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MEIO AMBIENTE - O legado de Chico Mendes.

25 anos após a morte de Chico Mendes, qual seu legado na Amazônia?


Chico com a mulher Ilsamar
Chico com a mulher Ilsamar

Publicado originalmente na BBC Brasil.

A pouco mais de 40 km da capital do Acre, Rio Branco, uma área de cinco mil hectares de um antigo seringal em uma região progressivamente tomada pela pecuária representa bem a situação vivida por seringueiros do Estado 25 anos após a morte do líder ambientalista Chico Mendes.
O que sobrou de floresta do seringal Capatará – que chegou a ter 62 mil hectares de mata nativa, mas hoje é principalmente usado como pasto – está localizado a poucos quilômetros de distância da Reserva Extrativista Chico Mendes, uma das maiores unidades de conservação do país.
No Capatará, ao menos 130 famílias vivem um impasse, esperando uma definição sobre se serão obrigadas a sair ou se poderão permanecer na área, agora ocupada por uma grande propriedade rural.
Mas, se na época de Chico Mendes, jagunços armados faziam o trabalho de retirar os seringueiros, agora os mandados de reintegração de posse são o método mais usado para assegurar a integridade das fazendas.
“Eu acho que nossa luta hoje está pior do que no tempo de Chico. Os fazendeiros estão mais fortes e dominam todos os órgãos que deveriam defender a causa do trabalhador sem-terra. Nosso movimento (dos trabalhadores rurais) está enfraquecido por as lideranças serem cooptadas pelo governo”, declara José Apolônio, que foi amigo de Chico Mendes e agora é organizador do movimento de resistência das famílias do seringal.
“Muitas das pessoas que estão aqui já moravam por estas bandas quando tudo era floresta. Seus filhos e netos lutam para ter um pedaço de terra que lhes é de direito. Estas famílias chegaram antes do fazendeiro”, diz.

Resistência

No início dos anos 1980, Chico Mendes começava na cidade de Xapuri os primeiros movimentos de resistência à “invasão” da floresta pelos “paulistas”, como ficaram conhecidos os fazendeiros de outros Estados que emigravam para o Acre.
Semanas após o assassinato de Wilson Pinheiro, presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais da cidade acriana de Brasileia, em 1980, o então sindicalista Luiz Inácio Lula da Silva, ao lado de Chico Mendes, declarou: “a onça vai beber água”.
A declaração foi vista como uma ameaça e rendeu a Lula e a Chico o enquadramento na Lei de Segurança Nacional.
O regime militar brasileiro estava em seus últimos anos, mas ainda tinha força suficiente para manter a ordem. Com o lema “uma terra sem homem para homem sem terra”, os militares incentivaram a ocupação do Norte. Os seringais falidos do Acre eram vendidos e transformados em pasto.
Em seu movimento de resistência, a estratégia mais conhecida de Chico Mendes foram os “empates”, correntes humanas formadas na frente de homens e máquinas que tinham por missão derrubar as árvores.
A luta de Chico Mendes lhe garantiu prestígio internacional, bem como a conquista de alguns inimigos. E foi um deles, Darly Alves, o responsável por elaborar o plano da emboscada contra o líder seringueiro.
No dia 22 de dezembro de 1988, com a toalha pendurada no ombro, Chico se preparava para tomar banho no banheiro localizado no lado de fora da casa.
Quando apareceu na porta, o tiro de espingarda foi disparado; a bala o atingiu no peito. Ele ainda conseguiu voltar para o interior da casa, onde morreu. O crime chamou a atenção do mundo. Jornalistas de todo os lugares ocuparam a pequena cidade de Xapuri.
Dias depois soube-se que o autor do disparo foi Darci Alves, filho de Darly.

Em extinção

Hoje, o seringueiro é quase uma figura em extinção no Acre. A falência da economia extrativista levou os povos da floresta a investir na agricultura de subsistência e criação de animais, como o próprio gado.
O extrativismo sucumbiu ante a força da pecuária introduzida na região. Dados mais recentes do IBGE apontam que o Acre tem três milhões de cabeça de gado, número quase quatro vezes superior à população do Estado, de 776 mil habitantes.
Para os fazendeiros, as mudanças no Estado trouxeram dinamismo à economia do Acre. “Não fosse a pecuária introduzida há 40 anos, certamente o Acre estaria numa situação bem mais pobre. A pecuária salvou o Acre da falência do extrativismo, que tem se mostrado inviável até hoje”, diz Assuero Veronez, presidente da Federação da Agricultura e Pecuária.
De acordo com Veronez, a pecuária ainda é a grande atividade econômica, sendo buscada até mesmo pelos moradores das reservas extrativistas.
Quanto aos conflitos agrários, Assuero considera que eles têm raízes diferentes dos que ocorriam na década de 1980. “Antes nós tínhamos um movimento de resistência contra o desmatamento por seringueiros que lá estavam. Hoje, ocorre invasão de propriedade, o que é muito ruim para o Estado”, declara.
A reserva extratitivista Chico Mendes
A reserva extratitivista Chico Mendes

Mas, para muitos filhos e netos de seringueiros, a realidade de pobreza é a mesma, independentemente das mudanças na economia do Acre.
A possibilidade de ser expulso do seringal Capatará preocupa Adalcimar Alves da Silva, 36 anos, um dos 14 filhos de Graça Alves, que chegou ao local quando tudo ainda era mata.
Assim como os irmãos, ele nasceu e cresceu na floresta, mas está apreensivo com a possibilidade de ver a polícia na porta de casa com a ordem de despejo, mesmo com sua mãe tendo a titularidade de sua área.
“Eu nasci no Capatará, me criei aqui, não sei fazer nada além de plantar e colher minha produção. Se eu for para a cidade com mulher e filhos, passarei fome”, afirma.

Novos acrianos

Além dos ex-seringueiros, pessoas de fora disputam com fazendeiros da região e ex-seringueiros a posse das terras.
Com um facão na mão, a agricultora Albertina da Silva Moraes vai cortando os galhos da árvore no caminho até seu roçado. Lá ela mostra a plantação de milho e mandioca responsável por assegurar a renda do mês.
Ela é uma das “posseiras” que chegou ao Capatará há menos de cinco anos. À espera de um assentamento do Incra, ela preferiu invadir uma área a aguardar uma intervenção do órgão federal.
Com sua espingarda pendurada no ombro, Antônio José Bandeiras Farias, 35 anos, saiu de Rio Branco há três anos para ocupar o Capatará às margens do rio Acre.
“Eu não tenho profissão, não sei o que fazer na cidade. Roubar eu não vou, então trouxe minha família para cá para vivermos da terra”, diz.
Em uma região conhecida como Ramal do Cacau, no município de Bujari (distante 20 km da capital), a tensão entre posseiros e seringueiros se traduziu em violência, com uma morte sendo atribuída à briga pela terra.
Em outubro, adultos e crianças expulsas do Ramal do Cacau passaram a morar debaixo de uma ponte na BR-364. Sem ter para onde ir, voltaram ao local mesmo com o risco de sofrerem algum tipo de violência por parte de jagunços.
Antônio e Alberdina e os sem-terra do Cacau fazem parte das três mil famílias que estão à espera de serem assentadas pelo Incra.
De acordo o Instituto de Terras do Acre (Iteracre), o Estado tem hoje pelo menos sete áreas de conflito agrário, mas todas apenas no âmbito judicial.
O governo trabalha com a possibilidade de ter, até o fim de 2015, todas as famílias sem-terra assentadas; a prioridade, de acordo com o Iteracre, são as famílias acrianas há algum tempo no banco de espera.
“Nós não temos disputas armadas pela terra no Acre. Em comparação ao que aconteceu na época do Chico, há um clima de paz”, diz Glenilson Araújo, diretor-presidente do órgão.
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MEIO AMBIENTE - Luz do sol graças a espelhos.

