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O novo não era tão novo assim...

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Como a redecastorphoto e a Vila Vudu vêem a venda do Brasil

(1) Não se pode fazer (a lei eleitoral proíbe) show com música, em campanha eleitoral (nem são permitidos "recursos especiais" nos spots para televisão, por exemplo, dentre outras baboseiras);

(2) a mídia não noticia manifestações de artistas que não sejam pró Serra: e

(3) Consideramos que, antes de supor que a gente sabe “o que fazer” e “esses caras da campanha não sabem nada”, é preciso lembrar a enorme dificuldade que é fazer campanha eleitoral com praticamente toda a mídia contra. É a coisa mais difícil do mundo, porque a campanha sempre corre o risco de: se responder a tudo que a mídia inventar, a campanha acabar pautada pela mídia (que é contra). Ao mesmo tempo, não é possível não responder nunca. Então, a coisa vira parada brabíssima.

Não se deve esquecer que as campanhas assumiram as características que têm hoje por causa da mídia, sobretudo da televisão. E só agora a Internet começa a, de fato, mostrar seu valor. 

Outra coisa que é invenção recente e cujos efeitos ainda não sabemos avaliar bem -- e é consequência, também, das características “jornalísticas” das campanhas eleitorais (nas quais, aliás, trabalham ZILHÕES de jornalistas) -- são as tais de “pesquisas”.

Hoje, por exemplo, encontramos coisinha bem safadinha, perdida numa coluna da FSP (“Todamídia) :

"Atrás de sinais de um governo Dilma, a Reuters   entrevistou o ministro Paulo Bernardo, que prometeu uma administração "austera", atenta para a "saúde financeira do Estado".

Já a Bloomberg  noticiou que, diante da “especulação de vitória governista”, as ações da estatal Eletrobrás, que haviam subido com a pesquisa da Sensus, voltaram a cair. Seria efeito não só do Datafolha, mas também da neutralidade de Marina Silva, vista como “derrota para Serra”, segundo noticiaram ontem o “NYT  e a “Reuters”. 
Ninguém ainda se lembrou que as “pesquisas” eleitorais são -- ou podem ser – instrumentos, também, de especulação na Bolsa de Valores. Junte isso, com campanha em que TODA a mídia está contra um dos candidatos, e a campanha eleitoral “midiática” e “bursátil” é, de fato, negócio SUPER complicado.

Se a Salarina Silva entra, depois sai, sempre com espalhafato e ampla cobertura da mídia em campanha eleitoral contra nós, e mesmo que a Salarina não tenha pensado em tudo isso, mas desde que a entrada e a saída da Salarina tenham sido muito amplamente repercutidas, sempre com “interpretações” jornalísticas, sociológicas e o escambau... As ações das empresas que estão na bolsa oscilam como papel ao vento.

Assim, simultaneamente, à medida que aumenta o poder das pesquisas para influenciar o voto, aumenta o poder delas, também, pra fazer oscilar o valor das ações. Assim se faz aumentar o preço que se cobra por “pesquisas”... O que interessa às empresas de pesquisa, todas elas associadas a algum “veículo” de mídia.

A Petrobrás, como a Eletrobrás, e outras empresas, são uma espécie de “vítimas” do jornalismo brasileiro, hoje, porque são áreas do governo Lula que a “mídia” adoraria destruir, antes de Dilma começar a governar.

Suspeito que a tal “palestra” que Fernando Henrique Cardoso teria vendido, no final de semana, a “empresários estrangeiros” (mas, de fato, como já se sabe hoje, ele vendeu, mas a corretores de ações e gestores de fundos) reunidos em Foz de Iguaçu (e por que não na Av. Faria Lima, em SP, com MUITA cobertura “midiática”?), tem a ver com ESSE TIPO DE MANOBRA midiático-eleitoral, para fazer desabar o valor das ações dessas grandes empresas -- a Petrobras, é claro, sempre na frente, e na alça de mira preferencial de TODOS os corretores do universo, hoje, por causa do pré-sal.

Nesse sentido, é claro, têm razão quem diga que Fernando Henrique Cardoso manobra pra "vender o Brasil" etc.

É o mesmo trabalho que está fazendo, também o David Zylberstein, que o próprio FHC converteu em “especialista em petróleo” e que está todos os dias em todos os jornais, dizendo suas besteiras interesseiras e interessadas, que o facinoroso (e venal) jornalismo brasileiro repercute (vende) como se fossem “notícias” ou - mais ridículo ainda – “parecer de especialista(s)”.

Merece xilindró, esse Fernando Henrique Cardoso.
 
