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PV atrai ex-petista, mas enfrenta dissidências

Presidente da legenda rebate declarações do ministro Juca Ferreira, a quem acusa de defender projeto "retrógrado"

Adauri Antunes Barbosa, do Jornal O Globo

SÃO PAULO. Embora comemore a saída da senadora Marina Silva (AC) do PT, o PV também vive seus dias de dissidências, como apontou o ministro da Cultura, Juca Ferreira, o mais alto representante verde no governo federal e que acusou a cúpula de seu partido de ser “movida pelo fisiologismo”.
O presidente nacional do PV, José Luiz Penna, vereador em São Paulo, contraatacou e acusou Juca de defender um projeto “absolutamente retrógrado”. Disse que o ministro é “uma voz isolada dentro do PV”, esquecendose que o partido acabou de perder um deputado estadual em São Paulo, Major Olímpio.
Para Penna, Juca foi “convocado pelo Planalto” Penna, que enviou respostas por escrito ao GLOBO, disse que Juca Ferreira foi “convocado pelo Planalto” para “desqualificar” a candidatura de Marina Silva. “O ministro deveria atentar para o momento inoportuno que escolheu. Momento em que o país inteiro assiste ao desembarque das fileiras com as quais ele declara pretender fazer alianças. E isso acontece por um motivo bem simples: o projeto governista que hoje ele defende é absolutamente retrógrado, haja visto o modelo de desenvolvimento proposto”, disse o presidente do PV.
O deputado estadual Major Olímpio deixou o partido inconformado com a direção partidária, também acusada por ele de fisiologismo. Até o fim de setembro o parlamentar paulista, que se diz atualmente um representante do “MSP, o Movimento dos Sem Partido”, deverá fazer uma nova opção partidária. O deputado Olímpio concordou com o ministro da Cultura e criticou a candidatura de Marina.
— O que ele (ministro) diz é mais que verdadeiro. Marina, se assumir essa candidatura pelo PV, vai montar em um porco ensaboado, não vai conseguir se segurar e vai cair de cara na lama — disparou o deputado dissidente do PV.
Com críticas ácidas, Major Olímpio, que se elegeu com votos de funcionários públicos e setores da segurança pública, afirma que o PV em São Paulo é “patrocinado” pela prefeitura e pelo governo estadual, governos que apoia em São Paulo.
— O PV é patrocinado pelo governador Serra e pelo (prefeito Gilberto) Kassab.
Mesma coisa no Rio, onde o Gabeira (o deputado Fernando Gabeira) é Serra. Esqueça quem acha que vai se trabalhar em prol de uma candidatura de um partido — disparou o deputado.
Comentário do blogueiro: O PV ninguém merece. Quem quiser acreditar no sonho verde que não reclame depois. Afinal, um pouco de ilusão todos nós precisamos. Como bem disse o ministro da Cultura, Juca Ferreira: Penha, ao lado do ditador da Coréia do Norte, é o dirigente partidário mais velho antigo do mundo. É muito autoritarismo e lambança para um partido do tamanho do PV. Imaginem vocês se o partido precisar ser governo. Agripino, César Maia, Kassabs, é a turma do DEM rindo à toa.
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O andar de cima faz a festa para Marina

