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Olé & Repé

Nanquim ( bico de pena)
Publicado in Jornal do Mercado ( Porto Alegre, 02/2011)
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Olé & Repé

Bico de pena e nanquim, meio tom eletrônico.
Publicado in Jornal do Mercado  (Porto Alegre/RS, out/2010).
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A "boa educação" segundo Quino.

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Homem de Ferro, direitos autorais, trabalhadores

O que estes criadores ganharam para criar as aventuras do Homem de Ferro? Um frila por escrever a história, um fixo por página desenhada.

Hoje, a indústria americana de quadrinhos paga alguns royalties, às vezes, para os criadores, sem lhes dar direito autoral. É o modelo inevitável quando você está brincando com os brinquedos dos outros – personagens famosos, propriedades de corporações. Na época que o Homem de Ferro foi criado, era uma graninha por página e olhe lá. Era o esquema, os contratos eram legais e ponto – o famoso “work for hire”, ou no Brasil CCDA, Contrato de Cessão de Direitos Autorais. Eles sabiam o que estavam assinando. Mas não podiam prever as fortunas que seriam geradas a partir de suas criações.

A Marvel foi vendida para a Disney em 2009 por US$ 4,2 bilhões. Hoje, os artistas que criaram o universo Marvel nos anos 60 e 70 estão velhos – quando ainda estão por aí. Muitos mal de saúde, sem grana, sem seguro para cobrir suas despesas. É tanta gente na pior que existe até uma fundação, chamada The Hero Iniative, dedicada a levantar fundos para ajudar quadrinistas velhinhos.

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Wander Wildner por Allan Sieber

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¡Fuerza Chile!

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Sieber libera uns personagens (Madrugada do Cão)

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Liberdade (Madrugada do Cão)

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O Clube da Tautologia (Madrugada do Cão)

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Prece atendida (Madrugada do Cão)


Malvados. Clique na imagem para ampliá-la.
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Os chatos (Madrugada do Cão)

Do Allan Sieber. Clique na imagem para ampliar.
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O Duas-Caras (Madrugada do Cão)

Do xkcd. Clique para ampliar.
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O trabalho no século 21

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Porta-hidroaviões (Madrugada do Cão)

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Divagação.

"Valentina" - Guido Crepax

And in the End, the Love You Take is Equal to the Love You Make...
(Lennon e McCartney)
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Descobertas Literário-Musicais num Botequim em Botafogo.

André Dahmer, "The Botika Hotel", janeiro de 2009.

Segunda à noite, num botequim em Botafogo, eu, a Vê e o André Dahmer jogávamos conversa fora sobre quadrinhos, projetos e inúmeras coisas mais, quando no meio do papo surgiu – mencionado pelo André - o nome do Botika. Poeta, músico, compositor e romancista, o cara é, nas palavras do Dahmer (que gosta tanto dele que já postou no Blog dos Malvados um desenho - que reproduzo acima – em homenagem à figura!), um puta talento. Chegando em casa, depois de muitas cervejas, fui procurar no You Tube o vídeo de uma canção do Botika, “Mais de Uma Janela”, gravada pelo Qinho (da banda Vulgo Qinho & Os Cara) e muito elogiada pelo André. Realmente a música é bem legal, com um refrão que gruda nos ouvidos, uma melodia gostosa e uma letra aparentemente despretensiosa, mas com altas sacações. Além disso, o vídeo também ficou muito interessante, com suas imagens fragmentadas e várias referências visuais - concretas e simbólicas - a janelas. Porém, confesso que não gostei muito desta gravação: a música merece um registro melhor – fora do já batido “Voz e Violão” - e um arranjo mais elaborado. Mas o André tem razão: o cara é realmente bom! Já encomendei em uma livraria virtual um exemplar de “Uma Autobiografia de Lucas Frizzo”. Estou curioso para ver (e ler) como é o Botika romancista.

