Que podemos encontrar de tudo (ou quase) na internet é algo que todos sabem. Mas a grande rede não cansa de nos surpreender e de nos oferecer bons motivos para olhar o mundo atual com mais esperança, generosidade e emoção.
Nas últimas semanas, milhões de pessoas foram ao youtube para assistir a um vídeo sensacional, no qual músicos de rua de diversas partes do mundo foram reunidos virtualmente para cantar e tocar "Stand By Me", conhecido clássico de Ben E. King. Valendo-se da tecnologia e de uma idéia simples mas poderosa, Mark Johnson e Jonathan Walls gravaram a performance de cada músico, mixaram e editaram tudo em um único clip. O resultado é simplesmente espetacular.
A iniciativa é do movimento multimídia Playing For Change, que foi criado “para inspirar, conectar e trazer paz para o mundo por meio da música”. O cover de “Stand By Me” faz parte do documentário Playing For Change: Peace Through Music, a ser lançado em 2009. O criativo e inteligente trabalho revela a singularidade de diferentes artistas, povos e culturas, mostrando o modo como cada um se relaciona com a música e dela faz uma forma de expressão. Fica assim evidente que, desta diversidade e da potência envolvente da música, uma linguagem comum se constitui.
Para conhecer o movimento, vá a sua página.
Para assistir particularmente a “Stand By Me”, vá ao youtube.
Paz e união por meio da música
Pimentel e Veja: A bala perdida no Palácio do Planalto
"O que mais irritou o presidente Lula é tratado no Palácio do Planalto como o crime confesso. Pimentel disse à revista que iria usar o cargo público para fazer campanha eleitoral para Dilma"
Da Coluna de Baptista Chagas de Almeida, do Estado de Minas
A metralhadora giratória acionada pelo ex-prefeito de Belo Horizonte Fernando Pimentel, em entrevista à revista Veja, mandou uma bala perdida para o principal gabinete do Palácio do Planalto. Atingiu em cheio o próprio presidente Lula, que está irritado com as declarações e é apontado como responsável pela ausência da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, do encontro que o PT fará este fim de semana em Belo Horizonte. É claro que há um silêncio em torno do assunto. A própria influência presidencial na decisão de Dilma é apenas especulação. É certo, contudo, que Pimentel conseguiu desagradar a todo mundo com a entrevista. Do presidente Lula ao governador Aécio Neves, que ontem reagiu, pela primeira vez, publicamente. Sem contar os colegas de partido, os ministros Patrus Ananias, de Desenvolvimento Social e Combate à Fome, e Luiz Dulci, da Secretaria-Geral da Presidência, que tinham optado por uma postura de armistício interno no PT. Sem contar a ministra Dilma, também atingida indiretamente pelas palavras mal formuladas.
Da Coluna de Baptista Chagas de Almeida, do Estado de Minas
A metralhadora giratória acionada pelo ex-prefeito de Belo Horizonte Fernando Pimentel, em entrevista à revista Veja, mandou uma bala perdida para o principal gabinete do Palácio do Planalto. Atingiu em cheio o próprio presidente Lula, que está irritado com as declarações e é apontado como responsável pela ausência da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, do encontro que o PT fará este fim de semana em Belo Horizonte. É claro que há um silêncio em torno do assunto. A própria influência presidencial na decisão de Dilma é apenas especulação. É certo, contudo, que Pimentel conseguiu desagradar a todo mundo com a entrevista. Do presidente Lula ao governador Aécio Neves, que ontem reagiu, pela primeira vez, publicamente. Sem contar os colegas de partido, os ministros Patrus Ananias, de Desenvolvimento Social e Combate à Fome, e Luiz Dulci, da Secretaria-Geral da Presidência, que tinham optado por uma postura de armistício interno no PT. Sem contar a ministra Dilma, também atingida indiretamente pelas palavras mal formuladas.