Cidade norueguesa recebe luz do sol graças a espelhos

Privada de sol durante metade do ano devido às montanhas que a circundam, a cidade norueguesa de Rjukan inaugurou nesta quarta-feira espelhos gigantes que deverão trazer luz para os sombrios dias de inverno.


Noruega: localizada em um vale íngreme do sul da Noruega, a pequena cidade de 3.500 habitantes não vê o sol por cerca de seis meses, de setembro a março
Após certo tempo de espera, alguns tímidos raios de sol iluminaram a praça onde se reuniram centenas de pessoas, com olhos fixos nos três enormes espelhos de pé sobre um cume de 400 metros.
Localizada em um vale íngreme do sul da Noruega, a pequena cidade de 3.500 habitantes não vê o sol por cerca de seis meses, de setembro a março.
Até que um artista, Martin Andersen, teve a ideia de refletir a luz solar a partir do ponto mais alto da localidade.
“Uma ideia de 100 anos que se tornou realidade hoje”, comemorou o prefeito Steinar Bergsland antes de uma orquestra local cantar “Let the sun shine”.
“Rjukan é um município onde o impossível se torna possível”, disse ele.
Apesar das fortes reservas iniciais sobre o uso de fundos públicos para tal projeto, as cinco milhões de coroas (610.000 €) necessárias para a sua implementação foram finalmente reunida, 80% graças a patrocinadores.
Controlados por computador para acompanhar a trajetória do sol, os três espelhos de 17 m2 cada agora formam uma elipse de luz de cerca de 600 m2, o equivalente a três campos de tênis, na praça do mercado.
Além de trazer sorriso aos rostos dos habitantes, a cidade de Rjukan, muito procurada por esquiadores, espera que o projeto fortaleça seu apelo turístico. Ela espera ser incluída pela Unesco em 2015 na lista de Patrimônio Mundial, como testemunha da engenharia industrial humana.
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MEIO AMBIENTE - Soluções científicas e técnicas não salvarão o mundo em que vivemos


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Leonardo Boff
No dia 27 de setembro, centenas de cientistas reunidos em Estocolmo para avaliar o nível de aquecimento global do planeta, o conhecido Painel Intergovernamental das Mudanças Climáticas (IPCC), nos transmitiram dados preocupantes: “Concentrações de dióxido de carbono, de metano e de óxido nitroso, principais responsáveis pelo aquecimento global, agora excedem substancialmente as maiores concentrações registradas em núcleos de gelo durante os últimos 800 mil anos. A atividade humana influiu nesse aquecimento com uma certeza de 95%. Entre 1951 e 2010, a temperatura subiu entre 0,5°C e 1,3°C e, em alguns lugares, já chegou a 2°C”.
As previsões para o Brasil não são boas: poderemos ter, a partir de 2050, um permanente verão durante todo o ano. Tal temperatura poderá produzir efeitos devastadores para muitos ecossistemas e em crianças e idosos. Os cientistas do IPCC fazem um apelo ardente para que se iniciem no mundo todo, imediatamente, ações, em termos de produção e de consumo, que possam deter esse processo e minorar seus efeitos maléficos. Como disse um dos coordenadores do relatório final, o suíço Thomas Stocker: “A questão mais importante não é onde estamos hoje, mas onde estaremos em dez, 15 ou 30 anos. E isso depende do que fizermos hoje”.
A percepção básica que se tem ao ler o resumo de 31 páginas é que vivemos num tipo de mundo que sistematicamente destrói a capacidade de nosso planeta de sustentar a vida.
O propósito de incontáveis grupos, movimentos e ativistas se concentra na identificação de novas maneiras de viver, de sorte que garantamos a vida em sua vasta diversidade e que vivamos em harmonia com a Terra, com a comunidade de vida e com o cosmos.
DIREÇÃO VIÁVEL
Num trabalho que nos custou mais de dez anos de intensa pesquisa, o pedagogo canadense e expert em moderna cosmologia Mark Hathaway e eu tentamos ensaiar uma reflexão atenta que incluísse a contribuição do Oriente e do Ocidente a fim de delinearmos uma direção viável para todos. O livro se chama “O Tao da Libertação: Explorando a Ecologia da Transformação” (Vozes, 2012).
Nossa pesquisa parte da seguinte constatação: há uma patologia aguda inerente ao sistema que atualmente domina e explora o mundo: a pobreza, a desigualdade social, o esgotamento da Terra e o forte desequilíbrio do sistema vida; as mesmas forças e ideologias que exploram e excluem os pobres estão também devastando toda a comunidade de vida e minando as bases ecológicas que sustentam o planeta Terra.
Para sair dessa situação dramática, somos chamados, de uma maneira muito real, a nos reinventar como espécie. Para isso, precisamos de sabedoria que nos leve a uma profunda libertação/transformação pessoal, passando de senhores sobre as coisas a irmãos e irmãs com as coisas. Essa reinvenção implica também uma transformação/libertação coletiva através de um outro design ecológico. Este nos convence a respeitar e viver segundo os ritmos da natureza. Devemos saber o que extrair dela para a nossa subsistência coletiva e como aprender dela, pois ela se estrutura sistemicamente em redes de “inter-retro-relações” que garantem a cooperação e a solidariedade de todos com todos e conferem sustentabilidade à vida em todas as suas formas, especialmente à vida humana. Sem essa cooperação/solidariedade de nós com a natureza e entre todos os humanos, não encontraremos uma saída eficaz.
Sem uma revolução espiritual que envolva uma outra mente (nova visão) e um novo coração (nova sensibilidade), em vão procuramos soluções meramente científicas e técnicas. Sem fé e esperança humanas, não construiremos uma arca salvadora para todos.
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MEIO AMBIENTE - Debate sobre os 10 anos dos transgênicos no Brasil.

Seminário internacional debate os 10 anos dos transgênicos no Brasil


O evento será em Curitiba/PR, de 21 a 24 de outubro, com participação de especialistas e integrantes de organizações e movimentos sociais nacionais e internacionais.

A informação é publicada pelo sítio Terra de Direitos, 17-10-2013.


