PIB: Números para todos os gostos

Do Blog Logística e Transportes, de José Augusto Valente

A divulgação da expansão do PIB brasileiro, relativa a 2008, especialmente ao seu quarto trimestre, apresenta números para todos os gostos. Inclusive números bastante favoráveis ao governo federal. Apesar disso, o governo brasileiro se colocou no “corner” do ringue, para receber pancada de todo lado, acusando os golpes recebidos, quando poderia fazer uma outra leitura, com base nos números do IBGE.
O que dizem os números relativos ao PIB, levantados pelo IBGE?
1. Apesar da crise financeira dos EUA, com fortes repercussões na Europa e na Ásia, a economia brasileira cresceu 5,1% em 2008
2. No ranking das economias que tiveram as maiores taxas de crescimento do PIB (2007/2006), o Brasil subiu do 16° para o 11° lugar (ver gráfico na página 22, do jornal O Globo de hoje – 11 de março de 2009)
3. Ainda nesse ranking, o Brasil foi o país que teve a menor redução da taxa de crescimento do PIB (2008/2007). É esse percentual e não o de redução do quarto em relação ao terceiro trimestre, que mostra o nível de desaceleração da economia. Para a China cair de 11,9% para 9,0%, a queda entre o quarto e o terceiro trimestre de 2008 deve ter sido, no mínimo, o dobro do que os números do Brasil:
a. O Brasil reduziu 10,5% (caindo de 5,7% para 5,1%)
b. A China reduziu 24% (caindo de 11,9% para 9,0%)
c. A Rússia reduziu 23,5% (caindo de 8,1 para 6,2%)
d. A Índia reduziu 21,5% (caindo de 9,3% para 7,3%)
e. Nessa lista, somente a Malásia e a Indonésia tiveram uma redução do PIB menor que o Brasil, com 7,9% e 3,2%, respectivamente
4. Ou seja, a redução da taxa de crescimento do PIB de 3,6%, do quarto em relação ao terceiro trimestre mostra o óbvio: todas as economias foram afetadas pela crise financeira dos EUA. A redução da taxa de expansão do PIB em apenas 10,5%, quando a maioria dos países desenvolvidos tiveram essas taxas superiores a 20%, mostra que a economia brasileira foi bem menos afetada pela crise, seja pela sua solidez, seja pelas medidas do governo federal e de alguns governos estaduais para mitigar os seus efeitos.
5. Essa redução pode ser explicada, em parte, pelo clima de pânico criado pela imprensa, que contribuiu para levar a 2% a redução do consumo e à redução da produção industrial – principal exemplo, a automobilística – com demissões prematuras, como ficou claro quando a partir de janeiro a indústria automobilistica convocou seus trabalhadores para a retomada que vem mantendo níveis crescentes, como temos publicado aqui neste blog.
Se tivéssemos uma imprensa minimamente isenta, as matérias de hoje seriam do tipo “Economias mundiais desabam. Entre os países desenvolvidos e emergentes, o Brasil cai muito menos que todos os demais!”.
No corpo da matérias, a imprensa buscaria explicar porque o Brasil caiu tão pouco e os países ricos e os demais do BRIC tiveram uma queda tão violenta.
Sorte? Economia sólida e menos dependente do comércio exterior? Governo eficaz?
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A ideologia do exílio

Confesso um sentimento esquisito, adoro o debate com a direita. Já até perdi a paciência com alguns provocadores que apareceram por aqui, mas até hoje nunca censurei uma única mensagem, que sempre tiveram resposta. Acho estimulante a disputa ideológica. Por isso gostei da visita do La Guardia, postador no blog do Briguilino, com quem já debati algumas vezes. Apesar de nossas enormes diferenças, o acho uma pessoa séria, inclusive por ser diferente de outros, ele realmente acredita no que escreve. Aqui tenta argumentar contra meu post anterior, lançando sua crítica a Cuba. Vamos a seu comentário na íntegra:


Em Cuba só existem hoje duas classes sociais. Os miseráveis, o povo que há 50 anos compra com cartôes de racionamento, e a classe dominante de Fidel e seus aólitos que compram em lojas especiais para eles onde não existem cotas de racionamento.

Qual o percentual da população cubana vive no exílio?

Qual o percentual da população egípsia vive no exilio?

Qual o persentual da população suadita vive no exílio?

Qual o percentual da população paquistanesa vive no exílio?

Nenhum esquerdista de carteirinha tem coragem de responder.




Resposta:

Há motivos para alguns cubanos desejarem migrar para os EUA. O principal deles é a atuação da Fundação Cubano-Americana, a FNCA, cria do governo americano, seu braço de inteligência, que a sustenta até hoje com polpudas verbas para atuar na desestabilização do governo cubano. Durante longos anos, a fundação dava auxílio ao cubano que chegasse ao solo americano. Ganhavam cidadania imediata, auxílio moradia, custeio de despesas e emprego, principalmente na máfia cubana. O sujeito poderia até optar por ser lavador de pratos em Ohio, limpador de latrinas no Texas, para comprar seu tênis de marca, seus eletrônicos. Uma troca muito inteligente. Em Cuba tinha saúde de graça e de qualidade exemplar, estudos, cultura e comida garantida. Nos EUA, um carro velho na porta, mas se tivesse uma dor de dente teria que o vender. Se quebrasse a perna na rua, teria que se endividar para o resto da vida para pagar a ambulância e o atendimento. O sistema de saúde americano pode ser comparado ao cubano? Tente.