Tales Faria, do Blog dos Blogs
Há muito tempo não se vê uma candidatura presidencial surgir com apenas 3%dos votos e ser tão saudada pela imprensa, como o possível lançamento donome da ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva. Algo parecido, talvez,tenha sido o aparecimento de Guilherme Afif Domingues em 1989, acho quepelo PL. A turma do andar de cima ficou eufórica com o Afif, mas, como elenão emplacou, tentou-se o “choque de capitalismo” do tucano Mario Covas e,depois, houve o embarque na canoa de Fernando Collor de Mello.
Neste fim de semana, mal surgiram as especulações de que Marina deverá sairdo PT para o PV, ela já foi capa das revistas Época e IstoÉ. Na primeira,adianta-se simplesmente a possibilidade de a moça ocupar o Palácio doPlanalto, sob o título Marina presidente?. Na segunda, a chamada da primeirapágina, ao lado da foto da provável candidata, festeja: O Brasil não é só PTe PSDB.
A bem da verdade, no plano regional, a candidatura de Fernando Gabeira aprefeito do Rio, curiosamente pelo PV, também teve o apoio entusiástico eimediato dos mesmos que agora comemoram o nome de Marina. E, de fato, Gabeiracresceu durante a campanha até chegar ao segundo turno. Não é improvável queMarina também cresça, embora não seja seguro apostar que ela ultrapasse ocandidato tucano, José Serra, ou a preferida do Palácio do Planalto, DilmaRousseff (PT), nem mesmo outra alternativa do campo governista, o deputadoCiro Gomes (PSB-CE).
Segundo pesquisas do Datafolha divulgadas neste fim de semana, Serra continualiderando a disputa, com 37% das intenções de voto do eleitorado; Dilma contacom 16% e Ciro, com 15%. Acima de Marina estaria ainda a ex-senadora HeloísaHelena, do PSOL, com 12% da preferência dos entrevistados. Então por quetanta festa em torno de Marina Silva?
Porque o andar de cima aposta que a entrada da candidata ecológica, antes demais nada, preenche o vazio de uma candidatura feminina na oposição, emcontraponto à governista Dilma, já que a expectativa é que Heloísa Helena sevolte para Alagoas. Uma substituição até bem mais palatável para osconservadores do que a ex-senadora alagoana. A ecologia deixou de ser um temade propriedade da esquerda, como foi nos anos 60 e 70, e passou a transitarpor todas as ideologias. O PV de São Paulo, por exemplo, é dominado porpolíticos de direita acusados de fisiologismo, Gabeira teve o apoio do DEM, olíder do partido na Câmara é o deputado Sarney Filho (MA).
Também porque a candidatura de Marina, mesmo que não chegue a lugar algum,parece ter grande potencial para conquistar votos no campo das esquerdas.Mas, principalmente, porque o aparecimento de Marina embaralha um jogo queestava se encaminhando para o desenho proposto pelo presidente Luiz InácioLula da Silva: eleições polarizadas entre Dilma e Serra apenas, o quetornaria a campanha plebiscitária. Nesse quadro, o Palácio do Planalto temapostado que o grande tema a ser posto na mesa seria a comparação entre ogoverno Lula e o governo anterior, do tucano Fernando Henrique Cardoso.
Segundo o Datafolha deste fim de semana, a avaliação do governo Lula está em67% para ótimo/bom, 25% para regular e apenas 8% para ruim/péssimo. Emoutubro de 2002, o Datafolha captou uma avaliação positiva (ótimo/bom) dogoverno Fernando Henrique Cardoso em apenas 23% dos entrevistados.
Ou seja, a polarização apontaria para uma luta desigual, uma verdadeirasurra, creem os lulistas. Mas bastou Marina Silva aparecer, e o deputado Ciro Gomes (PSB-CE) voltou a colocar sua candidatura na rua, declarando queestá mesmo mais propenso a disputar a Presidência da República do que ogoverno de São Paulo, e que, se Marina “aceitar a convocação do PV, elaimplode a candidatura da Dilma”. Não é certo que imploda a candidaturaDilma, mas tem tudo para implodir a tese da polarização.
Mas fica uma pergunta no ar: e o outro lado? Marina rouba votos da esquerda,mas também rouba votos entre eleitores do PSDB e do DEM. Sua permanência nadisputa, junto com Ciro Gomes, praticamente garante que haverá um segundoturno, em que inevitavelmente a campanha se polariza. Ou seja, estaria-seapenas adiando a polarização. Mais nada.
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Três reflexões sobre as eleições: Preconceito, conservadorismo e mídia

