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Os EUA - do Nobel da Paz Obama - tentam enlouquecer o prisioneiro Bradley Manning

Vamos rever a detenção de Manning nos últimos nove meses seguidos:

confinamento solitário 23-horas/dia;

impedido até mesmo de se exercitar em sua cela;

um total de uma hora fora de sua cela por dia, onde tem permissão de andar em círculos em um quarto sozinho quando algemado, e é devolvido à sua cela no minuto que ele pára de andar;

forçado a responder às perguntas dos guardas, literalmente, a cada 5 minutos, durante todo o dia, todos os dias, e despertado à noite cada vez que ele se encolhe no canto da sua cama ou fora da visualização completa do guarda.

Existe alguém que duvida que essas medidas - e especialmente esta nudez forçada prolongada - são punitivas e destinadas a prejudicar ainda mais a sua saúde mental, saúde física e vontade?

Como The Guardian relatou no ano passado, a nudez forçada é quase certamente uma violação das Convenções de Genebra; as convenções não se aplicam a tecnicamente Manning, como ele não é um prisioneiro de guerra, mas certamente estabelecem as proteções mínimas que todos os presos - para não falar em cidadãos sem condenação alguma - têm direito.

A pintura é de Fernando Botero, no livro Abu Ghraib.
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O cônsul e o spaghetti

Bem, graças ao Wikileaks ficamos sabendo que o ex-cônsul estadunidense em São Paulo classificava os brasileiros que buscavam o visto para entrar nos EUA como bons, maus ou feios.

A classificação se inspirava, é claro, no clássico western spaghetti dirigido por Sergio Leone.

Não é o máximo? Você gastava uma grana indo até São Paulo, penava em uma fila, e daí, com sorte, era considerado bom, e podia ir pros EUA. Se era considerado mau, ou feio, não podia ir.

Muita gente poderia achar que isso é humilhante, mas eu discordo. Humilhante seria trabalhar como funcionário de um país que invade uma nação soberana por um punhado de dólares. Ou melhor, humilhante mesmo seria trabalhar para um vice-presidente como Dick Cheney, o qual coloca uma empresa como a Halliburton a matar em terra estrangeira por uns dólares a mais. Perto disso, ser bom, mau ou feio não é nada.
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A gravidade da mentira, pela filósofa Gloria Origgi

 As pessoas capazes de ler em francês não devem deixar de ler a postagem Pourquoi est-il si grave de mentir?, da filósofa Gloria Origgi (foto ao lado), no seu blog Miscellanea.

Partindo dos casos Assange e Iraque, Gloria Origgi dá uma aula sobre a gravidade da mentira.

É uma demonstração exemplar do poder da epistemologia por uma filósofa e erudita que não se perde em detalhes que ofuscam escolásticos, e expressa na linguagem dos blogs o que os filósofos têm a dizer.

É um exemplo máximo do que pode e deve ser pensado e dito em uma aula de filosofia.
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Telegramas apresentam Autoridade Palestina com duas caras

Olmert advertiu Jones de que ele deve compreender as muitas camadas de linguagem no mundo árabe. Por exemplo, em suas reuniões um a um, o presidente Abbas sempre pede a Olmert para tomar medidas mais duras contra o Hamas e sua liderança em Gaza. Mas quando o exército israelense realiza operações na Faixa de Gaza, que matam os terroristas, Saeb Erekat escreve uma carta à ONU reclamando sobre isso. Olmert disse que os palestinos dizem uma coisa à secretária Rice e depois pedem-lhe para fazer o oposto.
De um telegrama de 2007 sobre a segurança de Israel.
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Assange livre, a rainha paga


“É uma grande vitória política”, disse Gavin MacFadyen, diretor do Center for Investigative Journalism de Londres. Ele corrobora o que outras fontes do Wiki disseram: foi uma derrota para a coroa inglesa a confirmação da sentença. Além de Julian poder ficar solto, a Coroa vai ter que arcar com os custos do processo, que soma milhares de libras.


É que quem recorreu da decisão de libertar Assange não foi o governo sueco, mas a Promotoria da Coroa do Reino Unido – o que soa um pouco estranho, aliás.