Por Castor Filho em seu blog.
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A inatividade ativa de Marina da Silva

E agora Marina?
Por Mair Pena Neto no Direto da Redação [via Escrevinhador]

Nas primeiras eleições presidenciais pós-ditadura, em 1989, quando perdeu para Lula o direito de disputar o segundo turno contra Collor, Brizola, apesar do enfrentamento direto que teve com o petista na primeira fase do processo, não hesitou sobre que lado tomar. Foi quando cunhou a frase de que seria fascinante fazer a elite engolir o “sapo barbudo” e apoiou Lula, transferindo alguns dos milhões de votos que teve no primeiro turno.

Em um momento crucial para o país, que elegia seu primeiro presidente após 25 anos de ditadura, não havia meio termo. Ou se estava ao lado da candidatura das forças populares, naquele segundo turno, representadas por Lula, ou se estava com as elites e o “filhote da ditadura”, como Brizola, em mais uma de suas históricas tiradas, classificou Fernando Collor. Em toda a sua trajetória política, Brizola jamais teve dúvidas ideológicas. Principalmente, no momento das grandes decisões para a vida do país.

Agora, o Brasil volta a viver uma situação de encruzilhada. O segundo turno das eleições presidenciais terá o caráter plebiscitário que Lula quis apresentar desde o início. O que estará em jogo são dois projetos antagônicos. Um, representado por Dilma Rousseff, baseado no fortalecimento do Estado e na sua capacidade de promover o crescimento com redução das desigualdades. O outro, personificado por José Serra, pró-mercado, privatista, que entende o Estado apenas como gerente e não vê sentido em programas sociais de grande alcance, como o Bolsa Família.

Novamente, não há meio termo ou terceira via. Ou é um ou é outro. É nesta hora que se pergunta se Marina Silva, responsável por levar a eleição ao segundo turno, terá a grandeza de Brizola, se irá se aproximar da direita, ou, pior ainda, se amiudará politicamente e tomará a posição conveniente e covarde da neutralidade.

Marina também está numa encruzilhada. Sua votação acima do esperado e não captada em sua verdadeira dimensão por nenhum instituto de pesquisa a alçou a um novo patamar político. E nesta nova condição, ela precisa tomar partido na completa acepção do termo.

A partir de sua decisão tomaremos conhecimento de quem é a Marina que sai dessas eleições. Se a seringueira forjada pela luta de Chico Mendes, a ex-militante histórica do PT e ex-ministra do governo Lula, que sempre participou das lutas populares ao lado das forças da esquerda, ou uma evangélica conservadora, apoiada num confuso discurso ambientalista, com mais aceitação no empresariado do que na população.

Marina, não há dúvidas, foi a maior beneficiária da sucessão de “escândalos” midiáticos e da exploração eleitoral nas últimas semanas de campanha da fé das pessoas, através da disseminação em púlpitos e pela internet de temores envolvendo aborto e união de homossexuais, onda que aproveitou sem maiores questionamentos.

Com o segundo turno, tem a oportunidade de mostrar que é bem mais do que isso e se posicionar no espectro político que sempre defendeu, comprometido com um Brasil socialmente mais justo. A neutralidade nesse momento é uma não tomada de posição e será entendida como preocupação exclusiva com um projeto político pessoal, em detrimento do que é melhor para o povo brasileiro.
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Marina,... você se pintou?

Maurício Abdalla* para Adital - 05/10/2010

"Marina, morena Marina, você se pintou" - diz a canção de Caymmi. Mas é provável, Marina, que pintaram você. Era a candidata ideal: mulher, militante, ecológica e socialmente comprometida com o "grito da Terra e o grito dos pobres", como diz Leonardo.

Dizem que escolheu o partido errado. Pode ser. Mas, por outro lado, o que é certo neste confuso tempo de partidos gelatinosos, de alianças surreais e de pragmatismo hiperbólico? Quem pode atirar a primeira pedra no que diz respeito a escolhas partidárias?
Mas ainda assim, Marina, sua candidatura estava fadada a não decolar. Não pela causa que defende, não pela grandeza de sua figura. Mas pelo fato de que as verdadeiras causas que afetam a população do Brasil não interessam aos financiadores de campanha, às elites e aos seus meios de comunicação. A batalha não era para ser sua. Era de Dilma contra Serra. Do governo Lula contra o governo do PSDB/DEM. Assim decidiram as "famiglias" que controlam a informação no país. E elas não só decidiram quem iria duelar, mas também quiseram definir o vencedor. O Estadão dixit: Serra deve ser eleito.

