de uma disposição crítica e alguma disponibilidade de quadros e idéias. Por que então a integração não avança com firmeza e ainda não se converteu em agenda efetiva para os Estados da região?

Processos de integração são construções políticas inevitavelmente lentas e complexas, fato que fica mais dramático na América do Sul, tendo em vista a quantidade de problemas, a heterogeneidade e a desigualdade nela existentes. Impulsionados por dinâmicas eminentemente econômicas e comerciais, tais processos penam para adquirir ritmo político e cultural, único terreno em que uma integração de fato pode se completar. Além disso, vivem mais ao sabor de decisões governamentais que de políticas de Estado e nem sempre conseguem se orientar por uma estratégia abrangente, sistemática, sustentável. Como se não bastasse, sofrem a concorrência, muitas vezes “desleal”, de outras dinâmicas integracionistas, de turbulências econômicas e de operações de hegemonia internacional ou regional.

Nenhuma integração se faz em abstrato. Enraíza-se na história da região que se quer integrar, na comunhão cultural de seus povos e nos interesses comuns de suas sociedades. Reflete suas possibilidades e suas dificuldades. Está determinada, evidentemente, pela situação concreta dos diferentes países e pelo modo como se vive no mundo. Hoje, por exemplo, a integração se ressente da situação de crise e enfraquecimento da política, comum a todas as sociedades contemporâneas.

Pode-se dizer assim: a idéia de integração é uma construção política que se depara hoje com um cenário de difícil politização, no qual escasseiam sujeitos (grupos, partidos, movimentos, associações) qualificados para propor uma estratégia comum de ação e dar sustentação a ela. Para vencer, ela necessita desesperadamente daquilo que mais falta: política, atores políticos, organização política. Por um lado, há o peso desproporcional do econômico, o poder de sedução e cooptação do mercado. Por outro, os governos perderam potência e os Estados nacionais viram diminuir suas margens de manobra. Na vida, há muita diferenciação social, luta por identidade e individualização, ou seja, muita dispersão e fragmentação. E a esfera política, pressionada por sua própria crise, não se mostra forte o suficiente para unir o social e fornecer a ele uma direção. Dado o déficit de subjetividade política, cresce a tentação do voluntarismo e do populismo.

Vista por esse ângulo, a integração latino-americana poderia sugerir a imagem de um projeto destinado ao fracasso. No entanto, ela continua viva e desponta como uma utopia típica desse início de século. É preciso, pois, reconhecer aquilo que a faz respirar e fluir.

Em boa medida, a integração é uma espécie de imposição da realidade globalizada do mundo. Na vida atual veloz, comunicativa, surpreendente , pequenos atos ou gestos podem desencadear verdadeiros tsunamis em questão de dias. Os sistemas políticos estão em crise, mas a política não se resume a eles. Há coisas acontecendo e potência sendo armazenada fora deles. Numa sociedade da informação, existe sempre mais espaço para iniciativas inteligentes, quer dizer, culturais, educativas, não-maximalistas, processuais e dialógicas, centradas na negociação e na articulação.

A combinação cruzada desses fatores impulsiona a integração latino-americana, fazendo com que ela se torne categoricamente factível, ainda que sempre tensa e difícil. E se, numa das curvas surpreendentes da vida, alguém conseguir injetar fantasia política na dinâmica da integração e demonstrar que ela é boa não somente para os negócios e os Estados, mas para a vida cotidiana dos cidadãos, aí então poderá haver uma adesão em massa e outra história começará. [Publicado em O Estado de S. Paulo, 26/09/2009, p. A2.]

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Gigante ou anão diplomático?

Lúcia Guimarães, NOVA YORK - O Estado de S.Paulo

JORGE CASTAÑEDA - Acadêmico, político e intelectual mexicano. Autor de Utopia Desarmada e Che, a Vida em Vermelho


Um ex-chanceler e intelectual público disposto a especular - abertamente - sobre deslizes de funcionários estrangeiros e potenciais interlocutores? Para quem ainda pensa em concorrer à presidência do México, a franqueza de Jorge Castañeda demonstra pouca preocupação com calos alheios. Em duas conversas que formam esta entrevista ao Aliás, o autor de livros sobre a história política da América Latina, incluindo biografia de Che Guevara, repete pacientemente suas ideias sobre o cenário instalado a partir da chegada de um hóspede bem trapalhão à embaixada do Brasil na cidade de Tegucigalpa, dias atrás.

"Como é mesmo o nome do número 2 do Itamaraty?", pergunta. "O senhor está se referindo a Samuel Pinheiro Guimarães?", devolve a repórter. "Sim, ele é bem capaz de ter cumplicidade num episódio como esse, agindo na ausência do embaixador brasileiro... Isso é especulação." Procurado pelo Aliás, Pinheiro Guimarães preferiu não polemizar com o mexicano. Mas Castañeda absolve o presidente Lula e o chanceler Celso Amorim de envolvimento no episódio que marca a volta a Honduras do presidente deposto, Manuel Zelaya: "Isso é coisa de república de banana."

Leia o restante da entrevista, enorme mas interessante, aqui...

Não estão prestando muita atenção à visão do Brasil nessa semana. Não só porque há uma grande agenda a ser enfrentada, mas porque o Brasil não e um líder mundial. E se quiser se tornar um, não pode abrigar Manuel Zelaya, nem ajudá-lo à insurreição.
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