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ENERGIA - Riscos na exploração de xisto.



Petrobrás admite riscos na exploração de xisto, mas minimiza problemas

Lucio Bernardo Jr. / Câmara dos Deputados
Audiência pública sobre a exploração do xisto em território nacional e seus efeitos sobre o meio ambiente. Gerente-geral de Interpretação e Avaliação das Bacias Terrestres da área de Exploração e Produção da Petrobras, Otaviano da Cruz Pessoa
Otaviano Pessoa, da Petrobrás: riscos são inerentes a qualquer atividade energética, inclusive gás convencional.
O representante da Petrobras na audiência pública, Otaviano da Cruz Pessoa, reconheceu que, de fato, há riscos na exploração de gás de xisto. Mas, segundo ele, são riscos inerentes a qualquer atividade energética, inclusive de gás convencional.
" A única diferença do gás de xisto em relação ao tradicional é que, no caso do xisto, as rochas onde está o gás têm menos fluidos e, por isso, você tem que perfurar milhares de poços", explicou Otaviano Pessoa, durante audiência da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável.
Melhor avaliação dos impactos
Segundo Fernando de Oliveira, da Agência Nacional de Águas (ANA), os impactos da obtenção do gás não convencional ainda precisam ser melhor avaliados antes de liberada a exploração comercial.

Já para o coordenador da Campanha de Energia da ONG Greenpeace, Ricardo Baitelo, o uso do gás de xisto não é imprescindível neste momento. "Ainda que a demanda energética nacional aumente mais de duas vezes até 2050, temos fontes renováveis e reservas de gás convencional suficientes para suprir a demanda dos setores industrial e elétrico", defendeu.
Controvérsia científica
Especialista em efeitos ambientais na prospecção do gás de xisto, Jailson de Andrade lembrou que a maioria dos estudos sobre o assunto aponta a necessidade de estudos prévios locais para exploração. Segundo ele, ainda há muita controvérsia científica quanto à questão.

"Há um estudo da National Academy of Science, nos Estados Unidos, que mostra que, em 241 poços de água potável na Pensilvânia, quanto mais próximo de áreas de exploração de xisto, maior a quantidade de metano (tóxico e inflamável) na água”, informou Jailson. “A controvérsia na literatura é se isso já existia antes ou se é resultado da perfuração para obtenção de xisto."
Jailson de Andrade lembrou que a Academia Brasileira de Ciência e a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência encaminharam carta à presidente Dilma Rousseff solicitando a suspensão da prospecção de gás de xisto no Brasil até que haja um laboratório para se entender os seus impactos.
"De onde virá a água que será utilizada na prospecção? Para onde vai água possivelmente contaminada? A partir dessas respostas, vamos ver se vale a pena a exploração", argumentou.
Rede de pesquisadores
Segundo Jailson de Andrade, o Ministério da Ciência e Tecnologia e a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) devem definir hoje as bases para uma rede brasileira de pesquisadores sobre o tema.
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ENERGIA - Sociólogo analisa embates entre países e empresas por energia.