Mas a estratégia de reconduzir ao poder a velha aliança PSDB/DEM estava fazendo água. O povo insistia em confirmar não a sua preferência por Dilma, mas seu apreço pelo Lula. O que, é claro, se revertia em intenção de voto em sua candidata. Mas "os filhos das trevas são mais espertos do que os filhos da luz". Sacaram da manga um ás escondido. Usar a Marina como trampolim para levar o tucano para o segundo turno e ganhar tempo para a guerra suja.

Marina, você, cujo coração é vermelho e verde, foi pintada de azul. "Azul tucano". Deram-lhe o espaço que sua causa nunca teve, que sua luta junto aos seringueiros e contra as elites rurais jamais alcançaria nos grandes meios de comunicação. A Globo nunca esteve ao seu lado. A Veja, a FSP, o Estadão jamais se preocuparam com a ecologia profunda. Eles sempre foram, e ainda são, seus e nossos inimigos viscerais.

Mas a estratégia deu certo. Serra foi para o segundo turno, e a mídia não cansa de propagar a "vitória da Marina". Não aceite esse presente de grego. Hão de descartá-la assim que você falar qual é exatamente a sua luta e contra quem ela se dirige.

"Marina, você faça tudo, mas faça o favor": não deixe que a pintem de azul tucano. Sua história não permite isso. E não deixe que seus eleitores se iludam acreditando que você está mais perto de Serra do que de Dilma. Que não pensem que sua luta pode torná-la neutra ou que pensem que para você "tanto faz". Que os percalços e dificuldades que você teve no Governo Lula não a façam esquecer os 8 anos de FHC e os 500 anos de domínio absoluto da Casagrande no país cuja maioria vive na senzala. Não deixe que pintem "esse rosto que o povo gosta, que gosta e é só dele".

Dilma, admitamos, não é a candidata de nossos sonhos. Mas, Serra o é de nossos mais terríveis pesadelos. Ajude-nos a enfrentá-lo. Você não precisa dos paparicos da elite brasileira e de seus meios de comunicação. "Marina, você já é bonita com o que Deus lhe deu".

* Professor de filosofia da UFES, autor de Iara e a Arca da Filosofia (Mercuryo Jovem), dentre outros
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UM BALANÇO INICIAL DO PRIMEIRO TURNO

artigo de Emir Sader publicado no RS Urgente

"A esquerda teve o melhor resultado eleitoral de sua história: Dilma em primeiro lugar, governadores no Rio Grande do Sul, na Bahia, em Pernambuco, no Ceará, no Espírito Santo, Sergipe, Acre, boas possibilidades no Distrito Federal, possibilidades ainda no Pará, e renovação com grande bancada no Senado e grande aumento nas bancadas parlamentares na Câmara.

A frustração veio da expectativa criada pelas pesquisas de uma eventual vitória no primeiro turno para presidente. Uma análise mais precisa é necessária, a começar pelo altíssimo numero de abstenções e também dos votos nulos e brancos que, somados, superam um quarto do eleitorado. Mas também dos efeitos das campanhas de difamação – sobre o aborto, luta contra a ditadura, etc., assim como o efeito que o caso da Erenice efetivamente teve para diminuir o resultado final da Dilma."

Leia a íntegra do artigo aqui
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O DEBATE E O SONO

Laerte Braga


A GLOBO começa a ser vítima de sua arrogância. Em matéria de eleições presidenciais quer ser sempre a última palavra. O round final. Todas as outras redes de tevê promoveram debates entre os candidatos a presidente (alguns excluídos), mas o grande final é na GLOBO. É o que pensam os que dirigem o carro chefe da mídia privada no Brasil.

A tônica do debate foi sono.

É o resultado do formato desenhado nos laboratórios globais. Tem três objetivos. Tentar ajudar o candidato do esquema, no caso José Arruda Serra, tentar embananar o processo eleitoral dando força a uma terceira candidatura sem condições de vitória e produzir um espetáculo.

O tchan do debate global é a tal da tecnologia.

Imagino que a continuar assim nos próximos pleitos teremos candidato descendo de disco voador, outro emergindo de um submarino e vai por aí afora.

Programa de governo, informações corretas e verdadeiras, nada disso é cogitado na rede. Supor que tudo isso seja um jeito de interpretar Maquiavel é tanto desqualificar Maquiavel, como super qualificar a GLOBO.

É apenas a presunção que o paraíso existiu e foi reconstruído no tal PROJAC. Delírio, nada mais.

O problema real vem depois. O que a GLOBO vai fazer com o debate, ou melhor, com as imagens do debate. Editá-las, como o fez em 1989, dando a impressão que determinado candidato venceu, no caso o dela, Arruda Serra, ou render-se à evidência da eleição de Dilma Roussef?

