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SERRA E AS “MENININHAS BONITAS”

Laerte Braga


O desespero do candidato José FHC Serra diante dos números revelados pelos quatro maiores institutos do País em suas pesquisas sobre intenção de votos do eleitorado, somado a absoluta falta de princípios, programa e respeito pelo ser humano, que são características tucanas, foram as razões do pedido alucinado e degradante que José FHC Serra fez às “menininhas bonitas”.

Que cada uma delas mande um mail a quinze de seus pretendentes e peça o voto para ele sugerindo que aquele que assim o fizer terá mais chances.

Como entregar a presidência de um País como o Brasil, com dimensões continentais, em franco processo de crescimento, hoje potência mundial a um político com essa visão, se é que isso é visão?

É claro que o candidato tucano não imagina transformar o Brasil num imenso bordel, mas é óbvio que isso, se acontecer, não faz a menor diferença para ele.

Importante são os “negócios”. Mais que a ambição desmedida de ser presidente a qualquer custo, José FHC Serra segue a máxima de Paulo Maluf (a quem supera). Investir na conquista de um mandato, ainda mais o de presidente, representa quadruplicar o capital em quatro anos.

José FHC Serra fez esse pedido em Uberlândia, uma das mais prósperas cidades do estado de Minas Gerais (o de Aécio Neves e Itamar Franco), num comício onde a maior parte do público chegou de ônibus, foi recrutada em Belo Horizonte e recebeu em média 25 reais pela viagem, além das despesas de alimentação.

Como ficam Aécio Neves e Itamar Franco nessa história?

Não ficam, caiaram de quatro.

O ex-governador de Minas e agora senador eleito, sugeriu em meados de 2009 que o candidato do PSDB à presidência deveria ser escolhido em prévia interna e colocou seu nome. A candidatura de José FHC Serra está colocada desde o dia seguinte ao da eleição de 2002, quando foi derrotado por Luís Inácio Lula da Silva. Em 2006, prefeito de São Paulo, pré-candidato a presidência, percebeu que seria derrotado na convenção pelo então governador paulista Geraldo Alckimin. Renunciou à Prefeitura para candidatar-se a governador, desistindo da presidência.

A derrota de Alckimin fez renascer a candidatura José FHC Serra para 2010. Aécio era um empecilho desde o dia que rompendo o domínio paulista sobre o partido – PSDB – elegeu-se presidente da Câmara dos Deputados derrotando Inocêncio Oliveira, candidato do então presidente Fernando Henrique.

Em sua trajetória em direção à candidatura presidencial o mineiro elegeu-se e reelegeu-se governador do seu estado.

Construiu uma base política que lhe valeu agora, em 2010, uma esmagadora vitória para o Senado. De quebra arrastou o senador da segunda vaga, o patético ex-presidente (pensa que foi) Itamar Franco – na cidade de Itamar Franco, mais de 120 mil eleitores não votaram para senador, a cidade tem 330 mil eleitores). Teria sido mais negócio ter sido prefeito de Aracaju. Cama, comida e roupa lavada e passada, para chilique das “itamaretes”.

Nos meses que antecederam a escolha de José FHC Serra como candidato tucano em aliança com o DEM e a empresa PPS (o sócio majoritário é Roberto Freire), o ex-governador de São Paulo viu-se às voltas com situação semelhante à de 2006. Aécio ia comendo as bases tucanas pelas beiradas, José FHC Serra corria o risco de ser suplantado nas prévias e na convenção partidária pelo governador de Minas.

No velho estilo mafioso montou um dossiê contra Aécio Neves e enviou um recado claro ao seu adversário. O fez através do jornalista Juca Khfoury, seu amigo pessoal, na coluna do mesmo. Segundo Kfhoury, o ex-governador de Minas descontrolado deu um tapa em sua namorada num evento num hotel no Rio de Janeiro. Em comentários sobre a nota o jornalista sugere semelhanças entre Collor de Mello e Aécio Neves e deixa no ar a acusação que Aécio é usuário de drogas.