Confira o vídeo de "Mais de uma Janela":

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O Sete de Setembro, Marina Silva e Outras Abobrinhas Bem (?) Temperadas.

Amanhã comemora-se o Sete de Setembro. Sem entrar em um longo e cansativo debate historiográfico sobre o caráter conservador e excludente de nossa independência, vocês sabem o que de fato me incomoda nesta data? É perceber que uma parcela significativa da população não tem a menor noção do porquê deste feriado. E pior: não necessariamente é aquela parcela com menor escolaridade...

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E por falar na Independência do Brasil, uma figura ímpar da nossa História que não pode ser esquecida é a de José Bonifácio de Andrada e Silva. Embora conservador em política, Bonifácio defendia o fim do trabalho escravo, o confisco das propriedades improdutivas e o fim dos privilégios concedidos aos comerciantes estrangeiros. Ou seja, um dia o Brasil já teve conservadores lúcidos. Porém, atualmente, quando olhamos para nosso parlamento, os conservadores que vemos são figuras do porte de um Demóstenes Torres, de um Ronaldo Caiado, de um Heráclito Fortes, de um ACM Neto e de outros nomes que pessoas bem-educadas devem evitar pronunciar... Décadence sans élégance.

Em tempo: quem quiser saber um pouco mais sobre a vida e a obra de um dos mais interessantes personagens da História do Brasil, não pode deixar de visitar o site José Bonifácio - Obra Completa, coordenado pelo jornalista e historiador Jorge Caldeira, que pretende vir a ser o maior acervo de documentos sobre este estadista oitocentista. Atualmente, ele já reúne uma quantidade de material suficiente para a edição de quase quatro dezenas de livros de mais de 300 páginas cada um.

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Em entrevista publicada em “O Globo” de hoje (05/09), foi perguntado à nova queridinha da mídia, a Senadora Marina Silva, se era incômodo para ela ter o Deputado Zequinha Sarney como um destacado membro do PV. A resposta da brava tribuna acreana foi a seguinte:

O fato de ser filho do presidente Sarney não significa que tenha que se responsabilizar por algo. Se eu cometer um erro, não quero que meus filhos sejam tratados com preconceito. Minha posição em relação ao Deputado Zequinha Sarney tem a ver com a trajetória dele no Ministério do Meio Ambiente. Dei continuidade a muitas políticas que encontrei. Ele goza do respeito da comunidade ambientalista.

Das duas uma: ou a nobre senadora, de fato, tem “Pollyana” e “Pollyana Moça” como livros de cabeceira (além de “O Menino do Dedo Verde”, é claro!) ou ela - que sempre cultivou a imagem de combativa, idealista e intransigente na defesa de seus princípios – está aprendendo de forma bastante rápida as artimanhas da realpolitik...
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Para quem não o conhece, André Dahmer é um dos melhores quadrinistas brasileiros da atualidade. Politicamente incorretas, na maioria das vezes (Graças a Deus! Ainda há cabeças pensantes neste mundo!), suas tirinhas - como a que reproduzo abaixo - vão direto na ferida.

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Tá bom. Dou o braço a torcer: o Dunga está fazendo um bom trabalho na seleção. Não há dinheiro que pague a cara do Maradona depois de mais uma derrota para o Brasil. E é em homenagem a Dom Diego que compartilho com vocês o tango “Cambalache”, de Enrique Santos Discépolo, na voz de Carlos Gardel. Seus versos iniciais são perfeitos: Que el mundo fue y será una porquería, ya lo sé,/en el quinientos seis y en el dos mil también;/que siempre ha habido chorros,/maquiávelos y estafáos,/contentos y amargaos, valores y dublé (...)


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Angeli - Hora do Jantar

Nestes tristes tempos - gastando o meu latim, recorro a Cícero: "O tempora! O mores!" - em que proliferam leis anti-qualquer coisa, não pude deixar de lembrar desta HQ do Angeli, publicada na "Chiclete com Banana" nos longínquos anos 80 do século passado.

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