Do Blog do Renato Rovai: Tucano é símbolo de campanha do governo Serra (14/01/2008)


Comentário deste blog: A imagem publicada no blog do Rovai é reveladora. Governo tucano utiliza o símbolo do PSDB para fazer propaganda de reserva ambiental. E numas das mais movimentadas rodovias paulistas, a Rodovia dosImigrantes. Além de promover o governo paulista, aproveita para promover o próprio partido. E tudo com o dinheiro público, vindo dos cofres do Estado de São Paulo. Nessas situações é que vemos a brutal diferença de tratamento dispensado por algumas instituições. Só para não ficar falando sozinho, pergunto como ficam o Ministério Publico, a imprensa sempre vigilante, as ONGs de transparência do gasto público, o Tribunal de Contas do Estado ou a oposição política na Assembléia Legislativa paulista. E cadê a indignação dos paulistanos”.

Veja o que o Blog do Rovai publicou:

O governo do Estado de São Paulo perdeu completamente o pudor. A placa publicitária da foto está instalada no início da descida da Rodovia dos Imigrantes, estrada que liga a região metropolitana de São Paulo à Baixada Santista. Supostamente está ali para informar que a área faz parte do Parque Estadual da Serra do Mar. Na verdade é campanha descarada do PSDB e paga com dinheiro do contribuinte do estado de São Paulo.

Para os leitores de outros estados, vale registrar que a Imigrantes é a rodovia mais freqüentada no verão paulista, milhares de carros transitam diariamente nela nesta época do ano, já que faz a ligação da capital e do interior com as praias do estado.

Este blog está solicitando explicações a respeito da campanha para a assessoria do governo do Estado e para a Agência de Transporte do Estado de São Paulo, que assinam a campanha.

Este blog quer saber:

1) Por que um tucano foi o escolhido como símbolo da campanha?
2) Por que esse tucano tem as cores azul e a amarelo como o tucano do PSDB?

3) Quanto custou a placa publicitária desta campanha e se ela está instalada em outros pontos ou se há outras peças publicitárias com este mote?
4) Por que o mico está ali fazendo companhia ao tucano? Por acaso o mico tem alguma relação com o preço do pedágio de R$ 15,60 que o cidadão paulista paga para andar os poucos quilômetros desta estrada?

Atualizando: Às 16h15 este blog entrou em contato com as assessorias de imprensa do governo do Estado de São Paulo e também da Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp) que também assina a publicidade. As jornalistas responsáveis ficaram de responder ao blog, mas até o momento nada.

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Nassif traz novas informações sobre Oi/Telemar-Brasil Telecom

Do Blog do Luís Nassif

Ontem houve uma reunião no BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social) entre representantes da Oi e diretoria do banco. Nos últimos dias, entre representantes da Oi e fundos de pensão। O jogo está transcorrendo de maneira sigilosa, devido aos desdobramentos de mercado.

Conversei com uma das pessoas que está capitaneando as negociações, do lado do setor privado.

Do ponto de vista da lógica das empresas, a operação obviamente faz sentido. Ontem, Manuel Horacio, ex-presidente da Telemar, me contou que em 2000 fez a proposta de fusão a Daniel Dantas.

Na época, pensava-se que a fusão ajudaria a baratear bastante as metas de universalização, já que a Telemar é mais esparramada e a Brasil Telecom mais concentrada.

Hoje em dia, as duas empresas tem ótima geração de caixa, os investimentos na telefonia fixa já foram feitos, em sua maioria, a última milha (a instalação na casa do usuário) praticamente concluída. A geração de caixa permitiria acumular recursos para avançar sobre outros paises.

O negociador atual concorda com essa lógica. Acha que existe um bom espaço para avançar na América do Sul e África, não sobre paises mais desenvolvidos, que exigem fôlego maior e estão cercados por legislações restritivas ao capital estrangeiro.
Juntando as redes da Oi e da Brasil Telecom, a nova empresa teria um backbone (o esquema de ligações centrais de linhas) do tamanho da Embratel. Com isso aumentaria potencial de competição na longa distancia.

Além disso, a Brasil Telecom controla uma empresa que possui conexão própria de fibra ótica com o exterior. De seu lado, a Oi tem satélite. Quando a comunicação circula dentro da própria rede, aumenta a rentabilidade, já que economiza os custos da interconexão (pagamento pelo uso de redes de terceiros).Assim, a competição ficaria entre três grandes operadoras – Telefônica, American Moviles e a nova – com backbones nacional e internacional.

Do lado do governo, a idéia geral é que as mudanças legais ocorrerão se houver garantia de que o jogo será para valer. Ou seja, se não meramente uma operação para permitir a venda da empresa para terceiros.