Aécio acusa o golpe, desmente a notícia, mas desiste de sua candidatura. Monta um dossiê contra José FHC Serra, onde, por exemplo, aponta as ligações de sua filha com o banqueiro Daniel Dantas e vários episódios de corrupção.

Renuncia ao governo de Minas para concorrer ao Senado, viaja para a Europa. mas antes declara que o seu primeiro compromisso é com “Minas e os mineiros”.

Retorna e ignora os apelos de José FHC Serra e do comando tucano para vir a ser o companheiro de chapa do presidenciável. Num dado momento, como José FHC Serra, na tentativa de seduzi-lo afirma que seria a salvação da chapa, declara –“se sou o salvador eu deveria ser o candidato a presidente” –.

Lança seu vice-governador Antônio Anastasia como candidato ao governo, declara apoio a Itamar Franco na segunda vaga para o Senado e vence as eleições em Minas, mas Dilma Roussef derrota José FHC Serra na composição chamada de DILMASIA. Mistura de Dilma com Anastasia, abertamente apoiada por Aécio.

Itamar Franco emerge dos escombros do cemitério de políticos e sai candidato ao Senado fiando-se no apoio de Aécio. É uma espécie de troca. Quando governador Itamar deu toda força a candidatura de Aécio já que não conseguiu ser indicado por seu partido de então, o PMDB, para disputar a reeleição.

A essa altura pela terceira ou quarta vez muda de partido e agora integra os quadros da empresa PPS, propriedade de Roberto Freire. Chegou a ter seu nome lembrado para a vice de José FHC Serra. Foi descartado, pois traria a lembrança que foi vice de Collor de Mello, no antigo PRN.

Por duas vezes José FHC Serra deixou de visitar Juiz de Fora (700 mil habitantes, duas horas do Rio, três de BH e seis de São Paulo, cidade pólo de boa parte da Zona da Mata mineira), sabedor que Itamar embora publicamente não o fizesse era hostil à sua candidatura.

Em seu twitter, em plena disputa entre José FHC Serra e Aécio pela indicação presidencial, Itamar faz critica direta ao ex-governador paulista por ter se apropriado da paternidade dos medicamentos genéricos, quando, de fato, foi o ministro Jamil Haddad quem teve a iniciativa. Registra a data inclusive, cinco de abril de 1993.

Critica FHC por ter se apropriado do Plano Real, idealizado e implantado a partir de seu governo, FHC era Ministro da Fazenda.

Terminado o primeiro turno das eleições Aécio e Itamar cujo compromisso de “Minas e os mineiros” foi reiterado em palanque diversas vezes, se atiram aos braços de José FHC Serra, caem de quatro e o compromisso com Minas e os mineiros vai para o espaço.

Na prática, servem Minas em bandeja de prata ao tucano.

Não foi por acaso que em Uberlândia, importante centro do agro-negócio, sede de uma Universidade Federal, uma das maiores cidades mineiras, que José FHC Serra conclamou as “menininhas bonitas” a se permitirem a concessões em troca de apoio a ele José FHC Serra.

Ato de desespero, de falta de respeito, de cinismo e dito num local onde os dois políticos vencedores das eleições no primeiro turno, Aécio e Itamar, mostraram absoluta falta de dignidade nas palavras e atos ditos e feitos no primeiro turno.

Fica claro que se merecem.

E claro também que ninguém joga Minas no lixo e trai os mineiros de forma impune.

Nem as “menininhas bonitas” de Minas e de qualquer outro estado do Brasil, se prestarão a esse papel sugerido por um político que almeja ser presidente da República.

Essa frase, esse pedido, essa sugestão, é a síntese do caráter de José FHC Serra. Deve ter sido abençoado por D. Luís Gonzaga Bergonzini e pela OPUS DEI, com a contribuição do pastor Malafia.                 