Devem colocar esses fatos numa balança, pesar com pesos de realidade e decidir pelo que for menos doloroso à empresa, ao grupo, levando em conta os compromissos internacionais que tem junto a várias agências financeira e ao próprio BNDES.

Se for para atrapalhar as trapaças da FUNDAÇÃO ROBERTO MARINHO não editam nada. Se tiver jeito de aumentar a participação acionária nos negócios do Estado, aí editam, deitam e rolam.

É a ética do grupo Marinho.

Um governo que não ceda às chantagens da rede pode não ser tão negativo assim, do ponto de vista deles, levando em conta que muitos governos estaduais estarão dispostos a segurar o barco.

Os candidatos... Bem, os candidatos deixaram a sensação que por lá apareceram por conta dos riscos da ausência. Aquele compromisso chato, que você está doido para ficar quieto em casa, ou fazer coisa diferente, mas não tem como cancelar. Aí vai, seja lá o que Deus quiser. Vai.

José Arruda Serra dessa vez não tentou nem levantar vôo. Ensaiou sair do hangar, mas logo recolheu a aeronave tucana. Deposita suas esperanças no desempenho da verde/laranja Marina da Silva (a candidata de Al Gore, aquele que disse que a Amazônia não é só do Brasil). A propósito, num dos intervalos comerciais do debate a empresa do vice de Marina anunciou. A NATURA. Vale dizer pagou à GLOBO para veicular um comercial. Trem feio, a GLOBO ainda tomou dinheiro do cara.

Para eles não existe complicação nenhuma nisso, é prática corriqueira. O negócio de me paga tanto que eu faço o que você mandar. Se tiver problema a gente manda o Faustão criar um quadro novo, está chegando o ano de 2011 já já começa o frisson BBB, logo todo mundo esquece tudo.

O Brasil mergulha “nos meus heróis”.

Marina da Silva agarrou-se à última oportunidade, a sensação que causou, a mim pelo menos, é que morre na praia. Essa história de chegar ao fim da competição em condições de uma final exclusiva com Dilma foi para o espaço. Nem lá e nem cá. É nisso que dá ser verde, mas com laranja, verde madura digamos assim.

Pode falar até aqui, depois não. Tem que engolir os sapos.

Dilma cumpriu seu papel. Tem vantagem tranqüila nas pesquisas de intenções de votos, agora atenção total para neutralizar a jogada última da turma. VEJA e suas denúncias inconseqüentes, FOLHA DE SÃO PAULO com as pesquisas montadas do DATA FOLHA (o objetivo agora é levar para o segundo turno), o conjunto GLOBO fazendo o que faz todos os dias, tratando o telespectador como Homer Simpson, definição do arcanjo guardião do PROJAC, William Bonner.

O candidato Plínio de Arruda Sampaio cumpriu seu papel de mostrar as diferenças entre governo popular e governo do modelo engessado pelo institucional que tem como um dos juízes Gilmar Dantas Mendes.

A participação de Plínio de Arruda Sampaio nos debates é algo a ser analisado por seu partido. Permaneceram excluídos candidatos como Ivan Pinheiro (PCB) e José Maria (PSTU), fica a sensação que debates são apenas um espetáculo, nada além disso.

É pena que o IBOPE não faça uma pesquisa diferente, digamos assim. Buscar saber quantos telespectadores conseguiram se manter acordados por todo o “confronto”.
Sei não, tenho a sensação que iriam ter uma surpresa, número elevado dos que dormiram ao longo do embate democrático.

Democracia com lantejoulas.

E quantos viram o comercial da NATURA, empresa de propriedade do candidato a vice de Marina da Silva.

Foto: Alexandre Durão/TV Globo
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AGORA MARINA VAI AFUNDAR NO RS: SIMON DECLAROU APOIO A ELA

O velho muçum ensaboado fez outra das suas: depois de dizer na ZH que "o melhor para todos é Dilma como Presidente [...]", agora aparece apoiando Marina, a nova namoradinha da UDN.

Desesperado depois que seu candidato ao governo, o "imparcialmente ativo" José Fogaça*, naufragou com aquela conversinha insossa de "vamos unir do Rio Grande" (no Datafolha, Tarso está com o dobro de Fogaça - 46% a 23%), Simon tenta agora criar um fato político declarando apoio à Marina faltando uma semana para a eleição, como é de seu costume.

O que Marina não sabe é que o apoio de Simon, considerando a situação do RS, onde o PMDB, mercê de ter ficado em cima do muro na eleição presidencial - algo que gaúcho abomina -, é bola fora.