Os transgênicos estão há uma década na agricultura e na mesa dos brasileiros, com muitas controvérsias sobre os riscos sociais, políticos, ambientais, econômicos e à saúde humana. Atualmente estão liberadas para fins comerciais 36 variedades geneticamente modificadas de milho, feijão, soja e algodão, 14 vacinas de uso animal, duas leveduras que combinam tecnologia transgênica e biologia sintética, além do mosquito aedis aegypt transgênico liberado no meio ambiente para pesquisa no município de Juazeiro/BA.
Para debater criticamente as consequências da liberação dos transgênicos e fortalecer modelos alternativos de agricultura, será realizado em Curitiba/PR, de 21 a 24 de outubro, o Seminário Internacional “10 anos dos Transgênicos no Brasil”.  Além de pesquisadores e integrantes de organizações e movimentos sociais brasileiros, o evento contará com a participação de referências internacionais no tema.
O contexto global de resistência aos transgênicos será abordado pelos pesquisadores:  Arnaud Apoteker, pesquisador responsável pela campanha FREE OGM e integrante do Parlamento Europeu; Elizabeth Bravo, pesquisadora de Saúde Coletiva, Ambiente e Sociedade da Universidade Andina, do Equador; Miguel Lovera, ex-Presidente do Serviço Nacional de Qualidade e Sanidade Vegetal e de Sementes (SENAVE); Cherla Vásquez, pesquisadora do Pesticide Action Network – North America, Estados Unidos; Lilibeth Aruelo, pesquisadora integrante do Third World Network (TWN) – Filipinas.
Agricultores e representantes de povos e comunidades tradicionais, guardiões da agrobiodiversidade, vão apresentar as dificuldades de enfrentar a contaminação genética e manter as sementes crioulas.
O Seminário é fruto da articulação entre diferentes entidades, promovido pela organização de Direitos Humanos Terra de Direitos, a Fundação Heinrich Böll, Articulação Nacional de Agroecologia (ANA), a Assessoria e Serviços em Agricultura Alternativa (AS-PTA), Centro de Agricultura Alternativa do Norte de Minas (CAA/NM), Plataforma Dhesca Brasil, através da Relatoria do direito à Terra, Território e Alimentação Adequada, Via Campesina, Red por Una America Latina Libre de Transgénicos (RALLT), Grupo de Estudos em Agrobiodiversidade (GEA).
Quadro da transgenia
Segundo dados das grandes empresas que dominam a tecnologia transgênica no mundo, em 2006 o cultivo de transgênicos ultrapassou os 102 milhões de hectares. Enquanto a média internacional de crescimento da área plantada foi de 13%, no Brasil o avanço dos transgênicos foi de 22% em relação a 2005, passando de 9,4 milhões para 11,5 milhões de hectares. A multinacional Monsanto monopoliza 70% do mercado de transgênicos do país.
O Brasil desponta como o segundo país com maior área plantada com transgênicos, e, por conseqüência, é campeão mundial de consumo de agrotóxicos, atingindo consumo de 733,9 mil de toneladas em 2008, chegando a 1 milhão de toneladas em 2010, média de 5,2 litros por pessoa por ano. Pesquisa recente divulgada nos EUA comprova que as vendas de agrotóxicos estão crescendo devido à resistência a pragas desenvolvidas por plantas transgênicas.
A cada ano, as promessas feitas por empresas detentoras das tecnologias transgênicas de que os transgênicos diminuiriam o uso de agrotóxicos têm caindo por terra. Diante disso, se torna vital avaliar o que se produziu em termos de contra proposta ao discurso hegemônico do mercado. E para isso o Seminário buscará tornar visível o que de fato existe e já foi conquistado pela sociedade civil brasileira no tema da biossegurança dos Organismos Geneticamente Modificados e seus impactos à política agrária nacional e aos direitos dos agricultores e agricultoras, povos e comunidades tradicionais ao livre uso da biodiversidade.
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Novo Código Florestal

Folha de SP, 13/05/11.
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Resíduos Nucleares no Mar - Novos Seres Aquáticos??

Diário de Sorocaba, 07/04/11.
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Hoje é o Dia do Pampa!

Informa o blog da ONG CEA - Centro de Estudos Ambientais:


Já que hoje é o dia do Pampa, bioma brasileiro localizado apenas no Rio Grande do Sul (mas que se estende até Uruguai e Argentina), convidamos a todos e todas para apreciar belas imagens desse bioma que  devemos seguir lutando para preservar e conservar.
Para nós do CEA, preferencialmente longe de se tornar um  deserto verde de eucalipto para celulose e afins…

Confira a exposição virtual AQUI.




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Relação entre as Regiões 6 e 8 de Porto Alegre

Dificuldades atuais e ameaças graves para futuro próximo
 
Uma avaliação articulada do estudo e formulação das propostas das organizações das Regiões RP8 e RP6 de nosso município de Porto Alegre são muito claras nas profundas dificuldades que vivem e a possibilidade desta realidade tornarem-se muito mais agudas, em decorrência da manutenção de uma dinâmica de desenvolvimento em toda nossa área urbana porto-alegrense, que afeta diretamente as duas regiões.

O surgimento de automóveis e outros modos de deslocamento representam um aumento complementar destas dificuldades. A verdadeira essência das dificuldades está concentrada em uso do solo com muitos erros, iniciando de obras de habitação em áreas sem geração de capital e de ocupação da mão de obra. Da mesma forma muito limitada no conjunto de equipamentos e serviços sociais necessários como educação, saúde, saneamento com esgoto e água em condições adequadas. Também devemos considerar a absoluta falta de cuidado com lazer, preservação da memória da história local e inclusive com problemas muito sérios de meio ambiente em decorrência da absoluta falta de respeito como a construção em terrenos que são impossíveis, por exemplo, até em restingas.

A composição física e populacional destas duas regiões na cidade de Porto Alegre é enorme desde o ponto de vista físico, agregada com enormes espaços urbanos vazios, e uma população da mesma forma muito grande e que cresce de maneira muito acentuada, embora a população de Porto Alegre em seu todo tenha um aumento bastante reduzido. Esta contradição demonstra outro aspecto social que exige atuação estatal, no caso da Prefeitura, para corrigir. É o deslocamento social sem ordenamento nenhum.

As dificuldades já existentes são de origem antiga e correspondem a orientações políticas concretas. No período do autoritarismo de nosso país, com o objetivo de melhoria urbana em outras regiões da cidade, como a construção da avenida da Primeira Perimetral, em outras ocasiões mais com a intenção de capitalizar o Brasil através de investimentos do exterior e amenizar as dificuldades financeiras do país.  Amplos setores da população foram deslocados com violência do centro histórico ou da cidade baixa para a construção de um bairro mais a sul de Porto Alegre, depois denominada Restinga.

Atualmente temos na Região 8 uma enorme dificuldade de sua população com o objetivo de encontrar geração de emprego, serviços de escola, saúde e tudo o mais que já sistematizamos para a vida urbana. Ocorre que estas deficiências fazem que a população local gaste uma quantidade enorme em deslocamento e transfira fluxos de transporte enormes para a região seguinte a RP6.

Fica evidente que as duas regiões carecem de maneira enorme de todos os serviços e gastem uma quantidade significativa em transporte. É evidente que além de todas as dificuldades de vida as perspectivas de desenvolvimento social no futuro é simplesmente péssimo. Não é por acaso que em nosso país estamos adotando soluções “compensatórias” nas grandes cidades para superar estas barreiras de evolução para a população mais pobre.

É grave e devemos entender que esta dinâmica de crescimento tem sido estimulada de diversas maneiras. A compra do solo urbano nestas regiões ainda é mais barato ou não existe motivação de aproveitamento de outras áreas urbanas que eventualmente podem ser um pouco mais caros, mas que já tem todos os serviços instalados. Na verdade no final torna-se até mais barato, como investimento e mais ainda na manutenção da cidade. Este aproveitamento não é de interesse porque outros investimentos para outros setores sociais e com custo de construção diferenciado poderiam ter alguma vantagem ou desvantagem imediata.