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Espalhe a verdade: cuidado com pesquisas de intenção de voto na reta final

Da página Espalhe a Verdade:

Cuidado com os boatos de pesquisas nesta reta final


O candidato a vice na chapa de José Serra, Índio da Costa (DEM), registrou no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) um novo pedido de pesquisa eleitoral a ser realizada pelo Instituto GPP durante esta semana. Alguém aí conhece esse Instituto?
O candidato a vice na chapa de José Serra, Índio da Costa (DEM), registrou no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) um novo pedido de pesquisa eleitoral (acesse http://www.tse.gov.br/sadAdmPesqEleAvisos/procPesquisaBySession.jsp?index=21 e busque pelo protocolo número 37295/2010) a ser realizada pelo Instituto GPP durante esta semana. Alguém aí conhece esse instituto?

Segundo a revista IstoÉ, o GPP é de Cesar Maia, que também é do DEM. Em sua página oficial na internet, lê-se apenas que o instituto “foi idealizado por um grupo de profissionais oriundos da Unicamp e concretizado por diferentes outros, de formação multidisciplinar, provenientes de distintos centros brasileiros de referência: Escola Nacional de Ciências Estatísticas do IBGE; UFF e UFRJ”. Muito esclarecedor.

Esta pesquisa, registrada no último dia 21/10 e que será realizada entre os dias 23 e 25/10, não é a primeira com cara, pinta e roupa de boato. Um recente levantamento divulgado pelo CNT/ Sensus foi na contramão de todos os institutos de maior credibilidade do país: enquanto Ibope, DataFolha e Vox Populi apontaram diferença entre 10 e 12 pontos entre Dilma e Serra, o Sensus trouxe um levantamento diferente, com vantagem de 5 pontos.

Outro dado que confere estranheza ao fato: para que uma pesquisa possa ser divulgada publicamente, ela deve ser registrada no TSE. Do contrário – se for usada apenas para uso interno – não é necessário o registro. Ou seja, é bem possível que tentem difundir na opinião pública os dados deste instituto pra lá de suspeito.

Será esta mais uma medida desesperada de nossos opositores nesta reta final de campanha?

Fique alerta! Espalhe a verdade!
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Pronunciamento da Coordenadação da campanha de Tarso Genro



Pronunciamento de Carlos Pestana, da coordenação da campanha de Tarso Genro [PT - Unidade Popular pelo Riogrande], após a divulgação da boca de urna, que aponta a vitória de Tarso no 1º turno com 53% dos votos.

Comitê do Candidato Tarso Genro, Barros Cassal, 68, Porto Alegre, RS.

Em 03 de outubro de 2010, 18h15min.
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A imprensa como partido político

Por Washington Araújo em 20/4/2010 no Observatório da Imprensa
Esperei baixar a poeira. Em vão, porque a poeira existiu apenas na internet. E tudo porque me causou estranheza ler no diário carioca O Globo (18/3/2010) a seguinte declaração de Maria Judith Brito, presidente da Associação Nacional de Jornais (ANJ) e executiva do grupo Folha de S.Paulo:
"A liberdade de imprensa é um bem maior que não deve ser limitado. A esse direito geral, o contraponto é sempre a questão da responsabilidade dos meios de comunicação e, obviamente, esses meios de comunicação estão fazendo de fato a posição oposicionista deste país, já que a oposição está profundamente fragilizada. E esse papel de oposição, de investigação, sem dúvida nenhuma incomoda sobremaneira o governo." E como a poeira não baixou resolvi colocar no papel as questões que foram se multiplicando, igual praga de gafanhotos, plantação de cogumelos, irrupção de brotoejas. Ei-las:

1. É função da Associação Nacional de Jornais, além de representar legalmente os jornais, fazer o papel de oposição política no Brasil?

2. É de sua expertise mensurar o grau de força ou de fraqueza dos partidos de oposição ao governo?

3. Expirou aquela visão antiquada que tínhamos do jornalismo como sendo o de buscar a verdade, a informação legítima, para depois reportar com a maior fidelidade possível todos os assuntos que interessam à sociedade?

4. Como conciliar aquela função antiquada, própria dos que desejam fazer o bom jornalismo no Brasil, como tentei descrever na questão anterior, com a atuação político-partidária, servindo como porta-voz dos partidos de oposição?

