Recadastramento de filiação do PT de BH

Em com a política, do jornalista Baptista Chagas de Almeida
Os adversários do ex-prefeito Fernando Pimentel vão tentar anular no Diretório Nacional todas as filiações feitas em 2008, inclusive dos que procuraram à sede do partido na capital mineira para se recadastrar. Entre os poucos que apareceram, alguns foram transportados em carros colocados pelo partido à disposição dos supostos filiados. A anulação dessas filiações pode ser um golpe fatal no grupo liderado pelo ex-prefeito. Além da desmoralização, vai haver queda no colégio eleitoral pró Pimentel. A briga na direção nacional promete.
Comentário: O Diretório Nacional precisa acabar com a farra de filiações em massa de BH, visando construir maioria para o grupo de Pimentel. Do jeito que a coisa ficou, pode ter ocorrido do grupo de Pimentel ter agarriado votos para sua aliança em BH com gente que pensava que estavam lá para receber moradia ou outros programas sociais. O certo é que boa parte dos filiados de 2008 nem sabiam que eram filiados no partido. É uma gente simples que somente buscava melhoria para as condições de vida de sua família e da comunidade em que vivem. Fica a indagação de como foi a participação desse pessoal na vitoriosa tese de aliança com o PSDB do ex-prefeito Pimentel. A cada dia, a cada descoberta, torna-se mais difícil compreender tudo que há de podre na maneira que Pimentel e seus aliados construíram a maioria no Diretório Municipal do PT em Belo Horizonte. O Diretório Nacional do PT tem que dar basta a essa malandragem. E anular de vez todas as filiações realizadas naquela época.
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Tudo conforme planejado

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No campo, radicais são a UDR e a ANJ

A Associação Nacional dos Jornais (ANJ) divulgou nota sobre o conflito no último sábado, no Pará, publicada em vários de seus veículos. Em certo momento, diz o texto: “os integrantes do MST atentaram contra o livre exercício do jornalismo, aterrorizando profissionais que cobriam o evento com objetivo de informar à sociedade”.

Como assim livre exercício? Objetivo de informar a sociedade? Haja desfaçatez. Os jornalistas presentes usaram avião da Agropecuária Santa Bárbara, estiveram o tempo todo ao lado de seguranças da fazenda de Daniel Dantas, inclusive quando estes abriram fogo contra os manifestantes, onde nove foram baleados. Que isenção é essa, que nem ao menos tem o critério de ouvir o outro lado? Somente na segunda, em nota do MST, pudemos saber detalhes importantes do episódio, com fatos e nomes, que desmentem versão anterior da imprensa, onde ela dizia que os jornalistas foram usados como reféns, obrigados a caminhar na estrada tal qual escudos humanos. O cinegrafista em nenhum momento capturou imagens que comprovam isso. A nota da ANJ chega ao cúmulo de parcialidade ao afirmar que “felizmente, ninguém saiu fisicamente ferido dessa ação criminosa”. Quer dizer, os nove baleados, alguns gravemente, não contam para a sociedade que a ANJ diz representar. É uma confissão.

Para entender a clara opção da mídia, em constante fabricação do medo ao MST, sugiro a leitura de texto do professor Gilson Caroni Filho, publicado originalmente no Observatório da Imprensa e repetido no Vermelho. Nele, um sério alerta: a UDR e a CNA, que representam os interesses dos donos de terras, planejam a radicalização política, visando 2010, inclusive com ações de sabotagem produtiva, promovendo o desabastecimento. Algo já conhecido da caixa de maldades das reações contra governos populares, de Allende a Chávez. É o que se pode entender das declarações recentes de seus representantes, e que não tiveram a merecida atenção da mídia, preocupada na constante repetição dos mantras neoliberais que afirmam existir uma “modernidade rural” com o agronegócio, sem espaço atual para um reforma agrária. Diz o professor Caroni:


Há um toque de ironia que não deve ser esquecido. No Brasil, ainda são os pequenos produtores sem terra (ou com muito pouca) que abastecem o deficitário mercado de alimentos, ativador de inflação, enquanto, até bem recentemente, os créditos, financiamentos, subsídios e favores do Estado eram monopolizados pela grande propriedade. A contrapartida perversa do repasse de recursos do setor público para o privado são os conflitos do Pará ao Rio Grande do Sul e os surtos de violência entre a UDR de um lado e os sem-terra de outro.

A solução das classes dominantes para resolver o problema agrário sempre foi a redução dramática da população rural, empurrada para as grandes metrópoles em ritmo que não cessava de se superar ano após ano. Nesse quadro, o MST, movimento de maior expressividade na América Latina, logrou estabelecer o contraponto necessário.




