Encontro com Milton Santos



São nove trechos e valem o tempo "ganho" em assisti-los. Nunca deixes que te enganem! Duvides e busques tuas respostas. Este é o caminho da libertação. A fé e o dogma não permitem que a "montanha saia do lugar"!

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Patrus sai na frente e ganha apoio do PCdoB

Do Jornal Hoje Em dia
Alex Capella, Belo Horizonte
Com as presenças de lideranças da legenda, o ministro Patrus Ananias (Desenvolvimento Social e Combate à Fome), pré-candidato do PT ao Governo de Minas, recebeu ontem do PCdoB o primeiro apoio declarado à sua campanha. Aliado histórico dos comunistas, que participaram da gestão de Patrus na Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), entre 1993 e 1996, o ministro classificou o apoio como “bem-vindo” no momento de disputa interna no PT.
O PT de Minas está dividido desde a disputa pela PBH. Uma ala do partido, comandada pelo ex-prefeito Fernando Pimentel, fechou aliança com o PSDB para eleger o prefeito Marcio Lacerda (PSB) no ano passado. Na outra ponta, ficou o grupo de Patrus, contrário à dobradinha. O clima de animosidade interna continua. Tanto Patrus quanto Pimentel intensificaram os encontros com lideranças no interior do Estado. Com o apoio do PCdoB, o ministro larga em vantagem nas negociações eleitorais. “Claro que todo apoio é muito bem-vindo nesse momento. Eu recebo com muito carinho essa manifestação de confiança. Nós sempre caminhamos juntos. Quando fui candidato a prefeito de Belo Horizonte, tive o apoio do PCdoB. Governamos juntos, tivemos um diálogo histórico e firmamos compromissos comuns com os pobres e os trabalhadores”, disse.
Mesmo restando mais de um ano para as eleições, Patrus acredita que o apoio do PCdoB fortalece sua pré-candidatura, não só dentro do PT, mas também no Estado. O ministro espera ter também o apoio de outras legendas que formam a base do Governo Lula. “Sem dúvida. Estou conversando dentro do PT. A minha candidatura está colocada. E estamos conversando com nossos interlocutores históricos como o PCdoB, o PDT e o PMDB. Vou procurar também o PSB na perspectiva de fazermos uma grande aliança, que nos possibilite que ganhemos o Governo de Minas e façamos no Estado o que o presidente Lula fez no Brasil”, afirmou.
O ministro não esconde a intenção de ter o ministro Hélio Costa (PMDB), das Comunicações, como aliado na disputa no Estado. Até agora, Hélio Costa vem liderando todas as pesquisas de intenção de voto. “Temos mais de um ano para as eleições. Queremos fazer uma grande aliança na perspectiva de contar com o PMDB, como um partido que temos interlocução constante e que faz parte da base de apoio do Governo Lula. O momento é de discutirmos as bases do programa. E as alianças se darão a partir do interesse comum dos partidos”, argumenta Patrus.

Hélio Costa tenta unir o PT
Líder das pesquisas de opinião sobre a corrida à sucessão do governador Aécio Neves (PSDB), o ministro Hélio Costa (PMDB), das Comunicações, colocou-se ontem, após encontro com empresários na Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg), como uma espécie de apaziguador do racha no PT, desencadeado desde as eleições municipais do ano passado em Belo Horizonte. Hélio Costa revelou que vem conversando, com frequência, com o ministro Patrus Ananias (Desenvolvimento Social e Combate à Fome) e com o ex-prefeito Fernando Pimentel, ambos pré-candidatos do PT ao Governo de Minas. 
Com a experiência de duas derrotas (1990 e 1994) na disputa pelo cargo, o ministro lembrou que a falta de união pode custar uma eleição. “Não sou o empecilho de nenhum entendimento político. Se precisar, quero ser o primeiro a dar a palavra para conversar. A experiência que tenho ninguém me tira. Vou ajudar a fazer um grande entendimento. Temos que fazer uma proposta de união que seja boa para Minas. É totalmente desnecessário sairmos para uma batalha sem fim”, acrescentou.
Hélio Costa ressaltou que a recente disputa pela Prefeitura de Belo Horizonte, quando o PT se dividiu, por causa da aliança com o PSDB, deve servir de lição, mas não determinar os rumos das negociações de agora em diante. “A aliança (PT e PMDB) está consagrada no Estado inteiro. Houve um exagero na questão da capital. Belo Horizonte serviu de exemplo. Não quer dizer que o que não deu certo em BH não dará no Estado”.
Com a liderança nas pesquisas e o assédio de petistas e tucanos, Hélio Costa se colocou numa posição privilegiada. “Temos uma ótima relação com os membros do PT e um excelente entendimento com o Governo de Estado. Acho que o que definirá a posição do PMDB no Estado é a questão presidencial. Agora, não decido pelo meu partido. Tenho o maior carinho pelo governador Aécio Neves. Acho que a dificuldade é que temos vários bons nomes. É uma eleição de amigos”, brincou o ministro.

