AdSense: Chega de prostituição!

Está virando uma praga. Muitos blogueiros estão sendo seduzidos pelas parcas comissões que o Google oferece para seus anúncios. O resultado é uma suruba capitalista para se vender de tudo o possível que faça sentido com as palavras de nossos outrora independentes blogs. Sim, se a primeira vítima é a boa diagramação, com um fuzuê de anúncios misturados ao texto, é a independência a maior vítima. Se o nosso blogueiro reclama da companhia de seu celular, lá aparece a mesma empresa vendendo seu último produto. Se é uma delicada análise das relações afetivas, vende-se um amor rápido em um site de “namore já”.

Nada é novo. Jornais, revistas, TVs, todos são sujeitos às mesmas leis capitalistas. Você ajuda a vender, junto vêm seus compromissos. Alguém acredita em falta de obrigações quando sua receita depende de alguns certos anunciantes? Toda a grande mídia tem sua lista de pautas proibidas. É este o mundo que alguns estão entrando. Blogs ainda são a esperança de uma outra versão dos fatos. A possibilidade da informação surgir nua, crua ou não, e servir de contraponto aos limites do jornalismo de pura propaganda da grande imprensa.

Não vamos com esta sedução imaginar estar reinventado a roda, ou o fogo. Lembro agora de uma aula de um antigo professor que citou um fato verídico acontecido na década de 30 do século passado, no Ceará. Um criativo fazendeiro inventou uma mistura moderníssima que permitiu eliminar várias pedras que atrapalhavam o caminho do seu gado. Os jornais locais o chamaram de gênio. Repercutiu até no sul. Ele havia descoberto que salitre, carvão e enxofre faziam aquele efeito. Quis até registrar a invenção.

Não precisamos redescobrir a pólvora. Blogs e anúncios não combinam. Melhor ganhar dinheiro mais honestamente, e fazer o bom jornalismo que a grande mídia não tem como fazer com o seu enorme rabo preso.
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O dono da bola

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Dura vida de baluarte da direita

Uma nota na última Carta Capital dá a Denis Rosenfeld o papel de primeiro neoliberalóide comercial de nossa mídia. Um exagero. O professor de ética política da Universidade do Rio Grande do Sul, embora algumas vezes citado por profetas da direita em alguns recantos do país, tem sua fama restrita às proximidades do Chuí. O que permite refletirmos o quão regionais eles o são. Exceção e justiça seja feita a Diogo Mainardi, graças a enorme tiragem da Veja, que o coloca em um palenquezinho bem remunerado há anos. E apenas a isso, vale registrar. Mais correto seria lembrar de nomes como Roberto Campos, Eugênio Gudin e Gustavo Corção, que freqüentaram quase cotidianamente páginas de jornais, como porta-vozes do mais legítimo pensamento da direita. Ganharam para tal.

Interessante que os três se formaram em engenharia. O primeiro foi diplomata, passou a se interessar por economia, tendo participado até da Conferência de Bretton Woods, aquela que forjou o enorme “banco imobiliário” que ainda estamos vivendo e que ajuda a empurrar o capitalismo para o buraco. Gudin se interessou por economia em 1920 quando passou a publicar artigos no O Jornal, do Rio de Janeiro. Algum tempo depois foi ser seu diretor de redação. Corção foi pensador católico, autor de vários romances e ensaios, um dos participantes mais constantes e ativos da imprensa carioca. Todos, ainda hoje, têm seus textos lembrados e citados pela nata do pensamento liberal.

Penso que deve ser difícil entrar hoje neste mundinho não tendo um bom curriculum de pensamento conservador. Daí, imagino as dificuldades de um Ali Kamel, depois de uma curta carreira de repórter, que tenta agora publicar seus primeiros livros e fazer polêmica para agradar seus chefes, atualmente enrolado em disse-me-disses prosaicos com Luis Nassif. Logo ele que justificou ontem algumas de suas últimas tentativas desastradas de opinião em carta de leitores no Globo como “Nota da redação”. Ou seja, o diretor do jornalismo da TV Globo também é a redação do jornal O Globo. Tem em suas mãos todo o poderio da mídia e se sujeita ao triste papel da retórica diversionista, evitando ser desnudado em sua impostura como teórico de qualquer assunto.

Claro, não vamos por isso ressuscitar Gudin, Corção ou Bob Fields, melhor esquecê-los todos.
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As bancas são agora da Abril

Com a compra da Fernando Chinaglia pela Abril, anunciada dia 11 último, o processo de monopolização da mídia tupiniquim deu um de seus maiores e derradeiros passos. O que mais falta? A empresa era responsável pela distribuição de revistas como Carta Capital, Fórum, Diplô, entre outras. Agora todas ficam sujeitas à política da Abril. O que vocês acham que vai acontecer. É caso para ação no Cade, para irmos às ruas.
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Dilma

para presidente!
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