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Envelope de camisinha dos anos 1940

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Globalização em Tempos de Porre (Vol.01 - Zygmunt Bauman)

 Está furioso? Nós também! Não aguentamos mais o sorriso das grandes corporações gozando da nossa cara!

Ronald McFuck ama muito tudo isso!!!

O veículo de informação mais radical do quarto andar do meu prédio, A CORTIÇA, em sua paladina cruzada para explodir essa jaula de código de barras,  apresenta aos leitores alguns dos nomes mais importantes para entendermos o porque do mundo ser esse lixo miserável e como podemos virar o jogo (de prefência, chutando o tabuleiro).

"Globalização em Tempos de Porre" será uma série de publicações focadas em divulgar aqui no blog o pensamento de alguns dos nomes centrais de crítica ao Capitalismo em épocas do Neoliberalismo (pois só mesmo de porre pra se calar com a boca de feijão e engolir essa vidinha nossa de cada dia). Entre outros cérebros, aqui você irá desfrutar um pouco mais de Noam Chomsky, Milton Santos, Naomi Klein, François Chesnais e mais um montão de gente bonita! Para começar nossa saga, apresentamos algumas das idéias de  Zygmunt Bauman.

Zygmunt Bauman

 
Sociólogo polonês, iniciou a sua carreira na universidade de Varsóvia, onde ocupou a cátedra de sociologia geral. Teve artigos e livros censurados e em 1968 da Universidade. Logo em seguida emigrou da Polônia, reconstruindo a sua vida no Canadá, Estados unidos e Austrália, até chegar à Grã-Bretanha, onde em 1971 se tornou professor titular de sociologia da Universidade de Leeds, cargo que ocupou por 20 anos.  Atualmente é professor de sociologia em Leeds e Varsóvia. No Brasil, a Jorge Zahar Editor é quem detém os direitos pela publicação de seus mais de 17 livros.
Uma de suas obras mais recentes, lançada pela mesma editora, é Tempos Líquidos. Você pode baixar a Introdução desse livro clicando aqui. Então, pare cinco minutinhos o que está fazendo para ler esse bom velhinho!

Se estiver interessado em outras obras de Bauman, eis algumas coisas para você pegar para ler depois. Basta clicar sobre o título

 Neste livro, o sociólogo demonstra que a marca da pós-modernidade (valor supremo) é a "vontade de liberdade" que acompanha a velocidade das mudanças econômicas, tecnológicas, culturais e do cotidiano. Daí resulta um mundo vivido como incerto, incontrolável e assustador  (bem diferente da segurança projetada em torno de uma vida social estável, ou em torno da ordem, como pensava Freud em O mal-estar na civilização)

A comunidade e os empregados das empresas não têm por nenhum momento voz ativa nos processos de tomadas de decisões. As deliberações são tomadas por investidores não locais, tornando-os incessíveis as necessidades locais. Para estes investidores, o que está em jogo é o maior acúmulo de capital, ou seja, a busca incessante pelo lucro, sendo a exploração da mão de obra um determinante do seu objetivo. Desta maneira, quando os acionistas vislumbram maiores oportunidades em outras localidades, prevendo maiores dividendos, estes o fazem sem problema, deixando “a tarefa de lamber as feridas” para as pessoas que estão presas à localidade (BAUMAN, 1999 p.15).
A modernidade imediata é "líquida" e infinitamente mais dinâmica que a modernidade "sólida" que suplantou. A passagem de uma a outra acarretou profundas mudanças em todos os aspectos da vida humana. Bauman esclarece como se deu essa transição e nos ajuda a repensar os conceitos e esquemas cognitivos usados para descrever a experiência individual humana e sua história conjunta. Este livro complementa e conclui a análise realizada pelo autor em Globalização - as conseqüências humanas e Em Busca da Política. Juntos, esses três volumes formam uma análise das condições cambiantes da vida social e política.   

E na próxima edição de "Globalização em Tempos de Porre" mais algum intelectual bonitão para falar mal do Capitalismo. Até lá, faça como o Seu Madruga e sabote o sistema!


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FUTEBOL, FASCISMO E COMUNISMO

Bem, amigos d'A CORTIÇA, falamos ao vivo diretamente da puta que o pariu! Autoriza o árbrito! Abrem-se as pernas... ops, as cortinas: CÓPULA DO MUNDO!!!


Vuvuzelas! Encoxadas! Copa do Mundo é quase que um reveillon fora de época. Cada jogo é como se fosse um carnaval de um dia. Em minha mansão neoclássica todos os bródis & sistas  aparecem para poder curtir a farra sem ter que arrumar a bagunça da sala e da cozinha depois! Mas a cada chute ao gol sempre alguém nos recorda: "Enquanto isso, mil pessoas morrem de fome na África a cada hora..."! Imediatamente esse "alguém" é alvejado na testa por uma lata de cerveja e é linchado com amendoins e batatas, e tudo volta ao mesmo retardadismo mental típico de Cópula do Mundo.

Bolinações, bebedeiras e fanfarronadas à parte, essa emoção toda do futebol não pode deixar que a gente se esqueça de algo importante. Questões sociais? Dilma vs Serra, o Terrível? Meio-ambiente? Não, nada disso. Foi-se o tempo em que dava para ficar apontando para esses espetáculos mundiais futebolísticos e rotular tudo como "pão e circo", "ópio do povo" e etc, achando que com isso as massas populares despertariam de sua letargia e, enfim, abandonariam o gramado para eregir barricadas,! QUIA QUIA QUIA! Será então que só nos resta torcer pra Coréia do Norte?!

