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Picareta quântico Ayres Britto arruma novo emprego

O ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Ayres Britto, é o novo articulista do jornais Diário Catarinense e Zero Hora. Textos do magistrado imbecil sobre temas da atualidade serão publicados mensalmente nas edições dominicais.

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Antropologia 101 para o povo da revista Veja

Em terceiro lugar, a revista parte do pressuposto inteiramente injustificado de que “ser índio” é algo que remete ao passado; algo que só se pode ou continuar (a duras penas) a ser, ou deixar de ser. A idéia de que uma coletividade possa voltar a ser índia é propriamente impensável pelos autores da matéria e seus mentores intelectuais. Mas como eu lembro em minha entrevista original deturpada por Veja, os bárbaros europeus da Idade Média voltaram a ser romanos e gregos ali pelo século XIV — só que isso se chamou “Renascimento” e não “farra de antropólogos oportunistas”. Como diz Marshall Sahlins, o antropólogo de onde tirei a analogia, alguns povos têm toda a sorte do mundo.

Do Eduardo Viveiros de Castro. O povo da Veja deveria agradecer pela aula. O cara é ocupado, e deveria estar gastando seu tempo cuidando de coisas importantes, ao invés de ficar dando aula pro pessoal de uma revista tosca como a Veja.

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O professor Eduardo Viveiros de Castro manda o pessoal da revista Veja estudar

Reitero que a revista fabricou descaradamente a declaração “Só é indio quem nasce, cresce e vive em um ambiente cultural original”. Se o leitor tiver o trabalho de ler na íntegra a entrevista reproduzida em Veja.com, verá que eu digo exatamente o contrário, a saber, que é impossível de um ponto de vista antropológico (ou qualquer outro) determinar condições necessárias para alguém (uma pessoa ou uma coletivdade) “ser índio”. A frase falsa de Veja põe em minha boca precisamente uma condição necessária, e, ademais, absurda. Em meu texto sustento, ao contrário e positivamente, que é perfeitamente possível especificar diversas condições suficientes para se assumir uma identidade indígena. Talvez os responsáveis pela matéria não conheçam a diferença entre condições necessárias e condições suficientes. Que voltem aos bancos da escola.

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Texas bane ursinho comunista das escolas!

Os alunos das escolas do Texas não encontrarão nas bibliotecas livros como Baby bear, baby bear, what do you see? [Ursinho, ursinho, que que tu vê?], de Bill Martin, Jr.

Motivo: o Conselho Estadual de Educação do Texas baniu das escolas os livros do autor best-seller infantil Bill Martin, Jr, dado que esse teria escrito livros para os adultos que conteriam "críticas muito fortes do capitalismo e do sistema estadunidense".

Mas: Bill Martin, Jr., autor de best-sellers infantis como Brown bear, brown bear, what do you see?, não escreveu tais livros adultos. Quem os escreveu foi Bill Martin, outro autor com o mesmo nome.

Bill Martin, Jr., o autor de livros infantis sobre ursinhos, não o comuna, morreu em 2004.

Bill Martin, professor de filosofia na Universidade DePaul, em Chicago, é autor do livro Ethical marxis: The categorical imperative of liberation. Ele também é conhecido por ter se oposto junto à Universidade DePaul às represálias a Norman Filkenstein, por causa das suas críticas a Israel. Sua proposta filosófica é reler o marxismo à luz da ética kantiana.

A blogosfera está rindo às largas do Texas por causa da série de tonterias do caso. Todos veem, claramente, que o urso é o símbolo da URSS. Todos veem o quanto é importante proteger as crianças da influência maligna do socialismo. Matthew Saroff propõe a devolução do Texas ao México. Ele comenta:
Veja, a expressão "Urso pardo, urso pardo, que que tu vê" simplesmente é muito similar a "o que efetivamente arruinará o sistema imperialista, e o que precisa ser criado, como Mao viu, são economias autossuficientes, não sujeitas à exploração".
A blogosfera também se preocupa com a marginalização de autores progressives nas escolas dos EUA. Se lamenta que autores sejam banidos por educadores por causa das suas orientações e preferências.