* a "imparcialidade ativa" (a expressão é deles), mantra do "credo do muro", foi a idiotice criada por Simon, Fogaça e outros espertos do PMDB guasca, para tentar tirar uma casquinha por todos os lados na eleição presidencial. Deu no que deu.
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Marina é a nova arma da direita contra Dilma


Desesperada com o desempenho do candidato Zé Ladeira, que cresce cada vez mais como rabo de cavalo - para baixo -, a direita raivosa mobiliza agora todos os instrumentos da mídia decadente para turbinar a candidatura de Marina Silva, num derradeiro recurso para tentar levar a eleição para o segundo turno.

A senha foi dada com a publicação, nesta quinta-feira, da pesquisa Datafolha, na qual, curiosamente, Dilma cai dois pontos, Serra sobe um e Marina dois. E qual é a margem de erro? Dois pontos. Bingo!

Na sequência, os celetistas do PIG passam a utilizar seus espaços "comentando" o resultado da pesquisa de forma uníssona: todos dizem que, embora as oscilações estejam dentro da margem de erro, constata-se que, de fato, Dilma cai, e quem mais sobe é Marina.

Mônica Bergamo, com aquela voz arrastada de quem acabou de tomar Mogadon, chegou a salientar, na Rádio Band News ontem pela manhã, que "Marina cresce não apenas entre os mais ricos, mas também entre a [velha] classe média" (aliás, quanto a este último aspecto, nada a estranhar: a velha classe média é reacionária e adora um golpe - vide 64). A seguir, Mônica passa a comentar os resultados da pesquisa nas principais Capitais, realçando que Marina está empatando e até ultrapassando Serra em diversas cidades. Conclui por lançar a "dúvida" se isto será que capaz de levar a eleição para o segundo turno.

Marina já vestiu o figurino da direita há tempos, desde que começou a papagaiar os argumentos de Serra e dos agentes do PIG sobre a "gravidade das denúncias" na Casa Civil, chegando a dizer no JN algo como "é assim que fazem quando eles governam"(!), esquecendo-se que até ontem era uma "deles".

Com essa, credenciou-se a um convite para a refundação da UDN, que ocorrerá logo após a eleição.
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Vice de Marina se farda para o golpe invocando Tiririca

Sem votos, a saída é o golpe...

Depois de ver a sua líder sem-votos descambar para o oportunismo, remando a favor da enxurrada de denúncias sem provas do PIG contra o Governo Lula e Dilma, seu vice,  Sr..., hã..., péraí..., ah, Guilherme Leal, o candidato das verdinhas, não quis perder a barca e disse, ontem, que "a ex-ministra Dilma Rousseff e a chapa liderada pelo PT oferecem ao país uma governabilidade temerária e instável."

Tendo achado a frase boa, tascou uma piadinha de mau gosto: "a coligação liderada pelo PT ensaia uma “governabilidade Tiririca”.

Gostando do resultado, emendou: “diferentemente do que diz o palhaço Tiririca, pior do que está, fica”.

E aí, chega à iluminação: “o poder no país, que deveria ser usado em benefício da população, tem servido para reprodução de esquemas que representam mais e mais um ônus para o povo”.(!)

Mas afinal de quem o vendedor de sabonetes pensa que está falando? Ônus para quem, cara pálida? Será que ele não sabe que o governo Lula tem a aprovação de 80% dos brasileiros e que Marina fez parte deste governo por quase  sete anos? É claro que ele sabe tudo isso.

Ocorre que o grave neste discurso não são as piadinhas xinfrins. Questionar a "governabilidade temerária e instável" aponta para a necessidade de uma solução que venha "restaurar" a "governabilidade perdida", e todos sabem que estas "soluções" se dão através de golpes, como o que agora se trama contra a vitória arrasadora da candidatura que representa continuidade do governo que mais fez pelo Brasil e seu povo, especialmente o mais sofrido.

Eles sabem que quando se governa para mais do que para vinte milhões de pessoas, como dizia Raimundo Faoro, a elite se desespera, porque sabe que não volta tão cedo ao poder. Daí, o golpe passa a ser a única saída. Tentaram contra Getúlio e conseguiram contra Jango, presidentes que governaram para mais do que uma pequena parte da população, promovendo profundas alterações nos paradigmas nacionais.

Agora o quadro se repete: suplantando a todos os seus antecessores, Lula, em 2005, quase foi vítima do golpe, que foi parado apenas pelo gigantesco apoio popular que se revelou então. E hoje, eles assistem impotentes à maior consagração que um governo vai receber das urnas. E não se conformam.

Com aquele jeitinho de padreco do interior, o rei da perfumaria apenas esperava uma oportunidade para se mostrar na sua inteireza. Particularmente, sempre achei que aquele tipo engomadinho do-empresário-bonzinho-que-luta-para-salvar-a-natureza tinha algo escondido para mostrar (desconfio sempre de quem insiste com este papinho de "capaitalismo-e-sustentabilidade"). Bingo!

Alguém deveria lembrar Marina para ensinar ao seu vice que governabilidade se conquista com votos e não com demagogia. Mas a esta altura, viagem é perdida, porque ela também resolveu entrar pelo caminho fácil de agradar a Globo. Mas não dá nada, afinal o vice de Marina é apenas mais um ilustre desconhecido tentando mostrar serviço aos que pensam que ainda são donos do poder.

As pérolas do saboneteiro estão publicadas no blog oficial de Marina.
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Há vaga

Pelo jeito, a Marina sacou que o espaço para candidato de oposição tá vago.

Enquanto isso, todo o mundo com quem falo lulou, e dilmou - mesmo o pessoal mais conservador, incluindo empresários.

Quer dizer... quase todo o mundo, pois andei recebendo um tolo email reginaduartista de um parente novorrico. Senti a tal #vergonhaalheia.
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Estimativas para 3 de outubro


Por Marcos Coimbra* - Carta Capital


Do jeito como vão, as eleições presidenciais não devem nos reservar surpresas de reta final. Ao contrário. Salvo algo inusitado, elas logo adquirirão suas feições definitivas, talvez antes que cheguemos ao cabo da primeira quinzena de veiculação da propaganda eleitoral na tevê e no rádio.

Por várias razões, a provável vitória de Dilma Rousseff- em 3 de outubro será saudada como um resultado extraordinário. Ao que tudo indica, ela alcançará uma coisa que Lula não conseguiu nem quando disputou sua reeleição: vencer no primeiro turno. Não que levar a melhor dessa maneira seja fundamental, pois o próprio Lula mostrou ser possível ganhar apenas no segundo e se tornar o presidente mais querido de nossa história.

É preciso lembrar que Lula não a obteve em 2006 por pouco, apesar de sua imagem ainda sangrar com as feridas abertas pelo mensalão. Ele havia chegado aos últimos dias daquele setembro com vantagem suficiente para resolver tudo ali mesmo e só a perdeu quando sofreu um ataque sem precedentes de nossa “grande imprensa”.

Aproveitando-se do episódio dos “aloprados”, fazendo um carnaval de sua ausência no debate na Globo, ela balançou um eleitorado ainda traumatizado pelas denúncias de 2005. Lula deixou de vencer em 1º de outubro, o que, no fim das contas, terminou sendo ótimo para ele. No segundo turno, a vasta maioria da população concluiu o processo de sua absolvição, abrindo caminho para o que vimos de 2007 em diante: ele nunca mais caiu na aprovação popular e passou a bater um recorde de popularidade atrás de outro.

Com as pesquisas de agora, é difícil estimar com precisão quanto Dilma Rousseff poderá ter no voto válido. Não é impossível que alcance os 60% que Lula fez, no segundo turno, na última eleição. E ninguém estranharia se ela ultrapassasse os 54% que Fernando Henrique obteve em 1994, com o Plano Real e tudo.

Para fazer essas contas, é preciso levar em consideração diversos fatores. Um é quanto Marina Silva poderá alcançar, a partir dos cerca de 8% que tem hoje. Há quem imagine que ela ainda cresça, apesar do mísero tempo de televisão de que disporá. Com uma única inserção em horário nobre por semana e um tempo de programa praticamente idêntico ao dos candidatos pequenos, não é uma perspectiva fácil.
O segundo fator é o desempenho dos candidatos dos partidos menores, dos quais o mais relevante é Plínio de Arruda Sampaio. Muito mais que seus congêneres de extrema esquerda, ele pode se transformar em opção para a parcela de eleitores que vota de forma mais ideo-lógica ou que apenas quer expressar seu “protesto”. Embora as pesquisas a respeito desse tipo de eleitor não sejam conclusivas, isso pode, talvez, ocorrer em detrimento de Marina: à medida que Plínio subir, ela encolherá. O que não afetaria, portanto, o tamanho do eleitorado que não votará em Dilma ou Serra.

Para, então, projetar o tamanho da possível vitória de Dilma, o relevante é saber o piso de Serra. Se ele cairá, considerando seu patamar atual, próximo a 30%.