A idéia de colocar a culpa no suposto preconceito da elite paulistana à candidata Marta Suplicy não é boa explicação, pois não é verossímil. É claro que existem segmentos que podem trazer algum preconceito, mas nada que possa ser generalizado para a cidade de São Paulo. Afinal, a população paulistana quase a levou para o segundo turno na eleição para o Estado de São Paulo em 1998, elegeu Marta prefeita em 2000, e nas eleições de 2004 e 2008 levou sua candidatura para o segundo turno. Além do mais, como bem disse o Blog do Alon, que outra grande capital no país elegeu (i) uma assistente social vinda do interior da Paraíba (Erundina em 1988); (ii) um descendente de libaneses (Maluf); (ii) um negro vindo do Rio de Janeiro (Pitta); e (iv) uma mulher que se tornou famosa por apresentar um programa de orientação sexual na televisão numa época em isso era um escândalo (Marta). De fato, é uma explicação bastante simplória, e que escamoteia os erros que o PT e a campanha martista tiveram ao longo da eleição paulistana.

Uma outra explicação pouco feliz diz respeito ao suposto conservadorismo paulistano que impediria a vitória de uma candidata do campo de esquerda. As vitórias de Marta e Erundina desmentem ou, pelo menos, estão na contramão dessa versão. Além disso, como assinalou um leitor atento da blogosfera, José Márcio Tavares, numa mensagem que recebi por meio de e-mail, o Rio de Janeiro é considerado de esquerda e São Paulo de direita, mas a última vez que o Rio teve um candidato de esquerda no segundo turno foi na eleição de 1992, com Benedita da Silva (PT). Qual dessas cidades é mais conservadora mesmo? É uma observação pertinente, algo para refletir.

É importante assinalar que a questão da mídia permanece em aberto, e esta extremamente desfavorável à candidata petista. Na verdade, a grande mídia em geral, e a paulista em particular, travam batalhas constantes contra o campo mais à esquerda. No episódio que envolveu a suposta invasão da privacidade do candidato Kassab, a mídia teve uma reação desproporcional. Isso porque a mídia nunca teve zelo com a privacidade dos políticos ligados ao campo mais popular (e duvido que passará a ter). Segundo, é bom fazer uma comparação entre a escorregada da campanha martista e as escorregadas do candidato do PV à prefeitura do Rio de Janeiro, Fernando Gabeira (este apoiado pela mídia). Gabeira mostrou desprezo para com a população do subúrbio quando disse que a vereadora tinha uma visão suburbana. Ele não atacou apenas a vereadora eleita, mas os eleitores e moradores das regiões pobres do Rio. Em outra ocasião, o candidato também atacou ao mesmo tempo três símbolos do carioca: a feijoada, o samba e o carnaval. O Biscoito Fino e a Massa fez uma ótima análise sobre a candidatura verde trazendo esses elementos. E por fim, Gabeira deixou transparecer o preconceito com as regiões pobres mais uma vez, ao dizer que o prefeito não deveria ficar apenas no Rio, mas também na Zona Oeste (ou seja, o Rio para o Gabeira é apenas a Zona Sul, o resto é subúrbio).

No episódio de Marta, ela não aparece, nem houve sinais de que participou de alguma maneira da decisão de veicular o comercial de sua campanha. É óbvio que a responsabilidade é da candidata, porém é diferente quando isso vem do próprio candidato. Gabeira, por sua vez, é o principal ator dos seus escorregões, pois saíram de sua boca as palavras que mostraram preconceito ou desprezo com segmentos que são a maioria do eleitorado carioca, ou seja, a população do subúrbio e os amantes do samba, da feijoada e do carnaval. Porém, a mídia deu super exposição ao escorregão da campanha petista, taxando-a de preconceituosa, mas minimizou aqueles do Gabeira. Imaginem se Gabeira fosse candidato pelo PT? Ou se fosse Marta que tivesse professado aquelas palavras? No fim, Gabeira foi vendido pela mídia como o candidato moderno, de uma nova forma de fazer política (isto é, o PSDB, DEM e PPS, a centro-direita), e Marta como a preconceituosa. Mais uma vez, dois pesos e duas medidas, a tão propalada indignação seletiva. Dizem que o Gabeira saiu da eleição com uma vitória moral, enquanto Marta saiu menor que entrou na campanha. Pode ser verdade, mas o papel que desempenhou a mídia na construção (Gabeira) e destruição (Marta) da imagem do candidato foi fundamental.

