MPB ou MCB (Música Chata Brasileira)?


No domingo à tarde, coloquei neste humilde blog uma postagem despretensiosa intitulada "Sobre a Beleza" em que, marginalmente (já que não era este o objetivo principal do texto), ironizava dois sacrossantos ícones de nossa música, Caetano e Djavan. Pronto, foi o que bastou. No dia seguinte, uma aluna disse-me que eu era um "insensível" por não perceber a "beleza das canções de Djavan". Depois, ao abrir o correio eletrônico do blog, encontrei a mensagem de uma leitora - será que ela continua sendo? - insinuando que eu não devo gostar de Música Brasileira, já que não aprecio dois de seus maiores compositores. Isto sem contar o comentário desolado da Carlinha - minha querida amiga auto-exilada no coração do Império - na própria postagem: "Ai, mas eu gosto de Djavan... ops". Tudo bem: gosto musical não se discute. Mas como adoro colocar lenha na fogueira, resolvi postar agora uma versão revisada de um texto-desabafo que escrevi há algum tempo atrás - na minha época pré-blog - e que enviei, por e-mail, para alguns amigos. Estou preparado: que venham as pedradas...

Há um bom número de anos, existe nessa tal de MPB uma vertente pop-modernosa que produz canções que conseguem agradar tanto ao segmento cabeça/descolado, quanto ao ouvinte médio das FM’s da vida. Este grupo inclui, em sua geração mais velha, nomes como Djavan (o grande ícone e mestre) e Caetano - em seus piores (mas não raros) momentos - e na mais nova, gente como Jorge Vercilo (o clone piorado do “mestre”), Ana Carolina, Orlando Moraes e Isabella Taviani (uma Ana Carolina revisitada). Sem sombra de dúvidas, esta troupe de cantores/compositores produziu (ou seria melhor “cometeu”?) algumas das mais ridículas letras compostas nesta língua de Camões e MV Bill, última flor do Lácio, inculta e bela, pátria de todos, terra de ninguém.
Nesta linha, jamais poderão ser esquecidos aquele clássico do nonsense composto pelo “mestre” Djavan, cujos versos imortais ecoam em nossa memória: “Açaí, guardiã/zum de besouro um imã/branca é a tez da manhã” ou a “genial” parceria do clone Jorge Vercilo com a Ana Carolina: “Ultra -leve, amor/Abre o arco-íris da paixão/Asa delta eu sou/Pra voar no céu dessa emoção”. Isto sem falar na "homenagem" (?!) que Caetano fez a Raul Seixas: "Ter um rancho de éter no Texas/Uma plantation de maconha no Wyoming/Nada de axé, Dodô e Curuzu/A verdadeira Bahia é o Rio Grande do Sul".
Porém, quando eu penso que a cota de mediocridade está esgotada, essa turma consegue se superar. Ana Carolina, a rainha do gênero, depois de nos ter brindado com a pura poesia erótica (de fazer o Paul Verlaine se virar no túmulo de inveja!) dos versos de “Eu comi a Madonna” (Me esquenta com o vapor da boca e a fenda mela./Imprensando minha coxa na coxa que é dela), agora estoura nas rádios com a seguinte pérola: “E eu subo bem alto/Pra gritar que é amor/Eu vou de escada/Pra elevar a dor”. Enfim, depois de realizar a inédita proeza de rimar “amor” com “dor”, essa senhora ainda conseguiu produzir um dos mais infames trocadilhos da História da música brasileira.

É por estas e outras que, atualmente, só ligo o rádio para ouvir futebol.
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Lula no South Park: assim vão matar o velho



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Extra! Extra! Os blogs estão almoçando e jantando os jornais!