Só o mais otimista de seus partidários acredita (de verdade) que a presença de Lula na televisão será inútil para Dilma e que seu apelo direto ao eleitor não produzirá qualquer efeito. Ou seja, ninguém acredita que ela tenha já atingido seu teto, com os 45% que tem hoje.
O voto em Serra tem, no entanto, três fundamentos, todos, aparentemente, sólidos: 1. É um político respeitado no maior estado da federação, que governou, até outro dia, com larga aprovação. 2. Representa o eleitorado antipetista,- aquele que pode até tolerar Lula, mas que nunca votou e nunca votará no PT. 3. Tem uma imagem nacional positiva, conquistada ao longo da vida e, especialmente, quando foi ministro da Saúde. De São Paulo deve sair com 45% dos votos, o que equivale a 10% do País. O antipetismo lhe dá mais cerca de 10% e a admiração por sua biografia no restante do eleitorado, outro tanto (tudo em números redondos).

Se essas contas estiverem corretas, Serra teria pouco a perder nas próximas semanas. Em outras palavras, já estaria, agora, perto de seu mínimo.

Fica simples calcular o resultado que, hoje, parece mais provável para 3 de outubro: Serra, 30%; Marina e os pequenos, 10%; brancos e nulos, entre 8% e 10% (considerando o que foram em 2006 e 2002, depois da universalização da urna eletrônica); Dilma, entre 50% e um pouco menos que 55%. Nos válidos: Marina (e os pequenos) 11%, Serra 33%, Dilma 56%.

Talvez seja arriscado fazer essas especulações. Talvez não, considerando quão previsível está sendo esta eleição.

*Sociólogo e presidente do Instituto Vox Populi
Imagem: Flickr Dilma Presidente.

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O não evento eleitoral de 2010?

Fábio Wanderley Reis, do Valor Econômico

Anos atrás, trabalhando dados relativos às eleições municipais de 1976, referi-me às eleições municipais anteriores, de 1972, como um "não evento". A intenção era salientar o desinteresse que as cercara mesmo nas parcelas mais atentas do eleitorado, dado o sentimento de um jogo eleitoral irrelevante nas condições da ditadura militar ainda incontrastável. Já em 1976, precedido pela surpreendente vitória do MDB nas eleições de 1974 para o Senado, as coisas eram diferentes.

Temos agora, com as eleições de 2010, outro possível não evento. Não obstante o bom sinal representado por uma Marina Silva a marcar presença, a disputa real se trava entre o repeteco envelhecido e vacilante de José Serra e a tentativa desfrutável de "rotinização" do carisma de Lula em Dilma Rousseff - notavelmente incapaz de dizer com um mínimo de clareza e correção o que quer que seja, mesmo quando parece saber o que quer dizer. Inútil, aparentemente, esperar debates menos aborrecidos que os do dia 5 último, em particular se a oposição tem de evitar aparecer de fato como tal e se, aos olhos dos próprios colaboradores de Dilma, já será um ganho se se conseguir evitar que as características da candidata resultem em acidente desastroso de campanha.

Há, contudo, diferenças cruciais, salvo seja, entre o não evento de agora e o de 1972. Elas dizem respeito ao que pode ser posto em termos do enfrentamento "constitucional" que marcava a política brasileira na segunda metade do século passado, com projetos radicalmente divergentes quanto à organização política do país no quadro mundial da Guerra Fria. A ditadura de 1964 foi, naturalmente, o ápice negativo desse enfrentamento - em forte contraste com a moderação que, num contexto mundial profundamente modificado, a chegada de Luiz Inácio Lula da Silva e do PT à presidência da República acabou produzindo. Some-se a isso o fato de que a moderação permitiu os evidentes êxitos de um longo período de continuidade administrativa básica centrado em duas figuras políticas, Fernando Henrique Cardoso e Lula, inegavelmente especiais, cada um a seu modo, na cena brasileira - e os níveis inéditos de apoio que esses êxitos e o apelo popular de Lula lhe trazem ao final de seus dois mandatos. O aspecto mais notável do contraste com a confrontação que levou a 1964 é que as circunstâncias em que se desenrolou o processo político nacional no último quarto de século dão um papel central às próprias disputas eleitorais na produção da convergência atual, levando a que passem a incorporar com nitidez demandas redistributivas e, em geral, a "questão social" que constituía o foco principal dos ferozes embates "constitucionais" de antes. O que talvez permita ver as feições atuais do processo político em termos de um enfrentamento delimitado por parâmetros - de inspiração inevitavelmente social-democrática - em que a solução definitiva do problema "constitucional" da democrática incorporação política e social de todos se encontra aparentemente encaminhada.

Por certo, não há razão para um otimismo sonso ou míope. É clara a necessidade da reforma política de que tanto se fala, e que, a começar da revisão das absurdas e fantasiosas regras eleitorais em vigor, pudesse fazer que os aspectos positivos da moderação e convergência obtida se traduzissem na consolidação de uma estrutura partidária simplificada, de que PT e PSDB poderiam fornecer os esteios, e capaz de contar com a adesão estável dos eleitores. Sem falar que os resultados econômicos favoráveis, os êxitos redistributivos recentes e até a maior presença internacional do país subitamente alcançada não permitem esquecer o enorme legado social negativo sobre o qual é preciso trabalhar no esforço mais ambicioso da construção de um país de cidadãos reais, com acesso garantido à segurança e aos direitos civis básicos e a bens de saúde e educação.