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Os panfletos contra Gabeira e a mordaça da Justiça Eleitoral

Antes de iniciar este post quero dizer que torço pela vitória do Gabeira no Rio. Apesar de estar numa aliança pouco defensável, não dá para engolir o candidato metamorfose-ambulante do Eduardo Paes. Feito essas considerações, agora vamos aos panfletos.
A mídia tratou inicialmente os panfletos como avulsos como se fossem apócrifos. As fotos dos panfletos são claras: o PT, PSB, PDT e PC do B assinaram os panfletos, com CNPJ e tudo (como manda o figurino). Ou seja, não esconderam que os panfletos eram ou tinham o apoio desses partidos. Nada foi feito às escuras. No entanto, isso foi ignorado inicialmente, numa tentativa de associar os panfletos ao PMDB do candidato Paes, principalmente porque uma Kombi que distribuía os panfletos trabalhou na campanha da vereadora eleita Clarissa Garotinho (PMDB).

Além disso, os panfletos também foram tratados de forma pejorativa, como se fosse um ataque desleal ao candidato Gabeira. Os panfletos têm os dizeres “Diga não à continuidade de César Maia, pense nisto!”. Não há na frase nenhum ataque desleal ou qualquer calúnia ou difamação contra Gabeira, como próprio assinalou a Justiça Eleitoral. Como Gabeira tem apoio do prefeito César Maia, e o PV, PSDB e PPS participa da sua adminstração a muitos anos, é uma interpretação política plausível.

Está claro também que não é Gabeira que apóia César Maia, mas o contrário. Da mesma, o presidente Lula recebe apoios de políticos de diversos partidos e trajetórias, mas nada autoriza a concluir que o presidente apóia todos que os apóiam. Todavia, a candidatura de Gabeira permite essa interpretação de continuidade da gestão de César Maia. Obviamente, Gabeira e César Maia são políticos bem diferentes, o que nos leva a acreditar que os governos serão bem distintos. Porém, a candidatura Gabeira não é ruptura do governo César Maia. Também não é a candidatura de Eduardo Paes, criado nas hostes do prefeito carioca e que até a pouco tempo engrossava as fileiras do PSDB, partido que participa ativamente da gestão César Maia.
Os partidos PV, PSDB e PPS participam do governo de César Maia. Aliás, é o PSDB quem comanda a Secretaria de Saúde, a área de pior avaliação do governo César Maia. Então o panfleto não falou nenhuma mentira, pois tanto deverá haver mudanças quanto continuidade. Certamente não é o caso de ruptura. Se a continuidade persistir na saúde (o que não acredito) num futuro governo Gabeira, a população não tem muito a comemorar.
Segundo o dirigente petista, a apreensão é arbitrária: “O PT tem candidato no Rio no segundo turno. Mas esse não é um panfleto pró-Paes. É meu direito de liberdade. Estamos na ditadura militar? Não estamos fazendo nada às escuras. A apreensão é arbitrária, para beneficiar o Gabeira. Agora vão amordaçar os partidos?”. O TRE, no entanto, entende que o panfleto representa propaganda negativa, apesar de não ser difamatório ou calunioso, e visa influir a opinião do eleitor. Para o TRE, a Resolução 22.718 da Propaganda Eleitoral, é obrigatório informar o nome do candidato, do vice e da coligação beneficiada. Que coisa estranha essa do TRE querer legislar de como os partidos podem emitir suas opiniões! Em que lugar está a mídia que se professa defensora da liberdade de opinião? Ah, o partido responsável pela confecção do panfleto é o PT, e para este não tem esse negócio de liberdade. Tome mordaça no PT. É assim mesmo: alguns grupos (políticos ou não) tem mais liberdade de expressar suas opiniões. Não basta o desigual acesso aos meios de comunicação de massa.