Que os esportes são utilizados para retardadismos mentais generalizados, isso não há dúvidas há pelo menos uns 2000 anos. Independente disso, é chegada a hora d"A CORTIÇA mostrar gingado e categoria, molejo e raça, futebol no pé, com muito samba e cachaça. Já que o Dunga não me escalou, recomendo aqui alguns bons vídeos para vocês assistirem entre os jogos da seleção (aifnal de contas, quem é que aguenta continuar assistindo novamente às reprises dos jogos das Copas passadas?).

FASCISMO E FUTEBOL

Documentário espetacular produzido pela BBC, em 2009, demonstra como Mussolini, Hitler e Franco utilizaram o futebol para reforçar a propaganda do nazi-fascismo conquistando mais apoio popular.

 
A segunda edição da Copa do Mundo foi realizada na Itália em 1934, no auge do governo fascista de Benito Mussolini. A vitória da Itália atenderia aos seus intresses de demonstrar o poder do Fascismo à população. Chegou a criar um outro troféu (além do da FIFA). A “Coppa Il Duce”, uma homenagem a si próprio, era imensa perto da pequena taça dourada oferecida pela FIFA à seleção campeã.
 
Na Alemanha, o futebol também foi utilizado politicamente pelos nazistas. Em 1938, o país disputou o Mundial reforçado com jogadores da Áustria, anexada em março daquele ano. O documentário também mostra a relação do ditador espanhol Francisco Franco com o futebol. E apesar de não gostar particularmente de futebol, viu no esporte uma forma da Espanha passar a ser conhecida positivamente no exterior, sendo que o Real Madrid foi um instrumento-chave para tal feito.

Veja um trecho do vídeo (em inglês) aqui

Se não estiver com tanta pressa assim, pegue o vídeo inteiro nos links abaixo (mas não tem legenda, hein)
BBC Four: Fascism and Football (2009)
DVDRip - Inglês - 59 mins - XViD - 550 Mb

COMUNISMO E FUTEBOL

De promessa de liberdade em promessa de liberdade, o stalinismo foi uma das piores jaulas desenvolvidas no século XX. No mesmo ritmo do filme recomendado acima, a BBC produziu outro chamado "Comunismo e Futebol", também de 2009, onde o Stálin é o ditador da vez a utilizar o futebol para propagandear seu regime ditadorial como algo bom e benéfico ao povo.


Muito bem produzido, o filme é de grande importância pois demonstra também como que a população se utilizava do próprio futebol para formular métodos de resistência ao governo de Stálin, o Piedoso!

Veja um pequeno trecho (sim, em inglês) aqui

E se quiser ver mais desse documentário impressionante, eis os maravilhosos links (não, não tem legenda!)
BBC Four: Communism and Football (2009)
DVDRip - Inglês - 59 mins - XViD - 550 Mb

Poizé! Assim como você, eu também acho que Vargas, o Justo, Médici, o Implacável, e muitos outros mereceriam documentários dessa mesma linha também.



E além desse filmes fantásticos, procure dois livros bem interessantes sobre futebol (clique nos nomes para ver do que se trata):

Gilberto Agostino.
 
Franklin Foer.



Ah, e para que o "CALA BOCA GALVÃO" não se transforme em "CALA BOCA GORDÃO", encerro esse post com uma das partidas de futebol mais idiotas que eu já vi, mas que vai te proporcionar ótimas risadas (desde que seja um intelectualóide com aquele ar de que ainda vai fazer um pós-doutourado sobre Platão).

"FUTEBOL DE FILÓSOFOS",  mais uma dos fantásticos Monty Phyton! No clássico Alemanhã vs Grécia, fica claro quem é quem na peleja futebolística!
 

Sim! FU-TE-BOL filosófico! Pois "Café Filosófico" é classe-média-afetada-com-requintes-de-intelectualidade-pós-moderna demais pro meu gosto (como diz o Helião Cramulhão "é essa galera que vai pro Espaço Unibanco de Cinema e come pipoca de garfo")!

QUIA QUIA QUIA!
VAI CURÍNTIA, LÍDER ISOLADO DO BRASILEIRÃO!

E ATENÇÃO!!! Acaba de chegar à redação d'A CORTIÇA!!

Entre outros problemas (além de um péssimo futebol e dependência de resultados de outros jogos), a seleção dos Estados Unidos precisa enfrentar os próprios estadunidenses nessa Copa do Mundo. Todo um time de terceira divisão extremamente reacionário que odeia futebol e tudo o que possa lembrar algum esporte mais popular.

 
Vejam como a direita dos EUA (des)trata o futebol:

- Dan Gainor, analista do Media Research Center. “O futebol é um jogo de pobre. A esquerda está impondo o ensino de futebol nas escolas americanas, porque a América está ficando bronzeada”, escreveu, associando a popularidade do futebol acima do rio Grande com a crescente migração dos mexicanos para os EUA.

- Matthew Philbin, ideólogo do centro de pesquisas de direita Culture and Media Institute. “A mídia liberal sempre se sentiu desconfortável com o fato de sermos únicos entre as nações, sermos líderes; e os esquerdistas são contra nossa rejeição ao futebol, da mesma maneira que são contra nossa rejeição ao socialismo”, fez a analogia, incomodado com a audiência dos jogos da Copa serem maiores que as finais da NBA, a típica e norte-americaníssima liga local de basquete.

Quer mais? Leia essas e outras pérolas dos reaças dos EUA aqui nesta matéria
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Israel e a fórmula mágica da paz

Dando mais um novo exemplo ao mundo de como está empenhado na paz mundial, o Exército israelense atacou na madrugada de 31 de maio barcos da Frota "Free Gaza", que tentavam levar 10.000 toneladas de ajuda humanitária (entre materiais de construção, medicamentos, alimentos, e materiais de necessidade básica) para a Faixa de Gaza, onde 1,5 milhão de habitantes sofrem com o bloqueio que Israel impõe sobre o território para atingir o governo islâmico do Hamas.