5. Sendo o Datafolha propriedade de um dos grandes jornais do Brasil e este um dos afiliados da ANJ, como deveríamos fazer a leitura correta das pesquisas de opinião por ele trabalhadas? O Datafolha estaria também a serviço de uma oposição "que no Brasil se encontra fragilizada"?

6. Na condição de presidente da Associação Nacional dos Jornais (ANJ) será que Maria Judith Brito não se excedeu para muito além de suas responsabilidades institucionais?

7. Ou será próprio de quem brande o estatuto da liberdade de imprensa que entidade de classe de veículos de comunicação assuma o papel de oposição política no saudável debate entre governo e oposição?

8. Historicamente, sempre que um dirigente ou líder de partido político de oposição desanca o governo, seja justa ou injustamente, é natural que o governo responda à altura e na mesma intensidade com que o ataque foi desferido. Mas, no caso atual, em que a ANJ toma si para a missão de atuar como partido político de oposição, não seria de todo natural esperar que o governo reaja à altura do ataque recebido?

9. E, neste caso, como deveria ser encarada a reação do governo? Seria vista como ataque à liberdade de expressão? Ou seria considerado como legítima defesa de da liberdade de expressão ou de ideologia?

Claro e transparente

10. Durante o período de 1989 a 2002, em que a oposição política no Brasil esteve realmente fragilizada, e ao extremo, não teria sido o caso de a ANJ ter tomado para si as dores daquela oposição, muitas vezes, capenga?

11. E, no caso acima, como a ANJ acha que teriam reagido os governos Fernando Collor, Itamar Franco e Fernando Henrique Cardoso?

12. Com o histórico de nossos veículos de comunicação, muitos deles escorados em sua antiguidade, como aferir se há pureza de intenções por parte da ANJ em sua decisão de tomar para si responsabilidade que só lhe poderia ser concedida pelo voto dos brasileiros depositados nas urnas periodicamente? Não seria uma usurpação de responsabilidade?

13. Afinal, não é através de eleições democráticas e por sufrágio universal e secreto que a população demonstra sua aprovação ou desaprovação a partidos políticos?

14. Será legítimo que, assinantes de jornais e revistas representados pela associação presidida por Maria Judith Brito passem, doravante, a esmiuçar a cobertura política desses veículos, tentando descobrir qual a motivação dessa ou daquela reportagem, dessa ou daquela nota, dessa ou daquela capa?

15. E quanto ao direito dos eleitores de serem livremente informados... que garantias estes terão de que serão informados, de forma justa e o mais imparcial possível, das ações e idéias do governo a que declaradamente se opõe a ANJ?

16. Para aqueles autoproclamados guardiães da liberdade de expressão e do Estado democrático de direito: será papel dos meios de comunicação substituir a ação dos partidos políticos no Brasil, seja de situação ou de oposição?

17. Em isso acontecendo... não estaremos às voltas com clássica usurpação de função típica de partido político? E não seria esta uma gigantesca deformação do rito democrático?

18. Repudiam-se as relações deterioradas entre governo e mídia na Venezuela, mas ao que tudo indica nada se faz para impedir sua ocorrência no Brasil. Ironicamente, os maiores veículos de comunicação do país demonizam o país de Hugo Chávez. A origem do conflito político na Venezuela não está umbilicalmente ligado ao fato que na Venezuela os meios de comunicação funcionam como partido político de oposição, abrindo mão da atividade jornalística?

19. Esta declaração da presidente da ANJ, publicada no insuspeito O Globo, traduz fielmente o objetivo de a ANJ estabelecer a ruptura com o governo, afetar a credibilidade da imprensa e trazer insegurança a todos os governantes, uma vez que serve também aos governos estaduais e dos municípios onde a oposição estiver fragilizada?