Uma eventual fusão ou aquisição valorizará substancialmente as ações. Depois, sua pulverização no mercado valorizará mais ainda. Quem garante que, terminada essa fase, os controladores não passem a empresa adiante?

Esse é o primeiro dilema. O segundo, são os recursos para a aquisição. Até hoje a Telemar foi administrada com enormes conflitos de interesse entre os acionistas e as empresas. Minha fonte garante que todos estão cansados de briga e o momento é de união para se fazer a grande tele nacional.

O governo acha que com uma “golden share” (ação especial que dá direito a vetos) e com acordo com o BNDES e os fundos, esse risco de venda futura ficará minimizado. Mas há a questão da governança – a maneira como a empresa será gerida.
Enquanto os termos do acordo não estiverem claros e públicos, o enigma continua.

Comentário do blogueiro: Concordo com o Nassif. Quanto mais informação, melhor. Realmente, se os termos do acordo não tornarem públicos e compreensíveis, é natural surgirem especulações sobre as motivações do negócio. E isso não é bom para o governo, nem para boa parte dos acionistas minoritário. Espera-se por maiores detalhes, inclusive sobre a provável participação do BNDES e dos fundos de pensão.

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Blog do Alon: O saldo das privatizações (publicado 15/01/2008 no Correio Brasiliense na Coluna Entrelinhas)

Os governos talvez estejam à altura das expectativas do mercado e dos amigos empresários, mas prestam pouca atenção às necessidades do Brasil e dos brasileiros. Aqui, privatização é transferência de monopólio.
Por Alon Feuerwerker

As negociações entre a Oi (ex-Telemar) e a Brasil Telecom para a constituição de uma megacompanhia de telecomunicações ainda vão dar pano para manga, pelo tamanho do negócio, pelas relações dos negociantes com o governo e pela conhecida capacidade bélica dos protagonistas. Quem defende a fusão aponta as vantagens de se formar uma empresa de capital brasileiro com musculatura suficiente para ser um player global. Quem a ataca alerta para os riscos que a monopolização traz ao consumidor e ao próprio mercado. Acompanhemos os próximos capítulos.

O episódio, de todo modo, é uma nova oportunidade para que se discuta qual foi, enfim, o saldo das privatizações desencadeadas a partir do governo de Fernando Collor (1990-92) e levadas ao auge no mandato de Fernando Henrique Cardoso (1995-2002). Como todo debate de viés ideológico, nota-se aqui uma grande dificuldade para medir objetivamente a relação custo/benefício para o cidadão comum.

Na telefonia, por exemplo, é verdade que o uso do telefone universalizou-se. Especialmente o uso de telefone celular. É fato também que o brasileiro paga caro, muito caro pelos serviços telefônicos. No setor bancário, onde a privatização foi acompanhada da abertura do mercado nacional aos bancos estrangeiros, a situação do consumidor é pior ainda, massacrado que está pelos juros extorsivos, pelas tarifas abusivas e pelo péssimo tratamento que recebe — a não ser que esteja incluído na categoria dos com muito dinheiro.

E as estradas? A evolução das condições delas veio acompanhada de pedágios cuja rentabilidade já chegou a ser comparada publicamente, por um subprocurador da República, à obtida no tráfico internacional de drogas. O setor reagiu com indignação, é claro, mas ficou a dúvida. Especialmente depois que o governo federal leiloou recentemente concessões de rodovias pelas quais obteve preços de pedágio bem mais baixos. Ainda que isso tenha sido conseguido à custa de entregar, infelizmente, de graça a exploração de estradas federais a mãos privadas.

Sem falar no polêmico caso da venda da Companhia Vale do Rio Doce, recentemente reapelidada apenas de Vale, num esforço de popularização que coincide com crescentes questionamentos à legalidade do negócio feito lá atrás. O caso está na Justiça. Ela deverá se manifestar em algum momento sobre a entrega da companhia por cerca de trinta vezes menos do que vale (sem trocadilho) hoje. Os que defendem a privatização da Vale dizem que ela se valorizou exatamente por ter saído das mãos do estado. Do que discordam os adversários do negócio, apontando como exemplo a Petrobrás, que mesmo estatal vai muito bem, obrigado.

É uma polêmica e tanto. Assim como a Vale pode ter sido vendida teoricamente bem abaixo do preço, há situações no setor elétrico em que aconteceu o contrário. Em que a receita obtida pelos compradores não justificou o tamanho do investimento. Como na venda da Eletropaulo para a AES. Onde apareceu um transtorno de outro tipo. As garantias se mostraram um tanto frágeis, o que levou o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) a ter que absorver parte do problema. Mais uma vez, a conta ficou para o público.