A questão agrária no Brasil ainda é um problema grave de erro de gestão capitalista. São seus atrasados representantes os principais responsáveis pelo inchaço das cidades, com a violência urbana. Representam a mais arcaica e perversa herança colonial, escravagista, e querem posar agora de modernos gestores do “agrobusiness”. Tomem vergonha, e paguem por seus crimes.
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Soninha atucanada

Hoje à noite no programa de televisão do PPS, Soninha chama a atenção para a escolha de um candidato forte de oposição que está governando e não fazendo campanha. Até as pedras sabem que esse candidato é o Serra. Aliás, o PPS é um partido tão ridículo que queria fazer uma prévia para escolher o candidato de outro partido, o PSDB. Voltemos ao assunto. Oh, Sonhinha, quem te viu né. Está gostando da boquinha prefeitura do Kassab? Soninha é fraude eleitoral, algo nojento. Gastar milhões de reais com campanha publicitária da SABESP em rede nacional, quando a empresa só atua em São Paulo, no entendimento dela não é campanha. É campanha sim, mas também não deixa de ser um agrado (ou melhor propina) para os grandes meios de comunicação. A Rede Globo agradece. Viajar para inaugurar obras de correlegionários de Serra em outro Estado também não é campanha. Pobre do contribuinte paulista.

Para saber mais sobre o programa do PPS, veja o post anterior.
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A poupança e a canalhice de Raul Jungman

Assisti agora a noite as incursões do PPS na televisão. Coisa de mal gosto, como é o próprio partido. Uma fraude. Não cansam de dizer que é partido de gente decente. Na verdade, é um partido tradicional qualquer, que de vez quando aparece alguns de seus integrantes em esquemas de corrupção, e o partido age à moda do DEM. Por isso, nunca enganei com seu discurso de paladinos da ética. O próprio Jungman enfrenta vários processos por malverzação do dinheiro público.

O Roberto Freire ainda vem falar no programa numa frente socialista de oposição. Como a gente sabe que nessa frente também inclui o DEM, o partido dos filhotes da ditadura (ou será ditabranda, não vi nenhum membro do PPS reclamar), percebe-se que tipo de socialismo o Roberto Freire defende. Dizem por aí que o PPS está em processo de fusão com o PSDB. Como o PPS está à direita do PSDB, é mais um passo desse último em direção dos eleitores do DEM (ou seja, à direita do espectro político). Esse comentário é só um desabafo, mas quem realmente fez um belo post sobre o programa do PPS foi o Sérgio Leo. Só não entendi o final, pois ele diz que achava que o PPS era partido sério. Nesse conto nunca caí. Segue o post:

Do Sítio do Sérgio Leo

Toda pessoa com alguma informação sabe que, com a queda dos juros, a caderneta de poupança tende a ficar mais atrativa, para ganhar dinheiro, do que os fundos de investimento. A poupança é isenta de imposto, os fundos, não; os fundos têm correção ligada aos juros da dívida Tesouro, que, para felicidade geral da nação, estão caindo; as cadernetas têm rendimento garantido de 0,5% acima da TR, que reflete as taxas de juros do mercado, maiores que os juros básicos do tesouro.

Daí que o governo não quer esse inchaço da caderneta, com a migração especulativa (especulação legítima, aliás) do dinheiro hoje depositado nos fundos para a caderneta. Para os bancos também é um problema, porque os depósitos em cadernetas não podem ser usados livremente para qualquer tipo de crédito. Vai ter mudança, o governo estuda uma forma de baixar o rendimento da poupança, e o Lula pediu aos técnicos para darem um jeito de manter, pelo menos, o rendimento das poupanças menores. Troço difícil.

Mais difícil ainda é aceitar a exploração política irresponsável e de má fé que acabo de ver na propaganda do PPS. O Raul Jungman, que já namorou uma grande amiga minha, teve outra amicíssima como assessora e sempre teve meu respeito, apesar de todas as polêmicas em que se envolveu, aparece no vídeo explorando a ignorância dos pobres e das pessoas mal informadas, ao dizer que o governo vai "mexer na poupança como fez o governo Collor".

Ora, o Collor, em 1990, CONFISCOU dinheiro da poupança. As pessoas não puderam sacar o que tinham lá. O) máximo que sairá agora será uma redução no rendimento, ou um imposto para maiores investidores.

Qual a intenção do Jungmann, usar a ignorância das pessoas para provocar confusão? Ele não se importa de provocar prejuízos nos velhinhos, nas pessoas com menores economias, que, com medo de terem seu dinheiro confiscado, vão correr para sacar das cadernetas num momento em que elas são a melhor alternativa de investimento para elas, só abaixo do Tesouro Direto?

Isso nem efeito contra o Lula pode ter, estamos longe das eleições, o que vier a ser feito será em breve, e ficará claro que será diferente do que fez o Collor (embora sempre se possa explorar legitimamente o fato de que, no governo Lula, a caderneta passou a render menos, dependendo do que façam).

Mas apavorar os poupadores espalhando um boato que sabem ser falso é baixaria. Política medíocre, pequena, atrasada. Nojenta mesmo. Coisa sem caráter.

E eu, que achava o PPS um partido sério.

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