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Designer inteligente?

Nosso genoma não ganharia nenhum prêmio de design e não fala bem da inteligência do seu 'designer'
(Our genome won't win any design awards and doesn't speak well of the intelligence of its 'designer')

Posted via web from cesarshu's posterous

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Moralidade canina

Morality, as we define it in our book Wild Justice, is a suite of interrelated other-regarding behaviors that cultivate and regulate social interactions. These behaviors, including altruism, tolerance, forgiveness, reciprocity and fairness, are readily evident in the egalitarian way wolves and coyotes play with one another. Canids (animals in the dog family) follow a strict code of conduct when they play, which teaches pups the rules of social engagement that allow their societies to succeed. Play also builds trusting relationships among pack members, which enables divisions of labor, dominance hierarchies and cooperation in hunting, raising young, and defending food and territory. Because this social organization closely resembles that of early humans (as anthropologists and other experts believe it existed), studying canid play may offer a glimpse of the moral code that allowed our ancestral societies to grow and flourish.
Marc Bekoff e Jessica Pierce, autores do livro Wild Justice: The Moral Lives of Animals, na Scientific American
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A extinção dos dinossauros (Madrugada do Cão)

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Darwin respondeu a Kripke, avant la lettre (Domingo cabeça)

O filósofo estadunidense Saul Kripke é famoso por ter afirmado que, necessariamente, água é H2O.

Isso quer dizer que, se algo é água, tem essa fórmula.

Isso é falso por vários motivos, dentre os quais que chamamos de "água" compostos químicos com várias fórmulas distintas de H2O, e que em diversas épocas não era certo chamar compostos de H2O sólido ou gasoso de "água", pois não se tinha a visão atual sobre os diferentes estados de agregação da matéria.

Para muitos seguidores de Kripke, da visão de Kripke surge uma boa teoria sobre as espécies naturais. O ponto kripkeano seria que cada espécie tem uma essência, assim como necessariamente água é H2O.

Mas isso é falso por motivos já apresentados por Charles Darwin logo no início do capítulo 2 dA Origem das Espécies, intitulado "Variação sob a Natureza":
Dessas observações se verá que olho para o termo espécie como um dado arbitrariamente com a finalidade da conveniência a um conjunto de indivíduos intimamente parecidos uns com os outros, e que ele não difere essencialmente do termo variedade, o qual é dado para formas menos distintas e mais flutuantes. O termo variedade, por sua vez, em comparação com meras diferenças individuais, também é aplicado arbitrariamente, e com a mera finalidade da conveniência.
[...] espécies são apenas variedades fortemente marcadas e permanentes.
No início do capítulo 3:
É imaterial para nós se uma multidão de formas duvidosas é chamado de espécie ou subespécie ou variedade [...].
No capítulo 9 Darwin escreve, sempre na minha tradução:
É de todo importante lembrar que os naturalistas não têm uma regra de ouro pela qual distinguir espécies e variedades; eles admitem alguma pequena variabilidade a cada espécie, mas quando eles se encontram com alguma quantia de diferença de algum modo maior entre quaisquer duas formas, eles as classificam como espécies, a menos que eles estejam habilitados a conectá-las uma a outra por gradações intermediárias próximas.
Darwin está deixando claro que se fala de espécies por mera conveniência, e que o critério para o estabelecimento de uma espécie é o que o naturalista sabe, não alguma coisa em si tal como é inobservada.

Talvez a teoria de Kripke funcione para alguns minerais. Mas não funciona para a água, como vimos acima.
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Alguns links

Começo o dia indicando alguns links.

Medo da verdade - No Jornal do Brasil, Hildegard Angel mostra sua repugnância com a distorção dos fatos, pois está se mostrando as vítimas da truculência oficial como algozes, e os algozes estão com medo da verdade.

Não dá para entender porque a direita brasileira é assim tão medrosa. Em outros países que passaram por ditaduras houveram comissões da verdade, incluindo Espanha, Grécia, Portugal, Chile, Uruguai, Argentina e Bolívia. O que há de tão especial no sentimento de medo dos direitistas brasileiros, para que seja assim tão intocável. Por que não criam coragem para encarar os fatos?

Como diz Hildegard, "QUE MEDO é esse de se revelar a Verdade? Medo de não poderem mais olhar para seus próprios filhos? Ou medo de não poderem mais se olhar no espelho?…"

É triste ver a covardia se espichando pelas décadas dessa maneira. Primeiro a covardia da truculência ilegal. Agora a covardia de encarar a verdade.

Terremoto haitiano no Twitter - o Estadão traz matéria sobre o que alguns haitianos tuitaram durante e após o forte tremor. Port-au-Prince está destruída.

A imoralidade dos auxílios a bancos - Uma década depois, o "Primeiro Mundo" vive os males do Proer, e só dá para dizer que é imoral usar o dinheiro do contribuinte para sanar bancos em dificuldades, assim como seria imoral ter usado o dinheiro do contribuinte para sanar a Enron. A imoralidade está em dar o dinheiro do contribuinte a quem menos precisa, o que é a mais básica das injustiças (vale a pela ler Rawls e Arnsperger e van Parijs sobre isso), e também em recompensar quem mais estimulou um sistema baseado na ganância que se autodestruiu.

Google pode sair da China - Por causa de ataques a Gmails de dissidentes. Isso seria admirável, pois iria contra a hipocrisia típica do mundo dos negócios e diplomático dos EUA, o qual ameaça a América Latina por conversar sobre negócios bilionários com o Irã, mas faz negócios trilionários com a China, nação que já é uma potência nuclear e trucida dissidentes tal qual o Irã.

No blog oficial, o Google diz que iniciou o google.cn (Google chinês) em 2006 porque acreditava que isso levaria mais informação a uma população que sofre com uma censura brutal. Esse objetivo levou o Google a concordar por algum tempo em censurar alguns resultados de pesquisa, ainda que a contragosto. Agora, o Google não quer mais censurar resultado de pesquisa algum, e está discutindo o assunto com as autoridades chinesas. O Jornal do Comércio traz uma versão em português.

Novas espécies descobertas - Pesquisa na Mata Atlântica descobre cerca de mil novas espécies de insetos, e apresenta explicações para suas diferenças em relação a outras espécies de áreas vizinhas.
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