20. Considerando esta declaração um divisor de águas quanto ao sempre intuído partidarismo e protagonismo político dos grandes veículos de comunicação do país, será que não seria mais que oportuno e inadiável a ANJ vir a público esclarecer tão formidável mudança de atitude e de missão institucional? Por que não abordar o assunto de forma clara e transparente nas páginas amarelas da revista Veja? Por que não convidar a Maria Judith Brito para ser entrevistada no programa Roda Vida da TV Cultura? Por que não convidá-la para o Programa do Jô? E para ser entrevistada pelo Heródoto Barbeiro na rádio CBN? Por que não solicitar a leitura de "Nota da ANJ"sobre o assunto no Jornal Nacional? Por que não submeter texto para publicação na seção "Tendências/Debates" do jornal Folha de S.Paulo, onde a presidente trabalha? De tão interessante não seria o momento de a revista Época traçar o perfil de Maria Judith Brito? E que tal ser sabatinada pela bancada do Canal Livre, da Band?

Prudente e sábio
Já que comecei falando de estranheza, estranhamento etc., achei esquisito a não-repercussão ostensiva da fala da presidente da ANJ junto aos veículos de seus principais afiliados. Estratégia política? Opção editorial? Ou as duas coisas?

Finalmente, resta uma questão de foro íntimo: que critério deverei usar, doravante, para separar o que é análise crítica própria de um partido político, para consumo interno de seus filiados, daquilo que é matéria propriamente jornalística, de interesse da sociedade como um todo?

Todos nós, certamente, já ouvimos centenas de vezes o ditado "cada macaco no seu galho". E todos nós o utilizamos nas mais diversas situações. O ditado é um dos mais festejados da sabedoria popular, é expressão de conhecimento, nascido da observação de fatos; um aprendizado empírico. Vem de longa data e se estabelece porque pode ser comprovado através da vivência e mais recentemente foi citado por Michel Foucault e Jurgen Habermas. No caso aqui abordado, o ditado popular cai como luva assim como as palavras de Judith Brito ficarão por muito tempo gravadas no bronze incorruptível da nossa memória.

Mesmo assim sinto ser oportuno aclarar que entendo como papel da mídia atividades como registrar, noticiar os fatos, documentar, fiscalizar os poderes, denunciar abusos e permitir à população uma compreensão mais ampla da realidade que nos abarca. Neste rol de funções não contemplo o de ser porta-voz de partido político, seja este qual for. Ora, o governo tem limites de ação: operacionais, constitucionais, políticos. A mídia, quando não investida de poderes supraconstitucionais, também tem seus limites que não são tão flexíveis a ponto de atender as conveniências dos seus proprietários ou concessionários. É prudente e sábio reconhecer que em uma sociedade democrática todos os setores precisam de regulação – e a mídia não é diferente. E é bom que não seja. Afinal, a lei é soberana e a ela todos devem se submeter, já escrevia o pensador Shoghi Effendi (1897-1957) na segunda metade de 1950. Nada mais atual que isto.
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O dia em que a Waldvogel ouviu quieta



A dica é do comentarista alex: acima, vídeo editado do programa “Entre Aspas”, onde o jornalista Paulo Moreira Leite e o cientista político Antônio Carlos Almeida debatem as pesquisas e campanhas eleitorais. O título do programa já entrega a rapadura: “Quais as chances de uma reversão na tendência das pesquisas eleitorais?”, texto pescado do blog Tijolaço. A íntegra do programa pode ser assistida AQUI.
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Investigação das pesquisas eleitorais

Por Eduardo Guimarães em seu blog

Cumpre-me informar que na tarde desta quarta-feira, 11 de maio de 2010, o setor jurídico do Movimento dos Sem Mídia me fez saber de que, conforme informações que obteve em incursão que fez em Brasília nesta semana, a Representação de nossa entidade à Procuradoria Geral Eleitoral pedindo investigação dos institutos de pesquisa Datafolha, Ibope, Sensus e Vox Populi , acolhida sob o nr. 4559.2010-33, foi remetida à superintendência da Polícia Federal em Brasília através do oficio PGE nr. 109/2010, em 4 de maio de 2010.

O Ofício da PGE requereu à PF abertura de inquérito policial contra os institutos de pesquisa supra mencionados de forma a apurar possível crime eleitoral, com base na lei nº 9504/97 e suas alterações, artigo 35, parágrafo 4º (Pesquisas Eleitorais), e com a resolução do TSE nº 23190/2009, artigo 18 (Pesquisas Eleitorais Eleições 2010).