Pra poder julgar o recurso, teva que ser formada uma nova audiência na Alta Corte britância (sim, aqueles juizes com peruca branca), um processo que causou um grande prejuízo aos cofres públicos. Resultado: a Rainha vai ter que pagar.

-- Natalia Viana, no blog CartaCapital WikiLeaks
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O tapa na cara das mulheres estupradas

Em outras palavras: nunca, em vinte e três anos de relatos e apoio a vítimas de violência sexual ao redor do mundo, eu alguma vez ouvi dizer do caso de um homem procurado por duas nações, e mantido em confinamento em uma solitária, sem fiança, antes de ser questionado -- por qualquer estupro alegado, mesmo o mais brutal ou facilmente provado. Em termos de um caso envolvendo os tipos de ambiguidades e complexidades das queixas das supostas vítimas -- sexo que começou consensualmente, e alegadamente tornou-se não-consensual quando surgiu a disputa sobre uma camisinha -- por favor encontre para mim, em qualquer lugar do mundo, outro homem hoje na prisão sem fiança por acusações de qualquer coisa comparável.
[...] para todas as dezenas de milhares de mulheres que foram sequestradas e estupradas, estupradas sob a mira de uma arma, estupradas com objetos pontiagudos, espancadas e estupradas, estupradas enquanto crianças, estupradas por familiares -- que ainda estão esperando o menor suspiro da justiça -- a reação nem um pouco usual da Suécia e da Inglaterra a essa situação é um tapa na cara. Ela parece mandar a mensagem às mulheres no Reino Unido e na Inglaterra de que se você alguma vez quiser que alguém leve a sério um crime sexual contra você, é melhor que você se certifique de que o homem que você acusa também causou embaraços ao governo mais poderoso da terra.
-- Naomi Wolf, no BoingBoing

PS - Você pode se interessar pela postagem Carta das Mulheres Contra o Estupro sobre a prisão de Assange.
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Visa e MasterCard como instrumentos da violência dos EUA

Agora sabemos que Visa, MasterCard, PayPal e outros são instrumentos da política externa dos EUA. Peço ao mundo que proteja meu trabalho e meu pessoal desses ataques ilegais e imorais.
-- Julian Assange, em declaração por escrito entregue à rede Network Seven, da Austrália, pela sua mãe; via Guardian
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A pacificação das favelas no cablegate

Um trechinho de um telegrama de 30 de setembro de 2009:
O componente chave do Programa de Pacificação das Favelas é a Polícia de Pacificação (UPP), a qual conta com aproximadamente 500 policiais. Da perspectiva da segurança, até o momento o Programa de Pacificação tem tido sucesso nas quatro favelas do Rio sob controle da UPP, mas a entrega subsequente de serviços básicos e programas de assistência social tem sido desigual. Em adição aos fatores de segurança óbvios envolvidos no programa de pacificação, também há interesses econômicos significativos em jogo, com alguns analistas estimando que a economia do Rio de Janeiro crescerá em 38 bilhões de reais (21 bilhões USD) caso as favelas sejam reincorporadas na sociedade e mercado principais. O Programa de Pacificação das Favelas partilha algumas características com a doutrina e estratégia de contrainsurgência dos EUA no Afeganistão e no Iraque. 
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Serra papeava sobre pré-sal com petroleiras gringas

Espero que o PSDB nos explique isto em 2014:
As petroleiras americanas não queriam a mudança no marco de exploração de petróleo no pré-sal que o governo aprovou no Congresso, e uma delas ouviu do então pré-candidato favorito à Presidência, José Serra (PSDB), a promessa de que a regra seria alterada caso ele vencesse.


É isso que mostra telegrama diplomático dos EUA de dezembro de 2009 obtido pelo site WikiLeaks. [...]


"Deixa esses caras [do PT] fazerem o que eles quiserem. As rodadas de licitações não vão acontecer, e aí nós vamos mostrar a todos que o modelo antigo funcionava... E nós mudaremos de volta", disse Serra a Patricia Pradal, diretora de Desenvolvimento de Negócios e Relações com o Governo da petroleira norte-americana Chevron, segundo relato do telegrama. [...]