 
A ação gerou contestações ao redor do mundo, tanto por meio de discursos de chefes de Estado e da ONU, quanto com revoltas em diversos países se opondo ao ataque israelense. Já o ministro das Relações Exteriores de Israel, Avigdor Lieberman, disse que as pessoas a bordo do navio invadido não estavam em missão de paz e são terroristas. 

A cineasta brasileira Iara Lee era uma dessas supostas "terroristas" dentro  das embarcações atacadas por Israel, e disse que a ação foi um "Apocalypse Now total", em referência ao filme de 1979 sobre a guerra do Vietnã. Costurados em roupas íntimas, cartões de memória das câmeras da cineasta sobreviveram aos confiscos do Exército Israelense, sendo que neles há filmagens do ataque. Tais imagens adquirem extrema importância, uma vez que são das poucas não violadas por Israel.


Em uma entrevista à BBC Brasil, Iara Lee afirma que operador de internet do barco foi morto com um tiro na cabeça.“Ele estava na sala de operações, perto da ponte, por onde entraram os atiradores de elite. O corpo dele foi encontrado com um tiro na cabeça”. Ainda de acordo com a cineasta, "Nos barcos pequenos, eles usaram balas de borracha, gás lacrimogêneo e armas de choque. Mas no nosso barco, eles chegaram usando munição de verdade [...] Nossa contabilidade é de que 19 pessoas morreram. Ainda há gente desaparecida, não sabemos o que aconteceu com eles. E ainda há feridos muito graves, praticamente morrendo, que não conseguimos retirar do hospital em Tel Aviv [...] Pessoas que estavam no barco contaram ter visto soldados atirando corpos no mar".





Coincidentemente, na edição de maio da Caros Amigos, o jornalista José Arbex Jr. publicou um artigo tratando sobre a política internacional de Israel. A análise de Arbex é de apenas alguns poucos dias antes do ataque israelense sobre o grupo de ajuda humanitária, e já enfoca os problemas que o governo Obama enfrenta por conta da postura permanentemente bélica do Estado sionista no que tange suas questões fronteiriças. Entitulado "Israel abre uma avenida para a catástrofe" publicamos aqui um trecho desse artigo:

"As crescentes tensões entre os governos dos Estados Unidos e Israel atingiram, nos últimos meses, um nível sem precedentes desde 1956, quando Israel resolveu atacar o Egito, em operação conjunta com a Inglaterra e a França, sem prévio conhecimento da Casa Branca, para tomar o controle do Canal de Suez. Elas são o reflexo de uma perigosíssima tormenta que se prepara no Oriente Médio e na Ásia central, envolvendo o conjunto dos países árabes e islâmicos, incluindo Afeganistão, Paquistão, Irã e, claro, Estados Unidos, Rússia e Israel. Exagero? Longe disso. Com a palavra o vice-presidente estadunidense Joseph Biden, durante uma visita a Israel, em 10 de março, ao advertir o primeiro-ministro israelense Binyamin Netanyahu, segundo relata o jornal Yediot Aharanoth, um dos mais influentes em Israel:

"A coisa está começando a ficar muito perigosa para nós. O que vocês estão fazendo aqui cria novas ameaças à segurança dos nossos soldados que combatem no Iraque, no Afeganistão e no Paquistão. Criam-se riscos novos para nós e para a paz regional'. A advertência ganha maior significado quando se recorda que Biden é um fervoroso defensor de Israel. Em outubro de 2006, o então senador pelo Partido Democrata chegou a afirmar que o apoio dos democratas ao Estado judeu 'vem de nossas vísceras, atinge o coração e vai até o cérebro. É quase genético.'

Biden criticava a política de implantação de novos assentamentos israelenses nos territórios palestinos ocupados, em especial no setor oriental (árabe) de Jerusalém. No momento mesmo em que o vice-presidente iniciava sua visita a Israel, Netanyahu anunciava a instalação de 1.600 novas casas para judeus ultraortodoxos no bairro de Ramat Shlomo, em Jerusalém Oriental, além da construção de 112 novos apartamentos em Beitar Illit, na Cisjordânia. Irritado, Biden afirmou que 'dado que muitos, no mundo muçulmano, veem uma clara conexão entre as ações de Israel e a política dos Estados Unidos na região, qualquer decisão que agrida os direitos de palestinos em Jerusalém Leste terá impacto direto na segurança pessoal dos soldados americanos que combatem o terrorismo islâmico'. 

As advertências de Biden refletem as conclusões de um relatório apresentado no final de 2009 pelo general estadunidense David Petraeus ao Comando Unificado das Forças Armadas dos Estados Unidos. Segundo o relatório, 'cresce entre os líderes árabes a percepção de que os Estados Unidos não conseguirão enfrentar Israel, que os países cobertos pelo Centcom – quase todos árabes – começam a perder a fé nas promessas dos Estados Unidos; que a intransigência do governo de Israel no conflito Israel-Palestina está pondo em risco a autoridade dos Estados Unidos na região.' Centcom é a sigla em inglês de Comando Central, uma instância de controle das Forças Armadas  estadunidenses, criada em 1983, para monitorar uma vasta área que compreende o Oriente Médio e a Ásia Central."

 
 Ataque israelense sobre a Faixa de Gaza em dezembro de 2008. Apenas alvos militares, correto?...

O programa Sem Fronteiras, da Globo News, exibido em 03 de junho, também discutiu sobre esse recente ataque de Israel. O programa pode ser assistido nesse link: Mundo condena ataque de Israel aos barcos com ajuda humanitária.

Entre os entrevistados, está Chris Khamis, do Palestinian Solidarity Campaing. Abaixo, a entrevista que ele concedeu ao jornailista Sílio Boccanera.