Este é mais um equívoco da Justiça Eleitoral. É bastante similar à mordaça que a justiça eleitoral impôs na Internet. Não vejo porque a Justiça Eleitoral deva proibir partidos de expressarem suas opiniões, mesmo que isso beneficie determinada candidatura. É um tipo de mordaça que tenta limitar as formas de propaganda política. Agindo assim, a Justiça Eleitoral deveria fechar ou impedir cobertura jornalística das eleições de todos os jornais, revistas, televisão, etc., privando os eleitores de informação, pois não há dúvida de que as matérias supostamente jornalísticas dos grandes veículos de comunicação estão sempre a serviço de uma ou outra candidatura. Ou seja, tem sempre alguém sendo beneficiado. Ou será que alguém duvida de que a grande imprensa apóia Gabeira no Rio, Kassab em São Paulo e Márcio Lacerda em Belo Horizonte. Dessa praga a Justiça Eleitoral não tem como se livrar.
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Crivella lidera com folga e candidato petista dispara em pesquisa no Rio de Janeiro

A aliança PT-PMDB pode mesmo surpreender na eleição carioca. Isso já era esperado. O ritmo de crescimento da candidatura de Alessandro Molon, candidato do PT à prefeitura do Rio de Janeiro, é que pegou todos de surpresa. Semanas atrás aparecia com míseros 1% dos votos. Em nova pesquisa, agora pelo Instituto GERP realizada entre os dias 8 a 11 de abril, o candidato petista saltou para 9%, em empate técnico com Jandira Feghalli (PC do B), que aparece com 11%.

O senador Marcelo Crivella (PRB), também da base de apoio do presidente Lula, lidera a pesquisa, passando de 20% para 30%, enquanto o candidato da aliança PV-PSDB-PPS, Fernando Gabeira, aparece com 22%. Em queda, a candidata do DEM, Solange Amaral, apoiada pelo prefeito-dengue César Maia, que aparece com 4%, num empate técnico com Chico Alencar (PSOL), com 3%.

A gente tem que sempre ficar com um olho atrás com relação às pesquisas, mas de qualquer forma, fica evidente o crescimento da candidatura de Alessandro Molon (PT). Só falta o Lula e o Sérgio Cabral dar um empurrãozinho na candidatura de Molon, levando-o para as inaugurações das obras do PAC na cidade. O problema é o ciúme nas outras candidaturas governistas. Clique aqui para ver a matéria do Jornal O Dia.
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DATAFOLHA: Jandira Feghalli sobe e se aproxima de Marcelo Crivella

Pesquisa Datafolha publicada na edição deste domingo da “Folha de São Paulo”, mostra que o senador Marcelo Crivella (PRB) lidera a corrida para a prefeitura do Rio, seguido de perto pela ex-deputada Jandira Feghalli (PC do B). O senador Crivella tem 20% das intenções de voto, contra 18% de Jandira. Em seguida, aparece o deputado Fernando Gabeira (PV), com 9%, a deputada Solange Amaral (DEM), com 8%, o mesmo percentual do deputado Chico Alencar (PSOL). O deputado estadual Alessandro Molon (PT) aparece com apenas 1%, candidato que tem o apoio do governador Sérgio Cabral (PMDB).

Em outro cenário, com o secretário estadual de Esportes e Lazer, Eduardo Paes, a disputa ficaria da seguinte forma: Crivella (18%), Jandira (16%), Paes (10%), Gabeira (9%), