Nós e você são...
Vida cervical
Devo mil desculpas aos leitores do blog. Nada de grave com o blogueiro. Menos faltaram canalhas para apontar. Bastou o acúmulo de estresse da vida proletária, uma mudança de endereço, alguns caixotes sendo carregados na cabeça, uma coluna cervical sendo atingida, um micro pedindo reformatação do HD, para calar o escriba. Coisa pouca. O suficiente para reflexões que tentarei aos poucos relatar.
A primeira constatação deste longo período foi o sumiço da tal oposição. Segue a mídia tal qual banda sustentando os acordes de um show enquanto os artistas principais foram aos camarins. Lá, o que imagino estarem fazendo agora alguns dos perdidos caciques do PSDB, DEM e PPS, é o que explica uma reportagem da Carta Capital de 17 de junho, que acabo de reler. Nela, o relato da apresentação do professor de neurociência cognitiva, Drew Western, autor de um best seller, “O cérebro político”, aos perdidos políticos.
Vejam a cara de atenção do Serra, é impressionante. O vampiro acredita na tese do professor de que o mais importante não é a razão na política, mas a emoção. Mais vale parecer que é do que ser. Como se estes precisassem desta lição. Uma constatação da teoria que consultores servem apenas para dizer aquilo que os contratantes já sabem, desejam apenas provar e convencer mais alguém.
A necessidade de um pedido de desculpas, em nome da ética jornalística.
É dever do jornalista relatar as notícias com clareza e independência sem levar em conta os interesses do grupo econômico que edita o jornal ou dos anunciantes.
Com esta citação, o jornalista Ricardo Noblat inicia um post em homenagem a Paulo Cabral de Aráujo, publicado em seu blog, hospedado na página de “O Globo”, no último dia 22. Cabral que foi secretário-geral do Ministério da Justiça durante o governo Geisel e presidente da Associação Nacional de Jornais (1994-2000) morreu aos 87 anos, no dia 20 de setembro. Porém, o que Noblat mais destacou neste texto laudatório ao colega falecido foi a sua passagem pela direção do “Correio Braziliense”, entre 1994 e 2002, quando, segundo o colunista de “O Globo”, promoveu uma verdadeira revolução naquele jornal, transformando-o num exemplo de ética, coerência e isenção jornalística. Assim, referindo-se ao “Correio” durante a gestão de Cabral, Noblat começa o seu comentário da seguinte maneira:
Lendo o post, percebemos a admiração de Noblat por Cabral e pelas medidas por ele implementadas durante sua passagem pelo jornal de Brasília, admiração esta que, ao vermos os obituários dos principais jornais brasileiros nos últimos dias, parece ser compartilhada pela quase totalidade da imprensa pátria. Assim, na semana em que o “Le Monde” reconheceu que a análise de Lula sobre a crise econômica mundial estava essencialmente correta e que a Moody’s concedeu o investment grade ao Brasil, destacando a forma como a economia do país se comportou durante a turbulência dos últimos meses, cobro de Noblat e de seus colegas articulistas que trabalham para os dois oligopólios que controlam a mídia brasileira – o Grupo Abril e as Organizações Globo – um gesto de coerência e de grandeza. Admitam seu erro: venham a público e peçam desculpas ao Presidente da República por terem ironizado e debochado de suas declarações , quando ele afirmou, há um ano atrás, que se para o restante do mundo a crise representaria uma tsunami, para o Brasil ela não seria mais que uma simples marolinha. Mas como sabemos que isto só vai acontecer quando a Míriam Leitão for indicada para o Nobel de Economia, o Mainardi conseguir escrever um texto inteligente e com alguma profundidade, o Jabor receber uma aclamação unânime da crítica internacional como o herdeiro cinematográfico de Fellini e o Merval Pereira for confundido na rua com o Brad Pitt, é melhor aguardarmos sentados em uma poltrona confortável e com uma garrafa de vinho ao lado para matar o tempo...
Lula é o responsável por cada vida desperdiçada em Honduras!
O presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, retornou secretamente ao país e se refugiou na embaixada brasileira. Na noite de segunda-feira, Zelaya conclamou seus simpatizantes a realizar uma marcha rumo à capital, Tegucigalpa. O governo de fato decretou toque de recolher.
Militares e policiais de Honduras cercaram a embaixada brasileira em Tegucigalpa (capital do país) na madrugada desta terça-feira, dispersando a manifestação de apoiadores do presidente deposto, Manuel Zelaya, que passaram toda a noite em frente ao prédio da representação brasileira.
O porta-voz Orlin Cerrato disse que os zelaystas foram retirados "em cumprimento da lei", depois que o atual presidente Roberto Micheletti impôs toque de recolher e exigiu que o Brasil entregue Zelaya - que está refugiado desde que voltou em segredo ao país depois de quase três meses de exílio .