 Sílio Boccanera - Essa missão dos barcos foi uma provocação, já que Israel havia dito que não daria permissão a ela?

Chris Khamis - Não, a provocação é Israel manter um cerco e um bloqueio medievais que proibem que chegue comida e material de construção. Isso é provocação. Isso é interpretado por muitos como um crime de guerra, já que é uma punição coletiva para as pessoas mais velhas e a população geral em Gaza. Essa é a provocação. O que as pessoas fizeram ao ir até lá foi tentar encontrar um caminho para vencer esse bloqueio, esse cerco medieval, que mantém 3/4 da população de Gaza abaixo da linha de pobreza.
Essa era uma missão humanitária para dar fim a algo que não deveria mais estar acontecendo no mundo hoje.


SB - Por que não aceitar a oferta de Israel de receber as doações e Israel mesmo distribuir?
Chris Khamis - Bem, por uma série de razões. A ajuda não tinha que quebrar nenhum bloqueio, tinha que ser liberada, mesmo havendo necessidade de se controlar o que entra e sai, em vez de deixar os palestinos de Gaza à própria sorte para desenvolverem a região e comércio, etc., que é o objetivo de um processo de paz.
Além disso, porque muito do material, principalmente no navio turco maior, era de construção, para reconstruir as casas que foram bombardeadas durante os ataques a Gaza no fim de 2008 e início de 2009. Esse Material não seria liberado porque não havia sido liberado no passado, então ele não passaria de jeito nenhum.


SB - E sobre o bloqueio? Israel diz que distribui comida e remédios para as pessoas em Gaza. Qual a verdadeira situação por lá?

Chris Khamis - É só ouvir o que a ONU diz. O que Israel libera é 1/4 do necessário. A comida é racionada aos pouquinhos, mantendo as pessoas famintas e liberando o mínimo para não morrerem de fome. Mas eles não estão liberando medicamentos suficientes, então as pessoas estão ficando doentes e morrendo por isso. Definitivamente não é o suficiente. 

O graffiteiro britânico Banksy bombardeando o muro 
de mais de 700 km com o qual Israel vem cercando a Cisjordânia

SB - Sobre o incidente com os barcos, Israel diz que os soldados foram atacados quando desceram nos barcos. Qual sua opinião?

Chris Khamis - Em primeiro lugar, é preciso haver uma investigação própria para isso. Não deve ser liderada pelos israelenses. Há um passado de distorções de fatos em vez de um olhar próprio, então vamos ver o que se verifica observando as filmagens. Não digo que eles foi falsificado, mas sempre que os israelenses dizem algo eu busco por verificações.Mas digamos que isso foi verdade e vimos os soldados chegando. Se você está num barco como esse no meio da noite e se depara com comandos armados até os dentes descendo sobre você...

SB - Você não os recebe com flores.

Chris Khamis - Tal qual eu ouvi alguém na BBC falar algo não tão bom assim, mas "O que vocês esperavam? Que oferecessem uma xícara de chá?". Então, você se defende. Tem o direito de se defender. Ainda mais quando você está em mar aberto, sem quebrar qualquer regra.

SB - Em águas internacionais.

Chris Khamis - Em águas internacionais. Então, eles tinham o direito de se defenderem. Esse é o problema. É preciso se perguntar o que acontece para se ter um pensamento tão psicótico? Israel acha que não se sujeita às regras de outros países? Que pode simplesmente descer dentro de um barco fortemente armada e esperar que ninguém reaja, como seres humanos geralmente fazem?

Se Israel atacou o barco, então houve a auto-defesa. Eles têm o direito de se defenderem no barco.


 Embarcação atacada pelo exército israelense

SB - Vamos olhar um pouco para frente, não a solução final para o conflito entre palestinos e israelenses, mas para as consequências imediatas desse incidente. O que você acha que vai acontecer?

Chris Khamis - Depende da resposta da administração Barak Obama e também de que forma a União Européia se pronunciará, já que eles sempre exercem a influência que eles têm. Muito depende disso.
Barak Obama está numa situação difícil frente a um dos seus grandes aliados, a Turquia. Ela se pronunciou e condenou a ação de forma bem contundente, assim com a OTAN, o que Israel fez.

No mesmo programa da Globo News ainda foram entrevistados Warren Hodge (Instituto Interncional da Paz), Peter Demant  (USP) e Richard Landes (Boston University). Este, ao defender a ação israelense, chegou a afirmar que "Basicamente, o que aconteceu foi que os israelenses cairam numa emboscada feita por gangues de jihadistas e, digamos que 12 foram mortos, e isso desviou a atenção do mundo.[..] O que o Hamas quer fazer é importar armas de grande porte e o Irã está feliz em poder enviá-las em barcos de ajuda humanitária. Na verdade, o que esse fato nos revela é que Gaza não está passando fome. É uma fantasia que foi criada."

 Nova York, janeiro de 2009, cartaz a favor do bombardeio israelense sobre Gaza:
"Que civis inocentes? Eles elegeram o Hamas!"

Tendo em vista esse último comentário, assista ao vídeo-reportagem (em inglês) feito pela rede Al Jazeera, em 06 de janeiro de 2009 (em meio aos ataques israelenses na virada de 2008 para 2009), sobre essa "fantasia criada" e a situação das crianças de Gaza.


Seguindo o raciocínio de Richard Landes, as imagens acima seriam, então, efeitos especiais fantasiosos?

Entenda mais sobre o sionismo com o artigo de João Bernardo publicado no Passa Palavra. Leia no link
De Perseguidos a Perseguidores: a Lição do Sionismo.