Há casos em que a privatização deu em nada. Como nos trens. Não tínhamos um sistema ferroviário compatível com o tamanho do Brasil e continuamos não tendo. E não há sinal de que essa realidade vá mudar. Aliás, pode-se dizer que mesmo depois da privatização somos o país, entre os grandes, com a mais insuficiente malha ferroviária do planeta. O que se torna mais grave à medida em que avançamos para ser o principal produtor mundial de grãos. Uma nação com as nossas dimensões e a nossa produção transportar soja de caminhão é um completo absurdo. Para não falar na tragédia que é o bloqueio (supostamente) ambiental a uma agenda nacional de expansão das hidrovias.

De todo esse portfólio, resta a constatação de que os governos recentes talvez tenham estado à altura das expectativas do mercado e dos amigos empresários, mas vêm prestando pouca atenção às necessidades do Brasil e dos brasileiros. Aqui, privatização tem sido sinônimo de transferência de monopólio, das mãos do estado para as do setor privado. Sem que haja, aparentemente, vontade política de promover uma ruptura que favoreça o país e os consumidores.


Comentário do blogueiro: Uma matéria muito boa. As privatizações no geral foram cercadas de lances pouco republicanos. Há um mar de lama envolvendo muitas privatizações. Não é uma questão de ser contra ou a favor das privatizações. É apenas uma constatação de como se deu o processo. No caso da telefonia, alçada como sucesso da privatização, também não fugiu à essa regra. Apenas para refrescar a memória, lembro o caso dos grampos na privatização de Telemar. O escandaloso aqui é que os grampos mostram possível envolvimento do Presidente Fernando Henrique e do presidente do BNDES à época para favorecer determinado grupo no leilão de privatização. Mas tudo acabou em pizza. O problema político do governo no caso da fusão é justamente trazer para si uma podridão que estava no colo de seus adversários, não do governo atual. Dessa forma, sou da opinião de que o governo deverá fazer exigências para apoiar a mudança na legislação que permita a conclusão do negócio. Uma exigência poderia ser uma ação "gold share", uma ação especial que dá ao governo direitos de vetos. Outra questão é a garantia de fornecimento nacional de equipamentos. Além disso, a participação do BNDES deve ser condicionada, incluindo um acordo com os fundos de pensão que garanta maior governança corporativa.
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Do Blog do Alon: Mostrem-me um único caso

Do jornalista Alon Feuerwerker
Sou, francamente, tomado pelo tédio diante das notícias sobre o quiprocó orçamentário decorrente da perda da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). E sobre a brava luta da oposição contra o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) dos bancos. Um detalhe porém chama a atenção. Fazia tempo que políticos não se sentiam tão à vontade para defender abertamente a intocabilidade dos lucros dos bancos, sem subterfúgios e sem mistificações.
Parabéns à oposição brasileira. Derrubou um imposto razoavelmente justo e que financiava institucionalmente a saúde pública e os programas sociais e agora sai de peito aberto na defesa dos lucros dos bancos. Onde isso vai dar, não sei. Aproveito para lançar um desafio nesse tema dos impostos. Eu quero que os partidários de uma menor carga tributária apontem um único governo do PSDB ou do Democratas durante o qual a arrecadação tenha crescido abaixo da inflação. Ou seja, em que a receita tenha se reduzido em termos reais. Ou então caído como proporção do produto. Pode ser um governo municipal ou estadual -sem falar nos dois mandatos de Fernando Henrique Cardoso. Mostrem-me um único caso que seja. Não peço necessariamente exemplos em governos muito importantes. Pode ser qualquer lugarejo, qualquer buraco de fim de mundo. Vamos discutir esse assunto em termos práticos. Onde foi que a atual oposição, quando no poder, reduziu a carga tributária? Aliás, aproveitem para me contar qual foi o preço do produto ou serviço que caiu por causa do fim da CPMF. E também estou sendento para saber como mesmo os números da Receita Federal neste começo de 2008 justificam as teses de que o maior dinheiro disponível nas mãos das pessoas geraria uma arrecadação adicional capaz de compensar o fim da CPMF. Teses ao vento. Conversa fiada para não pagar imposto. E para causar dificuldades ao país, na esperança de que isso enfraqueça o governo. Por falar em movimentos de classe média nessa área, tem agora uma turminha do Rio que não quer pagar o Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU). Meus votos sinceros de que o prefeito Cesar Maia (DEM) passe por cima desse pessoal como um rolo compressor. Que os cartazes soviéticos em seu gabinete inspirem-no.