Via Richard Adams. Imagem via Cafepress.com.
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O Código Da Vinci

Hoje os leitores de ZH foram brindados com mais uma obra genial de seu chargista-maior, o inigualável Marco Aurélio. A charge abaixo é um arremedo de um detalhe do afresco “A Criação de Adão”, parte da a magnífica obra que Michelangelo produziu para o teto da Capela Sistina.


Analisando a charge, observamos uma mão escura (negra?) agradecendo uma mão azul e a assinatura “Marco Aurélio & Leonardo”. É uma charge para Dan Brown algum botar defeito! É uma verdadeira obra de criptografia! E com o envolvimento misterioso de Leonardo da Vinci. Será que o nosso intrépido e culto chargista sabe que, ao contrário do que registram todos os livros de história, a Capela Sistina teria sido pintada por da Vinci? Ou será uma homenagem (criptografada) ao cantor sertanejo irmão do finado Leandro?

E a mão negra agradecendo a mão azul? Será a mão de um colorado agradecendo a um gremista pelo fato de o Grêmio ter vencido o Palmeiras? Neste caso, a mão seria negra por causa do estereótipo de que o Inter é o time dos negros. Mas porque a mão que representa o Grêmio não é branca, já que o Grêmio seria o time dos brancos, por esse estereótipo? Será porque a mão azul tornaria a “piada” mais compreensível? Mas, nesse caso, não seria mais recomendável pintar a outra mão de vermelho, até para fugir do preconceituoso estereótipo mencionado anteriormente?

Ou será que não é nada disso? Será que a mão é mesmo de um negro, que está agradecendo a um sujeito de mão azul por algum favor? Será que o sujeito azul é o Doutor Manhattan? E o sujeito negro, quem seria? Qual foi o favor que o Doutor Manhattan fez ao negro? Seria um favor sexual? E o que da Vinci, Leandro & Leonardo têm a ver com tudo isso?

Mais um mistério da obra marcoaureliana. Chamem o Tom Hanks!
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Lilliput é aqui!

Não vou citar nomes porque agora eles deram para processar blogueiros. Mas, hoje pela manhã ouvia uma rádio am, que, se não me engano, é de propriedade da família de um deputado do PMDB e ex-dirigente do inter. O programa era um daqueles em que uns três ou quatro tiozões discutem entre si para ver quem defende mais a Yeda, quem fala mal do Lula mais vezes, quem detesta mais o Chávez... O apresentador do programa tem nome de deus egípcio e já foi de outra rádio am local. É um daqueles formadores de opinião, que tem palpite sobre todos os assuntos, de física quântica à epidemiologia, sempre com uma convicção que somente os barbeiros e os motoristas de táxi possuem. A diferença é que estes profissionais prestam serviços relevantes, à despeito de suas opiniões...

Mas voltemos ao fato em si: o locutor, palpiteiro e deus egípcio lia as manchetes das principais revistas semanais. A capa da Carta Capital tinha como principal matéria "O Congresso de Lilliput", sobre o apequenamento moral do Congresso Nacional.

Provavelmente temendo pela precariedade cultural de seus ouvintes, o letrado jornalista resolveu traduzir a manchete, por demais sofisticada. Foi mais ou menos assim:

-Pra quem lembra do desenho do Gulliver, Lilliput era a terra em que o Gulliver chegou, onde viviam os pequeninos. Mas eles não eram realmente pequeninos, o Gulliver é que era um gigante!

Gulliver, para um dos nossos notáveis formadores de opinião que têm opinião sobre tudo, é apenas um desenho animado. E, ainda por cima, com o enredo invertido.

Sem querer, o radialista explicou, entre outras coisas, a matéria da Veja. Lilliput é aqui! No nosso diminuto Rio Grande do Sul, onde seus provincianos habitantes não se consideram minúsculos e mesquinhos. Quando muito, consideram os outros como sendo exóticos gigantes...
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