A executiva da Chevron relatou a conversa com Serra ao representante de economia do consulado dos EUA no Rio. O cônsul Dennis Hearne repassou as informações no despacho "A indústria do petróleo conseguirá derrubar a lei do pré-sal?".
-- Juliana Rocha, na Folha, via @StanleyBurburin
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Janio de Freitas, um jornalista que não se faz de louco, e o cablegate

Diz Janio de Freitas, um dos raros jornalistas da velha mídia que não se faz de louco nem nos trata como idiotas no caso do cablegate:
É de liberdade de informação que se trata. É do direito dos cidadãos de saber o que seus governos dizem e fazem sorrateiramente. É de jornalismo que se trata. E os meios de comunicação jornalística estão ficando tão mal quanto os governos desnudados pelo Wikileaks. Era a hora de estarem todos em campanha contra os governantes que querem sufocar as revelações. Ou seja, em defesa da liberdade de informação, da própria razão de ser que os jornais, TVs e revistas propagam ser a sua. Com escassas exceções, que se saiba, os meios estão muito mais identificados com os governantes do que com os cidadãos-leitores e com a liberdade de informação.
Via Toda Mídia
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Lula presta solidariedade a Assange

O rapaz foi preso e eu não estou vendo nenhum protesto contra [o cerceamento à] a liberdade de expressão. É engraçado, não tem nada. [...] pode colocar no Blog do Planalto o primeiro protesto, então, contra [o cerceamento à] a liberdade de expressão na internet, para a gente poder protestar, porque o rapaz estava apenas colocando aquilo que ele leu. E se ele leu porque alguém escreveu, o culpado não é quem divulgou, o culpado é quem escreveu. Portanto, em vez de culpar quem divulgou, culpe quem escreveu a bobagem, porque senão não teria o escândalo que tem. Então, Wikileaks, minha solidariedade pela divulgação das coisas e meu protesto contra [o cerceamento à] da liberdade de expressão.
Lula, nosso presidente, via Blog do Planalto
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Jornalistas em defesa de WikiLeaks

Se corporações e governos podem destruir o acesso de alguém à moderna economia como fizeram com o Wikileaks, sem nem mesmo fingir seguir o devido procedimento legal (PayPal, Visa, MasterCard, Amazon etc. não foram ordenados por corte alguma a fechar o acesso para o Wikileaks) então nós simplesmente não vivemos em uma sociedade legal livre, muito menos em uma sociedade justa.

A defesa de Julian Assange e Wikileaks é uma das questões mais importantes da minha vida. Agora há duas superpotências no mundo -- o poder militar de Washington e o poder da opinião pública e da justiça, o qual Wikileaks representa.
-- John Pilger, em pronunciamento

É interessante que o fundador do Wikileaks defenda a visão tradicionalmente conservadora, jeffersoniana, de que a estrutura constitucional dos Estados Unidos limita e diminui a corrupção do governo.
-- Jack Hunter, em The American Conservative

Senhoras e senhores, isto não é um processo. É uma causa. E deixe que nos informemos do que podemos fazer, e até onde podemos ir para assegurar que o direito à informação livre permaneça disponível para todos.
-- Timothy Bancroft-Hinchey, no Pravda

Wikileaks melhora nossa democracia, não a enfraquece.
-- Ewan Hansen, na Wired

Todas as citações via WL Central
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A Shell infiltra seu pessoal no governo nigeriano

Os telegramas vazados pelo Wikileaks trazem evidências do modo como as grandes empresas roubam recursos naturais dos países pobres.

Mais especificamente, mostram que a Shell infiltra seu pessoal no governo da Nigéria, e sabe tudo o que se decide nos ministérios.

Além disso, a Shell delata políticos "militantes" aos diplomatas estadunidenses.

Via Guardian.

PS - É de se lembrar que, no Brasil, em 2009, a oposição (PSDB e DEM/PFL) apresentou emenda sobre o pré-sal que era mero cut & paste de textos feitos pelas petrolíferas gringas.
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Carta das Mulheres Contra o Estupro sobre a prisão de Assange