Não há nada assemelhado a FNCA criado para egípcios, paquistaneses ou sauditas. Mesmo assim, alguns lá estão. Pegue um táxi em Nova Iorque. Talvez você deseje me provar que a vida nas inúmeras favelas no Paquistão é melhor do que a dos cubanos. Tente. Ou que a ameaça de ser atirado sem julgamento em uma prisão egípcia, ou de ser decapitado em praça pública em Riade. não constitua motivo para aqueles povos desejarem fugir para lavar pratos em Boston. Tente. Muitos de lá não saem principalmente por que a miséria reinante impede que se movam até para outra cidade. E chegando nos EUA são revistados, inquiridos, chutados de volta, perigando irem parar em Guantanamo.
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Lucro líquido

Há alguns meses, fiz o desenho abaixo para o Sindiágua-RS. Ilustrava o texto “Lucro de 170 milhões, calote de poucos reais”, do jornal Berro D’Água de outubro/novembro de 2008. A primeira proposta era mais engraçadinha, mas não foi inteiramente aprovada. De qualquer modo, a ideia da ilustração era retratar a situação de constrangimento a que os funcionários mais humildes da Corsan são submetidos ao tentarem comprar coisas simples no comércio de suas cidades - como conexões, fitas veda-rosca, cola... Os comerciantes se recusam a vender fiado para quem faz a compra em nome da Corsan, porque sabem que não vão receber.

No texto, reproduzido abaixo, há também denúncias de empresas fornecedoras e prestadoras de serviço que sofreram calote da Corsan, em diversas cidades. Portanto, o fato relevante acontecido ontem não é um caso isolado, decorrente de possíveis irregularidades, investigadas por uma sindicância – que, aliás, se arrasta a mais de um ano – como quis fazer crer o diretor-presidente da estatal. Assim, cabe a pergunta óbvia: qual é o verdadeiro lucro da Corsan, descontando-se o calote institucionalizado? Aliás, qual é a vantagem da Corsan dar lucro, ao invés investir na prestação dos serviços que dela se espera?

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Lembrem-se das gravações da Máfia do Detran? Calou a imprensa...

A alta voltagem que vive o Estado do RS foi previsto pela própria Governadora Yeda Crusius, a Bruxa de Lair (conforme imagem que circula na internet - Yeda virou motivo de piada): no início de seu governo disse que ninguém morreria de tédio. E tem razão, a desgovernadora.

O Piratini virou a nau dos insensatos e naufraga diante dos olhos de atônitos cidadãos. Yeda não consegue se quer parecer honesta.

Carta Capital desta semana traz um “furo de reportagem”, pois Zero Hora, o jornaleco da Azenha que se considera a fonte da informação, nem comenta o assunto. Ou ficaria melhor dito, que Carta Capital furou a blindagem que este governo é submetido pela imprensa local?

Carta Capital desvenda como são pagas contas de personalidades políticas do estado e como foram pagas dívidas de campanha. É bom lembrar que o orçamento do estado para publicidade para 2008 foi de 92 milhões de reais e não esta esgotado (*). Com este valor, compram-se as consciências de quase todos os editorialistas.

Fica fácil concluir, portanto, que o Grupo RBS tem pouco interesse em informar seus leitores sobre a corrupção deslavada do governo Yeda. Os demais jornalecos locais seguem a mesma linha, todos jogando a fidelidade canina dos fatos, no lixo.

Das informações sobre o caso em Carta Capital, alguma já se sabia. A novidade foi sobre a empresa de publicidade DCS, que estaria pagando despesas de “ilustres” personalidades. Mas também não nos surpreende.

Os acusados devem processar o PSOL para limpar seus nomes, caso contrário ficará a dúvida:

1-será que o PSOL sabe tudo, ou faltam “algumas cositas mas”?

2-Porque o repórter investigativo de ZH, Giovanni Grizotti, não tem matérias nesta área?

3-Porque a imprensa não exige uma faxina ética? Por que poderia ser varrida para o lixo também?

4-O PSOL teria em seu poder tais vídeos?

5-Onde andam Os Senadores Zambiazi e Pedro Simon (o dedo podre) ?

Se o PSOL possuir esses vídeos em seu poder, prestariam um inestimável serviço ao estado, enterrando de vez o jeito antigo de fazer política, de onde Yeda e quem a sustenta não desgruda um só segundo.

A "voz no poste" desta corja combinando falcatruas, seria um golpe mortal! Então está combinado: vamos vazar as gravações???
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Corrigido pelo Scharlau:
O orçamento de 93 milhões, segundo matéria no Valor econômico de 03.3.09 ( http://blogoleone.blogspot.com/2009/03/midia-e-governo-no-rs-o-preco-da.html - clique na imagem e depois clique de novo) é o orçamento previsto para 2009, 60% dele a ser gasto no primeiro semestre. O palácioPiratini informa que em 2008 foram gastos 14 milhões.

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A Bruxa de Lair: ah, ah, ah, ah, ah...

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