O que mais irritou o presidente Lula é tratado no Palácio do Planalto como o “crime confesso”. Pimentel disse à revista que iria usar o cargo público para fazer campanha eleitoral para Dilma, pré-candidata à sucessão de Lula. Também desagradou ao presidente o fato de Pimentel ter relatado que teria um cargo no governo, passando o carro na frente dos bois e desrespeitando a liturgia do rito que este tipo de coisa deve ter. No caso do crime eleitoral, atingiu também Dilma.
Não é à toa que a oposição, em especial o PSDB, o DEM e o PPS, estuda ir à Justiça para acusar Lula e Dilma de campanha antes da hora, o que é proibido pela Justiça Eleitoral.
O resultado é o completo esvaziamento do encontro que o PT mineiro fará neste fim de semana para marcar o início de seu processo interno de eleição e começar as discussões em torno do programa de governo para a disputa pelo Palácio da Liberdade no ano que vem. Quem fala demais...
Comentário do blogueiro: Pimentel conseguiu com a entrevista da Veja desagradar a todos: Lula, Dilma e Aécio. E ainda atacou Patrus e Dulci e seus aliados, “o setorzinho xiita do PT”. O ex-prefeito petista continua no estilo atropela todo mundo, e se achando o todo poderoso. Cantando ao quatro ventos o preferido de Lula e Dilma. Sabemos que ele é o preferido de Dirceu, mas até aí tudo bem. A Dilma também é. Mas a atitude de Pimentel é mais prova inequívoca de que ele se julga acima dos partidos, em que o PT é somente um instrumento de seus projetos pessoais. Acorda PT. Está na hora de dar um basta em tudo isso: Patrus 2010. Os mineiros merecem o melhor. E o Brasil também.
Xenofobia e ceticismos
Volto de um encontro com amigos, velhos e novos conhecidos, reunidos no álibi de aniversário de um dos presentes. Muitos e variados assuntos pautados em espaçosa e farta mesa de bar, aqui na Lapa. Eternas rivalidades futebolísticas, escárnio com a política das elites, fuxicos internos, tudo foi assunto. Mas, para minha surpresa, um tema que imaginava consenso teve forte polêmica: o ataque hediondo à brasileira Paula Oliveira, na Suíça, praticado por um grupo de neonazistas. Alguns alegaram ceticismo, motivados pela forma dos desenhos, incompatíveis com um ataque rápido. Outro, médico, lembrou de distúrbios na gravidez. E ainda lembraram das várias “barrigas” do Noblat, autor da notícia. Bom, quanto ao último argumento, impossível não concordar, mas do resto fui veemente em creditar o fato ao crescimento do fascismo no primeiro mundo, tendendo a ficar ainda mais acirrado com a crise do capitalismo. Voltei para casa. Aqui e agora, para ainda mais surpresa, vejo no Luis Nassif um post com o mesmo ceticismo assinado por membro de sua comunidade, com igual polêmica reproduzida nos comentários.
Já viajei pelo mundo, já vi de perto a cara da xenofobia, como se manifesta. E mais sei que o fascismo é um germe que está incubado no primeiro mundo. A cada momento ele pode aparecer. E a todo instante se revela, com a ameaça de assolar mais uma vez o mundo tal qual uma praga. O SVP, o Schweiz Volkspartei, é autor de cartazes onde três ovelhas brancas expulsam a pontapés uma ovelha negra. Nada mais explícito sobre o racismo que grassa naquela terra. E por mais contraditório, país formado por uma suruba de etnias: Celtas, entre eles os Helvéticos, submetidos ao império romano, depois invadidos pelos germânicos com Bargúndios, Alamanos e Lombardos, e pelos Francos, de Carlos Magno. Tudo isso para fazerem queijos, chocolates e tomar conta do dinheiro fajuto do planeta.
Não é só na Suíça. Nos EUA, formado por emigrantes há não muito tempo, a xenofobia se manifesta forte, inclusive contra brasileiros, aqui já mostrada em um vídeo. Continuo acreditando que é a História que tem como explicar o fenômeno. E o triste caso da brasileira Paula que explique a polícia, não a psicologia.