Carta de Katrin Axelsson, da Women Against Rape (Mulheres Contra o Estupro):
Muitas mulheres na Suécia e na Inglaterra se surpreenderão com o zelo pouco usual com o qual Julian Assange está sendo perseguido por alegações de estupro [...]. 
A Assange, que parece não ter condenações criminais, se rejeitou o direito à fiança [...]. Mas fiança após alegações de estupro é rotina. Por dois anos demos apoio a uma mulher que sofreu estupro e violência doméstica de um homem previamente condenado após ter tentado matar uma ex-parceira e seu filho -- foi garantido a ele o direito à fiança enquanto a polícia investigava. 
Há uma longa tradição de usar o estupro e a agressão sexual para agendas políticas que não têm nada a ver com a segurança das mulheres. No sul dos EUA, frequentemente o linchamento de negros era justificado baseado em que eles tinham estuprado ou mesmo olhado par uma mulher branca. Nós mulheres não aceitamos que nossa exigência de segurança seja mal-utilizada, enquanto os casos de estupro no melhor dos casos continuam sendo negligenciados, no pior dos casos são blindados. 

PS - Você pode se interessar pela postagem O tapa na cara das mulheres estupradas.
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Gleen Greenwald sobre a prisão de Julian Assange

Não importando o que você ache do Wikileaks, eles não foram acusados de crime algum, muito menos indiciados ou condenados. Apesar disso, olhe o que aconteceu com eles. Eles foram removidos da Internet [...] seus fundos foram congelados [...] personalidades da mídia e políticos pediram que fossem assassinados e rotulados como uma organização terrorista. O que de fato está acontecendo é uma guerra pelo controle da Internet, e se ou não a Internet pode de fato servir ao seu fim último -- o qual é permitir que os cidadãos se unam e democratizar os controles sobre as facções mais poderosas do mundo.
-- Gleen Greenwald é advogado de direito constitucional e colunista da Salon. Via Democracy Now!
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Wikileaks por Manuel Castells

Manuel Castells:
[...] Los gobiernos llevaban tiempo preocupados con su pérdida de control de la información en el mundo de internet. Ya les molestaba la libertad de prensa. Pero habían aprendido a convivir con los medios tradicionales. En cambio, el ciberespacio, poblado de fuentes autónomas de información, es una amenaza decisiva a esa capacidad de silenciar en la que se ha fundado siempre la dominación.
Si no sabemos lo que pasa, aunque nos lo temamos, los gobernantes tienen las manos libres para robar y amnistiarse mutuamente como en Francia o Italia o para masacrar a miles de civiles y dejar curso a la tortura como EE.UU. en Iraq y Afganistán. De ahí la alarma de las élites políticas y mediáticas ante la publicación de centenares de miles de documentos originales incriminatorios para los poderes fácticos en EE.UU. y en otros muchos países por Wikileaks. [...]
[...] Se inició por parte de disidentes chinos con apoyos en empresas de internet de Taiwán, pero poco a poco recibió el impulso de activistas de internet y defensores de la comunicación libre unidos en una misma causa global: obtener y difundir la información más secreta que gobiernos, corporaciones y, a veces, medios de comunicación ocultan a los ciudadanos. [...] A pesar del asedio que han recibido desde su origen, han ido denunciando corrupción, abusos, tortura y matanzas en todo el mundo, desde el presidente de Kenia hasta el lavado de dinero en Suiza o a las atrocidades en las guerras de EE.UU.
Han recibido numerosos premios internacionales de reconocimiento a su labor, incluyendo los de The Economist y de Amnistía Internacional. Es precisamente ese creciente prestigio de profesionalidad el que preocupa en las alturas. Porque la línea de defensa contra las webs autónomas en internet es negarles credibilidad. Pero los 70.000 documentos publicados en julio sobre la guerra de Afganistán o los 400.000 sobre Iraq difundidos ahora son documentos originales, la mayoría procedentes de soldados estadounidenses o de informes militares confidenciales. En algunos casos, filtrados por soldados y agentes de seguridad estadounidenses, tres de los cuales están en la cárcel. Wikileaks tiene un sistema de verificación que incluye el envío de reporteros suyos a Iraq, donde entrevistan a supervivientes y consultan archivos.
De hecho, los ataques contra Wikileaks no cuestionan su veracidad [...]. Aun así, Hillary Clinton ha condenado la publicación sin comentar la ocultación de miles de muertos civiles y las prácticas de tortura que revelan los documentos. Al menos, Nick Clegg, el viceprimer ministro británico, ha censurado el método pero ha pedido una investigación sobre los hechos.
Pero lo más extraordinario es que algunos medios de comunicación están colaborando con el ataque que los servicios de inteligencia han lanzado contra Julian Assange, director de Wikileaks. Incluso un comentario editorial de Fox News aboga por su asesinato. Y sin ir tan lejos, John Burns, en The New York Times, intenta mezclarlo todo en una niebla respecto al personaje de Assange. Es irónico que lo haga este periodista buen colega de Judy Miller, la reportera de The Times que informó, consciente de que era mentira, del descubrimiento de armas de destrucción masiva (véase la película La zona verde).
Esa es la más vieja táctica mediática: para que se olviden del mensaje: atacar al mensajero. Eso hizo Nixon en 1971 con Daniel Ellsberg, el que publicó los famosos papeles del Pentágono que expusieron los crímenes en Vietnam y cambiaron la opinión pública sobre la guerra. Por eso Ellsberg aparece en conferencias de prensa junto con Assange. [...]
El drama no ha hecho más que empezar. Una organización de comunicación libre, basada en el trabajo voluntario de periodistas y tecnólogos, como depositaria y transmisora de quienes quieren revelar anónimamente los secretos de un mundo podrido, enfrentada a aquellos que no se avergüenzan de las atrocidades que cometen pero sí se alarman de que sus fechorías sean conocidas por quienes los elegimos y les pagamos. Continuará.
-- Jornada no TumblrpostPeriodismo via @iAvelar
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A imunidade diplomática como valor universal