Comentário do blogueiro: Muito boa a análise feita pelo Alon. Parece ser mesmo muito difícil para PSDB e DEM encontrarem um único caso sequer de adesão da tese de redução da carga tributária em suas administrações. Pelo visto, a bandeira empunhada pela oposição é conversa para boi dormir. É pura balela. O que é um sinal de que a própria oposição não acredita em suas bandeiras. Mas querem que o eleitorado entre na sua onda. Se você quiser acreditar que o PSDB e o DEM são a favor da redução do Estado (e da carga tributária por consequência), que acredite. Tem gente diposta a acreditar em duendes, assim como nos políticos. É só não reclamar depois.
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Justiça cega e burra

“Estou de férias no interior de Minas Gerais, mas tenho acompanhado a discussão sobre sigilo bancário com a implementação de uma nova medida da Receita Federal para substituir em parte o instrumento fiscalizatório da CPMF.”

De Tales Faria, do Blog dos Blogs:

Li ontem no Último Segundo: "O Supremo Tribunal Federal (STF) poderá derrubar o novo instrumento que o governo criou para fiscalizar as operações financeiras com o fim da CPMF. O ministro do Supremo Marco Aurélio Mello considerou a medida da Receita Federal uma quebra de sigilo bancário generalizada e adiantou que o tribunal deverá considerar a decisão do governo inconstitucional, caso tenha de julgar alguma ação nesse sentido."

O ministro Marco Aurélio Mello fez questão de frisar que está há anos no Supremo e que sabe muito bem como funciona a Casa. Por isso, sente-se seguro para afirmar que seus colegas votarão pela derrubada da instrução normativa da Receita segundo a qual os bancos são obrigados a informar qualquer movimentação de seus clientes superior a R$ 5 mil.

De fato o ministro conhece muito bem os seus pares e, se está dizendo que eles devem votar pela derrubada da norma da Receita, é porque vão derrubar sim.Mas eu já acho essa história de sigilo bancário um negócio mal colocado. Que as contas têm que ser tratadas com sigilo, em geral, tudo bem.

Mas sigilo em relação aos órgãos fiscalizadores só beneficia os ricos. Pobre não tem problema com este tipo de sigilo bancário. E só beneficia para o quê? Para esconder da Receita e dos órgão fiscalizadores alguma prática não-republicana que o banco ou o cliente, ou ambos, estejam praticando. Aí vem o ministro do Supremo e diz que, dentro da técnica jurídica, a norma da Receita é inconstitucional. E deixa claro que ela será derrubada.

Vamos lá, ministro, essa interpretação de sigilo não deveria ser alterada? Quando um órgão fiscalizador do governo entra na conta do cidadão, não deve ser interpretado como quebra de sigilo: quebra haverá se este órgão divulgar a tal informação. Enquanto estiver com ele, a informação continua sob sigilo. Ponto. O próprio STF pode baixar uma interpretação destas, se quiser.

O fato é que, desde que a CPMF permitiu acompanhar as movimenações financeiras dos correntistas, a Receita e a Polícia federais pegaram um monte de larápios. Caiu a CPMF, a Receita vem com uma norma pra minimizar o problema e o STF aparece com esta? Fala sério, ministro!

Comentário do blogueiro:
O sigilo bancário é uma relação entre Estado e sociedade. A constituição garante que o Estado proteja o sigilo bancário dos cidadãos. E só isso. Não há nada que se falar de sigilo entre diferentes órgãos fiscalizadores do próprio Estado. Aliás, é obrigação deste fiscalizar os seus cidadãos, incluindo transações financeiras suspeitas. E isso é feito para o bem da sociedade.

Se um órgão obtém informação (no caso, movimentações bancárias) de outro órgão para exercer sua função fiscalizadora e mantém seu sigilo perante terceiros na sociedade, não há quebra de sigilo (como bem disse o texto acima).

Agora, vem o ministro do STF dizer que a Receita Federal utilizar dados do Banco Central para sua função fiscalizadora é quebra do sigilo bancário. É uma interpretação da Constituição que, segundo ele, seria também dos outros ministros do STF.

É simplesmente absurda tal interpretação da Carta Magna. E como tal, não está escrito em lugar nenhum da Constituição (é apenas interpretação). Entendo que nada impede que os ministros do STF mude a interpretação, voltando-se mais para os interesses da sociedade em geral. E não para um punhado de ricos sonegadores.

Os ministros deveriam refletir melhor sobre isso, e mudar de vez essa interpretação. E não ficar jogando bola para a imprensa.

Lembrete: o sigilo nos termos colocado pelo ministro Marco Aurélio só beneficia os sonegadores. Os pobres mortais não ganham nada com isso.
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