São faltas de políticas para o desenvolvimento urbano de Porto Alegre. Não é só o nosso Plano Diretor, mas as políticas específicas como Habitação Popular.  Em tempos recentes tivemos iniciativas de aproveitamento e restauração de prédios para habitação Popular no Centro Histórico e outros bairros com o crescimento mais lento embora com os serviços públicos e as demandas urbanas já instaladas. Infelizmente esta política não se manteve e novos investimentos em regiões pouco qualificadas estão sendo feitas tanto por motivações estatal como particular. Não é casual que a RP8 cresça 4,5% ao ano, muito mais que a cidade. Agora é urgente colocarmos novas políticas de desenvolvimento urbano, particularmente aproveitando o enorme investimento federal em habitação popular.
                                                                      

                                                                                  Jaime Rodrigues.
                                                                       Representante do IPES no CNDUA
Porto Alegre, 27 de setembro de 2010.
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LANÇAMENTO DO MANIFESTO E PLATAFORMA SOCIOAMBIENTAL – ELEIÇÕES 2010

Por um outro modelo mais justo, fraterno e sustentável, que aponte para uma vida com dignidade e felicidade para todos!

O Movimento Gaúcho em Defesa do Meio Ambiente -  MOGDeMA, espaço apartidário de articulação socioambientalista e que congrega organizações, cidadãos, movimentos sociais e sindicatos, juntamente com a Assembléia Permanente de Entidades em Defesa do Meio Ambiente - APEDeMA, instância que congrega as entidades ecológicas do Rio Grande do Sul, convidam para ato de lançamento do Manifesto Socioambiental e Plataforma Socioambiental – Eleições 2010.

O lançamento público dos documentos acontece dia 23 de setembro, na Assembléia Legislativa/RS, Sala do Fórum Democrático

Data: 23 de setembro - Quinta-feira
Horário: 11 horas
Local: Sala de Reuniões do Fórum Democrático - Espaço Convergência - Térreo
Assembleia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul - Praça Marechal Deodoro, 101.

Convidam:
Assembléia Permanente de Entidades em Defesa do Meio Ambiente – APEDeMA/RS
Movimento Gaúcho em Defesa do Meio Ambiente - MOGDeMA
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Ovos podres e nossa democracia rompida

28 de agosto de 2010, coluna semanal de Amy Goodman

Qual é a relação entre 500 milhões de ovos e a democracia? A retirada em massa de ovos infectados com salmonela do mercado de consumo, o maior recolhimento de produtos primários na história dos Estados Unidos, permite-nos ver o poder que as grandes corporações transnacionais têm. Poder este que se exerce não apenas sobre nossa saúde, senão também sobre nosso governo.

Ainda que sejam muitas as marcas retiradas do mercado de consumo, todas estas podem ser rastreadas até chegar a só duas granjas de produção de ovos. Cada vez mais, a provisão de alimentos está em mãos de enormes companhias, crescendo vertiginosamente, e que exercem um enorme poder sobre nosso processo político. A mesma situação que ocorre com a indústria alimentícia, dá-se também com as petroleiras e os bancos: são corporações gigantescas (algumas com orçamentos superiores a maioria dos países do planeta), estão controlando nossa saúde, nosso meio ambiente, nossa economia e, cada vez mais, nossas eleições.

O surgimento de salmonela é só o episódio mais recente de uma série de outros que demonstra uma indústria alimentícia desenfreada. Patty Lovera, subdiretora do grupo pela segurança alimentar Food & Water Watch, me disse: “Historicamente, sempre tem havido resistência por parte da indústria a todo tipo de norma de segurança alimentar, seja esta ditada pelo Congresso ou por outros organismos governamentais. Existem grandes associações comerciais para cada setor de fornecedores dos nossos alimentos, desde os grandes produtores agroindustriais até as lojas produtos comestíveis.”

Os ovos contaminados com salmonela provinham de apenas duas granjas com porte de fábrica, a Hillandale Farms e a Wright County Egg, ambas do estado de Iowa. Por trás deste surgimento da doença está o empório do ovo de Austin “Jack” DeCoster. DeCoster é proprietário da Wright County Egg e também da Quality Egg, provedora de frangos e de alimentos para frangos das duas granjas de Iowa. Patty Lovera afirma que: “DeCoster é um nome que se escuta muito quando alguém começa a falar com conhecedores da indústria do ovo ou com pessoas que provem dos estados de Iowa, Ohio ou dos outros estados em que DeCoster opera. Por isso achamos que DeCoster é o perfeito exemplo do que sucede quando temos este tipo de concentração e produção em grande escala. Não se trata só de segurança alimentar ou só de dano ambiental ou do tratamento que recebem os trabalhadores. Quando estamos em frente a este tipo de produção em massa, responsável por enormes quantidades e variedades de nossos alimentos, se trata de um pacote completo de efeitos colaterais negativos.”

A agência de notícias Associated Press produziu um resumo das violações às normas sanitárias, de segurança e de leis trabalhistas presentes nas operações de DeCoster com ovos e porcos em vários estados. Em 1997, a empresa DeCoster Egg Farms aceitou o acordo da Justiça e resolveu de pagar uma multa de dois milhões de dólares pouco depois que o então ministro de Trabalho Robert Reich qualificou sua granja de “tão perigosa e opressora como qualquer empresa maquiladora (ver nota 1 no final do texto). Em 2002, a companhia de DeCoster pagou USd 1 milhão e meio de dólares para chegar a um acordo fruto de uma demanda legal apresentada pela Comissão Federal de Igualdade de Oportunidades Trabalhistas, que representou judicialmente contra a empresa, em defesa de mulheres mexicanas que informaram ter sido submetidas a assédio sexual, inclusive violação e estupro, incluindo abusos e represálias por parte de seus supervisores. Este verão, outra companhia vinculada a DeCoster teve de pagar USd. 125 mil dólares ao estado de Maine por ser acusada de trato cruel contra os animais.

Apesar de tudo isto, DeCoster tem prosperado no negócio de ovos e porcos, o que o põe à altura de outras grandes corporações transnacionais, como a British Petroleum (BP) e os grandes bancos. O derramamento de petróleo da BP, o maior na história deste país, esteve precedido por uma longa lista de fatos criminosos e graves violações às normas de segurança no trabalho. Sendo que todas estas denúncias já datam de vários anos. Um dos mais conhecidos destes atos foi a grande explosão da refinaria da cidade de Texas, desastre esse que custou a vida de quinze pessoas no ano 2005. Se a BP fosse uma pessoa física (um cidadão qualquer), teria ido a prisão faz muito tempo.

A indústria financeira é outro delinqüente crônico. Pouco tempo após o maior desastre financeiro mundial (desde a Grande Depressão iniciada com o Craque da Bolsa de Valores de Nova York em 1929), bancos como Goldman Sachs, cheios de dinheiro depois resgate financeiro governamental - quando os cofres públicos jorraram dinheiro para a salvação da Banca - interferiram no processo legislativo que justamente os tentava controlar.

O resultado foi um novo e amplamente ineficaz organismo governamental de proteção ao consumidor, além de uma implacável oposição à designação, para a direção deste organismo, da defensora dos direitos do consumidor Elizabeth Warren, que seria a pessoa quem supervisionaria aos bancos tanto como o novo organismo lhe permitisse. Este é o motivo pelo qual se opõem a sua designação os banqueiros, dentre eles, Timothy Geithner e Larry Summers. O primeiro foi nomeado pelo Presidente Obama nomeou como Secretário do Tesouro e Assessor Econômico.