E se os diplomatas estadunidenses vão invadir estúdios de TV citando a convenção de Viena, a qual protege embaixadas diplomáticas e comunicações como "invioláveis", então eles precisam explicar melhor porque Hillary Clinton estava recentemente pedindo à CIA para espionar enviados estrangeiros na ONU e ao redor do mundo. Se a santidade da mala diplomática significa alguma coisa, ela precisa ser um valor universal.
-- Editorial de hoje do Guardian, via Biscoito Fino
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As acusações a Assange e os vazamentos

A melhor maneira de mostrar que as acusações não têm nada a ver com silenciar o Wikileaks é deixá-lo continuar vazando enquanto Assange enfrenta seus acusadores.
-- Editorial de hoje do Guardian, via Biscoito Fino
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Segredo e poder

Como se aguenta um poder que deixou de ter a possibilidade de conservar os seus próprios segredos? É verdade, já o dizia Georg Simmel, que um verdadeiro segredo é um segredo vazio (e um segredo vazio nunca poderá ser revelado); é igualmente verdade que saber tudo sobre o caráter de Berlusconi ou de Merkel é realmente um segredo vazio de segredo, porque releva do domínio público; mas revelar, como fez o WikiLeaks, que os segredos de Hillary Clinton são segredos vazios significa retirar-lhe qualquer poder. O WikiLeaks não fez mossa nenhuma a Sarkozy ou a Merkel, mas fez uma enorme a Clinton e Obama.
-- Umberto Eco para o Libération, em mais um dos infindáveis baitatextos cavados pelo Idelber Avelar, o nerd dos nerds, o geek dos geeks
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O Pravda zombando da censura nos EUA

Entre as muitas ironias que produziu, uma das mais saborosas do caso WikiLeaks é ter dado oportunidade ao jornal russo “Pravda” de zombar do sistema legal e da censura nos EUA.
Depois de comentar mensagens do WikiLeaks que mostram o governo Obama pressionando Alemanha e Espanha para encobrir torturas praticadas pela CIA no governo anterior, o colunista e editor legal David Hoffman tripudia: “agora, dado que o fundador do WikiLeaks Julian Assange enfrenta acusações criminais na Suécia, fica também evidente que os EUA têm o governo sueco e a Interpol no bolso. [...] Aproveita também para apontar a hipocrisia de conservadores e seus porta-vozes na imprensa, que querem as penas mais rigorosas possíveis para o WikiLeaks mas não tiveram dúvidas em expor a agente dos EUA Valerie Plame quando o governo Bush júnior quis punir seu marido, o ex-embaixador Joseph Wilson, por denunciar provas forjadas para justificar a invasão do Iraque.
-- Antonio Luiz M. C. Costa para a CartaCapital, via Biscoito Fino
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