De todo modo, se certamente não são de estranhar as queixas na imprensa sobre a chatice da atual campanha, certas preocupações vão mais longe e desbordam os parâmetros benignos indicados acima. Assim, há quem não goste de Bolsa Família e não veja êxitos (admiti-los seria ser "reacionariamente situacionista"!), assim como há quem enxergue na convergência a ameaça de implantação de uma ditadura petista ao estilo do PRI mexicano - omitindo que, se a simples ênfase em eleições pode resultar no autoritarismo das "democracias iliberais", a legitimação eleitoral prolongada não é por si só suficiente para que se fale em ditadura. Mas há também quem veja no quadro atual a simples "peemedebização" do país, destacando a face "fisiológica" dos arranjos e composições que a convergência envolve.

Talvez seja exagero: se não vamos ter briga, alguma composição com o atraso, como há muito se diz, parece inevitável. Com os companheiros de chapa de Serra e Dilma, contudo, é melhor torcer, depois da eleição chata, pela saúde do provável presidente.

Fábio Wanderley Reis é cientista político e professor emérito da UFMG. Escreve mensalmente às quintas-feiras.

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TV Brasil exibe hoje programa ao vivo com Marina Silva


Depois dos candidatos Dilma Rousseff e José Serra, é a vez do “3 a 1” entrevistar a candidata Marina Silva

A terceira rodada de entrevistas com os presidenciáveis do Programa 3 a 1 será exibido hoje. Às 22h, a candidata Marina Silva participa ao vivo da sabatina na TV Brasil. É a última entrevista da série que começou na quarta-feira com a candidata Dilma Rousseff. Ontem, foi a vez do candidato José Serra.

A ordem dos candidatos foi estabelecida por sorteio, realizado no dia 18 de junho, com a participação de representantes dos três candidatos.

A TV Brasil deixou o local de gravação ou transmissão ao vivo do programa á critério dos candidatos. Dilma Rousseff optou pela gravação no estúdio de Brasília na quarta-feira (22). Também neste dia, por questões de agenda, o candidato José Serra gravou na no estúdio da TV Brasil no Rio de Janeiro. Marina Silva foi a única que preferiu a participação ao vivo, nesta sexta-feira(23), às 22h, no estúdio de São Paulo (Av. Moffarrej,1200 - Vila Leopoldina).

O programa de entrevistas 3 a 1 é apresentado pelo jornalista Luiz Carlos Azedo, contando sempre com a participação de um jornalista da TV Brasil e outro convidado. Vai ao ar, semanalmente, às 22 horas de quarta-feira. A série com os presidenciáveis, excepcionalmente, foi veiculada durante três dias seguidos na programação.

Além de Azedo como apresentador, o programa conta com a participação, pela TV Brasil, da jornalista Tereza Cruvinel, e com um jornalista de outro veículo em cada um dos programas. Hoje, a jornalista convidada será Maria Cristina Fernandes, do jornal Valor Econômico.

A íntegra de cada programa será publicada pela Agência Brasil (www.agenciabrasil.ebc.com.br). Os programas serão também retransmitidos, às 23 horas, pelas radios Nacional do Rio de Janeiro (AM-1.130kHz), Nacional de Brasilia (AM-980kHz)e Nacional da Amazônia (OC-11.780kHz).


Comunicação Social EBC

(61)3799 5231/5232

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Preconceitos não são bases para decisões, Marina

Uma maneira da candidata Marina Silva tirar o corpo fora de discussões onde ela só tem preconceitos a oferecer, como o casamento gay e o aborto, é tratá-las como questões polêmicas, propondo consultas populares.

Mas isso é um engodo, pois um preconceito não pode ser base de uma decisão do Estado sobre garantias individuais. Preconceitos devem ficar de fora da discussão, e não podem ser bases para decisões.

Assim, a discussão sobre casamento gay deve levar em conta os direitos e garantias individuais, deixando de fora os preconceitos. Até onde vejo, a discussão assim colocada reconheceria imediatamente o direito ao casamento gay, desconsiderando o preconceito na discussão, e o punindo de acordo com a lei, em casos previstos.

O mesmo vale para o aborto. Preconceitos de fora, como deve ser, me parece claro que o direito ao aborto deve ser reconhecido imediatamente, considerando antes de tudo a garantia individual básica do direito de escolha.
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