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Joaquim já havia avisado...


* Ministro Joaquim Barbosa em entrevista à Folha de S.Paulo, em 25.8.2008.
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"Foi bonita a festa, pá": os cravos de abril, trinta e cinco anos depois.


Grândola, vila morena / Terra da fraternidade/ O povo é quem mais ordena / Dentro de ti, ó cidade...

Vinte e cinco minutos após a meia-noite do dia 25 de abril de 1974, o radialista José Vasconcelos, da Rádio Renascença - emissora católica de Lisboa - tocou em seu programa “Limite” a canção “Grândola, Vila Morena”, do compositor José (Zeca) Afonso, que havia sido proibida pela censura salazarista: era a senha para o início da revolta que iria mudar os rumos de Portugal. Iniciou-se, desta forma, uma das mais belas, generosas e libertárias revoluções do século XX e chegavam ao fim os quarenta e oito anos de obscurantismo do Estado Novo, regime ditatorial liderado por António de Oliveira Salazar e, posteriormente, por Marcello Caetano.
Nos primeiros dias, essa revolta – articulada por jovens militares organizados no MFA (Movimento das Forças Armadas) e que tinham nas guerras coloniais o seu principal motivo de insatisfação - foi chamada de “Revolta dos Capitães” para em seguida receber o nome de “Revolução dos Cravos”, a flor que no mês de abril cobre os campos de Portugal e que coloriu as ruas de Lisboa, nas mãos do povo que comemorava o fim de cinco décadas de opressão e na ponta das armas dos soldados que haviam trazido a liberdade. Existem varias versões para explicar essa profusão de cravos nas ruas, mas a que mais me agrada é aquela que diz que uma florista contratada para decorar um hotel da velha capital distribuiu cravos vermelhos para os soldados e eles, de pronto, os colocaram nos canos de suas espingardas.
O período que se seguiu ao 25 de Abril foi marcado pelas inúmeras marchas e contramarchas do processo revolucionário e por intensas agitações políticas e sociais, com diversos projetos políticos e diferentes concepções de sociedade confrontando-se no confuso cenário político português. Porém, nos primeiros meses após o fim da ditadura salazarista, Portugal pareceu viver em uma grande festa, como descreveu, de maneira quase poética, o historiador britânico Kenneth Maxwell, em seu livro “A Construção da Democracia em Portugal”:

Durante o verão quente e o outono prematuro de 1974, contudo, criou-se a idéia de Portugal como um palco caleidoscópico de política, aberto depois de 50 anos sem expressão política. As relações diplomáticas com a Rússia foram restabelecidas pela primeira vez desde a Revolução bolchevique de 1917. A experiência ideológica do século XX foi comprimida em nove meses. As listas de venda de livros incluíam as “Teses de Abril” de Lenine ou os poemas do líder nacionalista angolano, Agostinho Neto. Havia manifestações e protestos, onde, anteriormente, um encontro de qualquer grupo político teria sido objeto de ataques brutais da polícia. Para a radiosa juventude de blue-jeans impecavelmente lavados, este período foi uma oportunidade para passar horas “pregadas” no que quer que fosse, ou em quem quer que fosse, que estivesse disponível. Homossexuais revolucionários juntaram-se aos anarquistas. Entusiastas da Revolução acorreram a Lisboa enquanto o ambiente foi favorável. Famílias de classe média estacionavam o carro onde lhes apetecia. Vendedores ambulantes inundavam o Rossio, a baixa elegante de Lisboa, exibindo as suas mercadorias junto à estação do metropolitano em frente à Pastelaria Suíça. Por fim, até chegou “Hair”, com o “elenco inglês original”. Substituiu um “festival sexy internacional” no Teatro Monumental, uma produção com alemãs louras nuas com botas de couro negro, denunciada pelo Partido Comunista Português (PCP) como mais uma “golpada da CIA”. No que teve de pior, Portugal depois do golpe parecia um pedregulho subitamente revirado a revelar milhares de insetos que se agitavam freneticamente sob a luz. No seu melhor, Portugal era um jardim de folhagem frágil, brilhante e emaranhada.

Hoje, trinta e cinco anos depois, Portugal consolidou-se como uma vibrante democracia e como um ativo participante do sonho europeu, seus indicadores econômicos e sociais se aproximaram dos números dos demais países do velho continente e – apesar de um certo saudosismo do ditador ser deliberadamente cultivado pelos setores mais conservadores da sociedade portuguesa - o salazarismo é só uma sombra do passado. E tudo começou com os cravos de abril...

Em tempo: Em 2000, a atriz portuguesa Maria de Medeiros dirigiu um pungente e poético retrato da Revolução dos Cravos intitulado "Os Capitães de Abril". O filme está disponível em DVD no Brasil. É belíssimo e merece ser visto.

Ouça aqui "Grândola, Vila Morena", na gravação original de Zeca Afonso, que serviu de senha para o início da Revolta dos Capitães.



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Tudo conforme planejado - 2

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