Eu nem falo em plágio, até podem existir coincidências, e cedemos nosso material para as boas causas. Mas, às 11h de ontem, este blog foi à visão de Debret para lembrar que o Rio de Janeiro pouco mudou em quase 200 anos. Nesta hora, os jornalistas do Extra ainda nem tinham chegado à redação. Se há algo para concluir, é o fato que a mídia corporativa está muito lenta na criatividade, está comendo a poeira dos blogs.
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O travesso menino Mainardi


Diogo Mainardi é um menino malvado. Tem ódio de Franklin Martins. Sabe-se lá o porquê. Já declarou ter uma pastinha “Franklin”, onde desde 2005 coleta todas as informações sobre o atual ministro. Conseguiu demiti-lo da Rede Globo fazendo intriga sobre a indicação de seu irmão, Victor Martins, para a ANP, sendo duas vezes processado por isso. Mas segue com sua raiva juvenil. Em sua coluna retrasada, pautou a imprensa golpista com a denúncia de que Victor era citado em inquérito da PF por receber propinas de municípios, interessados em royalties do petróleo.

Os jornalões seguiram a pauta, destacaram seus melhores repórteres, e até agora o que vimos foi apenas um festival de insinuações, sem pé nem cabeça. O inquérito em nenhum momento cita o nome do irmão de Franklin. Ele aparece apenas em um documento paralelo, um dossiê, a fonte de Mairnardi, produzido por arapongas, sabe-se lá a mando de quem, com um enorme corta e cola de relatórios, matérias de jornais de caciques políticos do interior, nenhuma credibilidade. Tanto que a mídia e Mainardi, que tiveram acesso ao documento, nunca o divulgaram. As alusões chegaram a um ex-funcionário da ANP, assessor de Victor por três meses, que montou uma empresa. No meio de tantas insinuações, com a oposição ao governo se atrapalhando para tentar montar mais uma CPI anti-Lula, agora sobre a Petrobras, sobraram desentendimentos até entre a própria mídia. Ali Kamel, diretor de jornalismo da rede Globo, enviou carta à Folha de S. Paulo reclamando de nota de Nelson de Sá, que criticava o Jornal Nacional por fazer campanha contra Frankin Martins. A missiva em defesa da Rede Globo é mais uma peça Kameliana. Ali justificou ser um absurdo, foram “apenas” 11 segundos de reprodução da coluna de Mairnardi, onde o nome de Franklin aparece em destaque.

No meio dessa pândega, onde até o ombudsman da Folha confirma a intenção de atingir o ministro, o menino urra de excitação com sua caquinha. Em seu último podcast, Mainardi diz: “Tenho de repetir? Não, não tenho, mas repito mesmo assim, com prazer: Victor Martins é irmão de Franklin Martins. De novo? De novo: Victor Martins é irmão de Franklin Martins”. Brada, pueril, querendo sangue, enquanto a novela segue um rumo confuso, com novas suspeitas, tantas que poderiam até lembrar que Victor é irmão do Franklin, que foi ex-diretor da sucursal de Brasília da Rede Globo. Pronto! As organizações Globo estão nas suspeitas, como fez pilhéria o Blog do Mello. Vai sobrar para a Glória Perez, o Faustão, o Max do BBB9, a Xuxa, o Louro José, vale qualquer coisa, é travessura de menino mau.

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Imagem: "Virgem espancando o Menino Jesus", de Max Ernst, gênio do surrealismo, obra de 1928, que resultou em várias condenações ao autor. Claro que Mainardi está longe de ser Jesus, talvez ali mais para Judas, se tanto.
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O Rio de Janeiro em dois tempos

O Rio de Janeiro, em 15 de abril de 2009, captado por câmera de sua maior rede de TV.

Há quase dois séculos, o mesmo Rio de Janeiro captado pelos olhos do francês Jean Baptiste Debret.

Pergunto:

Além de punir os responsáveis da empresa concessionária dos transportes ferroviários, quando abrirão finalmente a CPI da Fetranspor? Será que o motivo é a federação dos donos de ônibus ter laços fortes com governadores, prefeitos, deputados, vereadores, empresas jornalísticas? Ou seria porque esta CPI não poder contar com um “íntegro líder”, como Marcelo Itagiba, que recebe ordens do STF e de Daniel Dantas?
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