Mostrando postagens com marcador Poesia. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Poesia. Mostrar todas as postagens

Receita de Ano Novo - Carlos Drummond de Andrade

Clique para ver...

Poeta Décio Pignatari morre em São Paulo

O poeta, ensaísta e tradutor Décio Pignatari morreu na manhã deste domingo (2), aos 85 anos. Internado no Hospital Universitário da USP, ele teve insuficiência respiratória e pneumonia aspirativa (infecção pulmonar).

Pignatari, que estava internado no Hospital Universitário da USP, em São Paulo, foi um dos principais nomes do concretismo, ao lado dos irmãos Haroldo e Augusto de Campos --com quem editou a revista "Noigandres", no anos 1950. Também com os irmãos Campos publicou "Teoria da Poesia Concreta", em 1965.

Ainda de acordo com Barbosa, a família não vai fazer velório e o enterro será nesta segunda (3), ao meio-dia, no cemitério do Morumbi.

Nascido em Jundiaí, em 1927, Pignatari publicou seus primeiros poemas em 1949 na "Revista Brasileira de Poesia". Em 1950, lança seu primeiro livro de poemas, "Carrossel". Formou-se em direito pela USP, em 1953, e, três anos depois, lançou o movimento da poesia concreta com o grupo Noigandres, a partir da revista publicada em 1952. Em 1956, o grupo publica "Plano-Piloto para a Poesia Concreta".
Clique para ver...

O corpo é uma festa


La iglesia dice: El cuerpo es una culpa.
La ciencia dice: El cuerpo es una máquina.
La publicidad dice: El cuerpo es un negocio.
El cuerpo dice: Yo soy una fiesta.

+/-lunet ← foto The body, de Fallon Zophy
Clique para ver...

Como reagiria o poeta na eleição deste ano?

O Primeiro Voto Feminino, de Celina Guimarães, em 1928

Senhoras e senhores, o Brasil pirou de vez

Sulamita em seu blog  a Tal Mineira

Para início de conversa, quero saudar todas as mulheres, guerreiras, que honram as tradições seculares de, sem muito estardalhaço, administrar o tempo, a família e os afazeres, sejam eles de que natureza for – e aos homens que as valorizam. Mulheres que se esmeram em distribuir afagos e semear entendimento, mas que sabem endurecer na hora certa e dar um murro na mesa, se preciso for. Mulheres que driblam preconceitos, superam limitações e seguem em frente, tendo ou não com quem contar. Mulheres que dão a volta ao Mundo, fazem-no girar, mas sabem retornar ao aconchego da casa, armadura despida, coração aberto, colo disponível. Ou não. Porque ninguém, nem mesmo uma mulher, é de ferro. Euzinha, mesma, não o sou.

As mulheres estão em moda. São notícias de primeira página – para o bem e para o mal. Ainda encabeçam estatísticas de violências, múltiplas: espancamento, abuso e assédios sexual, moral, discriminação, morte. Chefiam grande parte dos domicílios brasileiros: estão na sala de aula, no escritório, no chão de fábrica, no banco, palco, canteiro de obras; nas redações, aos volantes, na faxina, no fogão, no tanque. Ainda ganham menos que os homens, companheiros de trabalho e função. Ainda reclamam parceria na dupla, tripla jornada. São minoria nos postos executivos, públicos e privados, legislativos, judiciários, sindicais, religiosos. Não obstante, vão chegar à Presidência da República, mais cedo do que há pouco se ousava imaginar. Deixam muito Zé – e Marias também, infelizmente! – a ver a banda passar.

Por aqui, na terra brasilis, chegam tarde, isso sim. Desde o primeiro sufrágio feminino, no final dos anos 20, já se vão três quartos de século! Uma potiguar e uma mineira foram as pioneiras. Tornaram-se eleitoras invocando a Constituição Brasileira em vigor, de 1891, que não amparava o veto ao exercício de seus direitos políticos e de cidadãs: Celina Guimarães Viana, de Mossoró, no final de 1927, e Maria Ernestina Carneiro Santiago de Souza, em 1928. Mietta deu a si o primeiro voto para deputada federal. Não foi eleita, mas causou assombro e ganhou poema, de Carlos Drummond de Andrade. Transcrevo:

“MIETTA SANTIAGO/ loura poeta bacharel/ Conquista, por sentença de Juiz,/ direito de votar e ser votada/ para vereador, deputado, senador,/ e até Presidente da República,/ Mulher votando?/ Mulher, quem sabe, Chefe da Nação?/ O escândalo abafa a Mantiqueira,/ faz tremerem os trilhos da Central/ e acende no Bairro dos Funcionários,/ melhor: na cidade inteira funcionária,/ a suspeita de que Minas endoidece,/ já endoideceu: o mundo acaba.

Como se vê, mulheres fazem o pão desde sempre e, no mais das vezes amassam a substância com a cauda do diabo. Mas os poetas, além de cronistas, são visionários. Que extraordinário poema escreveria agora, O Poeta, diante da probabilidade de se ter a primeira mulher Presidente da República? E num embate onde dois dos candidatos vestem saia, por direito genético e convenção sóciocultural! Certamente, versaria o estranhamento em torno do bombardeio a que está submetida a líder das pesquisas de intenção de voto,: uma “prenda”, mineira – registre-se. Não se fazem mais café com leite como antigamente.

Pode, um país onde a mulher ocupa a maioria das vagas nas universidades, admitir tamanha vilania!?, talvez se perguntasse O Poeta. Meus botões se questionam, não vou mentir, qual veículo da mídia de antanho abrigaria prosa ou verso em torno do disparate que se assiste, se ouve ou se lê. Se é que alguém ainda lê, ouve ou assiste tais arautos-do-ontem-que-engatinha. Em que plagas se perdeu o senso, o prumo, o norte, a elegância? A chafúrdia é própria de quem se considera acima do povo, da Nação e suas circunstâncias, quiçá do Universo!?

O Poeta há de perdoar-me, não resisto à livre paródia: Mulher, quem sabe, Chefe da Nação?/ O escândalo abafa o sul da Mantiqueira,/ faz tremerem os trilhos do Metrô/ e acende nos bairros centenários,/ melhor: na cidade inteira centenária,/ a suspeita de que O Brasil, uma vez mais, endoidece,/ já endoideceu: o mundo acaba.
Clique para ver...

adoro este poema da sandra camurça

pavio curto, noite de cio
você vem, eu luto
até fuder macio
da sandra camurça. já publicado por aqui.
Clique para ver...

Voz escura (Twitter)

Con voz oscura
la noche proclama
tu ausencia
Clique para ver...
 
Copyright (c) 2013 Blogger templates by Bloggermint
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...