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Já viajei pelo mundo, já vi de perto a cara da xenofobia, como se manifesta. E mais sei que o fascismo é um germe que está incubado no primeiro mundo. A cada momento ele pode aparecer. E a todo instante se revela, com a ameaça de assolar mais uma vez o mundo tal qual uma praga. O SVP, o Schweiz Volkspartei, é autor de cartazes onde três ovelhas brancas expulsam a pontapés uma ovelha negra. Nada mais explícito sobre o racismo que grassa naquela terra. E por mais contraditório, país formado por uma suruba de etnias: Celtas, entre eles os Helvéticos, submetidos ao império romano, depois invadidos pelos germânicos com Bargúndios, Alamanos e Lombardos, e pelos Francos, de Carlos Magno. Tudo isso para fazerem queijos, chocolates e tomar conta do dinheiro fajuto do planeta.
Não é só na Suíça. Nos EUA, formado por emigrantes há não muito tempo, a xenofobia se manifesta forte, inclusive contra brasileiros, aqui já mostrada em um vídeo. Continuo acreditando que é a História que tem como explicar o fenômeno. E o triste caso da brasileira Paula que explique a polícia, não a psicologia.
Pausa nas férias: Clássicos no interior - 2
Estou chegando agora do Aldo Dapuzzo após assistir a um sensacional clássico Rio-Rio. O "Vovozão" Rio Grande saiu na frente e abriu 3x0 aos 20 minutos do segundo tempo. Quando todos esperavam uma goleada, o técnico do "Guri Teimoso" mexeu no time, tirou os meio-campistas Beiço e Conga, mexeu no ataque e conseguiu o empate.
Na decisão por pênaltis, o zagueiro Pelé, do Riograndense, deslocou o goleiro Patrick, mas chutou na trave. O Rio Grande classificou-se para as finais contra o São Paulo, mas o Riograndense teve um retorno digno ao futebol no ano de seu centenário. Como bem definiu o comentarista de uma rádio da região, foi um espetáculo espetacular!
Sucessão Mineira: Jogada de Mestre
Sobre o quadro eleitoral mineiro, uma boa avaliação do Blog do Bruno, de Belo Horizonte, traçando um cenário com a vinda de Pimentel para o governo federal, provavelmente o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), devendo ainda ser o principal coordenador da campanha de Dilma 2010. Nesse caso, Patrus Ananias disputaria o governo mineiro, aglutinando em torno de si boa parte do consórcio governista, e ainda dando à Dilma um ótimo palanque no segundo colégio eleitoral do país. De fato, é uma jogada de mestre, pois unifica o PT mineiro que chega em 2010 com chances de chegar ao Palácio da Liberdade, ao mesmo tempo a candidata Dilma tem um quadro respeitável (apesar das diferenças que guardo) para um futuro governo. Segue o post logo abaixo:
Do Blog do Bruno
Jogada de mestre
José Sarney foi eleito presidente do Senado e Michel Temer, da Câmara. Isso tem monopolizado as atenções dos comentaristas políticos, que tentam analisar quem ganhou e quem perdeu com essas eleições. E não tem havido consenso; uns dizem que Lula saiu vitorioso e outros, que ele sofreu uma derrota. Há também os que dizem que ele ganhou no Senado e perdeu na Câmara, pois Sarney lhe é simpático e Temer faz parte da "ala tucana" do PMDB. O único consenso que existe é que essas eleições no Congresso serão importantíssimas para o pleito presidencial de 2010. Quanto a isso não restam dúvidas.
Do Blog do Bruno
Jogada de mestre
José Sarney foi eleito presidente do Senado e Michel Temer, da Câmara. Isso tem monopolizado as atenções dos comentaristas políticos, que tentam analisar quem ganhou e quem perdeu com essas eleições. E não tem havido consenso; uns dizem que Lula saiu vitorioso e outros, que ele sofreu uma derrota. Há também os que dizem que ele ganhou no Senado e perdeu na Câmara, pois Sarney lhe é simpático e Temer faz parte da "ala tucana" do PMDB. O único consenso que existe é que essas eleições no Congresso serão importantíssimas para o pleito presidencial de 2010. Quanto a isso não restam dúvidas.