A embaixada também teve a eletricidade, a água e o telefone cortados, o que levou o Brasil a solicitar apoio da embaixada dos Estados Unidos para que, em caso de necessidade, emprestem diesel para o gerador e enviem agentes para garantir a segurança.
A polícia de Honduras, porém, negou que pretenda entrar na embaixada para capturar o presidente deposto. "Isso não pode ser feito, porque estamos falando de convenções internacionais, e é preciso respeitar as leis internacionais", disse Cerrato à agência France-Presse.
Zelaya fala em paz - Manuel Zelaya declarou nesta terça-feira que conversou com alguns policiais e militares para buscar uma saída para a crise institucional e afirmou que o atual presidente tenta "isolar" o país para impedir a entrada de missões internacionais.
"Eu acho que precisamos buscar uma aproximação direta para que esta aproximação leve à paz. Lutar pelos pobres nunca deve ser um crime, lutar para restabelecer a democracia não deve ser um crime", declarou ele, que foi derrotado e expulso de Honduras após o golpe de Estado de 28 de junho.
Zelaya afirmou que o atual presidente, Roberto Micheletti, impôs o toque de recolher e fechou os aeroportos para impedir a chegada de missões internacionais em busca de uma saída negociada para a crise. "Estão cuidando da circulação de aviões e nos aeroportos internacionais para evitar que venham as missões internacionais", disse.
Lula pede solução - Em Nova York, onde participa da Assembleia Geral da ONU, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu aos governantes de Honduras que aceitem uma solução negociada e democrática que permita o retorno de Manuel Zelaya ao poder.
"O que deveria acontecer normalmente é que os golpistas deveriam dar espaço a quem tem o direito de estar neste lugar, que é o presidente democraticamente eleito pelo povo", afirmou Lula, em entrevista coletiva, pedindo, ainda, que seja respeitada a "imunidade da embaixada brasileira".
O presidente disse que conversou por telefone com Zelaya e pediu que ele "tivesse muito cuidado de não dar pretexto algum aos golpistas para recorrer à violência". Lula esclareceu que o Brasil não pretende atuar como mediador na crise, papel que corresponde à Organização de Estados Americanos (OEA), cujo secretário-geral, José Miguel Insulza, está em permanente contato com o chanceler brasileiro, Celso Amorim.
Segundo Lula, a comunidade internacional já não pode tolerar a presença de um governo golpista na América Latina. "Não estamos mais nos problemas da década de 60 e não podemos aceitar que, por divergências políticas, alguém se ache no direito de dispor de um presidente democraticamente eleito".
Negociação - Insulza, por sua vez, afirmou que a única medida que cabe ao país é a negociação com o governo de Roberto Micheletti. "Não cabem muitas alternativas a não ser entrar em negociação", declarou em entrevista em Washington à rádio Cooperativa de Santiago.
Ele afirmou ainda que a OEA apoia a medida de Zelaya de ter se refugiado na embaixada do Brasil em Tegucigalpa. "Com certeza, apoiamos esta decisão e pedimos tanto para a sede brasileira como para o senhor Zelaya todas as garantias que correspondem", completou.
"O que deveria acontecer agora é os golpistas darem um lugar a quem tem direito a este lugar, que é o presidente democraticamente eleito pelo povo", disse nesta tarde o presidente Lula. Se fosse apenas um conselho ao governo interino de Honduras, já bastaria para caracterizar a ingerência em questões internas de outro país. Mas o tom e o vocabulário configuram um ultimato: ou Manuel Zelaya volta ao poder ou...
Ou nada, avisam os fatos. Os "golpistas" cortaram o fornecimento de luz, água e telefone. É pouco para que o Brasil declare guerra a Honduras. É o suficiente para isolar Zelaya e fazer o Itamaraty constatar que se meteu numa enrascada de bom tamanho por falta de juízo.
IBOPE: A boa notícia do Dia: Fora Dilma¹³
* José Serra – 34% (Eram 38% em junho).
* Dilma Rousseff – 15% (Eram 18% em junho).
* Ciro Gomes – 17% (Eram 12% em junho).
* Heloísa Helena – 10% (Eram 7% em junho).
* Não sabe – 10% (Eram 12% em junho).
Cenário 2
* Ciro Gomes – 27% (Eram 22% em junho).
* Dilma Rousseff – 17 (Eram 21% em junho).
* Aécio Neves – 12% (Eram 12% em junho).
* Heloísa Helena – 13% (Eram 11% em junho).
* Não sabe – 12% (Eram 15% em junho).
Cenário 3
* José Serra - 34%
* Dilma Rousseff - 14%
* Ciro Gomes - 14%
* Helóísa Helena - 8%
* Marina Silva - 6%
* Bancos e Nulos - 13%
* Não sabem - 10%
E agora o que vale mesmo:
* José Serra - 35%
* Ciro Gomes - 17%
* Dilma Rousseff- 15%
* Marina Silva - 8%
* Brancos e nulos - 14%
* Não sabem - 10%
Rejeição de Dilma: 40% (adeus guerrilheira!)