O setor jurídico do MSM apurou, ainda, que a PF já está de posse da denúncia e de que, transcorridos cerca de 90 dias de sua aceitação pela PGE e da expedição do Ofício 109/2010, a investigação dos institutos de pesquisa encontra-se plenamente em curso.

Informo, ainda, que o inquérito policial transcorre em sigilo, de forma que só o Movimento dos Sem Mídia e os institutos de pesquisa representados poderão obter informações sobre o seu andamento. O MSM, portanto, analisará a possibilidade de dar publicidade às informações que vier a obter na Polícia Federal, porém levando em conta eventuais restrições legais a que tal divulgação ocorra.

PS : O blogueiro estará em viagem de trabalho nesta quinta-feira, 12 de agosto, de forma que poderá haver atraso na liberação de comentários.

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Estamos de olho nas pesquisas no RS, principalmente, as encomendadas ao IBOPE pelo Grupo RBS.
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Sobre a pesquisa eleitoral do IBOPE

Resultado de pesquisa eleitoral no RS é traumático: já apontou o prefeito de Porto Alegre Olívio Dutra como último colocado na preferência dos votos, bem como o governador Rigotto com 14% da preferência do eleitorado guasca, quando foi a de 5% sobre o candidato do PT Tarso Genro em 2002. Depois de 2002, ao que parece, os escândalos dos erros em pesquisa eleitoral deixaram de ser pauta, com a confirmação de suas previsões nas urnas*.

Agora, a novidade é a de que Tarso Genro baixa dois pontos percentuais, mantendo-se na liderança da intenção de votos, mas Fogaça sobe... dois pontos percentuais! Tudo dentro da margem de erro, naquele instituto do senhor Carlos Montenegro.

Achamos que tem gato nessa tumba e se chama financiamento de campanha. É interessante passar em frente ao comitê estadual da campanha de José Fogaça [PMDB-PRBS] - um prédio de esquina na Av. Farrapos, antiga revendedora de automóveis - e ver as paredes externas pichadas. Há algum tempo atrás, seria impensável uma sede sem pintura nova na fachada!

Pode parecer bobagem, uma frescura, mas esse "detalhe" remete à falta de recursos financeiros e uma campanha eleitoral bem sucedida, nos moldes atuais, necessita de grana, dindim, pila, dinheiro. Não é à toa que a campanha da Yeda Crusius, conforme o Diário Gauche no post Arrecadação de campanha eleitoral, pretende arrecadar 23 milhões. Além disso, a campanha de Tarso Genro [PT/Unidade pelo Riogrande] arrecadou o dobro de Fogaça!

Por isso, não "combina" esse acréscimo fogacista ao mesmo tempo em que Dilma Rousseff [PT] passa Serra [PSDB] no RS. Temos a impressão de que há uma "mão amiga" do IBOPE aí para ir atrás dos financiadores de campanha para o candidato do PMDB.

E não adianta o argumento de que o vice da Dilma é o Michel Temer [PMDB] para tentar analisar essa subida, sempre dentro da margem de erro, do Fogaça. Até o reino mineral sabe, que o PMDB da imparcialidade ativa é Serra no RS.

*Referimo-nos, evidentemente, à situação de Porto Alegre, onde residimos e temos mais informações. Deixem comentários, a respeito de erros eleitorais em pesquisa de intenção de votos.
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Manipulação de pesquisa eleitoral tem história

Carta aos ex-assinantes

Sobre rumores de que houve manipulação de pesquisa eleitoral pelo IBOPE e Datafolha [fraude], a fim de "estancar a fuga de recursos financeiros da candidatura de Serra", após a divulgação das pesquisas no mês de junho, é bom recordar a experiência riograndense de 2002, quando milhares de consumidores* cancelaram suas assinaturas do jornal Zero Hora, do Grupo RBS. Na época, o jornal divulgou pesquisa manipulada realizada pela empresa do senhor Carlos Montenegro - o IBOPE!?!?!