Permite-se às corporações transnacionais operar praticamente sem supervisão e nem regulação. Permite-se que o dinheiro das grandes empresas exerça influência sobre as eleições, e por tanto, sobre a conduta de nossos representantes. Depois da decisão da Corte Suprema no caso apresentado pelo grupo de direita Citizens United, permitindo doações corporativas ilimitadas às campanhas, o problema vai de mau em pior. Para ser eleitos e manter no poder, os políticos deverão satisfazer mais e mais a seus doadores empresariais. Se poderia dizer que o lobo vigia ao galinheiro (e aos ovos podres que há nele). No entanto, há esperança. Existe um crescente movimento para reformar a constituição dos Estados Unidos, para tirar das corporações transnacionais o status legal de “pessoa jurídica”, conceito pelo qual estas empresas têm os mesmos direitos que as pessoas normais.

Isto faria que as corporações estivessem sujeitas à mesma supervisão que existiu durante os primeiros cem anos da história dos Estados Unidos. Mas para que as pessoas sejam as únicas com direito à participação política será necessário um verdadeiro movimento de base, dado que o Congresso e o governo de Obama parecem não ser capazes de implantar nem sequer as mudanças mais básicas. Como diz o refrão: “para se fazer um omelete, é preciso quebrar alguns ovos”.

1 Observação do tradutor: maquiladoras são empresas de montagens de peças industriais localizadas na fronteira entre os EUA e o México, que basicamente emprega mulheres, paga salários aviltantes e oferece tratamento desumano.


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Denis Moynihan colaborou na produção jornalística desta coluna.


© 2010 Amy Goodman: Âncora de Democracy Now!, um noticiário internacional transmitido diariamente em mais de 550 emissoras de rádio e televisão em inglês e em mais de 250 em espanhol. É co-autora do livro "Os que lutam contra o sistema: Heróis ordinários em tempos extraordinários nos Estados Unidos", editado por Le Monde Diplomatique Cono Sur.

Texto traduzido do castelhano e revisado do original em inglês por Bruno Lima Rocha; originalmente publicado em português por Estratégia & Análise. É livre a difusão em língua portuguesa, desde que citando a fonte do original e neste idioma.

Imagem: The Quality Egg of New England, uma das gigantescas empresas de Austin “Jack” DeCoster, empresário da alimentação e acusado de ser o responsável final pela praga de salmonela nos ovos. Tal como no ramo alimentício, a concentração produtiva e de poder, faz com as corporações transnacionais estejam acima da cidadania.
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Patagônia: vende-se o fim do mundo*


21/8/2010, Pepe Escobar, Asia Times Online,
reproduzido em Huffington Post

No glaciar Perito Moreno. A "deserta e estéril” Patagônia (na avaliação inicial de Charles Darwin), são nada menos que 230 mil quilômetros quadrados de bacias de rios que deságuam no Atlântico. São 4.000 quilômetros quadrados de gelo continental e glaciares – além de uma das maiores reservas de água doce do planeta.

Vivemos hoje os estágios avançados de uma guerra global sem fim à caça de petróleo e gás (há dos dois, aliás, na Patagônia). Relatório crucial da Unesco, em 2000, já avisava que, nos 50 anos seguintes, praticamente todos os seres que habitam o planeta enfrentariam problemas relacionados à falta de água ou à contaminação de grandes massas de água. Quando eclodir a Grande Guerra das Águas – esperada para 2020 – essa Patagônia de lagos azuis translúcidos e glaciares milenares será posta a prêmio; ter água implicará riqueza infinitamente maior do que, hoje, ter petróleo ou gás.

Mentes analítico-bélicas no Pentágono e na Agência Central de Inteligência (CIA) dos EUA não conseguirão deter os sonhos molhados de uma Patagônia secessionistas, que será uma espécie de última Arábia Saudita líquida da Terra; população rarefeita (menos de 2 milhões de habitantes), com toda aquela água, abundantíssima energia hidrelétrica e 80% das reservas de petróleo e gás natural da Argentina. O grau de descaso e negligência de que se ressentem os habitantes da Patagônia, em relação a Buenos Aires, pode ser comparado ao que se sente no Baluquistão, no Paquistão, em relação a Islamabad. Pesquisas recentes mostraram que o desejo de viver numa Patagônia independente sempre está acima de 50% (e chega a 78% entre os mais jovens e os desempregados).

Descrição de uma rota de colisão e desastre, de quatro séculos de “desenvolvimento” patagônico, teria aproximadamente o seguinte feitio. No começar foram os povos nativos. Depois vieram os navegadores ibéricos, os piratas ingleses, todos os tipos de aplicados cientistas europeus, os missionários religiosos, os exilados que sonhavam fazer da Patagônia uma versão austral da América. Então chegaram os latifundiários – do Chile ou da Holanda, de Gales ou da Polônia, de Escócia ou Dinamarca. Livrar-se das populações nativas foi colonialismo nu e cru; os patagônios do norte foram exterminados da infame, eufemística, Campanha do Deserto, de 1879; os do sul foram convertidos, à força, em força de trabalho para o agro-business. E então, nos anos 1990s, chegaram os bilionários do Primeiro Mundo.

Como bem o sabem todos os bilionários encantados com a vida selvagem e seus executivos corporativos enfarpelados, a venda da Patagônia começou em 1996, no governo do ultra-neoliberal Carlos Menem. Em suas próprias palavras, Menem desejava vender “o excesso de terra” do país que presidia. Não há legislação federal, na Argentina, que regule a venda de terras a estrangeiros. Só no final da década dos 1990s, venderam-se mais de 8 milhões de hectares de terra. Segundo o exército argentino, mais de 10% do território nacional argentino pertence hoje a estrangeiros – e as vendas prosseguem. O problema não é a venda; o problema é o controle, virtualmente nenhum, sobre os projetos propostos para investimento.

Se você for abonado, ainda comprará o que quiser, onde quiser – inclusive as áreas dos espetaculares parques nacionais. Cada província fixa regras próprias. Se você encontrar o funcionário certo e levar com você a mala certa carregada com os dólares certos, o mundo – à moda de Tony Montana** – é seu. Não surpreende que praticamente todos os moradores das províncias de Rio Negro ou Santa Cruz digam que o gabinete do prefeito é a principal agência de venda de terras da cidade. Os mesmos moradores inevitavelmente lamentam que a Patagônia esteja sendo comprada por estrangeiros – de Ted Turner à família Benetton. E duas das maiores empresas de petróleo da Patagônia pertencem a estrangeiros; uma delas, estatal, foi vendida à Espanha; a outra, privada, à Petrobrás brasileira.

Andando sobre as águas

Os Quatro Cavaleiros do Apocalipse – versão local, no fim do mundo – são Tompkins, Turner, Lewis e Benetton. São a safra do século 21 dos conquistadores, aventureiros e piratas da Patagônia – de Francis Drake e George Newbery a Butch Cassidy e Sundance Kid (o rancho deles continua lá, em Cholilla, resto de pueblo que combinaria perfeitamente no cenário das áreas mais miseráveis do Novo México). Os estrangeiros sempre sonharam com esse fim do mundo. A beleza violenta desse lugar – como adiante se verá – leva às lágrimas muito homem feito.

