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A lógica do preço da comida

Ao que parece, o presidente da Farsul raciocina da seguinte maneira:
(1) Se a decisão cabe ao Mercado, então a comida tem que ser cara
(2) A decisão cabe ao Mercado
(3) Logo, a comida tem que ser cara
Apesar dos méritos intrínsecos a um modus ponens, o raciocínio não é sólido, pois a conclusão é falsa. Não há nenhuma força cósmica que obrigue o alto preço da comida. Há várias opções de produção de alimentos que os mantém baratos, ou diminuem seus preços. Tudo depende da política econômica, ou da economia política, se me permitem o palavrão. Sendo assim, mantendo a triste verdade do condicional (1), vamos de modus tollens:

(1) Se a decisão cabe ao Mercado, então a comida tem que ser cara
(2') Não é o caso que a comida tem que ser cara
(3') Logo, não é o caso que a decisão cabe ao Mercado

Leia a história no RS Urgente.
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Banrisul/Operação Mercari, Espionagem de dentro do Palácio Piratini e uma edição de jornal vergonhosa

Em dias bonitos, ensolarados, quase primaveris, como foi a segunda-feira, dia 6 de setembro, é recomendável a leitura de lixo. Por mais chocados que fiquemos com tal leitura, a beleza do dia aplaca o mal estar gerado por notícias, fotos, enquadramentos publicados no panfleto de extrema-direita chamado Zero Hora.

Depois de um final de semana em que o público leitor teve seu direito à informação negado pela família Sirotsky, sócia majoritária do Grupo RBS, que responsável pelo impresso que é uma afronta ao termo jornalismo, a Zero Hora estampa uma foto de capa da governadora [com perdão da má palavra] Yeda Rorato Crusius [PSDB], dançando com o representante do que há mais de retrógado no RS: Carlos Sperotto, presidente da Farsul.


Não é um mimo de cena? A Operação Mercari , da Polícia Federal, na quinta-feira, dia 2 de setembro de 2010, desbarata uma quadrilha de desvio de dinheiro público no Banrisul, via contratação de publicidade e prende o superintendente de Marketing do banco, Walney Fehlberg. Na sexta-feira, dia 3 de setembro, é preso o sargento César Rodrigues de Carvalho, lotado na Casa Militar do governo, que fazia a segurança pessoal de Yeda.

Nada disso mereceu destaque nessa segunda-feira. Pelo contrário, o Grupo RBS lançou mão da campanha "vamos limpar a barra da Yeda e da BM com miminhos". E lá vem a contracapa:


E tem mais! No miolo, para quem leu o embuste errebesseano, ao invés de desdobramentos da Operação Mercari, o anúncio de ação contra a União pela diretoria do Banrisul, devido às supostas "repercussões" da ação da Polícia Federal, que teria abalado a imagem do banco. A existência de uma qaudrilha no Banrisul está dentro da normalidade do novo jeito de governar. Tivesse o Governo Yeda mais cuidado com a imagem da instituição, pessoas, como Walney Fehlberg, jamais teriam sido nomeadas para o cargo. O mal se corta pela raiz, afirma o dito popular.

A imagem da BM seria positiva, se, a mando dessa desgovernadora,   não se prestasse a bater em movimentos sociais, que se manifestam de acordo com a Constituição Federal. Muito menos permitiria que, na corporação, houvesse um quadro que se prestasse a ser espião dentro do Palácio Piratini. Uma coisa é fazer serviço de inteligência, a fim de resguardar a Consituição do país. Outra coisa é espionagem, sabe-se lá a mando de quem e a que propósitos. 

Mas, para a família Sirotsky e acionistas, a postura do candidato da Unidade Popular pelo Riogrande, Tarso Genro [PT] é a única que destoa desse maravilhoso mundo encandato, onde a princesa dança com o príncipe na frente dos súditos, na maior cara de pau, depois de dois escândalos consecutivos, que abalaram  o meu palácio.  Tarso, para estragar a festa, sempre alguém do PT, denuncia que espionar é grave .Frente a danças e sorrisos de felicidade da capa e da contracapa, é o único "mau humorado" da edição: onde já se viu quebrar a harmonia dos deuses com um tom tão pesado de suas palavras?, devem ter pensado.

Por fim, seguindo a regra do Instituto Millenium e da senhora Maria Judith Britto, não poderia faltar uma paulada na campanha da candidata Dilma Rousseff e no PT em especial. Nota de capa.

Ou seja, a suposta espionagem pela Receita Federal da conta da filha de José Serra [PSDB], factoide produzido nos instestinos da campanha tucana, para avacalhar com a Dilma e com o PT e, de quebra, com Tarso, nesse pasquim errebesseano, é mais importante que a espionagem apurada pela Procuradoria do Estado, que foi engendrada dentro do Palácio Piratini!

É bom frisar, que a decadência de impérios foram precedidas de fatos como estes estampados em Zero Hora do monopólio midiático Grupo RBS. Fiel às origens de uma empresa que nasceu e crexceu sob às bençãos do autoritarismno, a RBS continua agindo como nos tempos áureos da censuira. Só que, agora, essa censura vem de dentro da própria empresa, acompanhada, o mais grave, de manipulação grosseira dos fatos. Ou seja, além de omitir, mentem. E tentam se passar como um ente apartidário e imparcial, mesmo tendo saído de seus quadros, aquilo de que pior chegou ao poder no RS, após a era do arbítrio: Britto, Fogaça, Yeda.

Como se lê, só em dia lindo pra não se azedar frente a tanta desfaçatez publicada em forma de notícia.

E a pergunta que não quer calar: onde encontramos dados sobre o total aplicado em Zero Hora das verbas publicitárias do Banrisul?


Com informações do RSurgente e Sul21. Imagens: Zero Hora.
Revisto e atualizado em 7/9/2010 às 18h33min.
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