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OEA cobra punição de torturadores

A Organização dos Estados Americanos (OEA) quer uma definição sobre a Lei de Anistia no Brasil para o início do segundo semestre, antes das eleições presidenciais no País. O governo brasileiro passará por uma audiência no próximo dia 20 e 21 na Corte Interamericana de Direitos Humanos por não ter cumprido uma recomendação da entidade de investigar e punir responsáveis por torturas e outros crimes durante o regime militar. O caso foi aberto pela OEA contra o estado brasileiro há um ano e a entidade não esconde que espera uma condenação, o que obrigaria o Brasil na prática a rever sua lei de anistia.

Posted via web from cesarshu's posterous

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O povo sem memória

Só uma nota. Não sei se de falecimento, de indignação, enfim, de derrota.

Na quinta-feira de 29 de abril (guarde essa data), o Supremo Tribunal Federal votou de acordo com o relator Eros Grau (antigo perseguido da Ditadura) pela manutenção da Lei de Anistia, vedando a possibilidade de processar torturadores. 

Dessa forma, todos que se utilizaram do aparato do Estado para torturar, matar, "suicidar," sequestrar e desaparecer com centenas de pessoas, enfim, permanecerão impunes. Apenas os ministros Carlos Ayres Britto e Ricardo Lewandovski votaram contra a manutenção da Lei de Anistia tal qual está.


Em outra postagem  A CORTIÇA já questionou sobre a atual Lei de Anistia defender também os torturadores. Leia aqui.

Uma das postagens mais recentes foi comparando como o Brasil com a Argentina, pelo fato de que lá os responsáveis pelas Ditaduras Militares estão sendo punidos. Se ainda não leu, leia aqui.

E aí?.... Triste, não é mesmo?! O que será que Dilma e Serra (ambos opositores à Ditadura, na época) irão dizer sobre isso em suas campanhas? Ficarão em silêncio. Ditadura que ainda dita!

Povo doente e sem memória...
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Povo doente e sem....
Povo doente...
Povo...
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Um certo 25 de Abril.

Em 25 de abril de 1974 tinha início o mais generoso dos movimentos revolucionários do século XX: a Revolução dos Cravos, que pôs fim à quase cinquentenária ditadura do Estado Novo português. Em 2007, ao dirigir o seu (excelente) filme "Fados", o cineasta espanhol Carlos Saura produziu uma das mais belas homenagens a esta revolução ao colocar Chico Buarque cantando "Fado Tropical" - com as partes faladas sendo declamadas pelo grande fadista Carlos do Carmo -, tendo ao fundo velhas imagens do 25 de abril.

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Ditador argentino condenado

Novamente a Argentina dando um OLÉ no Brasil!

Mais uma vez ensinando como devem ser tratados os responsáveis pelas ditaduras militares!

Vale lembrar que já falamos sobre isso n' A CORTIÇA. Releia aqui.

Na terça-feira, dia 20 de abril, o general Reynaldo Benito Bignone, último presidente de fato da mais recente ditadura militar argentina (1976-83), foi condenado a 25 anos de prisão pelos crimes de roubos armados, sequestros prolongados com violências de 29 pessoas, além de torturas a outros 38 civis no Campo de Mayo, o maior complexo de detenção e torturas dos anos 70 no país. Além de Bignone, foram condenados outros cinco altos oficiais militares e um delegado de polícia por crimes cometidos no mesmo Campo de Mayo.

Reynaldo Benito Bignone, ditador decrepto pagando por seus crimes
 
Leia mais no Estadão.

Dentro do Campo de Mayo funcionavam quatro centros de tortura e uma maternidade clandestina, onde davam à luz as prisioneiras. Após o parto, as mães eram assassinadas, enquanto os bebês eram entregues a famílias de militares ou policiais sem filhos.

Infelizmente, as brutalidades contra as vítimas da ditadura militar argentina ainda não se encerraram. 

No dia 27 de março, Silvia Suppo de Destéfanis foi assassinada após ser esfaqueada nove vezes. Ela foi uma testemunha fundamental em um julgamento que condenou um ex-juiz federal e outros cinco ex-policiais por crimes de lesa-humanidade cometidos durante a ditadura militar de 1976 a 1983. Em março de 1977, quando tinha apenas 17 anos, foi torturada, estuprada e submetida a um aborto.

Silvia Suppo de Destéfanis, assassinada após testemunhar contra militares argentinos

Leia mais no Brasil de Fato.

Mesmo com essas tentativas desesperadas de calar as vítimas que possam testemunhar contra os responsáveis pelas ditaduras, na Argentina a punição a esses criminosos tem produzido resultados importantíssimos. 

O Brasil, além de produtos automotivos (freios, embreagens e baterias), lácteos (leite e soro de leite) de calçados, trigo, vinhos e filmes, poderia começar a importar esse exemplo de nuestra República hermana!

Afinal, por aqui, os que garantiram a ditadura mais longa de todo o continente nunca tiveram motivos para se preocupar com nenhum tipo punição posterior por seus atos desumanos. Por exemplo, todo aquele debate do começo de 2010 sobre a Lei de Anistia (1979), até agora, não deu em nada, pois devido à falta de quórum, o Supremo Tribunal Federal adiou por tempo indeterminado o julgamento da ação interessada em saber se a Lei de Anistia  estende-se aos torturadores dos porões da ditadura. Aguardamos ansiosos e furiosos o desfecho dessa triste novela.

E aos desinformados ou mal intencionados que ainda defendem que os militares brasileiros foram vítimas do "terrorismo comunista", veja as entrevistas do jornalista Geneton Moraes Neto realizadas com os generais Leônidas Pires Gonçalves e Newton Cruz. 

Elas foram apresentadas no programa Globo News Dossiê. 
Veja aqui embaixo


MAS CUIDADO! Tire as crianças da sala! É das coisas mais pavorosas que você vai ver em muito tempo.