Doug Tompkins é guru ‘verde’ californiano, fundador de duas organizações, The North Face e Esprit. Na Patagônia é conhecido como “o dono da água”. É o maior proprietário privado de recursos naturais da Patagônia chilena, e da região de Corrientes, na Argentina; e é dono de várias estâncias, todas estrategicamente distribuídas pelo mapa. Quando Tompkins bateu os olhos pela primeira vez no sul da Patagônia, do lado chileno, e depois no noroeste da Patagônia, do lado argentino, em 1961, chorou feito bebê. Depois voltou – e pôs-se a comprar.

Ted Turner, fundador da CNN e fanático por pesca de trutas, é dono de uma villa espetacular, em área de 5 mil hectares, no sul da província de Neuquen, de onde controla completamente o acesso a um dos rios mais virgens da Patagônia. Tem outra propriedade de 35 mil hectares na mesma província, mais outra, de 5 mil hectares, na Terra do Fogo. Ted só comprou terra nos EUA e na Patagônia.

Villa Traful é um vale verde, privado, que cerca o espetacular lago de mesmo nome – e faz pensar que dessa matéria são feitos todos os Xangrilás, antes do advento do Facebook. Comprar terras em Traful, nos anos 1990s, era sopa. Quem sabia jogar o jogo rapidamente virou proprietário da terra pública em torno do lago. Agora, a festa acabou. Só Jorge Sobisch, de família de emigrados croatas e ex-governador da província de Neuquen que quer ser presidente, já praticamente vende tudo, todos os dias, para gigantescas massas de turistas.

Mas, acima de tudo e todos, toda essa terra pertence a Ted Turner. Turner é proprietário de La Primavera, estância cinematográfica, de 5 mil hectares na boca do rio Traful. Ali pesca, como abençoado, a melhor truta e o melhor salmão que a natureza consegue gerar. Jane Fonda era doida por La Primavera. Tompkins era hóspede frequente, além de George Bush pai e Henry Kissinger. A área é policiada por satélite. Estive lá no inverno, tudo vazio e gelado. Assim, não tive o prazer de navegar em águas que pertencem a Ted Turner. Claro. Ted jamais se deixa ver na Vila Traful – mas sabe-se que visita a estância La Primavera algumas vezes por ano.

La Primavera foi fundada, de fato, por um dentista norte-americano e ex-vice cônsul dos EUA em Buenos Aires, George Newbery, em 1894. George e Ralph Newbery (pai do famoso aviador Jorge, cujo nome hoje decora o portal de entrada de um dos aeroportos de Buenos Aires) convenceram-se de que, para povoar a Patagônia, o melhor seria importar cowboys do Texas.

Assim, já desde o início do século 20, temia-se, em todo o norte da Patagônia, uma onda de colonização yankee. Mas a fonte de cowboys exilados do Texas logo secou. La Primavera foi vendida para um inglês, depois para um francês, depois para um argentino, até que, finalmente, pousou no colo de Ted Turner, que andava profundamente envolvido num projeto conservacionista de 2 milhões de hectares – ou expansão territorial – em Montana, Novo México e Nebraska. Mas, sobre a Patagônia, ele jamais negociou nem cedeu um palmo. Coisas de pescador de trutas.


Um, dois, mil Xangrilás


Brit Joseph Lewis, dono da 6ª maior fortuna do Reino Unido, conhecido na Patagônia como “Tio Joe”, por causa de incontrolável mania de fazer filantropia, controla todos os 14 mil hectares de terra em volta do sublime, indescritível Lago Escondido, a 92 km de Bariloche, junto à fronteira com o Chile, e controla também toda a bacia do premiado rio Azur. O ultradiscreto Lewis, que vive entre Londres, Orlando, as Bahamas e a Patagônia é alto tubarão da especulação financeira, além de acionista da pesquisa genética, e as garras de seu Tavistock Group estão pousadas sobre tudo, do petróleo e gás da Sibéria, aos sapatos e roupas marcas Puma e Gottex.

A Xangrilá andino-patagônica de Lewis não fica longe de El Bolson, a meca dos hippies argentinos nos anos 1970s, convertida, por transmigração dos espíritos, na primeira prefeitura ecológica do início dos anos 1990s. Nas florestas, ao estilo Tolkien, há árvores multimilenares, os alerces, de madeira lahuan – os organismos vivos mais antigos que há na Argentina, os terceiros entre os mais antigos do planeta. Assim como se veem alerces por todos os lados e até onde a vista alcança, também se veem até onde a vista alcança sinais de que, hoje, Lewis só pensa, mesmo, em fazer o trabalho que caberia às autoridades provinciais e nacionais – quer dizer: em construir um estado de fato, dentro do estado.

Em apenas alguns poucos anos, Lewis comprou terras em metragem equivalente a três quartos da cidade de Buenos Aires – mas sob a forma de florestas milenares, glaciares, lagos e rios intocados. Por pouco, Lewis não comprou o próprio lago, o que a lei não permitiu. Mas, sim, comprou toda a terra à volta do lago, o que significa que, se você quiser chegar até o lago, tem de viajar por 18 km, em estrada dentro de sua propriedade. Conhecer essa Xangrilá só é possível com ajuda do alto, i.e., dos guardas de Lewis. Há suspeitas de que Lewis tenha tentado comprar as nascentes de vários rios da região. E, considerando que o Grupo Tavistock está pesadamente envolvido em pesquisa genética e biotecnologia, há suspeitas, também, de que já esteja extraindo e exportando as espécies mais raras que vivem (viviam) na Cordillera.

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*Esse artigo é a segunda parte de trabalho maior. A primeira parte, “In Tierra del Fuego, Darwin still rocks”, pode ser lida em http://atimes.com/atimes/Front_Page/LH21Aa01.html.

**Antonio Montana, conhecido como “Tony Montana”, é o personagem interpretado por Al Pacino no filme Scarface (1983). Sobre o filme, ver http://www.imdb.com/character/ch0003932/.
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A partir de 21 de agosto, humanidade estará consumindo as reservas ecológicas da Terra


Em poucos dias, no dia 21 de agosto, teremos desperdiçado todo o capital que o planeta colocou à nossa disposição neste ano. Teremos utilizado toda a água que se recarrega espontaneamente nas camadas subterrâneas, as ervas que os campos produzem, os peixes do mar e dos lagos, as colheitas das terras férteis, o frutos dos bosques.

E, ao mesmo tempo, teremos exaurido o espaço útil para amontoar os nossos detritos, começando pelo gás carbônico que está desencadeando o caos climático. A partir do dia 22 de agosto, se deveria declarar a falência ecológica da espécie humana.

A reportagem é de Antonio Cianciullo, publicada no jornal La Repubblica, 17-08-2010. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Mas, visto que parar é impossível, e as alternativas continuam na gaveta, resolveremos o problema repassando a conta para os nossos netos: deslocaremos o problema para o futuro. Pegaremos a água que corre nos depósitos fósseis, aqueles que não se alimentam com as chuvas. Forçaremos o ciclo do pastoreio sacrificando os campos no deserto. Esvaziaremos mares e rios das várias formas de vida, retirando mais do que a restituição geracional oferece. Continuaremos perdendo uma superfície florestal igual a 65 campos de futebol por minuto. E deixaremos que os gases poluentes invadam a atmosfera, prendendo o calor sobre a nossa cabeça e multiplicando as enchentes e os incêndios.

