Mostrando postagens com marcador tradução. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador tradução. Mostrar todas as postagens

Como traduzir qualquer página de praticamente qualquer língua

Para desespero dos que não acham importante auxiliar os monoglotas, ainda que de maneira longe do perfeito, eis um método para traduzir qualquer página com um único clique do mouse:
  1. Entre no Google Tradutor.
  2. Clique em Ferramentas e Recursos.
  3. Desça até "Faça traduções com um clique na barra de ferramentas do seu navegador".
  4. Clique no botão (texto com fundo azul) "português", mantendo pressionado o botão direito do mouse.
  5. Arraste o botão até a barra de endereços que aparece no alto do seu navegador, logo abaixo de onde você escreve "www." para entrar em uma página.
  6. O botão vai aparecer no local que você colocou.
  7. Para usar a tradução automática, primeiro entre em uma página em praticamente qualquer língua estrangeira, depois clique no botão "português" da barra de endereços. Em alguns segundos a tradução estará pronta.
  8. Aproveite!
Outra opção é usar o Google Chrome.
Clique para ver...

O nada do Gênesis 1 nadificou-se como erro de tradução

Para a teóloga e especialista em hebraico Ellen Van Wolde (foto), da Universidade Radboud, na Holanda, "Agora é insustentável a visão tradicional de Deus como o criador" (Telegraph.co.uk). Isso porque essa visão estaria apoiada em um erro de tradução milenar, o qual levou filósofos como Agostinho e Tomás a supor que o Gênesis 1 trataria da criação do universo a partir do nada.

O estudo de Van Wolde foi publicado em uma edição de 2009 do Journal for the Study of the Old Testament [Revista de Estudo do Velho Testamento]:

O exame do verbo ברא [bara] no Gênesis 1 leva à conclusão que o verbo ברא em Gênesis 1 não significa "criar", mas "separar". Essa hipótese é subsequentemente testada contra evidência externa da literatura cognata na Mesopotâmia. Nesses relatos mesopotâmicos da criação, as linhas de abertura frequentemente descrevem os atos (divinos) de separação do céu e da terra. O verbo sumérico bad e o verbo acadiano parasu empregados nesses textos designam claramente "separar". Evidência textual da Bíblia hebraica também parece suportar essa hipótese. Por exemplo, o fato que na Bíblia hebraica o substantivo "criador" nunca é expressado com o particípio de ברא, mas sempre com o particípio de outros verbos. Assim, baseado em evidência linguística e textual interna e externa e em uma argumentação controlada, é altamente plausível e muito provável que o tipo de ação expressada pelo verbo ברא em Gênesis 1 é de um caráter espacial e físico muito concreto, e pode ser apresentado como "separar".

O artigo de Van Wolde foi resenhado por Jones Mendonça, em 15 de outubro de 2009, no blog Numinosum Teologia:

[...] a discussão gira em torno de novas possibilidades para a tradução do verbo hebraico bara (בָּרָא). Tradicionalmente esse verbo tem sido interpretado como dando a ideia de uma “criação do nada (ex nihilo)”. A autora faz comparações entre o capítulo 1 de Gênesis e o famoso e extremamente antigo mito sumeriano da criação. Este último relato não fala de uma criação a partir do nada, mas narra a organização do mundo em três níveis: céu, terra e mundo inferior, separados pela ação de uma das inúmeras divindades existentes. Para a autora do artigo, a Bíblia seguiria o mesmo padrão do relato mesopotâmico, mas foi interpretada de forma diferente ao longo da história do pensamento judaico cristão.

Na página 10 a autora chama atenção para os versículo 21 do primeiro capítulo do Gênesis. Para ela, esse versículo descreveria os tipos de animais que habitam um mundo existente em três níveis: mundo inferior (monstros marinhos), mundo intermediário (répteis) e mundo superior (aves). O texto teria a intenção de narrar a separação, e não a criação a partir do nada, dos animais que habitam esses três níveis.

Mendonça também mostra que o estudo de Van Wolde é importante para quem estuda filosofia medieval, pois o resultado de Van Wolde põe em xeque a ideia de criação a partir do nada, a qual não era questionada por filósofos medievais como Agostinho e Tomás. Ou seja, uma parte importante da teologia cristã estaria baseada em um erro de tradução.

O jornal Telegraph.co.uk de 8 de outubro de 2009 traz mais informações. Para Van Wolde, o tema do início do Gênesis não é o início dos tempos, mas o início de uma narração. O livro está contando a história de um personagem, Deus, o qual está separando céu e terra pré-existentes, de modo a torná-los habitáveis. Esse personagem criou os animais, incluindo humanos, mas não criou céu e terra. Ou, ao menos, não é disso que o livro se ocupa.

Ellen Van Wolde já trabalhou com o novelista e semioticista Umberto Eco, e é autora dos livros Words Become Worlds (1994), Narrative Syntax and the Hebrew Bible (1997) e Job 28.

A foto vem do blog Punto Franco.

Posted via email from cesarshu's posterous

Clique para ver...
 
Copyright (c) 2013 Blogger templates by Bloggermint
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...