Entre outras revelações que jogam por terra qualquer argumento que apresente os militares como vítimas do "terrorismo", o general Cruz contou, por exemplo, que integrantes do governo João Figueiredo planejavam um novo atentado após o fracasso do Riocentro. Não conseguindo fechar a boca, o general ainda revela que Paulo Maluf, que disputava as eleições indiretas do fim da ditadura, o teria procurado para que fosse articulado o assassinato de Tancredo Neves.

Paulo Maluf e Figueiredo. De acordo com Newton Cruz, Maluf queria matar Tancredo Neves.

A Carta Capital fez um breve resumo das entrevistas. Leia aqui.

Castelo Branco, Costa e Silva, Médici, Geisel, Figueiredo, Silvio Frota, Golbery Couto e Silva, Erasmo Dias. Velhos decreptos! Esses já controlam as coisas no inferno com muita ordem e progresso. Muitos outros estão por descer ainda. E não pagarão por nada do que fizeram contra o país, contra a humanidade.

É de uma impunidade tão grande (sempre apoiada pela grande mídia), tão inacreditárvel que não há quaisquer problemas, não há a mínima timidez, ou gota de arrependimento em um general admitir inúmeros crimes dos militares em plena televisão. 

Ele, mais do que qualquer um, sabe muito bem que não terá de responder por nada. E é exatamente isso que é o Brasil. Impunidade total. Gozolândia plena! Foda-o ou deixe-o!
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The U.S. vs John Lennon

Domingo à noite é sempre fantástico! Rolezinho, cineminha e tudo mais! Em cartaz, o documentário "The U.S. vs John Lennon" (2006), dirigido por David Leaf e John Scheinfeld! Delííícia.

Por meio de imagens de época, entrevistas incríveis com uma galera de peso, music, music and good fucking music, mergulhamos em um retrato muito bem feito sobre o que foi a contra-cultura dos anos 60 e 70,  respiramos junto com aquelas pessoas da tela a importância artística e política de John Lennon em um dos momentos mais traumáticos do século XX. 

Se no Brasil a temperatura estava sufocante e o ar irrespirável por conta dos Anos de Chumbo, nos EUA a situação definitivamente não estava muito melhor. Eram os anos de Richard Nixon (1969-74).
 
Massacre de Ken State, em 04 de maio de 1970.
Na passeata anti-guerra, a Ohio National Guard abriu fogo contra estudantes desarmados.
Quatro foram assassinados. Outros nove feridos (sendo que um ficou paralítico).
E um presidente ficou bem satisfeito.

E é o próprio John Lennon quem afirma por diversas vezes: "o flower-power acabou.  É necessário construir algo novo". Como sabemos, trata-se de um John bem diferente da época da beatlemania.

Pois é... os Beatles...

Assim como a maior parte do pessoal da minha idade (ou seja, vinte e alguma coisa), passamos a gostar mais de Beatles quando, na surdina, surrupiamos os LPs dos nossos pais. Porém, passada a curtição inicial, vem  aquela decepção do tipo "pô, mas eles só falam de amor e tal?!"

Até que em um belo dia, sob óbvia influência das más companhias, você fica sabendo que os anos 60, o Bob Dylan e o Dr Robert salvaram tudo! E aí toda sua visão sobre os caras é alterada. Digamos que as portas da percepção se abrem para novas sinestesias auditivas!

[Aliás, pausa: é incrível como a tal da beatlemania da mídia mainstream camufla a fase mais lisérgica e madura da banda (prefere insistir em clichês inofensivos dos "garotos de Liverpool" colocando as meninotas para gritar e desmaiar).]

Estariam essas fãs insandecidas em frenesi incontrolável devido à barba do Maharishi Mahseh Yogi?

Poizé! Nessa hora seu interesse pelo trabalho deles se expande, encontram-se mensagens escondidas nas capas, nas letras, até rodando o disco de trás pra frente e esse papo todo. Pesquisando um pouco mais, vai ficando óbvio o porque dos documentários mais interessantes terem como alvo o John, e não o Paul (que  depois tomou um olé até do Michael Jackson).

Mas eis que surge uma tal de Yoko Ono! E ainda hoje ela é apresentada por muitos como  a seca-pimenteira responsável pelo fim do time. Olha, em minha opinião, os maiores crimes dela são suas "performances" "artísticas", tão "conceituais" quanto aquele modelito do chapéuzinho de lado e óculos na ponta do nariz que ela insiste em usar em qualquer aparição pública hoje em dia.

Performance "Cut Piece" de Yoko Ono (Kyoto, 1964).
Minha veia rude-boy prefere chamar de "Cut It Off"!

Bom, qualquer leitura menos fanática da trajetória dos Beatles percebe logo que de Eva a Yoko não teve nada, pois eles não estavam no Paraíso já fazia um certo tempo.

O fato é que nessa época John assume totalmente um caminho bem mais interessante que os demais do grupo. E sem muitas delongas, é aí que o documentário começa. Olha só esse trailer



Ah, se não confia em trailers, veja um dos trechos mais intensos do filme aqui.

Será que o Paul fica pensando "por quê não fazem um filme assim sobre mim"?... Por quê será, hein?


Trata-se, sim, de um documentário excelente e envolvente. No meio de imagens e músicas magistrais da época, o filme conta com depoimentos de gente como Noam Chomsky, Angela Davis, Tariq Ali, Bobby Seale entre outros. Enfim, se quiser ver o filme inteiro, é só pegar aqui embaixo de se divertir à vontade.


 Fui, Vi e Curti! (como isso ficaria em latim?)

A trilha sonora muito bem compilada do filme está no Ninho Musical. Mas se estiver com um pouquinho de pressa, pegue aqui embaixo.