O alarme vem da Global Footprint Network, que há muitos anos calcula a pegada ecológica que corresponde aos vários estilos de vida. Se todos vivêssemos como os cidadãos dos EUA, precisaríamos de outros quatro planetas para satisfazer as nossas exigências. Se vivêssemos como os ingleses, seriam necessários outros dois países e meio. Os italianos consomem um pouco menos, mas também precisamos de um suplemento igual a mais de um planeta e meio. Para chegar a uma média per capita (embora uma média temporária, dada a taxa de crescimento), deve-se tomar os chineses como ponto de referência. Os indianos, ao contrário, usam aquilo que precisam e deixam os recursos de mais de meio planeta à disposição de outras espécies.

Tirando as somas globais, descobre-se que hoje já se consomem os recursos de um planeta e meio, e a taxa de voracidade continua aumentando. Por milhares de anos, os seres humanos satisfizeram suas necessidades utilizando só os juros do "capital natureza". O limite crítico – o momento em que a demanda de serviços ecológicos superou a taxa com a qual a natureza os regenera – foi tocado no dia 31 de dezembro de 1986. Em 1987, o a linha vermelha caiu no dia 19 de dezembro. Em 2008, ficamos na estaca zero no dia 23 de setembro, enquanto em 2009 o Earth Overshoot Day foi alcançado no dia 25 de setembro. Neste ano – também por força de um cálculo mais sistemático dos campos efeticamente disponíveis –, teremos que começar a pedir empréstimos a nossos netos já no dia 21 de agosto.

"Se uma pessoa gastasse o seu salário anual inteiro em oito meses, teria que estar muito preocupada", comentou Mathis Wackernagel, presidente da Global Footprint Network. "A situação não é menos alarmante quando tudo isso ocorre com o nosso crédito ecológico: as mudanças climáticas, a perda da biodiversidade, a falta de alimentos e de água demonstram que não podemos continuar financiando os nossos consumos endividando-nos. A natureza está prestes a perder a confiança na nossa conta ambiental".

Porém, como nota Roberto Brambilla, que trabalha no cálculo da pegada ecológica para a rede Lilliput, para começar a reduzir o nosso impacto no ambiente basta pouco: comer menos carne, preferindo a do circuito biológico, utilizar bicicleta ou metrô algumas vezes, usar fontes renováveis. A soma de milhares desses pequenos gestos faz a diferença entre os consumos de um norte-americano (que tem uma pegada ecológica de nove hectares) e o de um alemão, que é de quatro hectares.
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Lixo é mercadoria de exportação para países ditos civilizados

O espantoso é a compra desse lixo por empresa brasileira, como nota de outra mercadoria! Que "ganho" é esse? E os ditos países civilizados participam dessa trampa. É muito comum os nossos deslumbrados tupiniquins comentarem o quanto "a Europa é limpinha, as pessoas não jogam um papel de bala no chão". Assim, até nós somos "civilizados"...

A notícia é do sítio Brasília Confidencia:

Ibama pune importação de lixo doméstico da Europa

18/08/2010

AYRTON CENTENO


Vinte e duas toneladas de lixo procedentes da Alemanha foram descobertas no porto de Rio Grande, a 310 quilômetros de Porto Alegre, pelos fiscais da Receita Federal. Embora a declaração da carga se referisse a “aparas de polímeros de etileno”, material cuja importação é legal e destinada a empresas de reciclagem, o conteúdo era lixo doméstico urbano: fraldas descartáveis, embalagens de produtos de limpeza e outros detritos. O lixo foi embarcado no porto de Hamburgo e tinha como destino uma empresa da cidade de Esteio, na Grande Porto Alegre.

O Ibama multou em R$ 1,5 milhão a empresa Hanjin Shipping, que transportou o lixo. Ela também terá que reenviar a carga para a Europa dentro do prazo de dez dias. O descumprimento da determinação acarretará nova multa.

A Recoplast Recuperação e Comércio de Plástico, que importou o lixo, foi multada em R$ 400 mil. A firma Dashan, de Hong Kong, responsável pela exportação, registrou na documentação de embarque que o carregamento seria oriundo da República Tcheca.

No ano passado, outras 1.400 toneladas de lixo, embarcadas na Inglaterra, foram interceptadas também nos portos de Santos (SP), de Rio Grande e no porto seco de Caxias do Sul (RS). O governo brasileiro exigiu o retorno do carregamento e denunciou a Inglaterra no secretariado da Convenção de Basiléia, na Suíça. O Brasil é um dos 168 signatários da Convenção de Basiléia, acordo internacional que controla a movimentação de resíduos danosos à saúde humana e ao meio ambiente.


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Liberdade de imprensa nos EUA?

Gerald Herbert em foto de 9/5/2010 para AP. Se fosse nos dias de hoje, pagaria 40 mil dólares de multa.

O blog Agente65 apresenta nota de indignação sobre a aplicação de multa de até 40 mil dólares, conforme uma norma que converte em delito grave qualquer jornalista, repórter, bloguista, fotógrafo ou cidadão aproximar-se de operações de limpeza de petróleo, equipamentos ou embarcações no Golfo do México. Quer dizer, o público ficará sem informação a respeito do desastre ecológico promovido pela BP naquela região.

Perguntamo-nos, onde está a SIP e o Repórteres Sem Fronteira para acusar o Governo de Barak Obama de violar a liberdade de imprensa? Como os políticos dos EUA, que se jactam das liberdades democráticas de seu país, podem ficar calados sobre o autoritarismo de tal norma?

A bem da verdade, estamos ironizando: tais instituições estão pouco se importando com a liberdade de imprensa ou de expressão. O que desejam, é assegurar o interesse das corporações que sustentam os EUA. O lamentável, disso tudo, é que ainda exista gente que crê na democracia estadunidense.

Abaixo, o artigo, fonte da nota do Agente65.

Catástrofe do Golfo: BP restringe o acesso dos media


por Dahr Jamail


Petróleo no Golfo do México. NOVA ORLEANS, (IPS) – Na semana passada, a Guarda Costeira dos EUA, que está a agir em coordenação com a gigantesca empresa petrolífera BP, impôs novas restrições em toda a Costa do Golfo americano que impedem os media de se aproximarem a menos de 20 metros das barreiras de contenção (booms) ou dos barcos de limpeza, tanto na costa como no mar. Mas a astúcia destas restrições vai ainda mais longe.

“Não pode vir cá", disse Don, o guarda de segurança contratado pela BP no Centro para a Reabilitação da Fauna Contaminada pelo Petróleo, em Fort Jackson, Louisiana.

Lá dentro, o Centro Internacional para Investigação e Salvamento de Aves, uma das companhias contratadas pela BP para limpeza dos animais, encarrega-se de limpar o petróleo das aves antes de as devolver ao seu habitat natural. O Centro tem limitado o acesso aos media. Antes estava aberto às segundas, quartas e sextas durante duas horas por dia. A IPS chegou ao Centro numa quarta-feira, e foi informada que os dias para os media tinham sido reduzidos de três para dois dias, e já não abria às quartas-feiras.

Quando a IPS perguntou ao guarda de segurança privada para quem é que trabalhava, ele respondeu, “Trabalho para a HUB, uma companhia de segurança contratada pela BP”. A Hub Enterprises, de Broussard, Louisiana, tem um contrato com a BP para fornecer “funcionários de segurança” e “supervisores”. Don está a receber entre 13 a 14 dólares por hora para manter a imprensa afastada do maior desastre ambiental provocado por uma fuga de petróleo de toda a história dos EUA. Continuam a jorrar mais de 60 mil barris de petróleo por dia no Golfo, mais de dois meses depois da explosão de 20 de Abril na plataforma Deepwater Horizon operada pela BP.