 
Uma estatal chinesa (Cnooc) quis comprar uma petroleira californiana (Unocal), que possuía reservas no Sudeste Asiático, no golfo do México e no mar Cáspio. O negócio, de US$ 18,5 bilhões, era objetivo também da norte-americana Chevron, que buscava compensar a exaustão gradativa de suas reservas.
A disputa foi parar no Congresso norte-americano. Parlamentares afirmaram que o controle da China sobre uma parcela (relativamente pequena) dos suprimentos norte-americanos ameaçava a segurança nacional dos EUA.
Embargos articulados pela Chevron foram providenciados no Congresso, e a pressão política surtiu efeito. A China (com a melhor oferta) saiu da disputa. A Chevron ficou com a Unocal em 2005.
O episódio, que mostra a realidade do chamado "livre mercado", é lembrado por Igor Fuser em "Energia e Relações Internacionais".
Doutor pela USP, sociólogo e jornalista, o autor é professor de relações internacionais da Universidade Federal do ABC. Didático, seu livro percorre as disputas geopolíticas e econômicas em torno de fontes de energia a partir do final do século 19.
Seu estudo passa por guerras, choques de preço e de produção de petróleo e investimentos em alternativas. Fuser foca a política e descreve os embates entre países produtores e consumidores e empresas transnacionais.
Ele afirma que o petróleo e o gás natural são recursos estratégicos que "não podem ser encarados como simples mercadorias, regidas apenas pelas forças de mercado". Relata a ascensão de John Rockefeller, a hegemonia das "sete irmãs" petroleiras e o papel vital do petróleo a partir da Primeira Guerra Mundial.
NACIONALISMOS
Essencial na reconstrução europeia após a Segunda Guerra Mundial, o petróleo tinha um custo de produção de US$ 0,10 na Arábia Saudita em 1945. A Casa Real recebia de royalties US$ 0,16. E o preço de venda oscilava entre US$ 1,05 e US$ 1,13.
Os estratosféricos ganhos das petroleiras foram abalados pela primeira vez em 1948, quando a Venezuela adotou uma regra que dividia os lucros igualmente entre empresas e Estados.
No Irã, a estatal britânica se recusou a compartilhar os ganhos em 50%, e, em 1951, o primeiro-ministro Mohammed Mossadegh nacionalizou o petróleo.
A seguir, foi derrubado por um golpe promovido pela CIA e pelo Reino Unido. Mas a onda nacionalista continuou. A Opep foi criada em 1960 e mudou a correlação de forças. Em 1973, ocorreu a guerra entre Israel e países árabes. Houve embargo de fornecimento aos EUA e o primeiro choque do petróleo --800% de aumento de preço do combustível.
Hoje, 77% das reservas mundiais de petróleo se encontram sob o controle de estatais ou semiestatais.
CONFLITOS 9
Os EUA, com apenas 5% da população mundial, consomem 21% de todo o petróleo produzido no mundo. Importando praticamente a metade do que usa, o país adotou a "estratégia da máxima extração", com foco no golfo Pérsico e no norte da África.
Assim, enquadra-se a guerra que derrubou Saddam Hussein, um inimigo dos EUA no Iraque, que detém a quarta maior reserva do planeta (atrás da Arábia Saudita, da Venezuela e do Irã).
Após a invasão norte-americana, ExxonMobil, Shell e BP voltaram ao país --de onde estavam afastadas desde 1973-- e levaram os mais vantajosos contratos, conta Fuser. A mesma lógica explica o apoio aos sauditas e a constante pressão sobre o Irã.
Fuser lembra o caso do golpe contra Hugo Chávez e a "guerra do gás" que marcou a ascensão de Evo Morales na Bolívia. Para ele, "a mudança do modelo neoliberal dos hidrocarbonetos do país por uma política de soberania energética trouxe benefícios": a renda do setor passou de 5,5% do PIB, em 2004, para 21,9%, em 2009.
Preocupado em expressar diferentes lados do problema energético, Fuser tenta resumir para leigos um tema complexo. Seria necessário mais espaço para aprofundar alguns pontos. Mas a leitura é útil para quem quer entender a história e a política por trás de eventos cruciais de hoje. Olhando bem, petróleo e energia vão aparecer.
Fonte: Folha de S. Paulo
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Energia solar e indústria brasileira

Telhados solares e a ind�stria fotovoltaica—Portal ClippingMP:
"Os módulos fotovoltaicos já gozam do benefício de isenção de ICMS e IPI e atualmente possuem Imposto de Importação de 12%, ademais, os módulos produzidos na China, Estados Unidos, Europa, ao serem importados, tem o abatimento do Imposto do Valor Agregado no país de origem. Portanto, a isenção do Imposto de Importação a módulos fotovoltaicos, proposto pelo PL336/2009, será uma chuva de granizo na proposta de um programa de telhados solares para o Brasil associado com desenvolvimento da indústria fotovoltaica no país."
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Calor no bolso (RS)

Um simulador de consumo no site da CEEE aponta que um ventilador com 150 watts de potência, ligado durante 12 horas diárias no mês, consome 54 quilowatts, resultando no aumento de R$ 23,64 na conta da energia, dependendo da categoria do consumidor.
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Projetada pilha para durar 20 anos

Pilhas e baterias normais deixam de funcionar porque o estanho do pólo negativo se enfraquece com as repetidas cargas e descargas. Solução? Revestí-lo com uma resina especial que impeça tal efeito!

O povo da Eamex, em Osaka, no Japão, bolou uma pilha de íon-lítio assim. Se espera que o produto dure uns vinte anos. Bem mais do que as tranqueiras movidas a pilha ou bateria.

Isso quer dizer que as novas pilhas e baterias (de notebooks, inclusive) vão permitir cerca de 10 mil recargas, cerca de 10 vezes mais do que as pilhas e baterias atuais.

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