E, gente, depois de ver o filme e ouvir esse álbum, só não vale chorar, hein! (... pelo menos não sozinho)
Divirtam-se!
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Páscoa Profana em Ouro Preto

Sim! Ouro Preto!

Na Páscoa, neste país lugar melhor não há!

Em atividade educacional (sim, acreditem) levamos uma galera sedenta por conhecimento para conhecer Ouro Preto! Delííícia...

Naquela mistura bem barroca, deixamos o sagrado de lado e ficamos só com o profano!

Ouro Preto continua linda! A cara do Brasil! No centrinho histórico para turistas gastarem seus euros e dólares há muita beleza e instituições monumentais. Ao redor, morros, morros e mais morros... Até que ponto essa parte da cidade se beneficia do turismo?

Tá bom! Sem panfletagem dessa vez! Mas uma vez lá, cuidado para não deixar a beleza das igrejas cegar sua percepção da segregação!

Em todo caso, flagrem essas fotos



Batman, Robin e Tiradentes. 
Foto da Lu

 Ladeira para subir de joelhos e pagar os pecados no caminho para Santa Ifigênia! 
Foto da Lu

"Vinde a mim os famintos e os aflitos: eu os aliviarei"!
Doze apóstolos ouvindo sabiamente seu líder messiânico.
Foto da Lu

Tapetes de serragem colorida para a procissão. Parece Clube da Esquina.
Foto da Lu

Meu bródi Cramulhão explicando como sobreviveu à repressão aos inconfidentes, 
mas depois não resistiu e foi derrubado por duas cachaças!

Mais um fim de tarde no escritório.
Foto da Lu

Esgueirando-se pelas vielas e ladeiras! 
Igreja de São Francisco vista da rua debaixo.

Ouro Preto por la noche!
O que você não faria para estar lá exatamente agora?

Malditos rastas sacrílegos profanaram a procissão!
Foi-se o tempo em que atear fogo em tudo era privilégio da Inquisição!

Museu da Inconfidência, ou guia dos perdidos e desorientados numa madrugada on the rocks!

Em Ouro Preto, "Veni, Vidi, Vici"! Foi tão pecaminoso que até voltei doente!

Aliás, só para não perder o tom sacrílego de cada dia e para encerrar a Páscoa com chave de ouro, recomendo que você assista a uma das melhores reconstituições já feitas sobre a vida de Jesus: A Vida de Brian!

Sim! Monty Python's "Life of Brian"

Comédia extremamaente ácida, no melhor estilo do Monty Python, não sobra nada sem ser criticado!: o imperialismo, a esquerda burocratizada, as religiões, a fé e a esperança, eles mesmos, etc.

Se você ainda não redimiu os pecados, cuidado! Pague a indulgência aqui embaixo e salve sua alma!


E tenham todos um feliz Natal!
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Sobre Democratas e Chaninhas...

O Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (SEPE) entrou com uma ação junto ao Ministério Público por conta de uma cartilha produzida pelo Instituto Ayrton Senna e utilizada nas escolas da rede municipal de educação do Rio de Janeiro, questionando o fato dessa publicação conter a frase “Minha chaninha não cheira bem. Cheira a chulé”. No texto, a palavra "chaninha" é usada para se referir a um par de chinelos (segundo o editor, esta é uma expressão de caráter regionalista, muito comum em algumas partes do Brasil...). É de admirar que a valorosa secretária Claúdia Costin - que de tão ciosa com a formação das nossas crianças chegou a proibir um livro de História que contém uma gravura do século XVI, de autoria de Theodor de Bry, por considerá-la inadequada para mentes inocentes – tenha deixado passar uma coisa destas! Até porque qualquer criança carioca swing, sangue bom sabe que uma chaninha com chulé não é coisa das mais agradáveis...

******************
Hoje as redações dos grandes jornais estão em festa: afinal comemoram-se os 46 anos da gloriosa revolução redentora e democrática que salvou o Brasil do comunismo ateu e apátrida. Como todos sabem, esse sublime acontecimento contou com o apoio decisivo dos nossos principais veículos de informação – sempre alertas na defesa da liberdade de imprensa e contra as tentativas de penetração de ideologias exóticas e totalitárias em nosso país – que tinham em seu comando grandes democratas como Octávio Frias, Júlio de Mesquita Filho, Roberto Marinho e Carlos Lacerda. E como o preço da liberdade é a eterna vigilância, a chama da luta desses próceres da imprensa pátria continua acesa através da verve de alguns de nossos atuais cronistas como Merval Pereira, Diogo Mainardi, Arnaldo Jabor e Reinaldo Azevedo. Para relembrar aquele memorável 31 de março, reproduzo alguns trechos do brilhante editorial do vespertino carioca “O Globo”, publicado em 02 de abril de 1964:

Vive a Nação dias gloriosos. Porque souberam unir-se todos os patriotas, independentemente de vinculações políticas, simpatias ou opinião sobre problemas isolados, para salvar o que é essencial: a democracia, a lei e a ordem. Graças à decisão e ao heroísmo das Forças Armadas, que obedientes a seus chefes demonstraram a falta de visão dos que tentavam destruir a hierarquia e a disciplina, o Brasil livrou-se do Governo irresponsável, que insistia em arrastá-lo para rumos contrários à sua vocação e tradições(...)
Poderemos, desde hoje, encarar o futuro confiantemente, certos, enfim, de que todos os nossos problemas terão soluções, pois os negócios públicos não mais serão geridos com má-fé, demagogia e insensatez.Salvos da comunização que celeremente se preparava, os brasileiros devem agradecer aos bravos militares, que os protegeram de seus inimigos. Devemos felicitar-nos porque as Forças Armadas, fiéis ao dispositivo constitucional que as obriga a defender a Pátria e a garantir os poderes constitucionais, a lei e a ordem, não confundiram a sua relevante missão com a servil obediência ao Chefe de apenas um daqueles poderes, o Executivo(...)
Atendendo aos anseios nacionais, de paz, tranqüilidade e progresso, impossibilitados, nos últimos tempos, pela ação subversiva orientada pelo Palácio do Planalto, as Forças Armadas chamaram a si a tarefa de restaurar a Nação na integridade de seus direitos, livrando-os do amargo fim que lhe estava reservado pelos vermelhos que haviam envolvido o Executivo Federal(...)
Mais uma vez, o povo brasileiro foi socorrido pela Providência Divina, que lhe permitiu superar a grave crise, sem maiores sofrimentos e luto. Sejamos dignos de tão grande favor.