MULTAS ATÉ 40 MIL DÓLARES

As restrições da semana passada que a Guarda Costeira impôs aos meios de comunicação sujeitam os jornalistas e os fotógrafos a uma multa até 40 mil dólares, e à pena de cadeia de um a cinco anos como um crime de classe D, se violarem a regra dos 20 metros, que o Comando Unificado designa por “zona de segurança”.

Tem havido muitos indícios de um amordaçamento maior e mais profundo dos meios de comunicação na região, de muitas outras formas. Na semana passada, a IPS tinha uma entrevista agendada com o Centro de Ciências da Saúde da Universidade Estadual da Louisiana, em Nova Orleans. A entrevista devia ser com um especialista das estratégias de investigação da Universidade, sobre o possível impacto na região do desastre petrolífero da BP. Na manhã em que se devia realizar a entrevista, o entrevistado, que pretende manter-se anónimo, enviou um email à IPS declarando: “Disseram-me para cancelar a entrevista. Lamento quaisquer inconvenientes que vos possa ter causado”. Quando a IPS lhe perguntou se havia alguma razão especial para o cancelamento da entrevista, respondeu, “Não”. Uma fonte anónima revelou posteriormente à IPS que a decisão de cancelar a entrevista fora tomada pelo chanceler Larry Hollier, que chefia o Centro de Ciências da Saúde da Universidade.

A BP disponibiliza a maior parte do financiamento para estudar os efeitos do desastre petrolífero e prometeu 500 milhões de dólares para projectos de investigação e de reabilitação. Robert Gagosian é o presidente do Consórcio para a Direcção Oceânica, que representa instituições de investigação oceânica e aquários e administra um programa de investigação sobre perfuração marítima. Geoquímico marítimo, Gagosian está preocupado com a forma como vai ser utilizado o dinheiro, e espera que seja gerido através de doações aprovadas pelos pares. A sua preocupação, partilhada por outros cientistas e investigadores, tem origem no interesse da BP em preservar o seu negócio. Também têm dúvidas quanto aos critérios adequados para determinar que tipo de investigações é que devem ser feitas.

Jeff Short, um antigo cientista da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica, que é actualmente membro do grupo de preservação Oceana, disse que, ao aceitar que a BP pague a investigação, o governo abre mão do controlo sobre que tipo de estudos devem vir a ser feitos. “Pergunto a mim próprio porque é que a BP quer dar dinheiro para projectos que demonstrarão claramente um prejuízo ambiental muito maior do que se viria a saber, se não fossem esses estudos?”, disse.

Os primeiros 25 milhões de dólares dos fundos da BP foram rapidamente distribuídos pela Universidade Estatal da Louisiana, pelo Instituto de Oceanografia da Florida na Universidade da Florida Sul e por um consórcio chefiado pela Universidade Estatal do Mississípi. Muitos cientistas e jornalistas independentes receiam que isto faça parte de uma tentativa para influenciar quais os estudos a fazer e a disponibilidade dessas instituições públicas para falar com os meios de comunicação sobre o desastre da BP.

Num outro incidente, a 2 de Julho, Lance Rosenfield, um repórter fotográfico da publicação de investigação sem fins lucrativos ProPublica, foi detido por breves instantes pela polícia quando tirava fotografias perto da refinaria da BP na cidade do Texas. Rosenfield declarou que foi confrontado por um funcionário da segurança da BP, pela polícia local, e por um homem que se identificou como agente do Departamento da Segurança Nacional. Rosenfield foi libertado depois de a polícia ter analisado as fotografias e registado a data do seu nascimento, o número da segurança social e outras informações pessoais. Depois o agente da polícia entregou essas informações ao guarda da segurança da BP, alegando, segundo disse Rosenfield, “procedimento normal de funcionamento”.

Também foram instituídas restrições no espaço aéreo sobre as zonas onde estão a decorrer operações de limpeza e de contenção. A Administração da Aviação Federal proibiu voos dos meios de comunicação a menos de 900 metros sobre as áreas afectadas pelos lençóis do petróleo.

07/Julho/2010
O original encontra-se em http://dahrjamailiraq.com
Tradução de Margarida Ferreira
Foto: Gerald Herbert para AP.
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MANIFESTAÇÃO PELO CÓDIGO FLORESTAL


DATA: 11 de julho, domingo, às 10h

LOCAL: Parque da Redenção (concentração na esquina da José Bonifácio com a Osvaldo Aranha)

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Golgo do México

Folha de SP, 04/05/10.
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Convite: palestras sobre efeito estufa

Estamos vivendo um momento histórico fundamental: a continuidade da nossa civilização será decidida nos próximos 5 anos.

Campanha Sobrevivência Ambiental em Risco: pela Redução de 80% dos Gases Efeito Estufa.

É necessário começarmos imediatamente um movimento popular que reivindique a imediata implantação de políticas publicas de redução de emissão de 80% dos gases de efeito estufa, pois a sobrevivência da humanidade está cada vez mais em risco.

Estamos chegando ou já atingimos o ponto de não-retorno, onde apesar de toda a redução política das emissões de gases de efeito estufa ocorre o Processo de Realimentação Natural pela Emissão de Metano da Groenlândia, Sibéria, Escandinávia, Canadá e Alasca, aliado ao início da liberação de 30 bilhões de toneladas de carbono existentes (na forma de claratos de metano) do fundo do mar, o que tornará inútil qualquer ação futura.


Estamos vivenciando os piores cenários possíveis.




Palestras


Duas palestras serão realizadas na Semana do Meio Ambiente da SMAM:

Dia 8 de junho, terça-feira, às 16h30

Palestra:

Mudanças Climáticas: por que precisamos reduzir 80% das Emissões de Gases Estufa?

Palestrante: engenheiro agrônomo Celso Copstein Waldemar – Vice-presidente da AGAPAN

Local:

Centro de Eventos do CIEE - Rua Dom Pedro II, 861 - Bairro São João - Porto Alegre



Dia 11 de junho, sexta-feira, às 16h

Palestra:

Mudanças Climáticas: Ações necessárias para o Ponto de Retorno

Palestrante: engenheiro agrônomo Celso Copstein Waldemar – Vice-presidente da AGAPAN

Local:

Parque Farroupilha - SMAM - Sala de oficinas, junto ao Monumento ao Expedicionário – Porto Alegre




Após a palestra o público será convidado a participar da elaboração de políticas públicas municipais de enfrentamento ao aquecimento global.

A presença do movimento ecológico é fundamental em uma destas palestras para:

  • conhecer a atual situação climática - junho de 2010 (ela piora a cada mês!)
  • fortalecer um espaço aberto pelo poder municipal para discutir o assunto.

Participe das palestras sobre Mudanças Climáticas e também da Campanha Sobrevivência Ambiental em Risco: pela Redução de 80% dos Gases Efeito Estufa.


Mensagem enviada pelo Movimento Defenda a Orla.
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Dia mundial do meio ambiente

Esta vitória foi uma luta da comunidade portoalegrense:Rua Gonçalo de carvalho*, Patrimônio Histórico, Cultural, Ecológico e Ambiental de Porto Alegre.


Agora, falta esta vitória do povo riograndense!

Não à venda do Morro Santa Teresa!

*Obrigada, Rodrigo!
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