A coisa foi tão escandalosa, que Nelson Sirotsky escreveu editorial em ZH no dia 3/11/2002, enviou, aos ex-assinantes, uma carta; chamou uma comissão de notáveis; tudo isso para tentar recuperar algum $$$$.

Segue trecho do artigo Meditações sobre 27 de outubro de 2002 escrito por Pedrinho Guareschi, na época prof. da PUC/RS, sobre o caso da manipulação:

[...] até quando se pode aceitar, por exemplo, pensando em termos de uma sociedade democrática e pluralista, que um candidato (atualmente senador)** "possua" um meio de comunicação (no caso, uma rádio), para sua projeção pessoal e conseqüente influência política? É isso concebível dentro do referencial de uma comunicação como serviço público que deve ser porta-voz de TODA a sociedade, de maneira democrática e plural? E que dizer da afirmação do próprio candidato de que pretende permanecer três dias em Brasília, para suas tarefas como senador, e quatro dias no Rio Grande do Sul, para falar em "sua" rádio?

Que dizer do último escândalo midiático de determinado Instituto de Pesquisa apresentar, cinco dias antes da eleição, que a diferença entre dois candidatos seria de 23 pontos; dois dias antes da eleição dizer que seria de 16 pontos; no dia da eleição, com pesqusa de boca de urna, dizer que seria de 12 pontos; e na confirmação das urnas, constatar-se que foi de 5,6 pontos? Que dizer de comentaristas que, ao sair a boca de urna, virem de imediato a público dizendo, sem que ninguém lhes tenha solicitado, que o Instituto estava correto, pois entre 16 e 12 pontos de diferença, com margem de erro de 2,2, o Instituto ainda estaria correto?


Por que tanto interesse em defender o Instituto antes da contagem dos votos? E que dizer dos mesmos comentaristas que, após a apuração, ao se constatar que a diferença de boca de urna e dos resultados reais tinha sido de 6,7, com margem de erro de 2 pontos, não comentarem absolutamente nada, permanecendo calados? Mas, ao se constatar o escândalo, a primeira "desculpa", tentando justificar o que não tem justificação, ter sido esta: "a RBS não faz pesquisas, ela apenas contrata pesquisas de outros Institutos". É essa uma justificativa que explique, diante das defesas feitas ao Instituto anteriormente?

Mesmo nesse último caso, o de apenas contratar pesquisas, deveríamos fazer duas observações: primeiro, o que significa "contratar" pesquisas?? Quais os direitos que o contratante tem sobre o produto? Além do direito de publicar ou não, é ele que decide também sobre as margens de erro? Tudo isso continua obscuro. Segundo: diante de aberrações indiscutíveis, tal empresa deveria questionar-se seriamente sobre a capacidade e a honestidade de tal Instituto. A conclusão a que se chega é que se uma empresa continua a contratar serviços de um Instituto assim, certamente não estaria trilhando por caminhos sérios e responsáveis É por tudo isso que estou, nessa manhã de 28 de outubro, parte feliz e parte indignado com mais essa página de nossa história. Continuaremos assistindo a tais fenômenos, ou "outra comunicação é possível"?


Pelo que se percebe, quase 8 anos se passaram e a história continua a mesma... Estejamos de olho, pois as pesquisas, fato curioso, sempre pendem para o lado mais nefasto da representação política, até o limite do possível. A troco de que favorecer uma candidatura José Serra [PSDB] que: 1) não respondeu, a contento, pelo buraco do metrô de SP; 2) não respondeu, a contento, pelo escândalo da Alstom; 3) enfrentou briga entre policiais das corporações civil e militar ao lado da sede do Governo de SP; 4) entregou livros com dois mapas do Paraguai para a rede pública de ensino; 5) agiu com violência na última greve de professores estaduais; etc.

*Consumidores: assim denominados pelo movimento, a fim de fazer valer algo tão caro à turma dos Sirotsky, que é o "mercado". Produto ruim não se consome.
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