É ou não é de emocionar? Os geniais Jabor e Mainardi assinariam embaixo, com certeza!
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PT paulista, economia

A Nova Esquerda, o Estado e a Economia – Na Pr�tica a Teoria �Outra:
"Quem viu o PT abandonando o programa econômico em 2002 com a maior desenvoltura nem sempre se tocou que, como notou o Fiori no texto acima, esse programa era bem novo no partido. Grande parte da base não se identificava com o desenvolvimentismo mais do que com o liberalismo. Muito mais importante era aumentar o salário mínimo e redistribuir renda."
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Depoimento de uma moça que tirou férias no Club Ditabrandée

Al�vio Refrescante: Tome Fosfosol, mas n�o te esque�as.:
"Rose Nogueira - jornalista, presa em 1969, em São Paulo, onde vive hoje. “Sobe depressa, Miss Brasil’, dizia o torturador enquanto me empurrava e beliscava minhas nádegas escada acima no Dops. Eu sangrava e não tinha absorvente. Eram os ‘40 dias’ do parto. Riram mais ainda quando ele veio para cima de mim e abriu meu vestido. Segurei os seios, o leite escorreu. Eu sabia que estava com um cheiro de suor, de sangue, de leite azedo. Ele (delegado Fleury) ria, zombava do cheiro horrível e mexia em seu sexo por cima da calça com um olhar de louco. O torturador zombava: ‘Esse leitinho o nenê não vai ter mais’”."
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Bush com nojo de haitianos

Bush! Sim! Ele mesmo! Sempre ele! O cara foi visitar o Haiti para ver como os pobres vivem.

Mas acabou ficando com muito nojo e foi embora logo




Isso me lembra de quando o ex-presidente do Brasil (o último da turma do verde-oliva) João Batista Figueredo (1979-85), o mesmo que disse que preferia o cheiro de cavalo ao cheiro do povo, uma vez foi filmado em um churrasco na Granja do Torto narrando sua viagem a Salvador. Ele foi beijado por uma vendedora de quitutes no Mercado Modelo, disse ele rindo e sendo acompanhado na risada por todos que estavam à sua volta: - “ Tomei um longo banho mas não adiantou, fiquei a semana inteira fedendo a preto”.


Ah, esses presidentes...

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Esses Malditos Anarquistas!!!

Esse post é voltado a todos que odeiam esses malditos anarquistas com suas idéias anti-organizacionais, bravatas utópicas e sua rejeição a fantástico mundo da burocracia militarizada vermelha!

É com muito orgulho que recomendo a leitura de dois artigos fantásticos escritos por meus old fellows Felipe Corrêa e Arthur Dantas! Ambos, obviamente, defendendo o lado vermelho e negro da força!

 
Eis uma mini biografia devidamente autorizada dos autores consagrados por público e crítica: 

ARTHUR DANTAS ROCHA:
O Arthur (mais conhecido como Velotról, Velost, Pulha-Vagabundo-Safado-Sem-Vergonha, João Gordo Magro entre outras alcunhas todas verdadeiras) é um cara bem desagradável,  repleto de más itnenções e boas idéias para se dar bem. Meninão maroto e bem cotado entre o mulheril, sempre tem muito dinheiro no bolso para adquirir os vinis, os quadrinhos e os livros mais raros do planeta , mas curiosamente e a conta da cerveja e da batatinha sai sempre do meu bolso! Veja como ele já foi é bonitinho um dia...



FELIPE CORRÊA:
O Felipe (também chamado de Fêu-cór, Papai, Ursulão, Velho Hardecoreano Ranzina e Chato Viciado em Trabalho) é o único dentre nós que tem carteininha VIP tanto no Halim quanto na AK Press! Assim como Muhammad, é um maridão exemplar, mas mesmo nascendo nas Arábias não seguiu o profeta adotou a ética calvinista de amor ao trabalho! Porém o ultra-hard-macho-core-nova-yorkino misturado com homus, acabou gerando o bigode mais anarco de todos os tempos! Duvida? Olha isso...


(Des)Gracinhas à parte, vamos aos textos:

O Velotról soltou um artigo bem legal no blog do Guaciara sobre os 100 anos da CNT. Fundamental para quem está começando a ganhar gosto pelo Anarquismo e quer entender um pouco mais da Guerra Civil Espanhola.


 Na Guerra Civil, barricadas para vegan nenhum botar defeito

Já o Fê publico no anarkismo.net uma verdadeira tese de doutorado contra o revisionismo histórico de uns e outros que insistem que nunca existiu anarco-sindicalismo [obs: pós-modernidade é isso aí, não houve sistema colonial, Zumbi dos Palmares era escravocrata, não houve Holocausto, não houve Anarco-sindicalismo e outras "groselhas" que você encontra em livros de História por aí hoje em dia]

Artigo também excelente (linha de frente mesmo!), mas voltado para quem já está mais inserido nessas discussões infinitas dos meios políticos.





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