Mas o jogo de xadrez não se limita a isso. Lula, ao que parece, está prestes a fazer uma jogada de mestre: o presidente convidará Fernando Pimentel para presidir o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, dando ao ex-prefeito o status de ministro.Você logo vai saber por que eu acho esse convite tão genial.
O PT mineiro está dividido em 2 grupos: o de Fernando Pimentel e o de Patrus Ananias, ambos querendo concorrer ao governo em 2010 -- qualquer um dos dois disputaria a eleição com grande chance de vencer. Esse racha ficou mais escancarado nas últimas eleições, quando Pimentel enfiou o Marcio Lacerda e a aliança com os tucanos goela abaixo do partido. Patrus não gostou, e fez questão de dizer isso aos quatro ventos. Embora no final tenha vencido a parada, com a eleição de Lacerda, Pimentel ficou sem clima no partido e está sendo tachado de traidor por muitos eleitores da esquerda mineira. Eles avaliam que Pimentel entregou de mão beijada a prefeitura de BH, que foi governada com muito sucesso por PT e aliados por 16 anos, para a turma do Aécio (em troca, este o apoiaria na eleição para o palácio da Liberdade, em 2010), por uma pura questão de ambição pessoal. Enfim, foi a famosa vitória de pirro. Chegou-se até a falar aqui nos botecos de BH que Pimentel, enfraquecido e prevendo-se sem espaço, deixaria o PT rumo ao PSB e à uma secretaria no governo Aécio.
Fernando Pimentel, apesar desse erro estratégico de andar a reboque de Aécio, é um excelente quadro do PT, não há como negar. Mas só há uma vaga para candidato a governador pelo PT nas próximas eleições, e, na opinião da maioria dos petistas e de outros eleitores de esquerda de Minas Gerais, essa vaga tem de ser de Patrus Ananias. E é aí que entra a jogada genial de Lula. Pimentel está fragilizado dentro do PT e, magoado e prevendo que seria preterido na disputa interna com Patrus, poderia deixar o partido, que perderia um ótimo quadro e um político para lá de popular, além de correr o risco de o ex-prefeito engrossar as fileiras adversárias. A intenção de Lula com esse convite seria "resgatar" Pimentel e, daqui a um ano, torná-lo homem-forte da campanha de Dilma. Ele seria o Palocci dela. E, em caso de vitória da petista, seria o seu provável ministro da Fazenda.
Com esse lance, Lula contentaria os dois gigantes do PT mineiro. Abriria caminho para que Patrus fosse o candidato a governador, sem ter enfrentar uma desgastante disputa interna (lembre-se, estamos falando de Minas Gerais. As disputas aqui se dão silenciosamente, nos bastidores, mas são violentíssimas) e prestigiaria e estimularia o ex-prefeito Pimentel, que, com certeza, se engajaria ao máximo na campanha de Dilma. Esta, por sua vez, também não sairia de mãos abanando: ela teria um ótimo palanque em Minas Gerais com o Patrus e um aliado de peso na condução da sua campanha e um quadro muito interessante no seu ministério.
É notório que, se não der um daqueles seus famosos tiros no pé, o PT é talvez o grande favorito a ganhar a próxima eleição para o governo do estado que tem segundo colégio eleitoral do Brasil, o que, além de tudo, seria importantíssimo para as pretensões de Dilma (sabemos o quão importante é ter um bom palanque em Minas Gerais para se vencer uma eleição presidencial no Brasil, não é mesmo?). Lula é esperto, e está planejando fazer a jogada certa, dar o golpe de mestre, para evitar a possibilidade de uma indigesta disputa interna, que poderia tirar o seu partido da privilegiada posição em que se encontra em Minas Gerais.
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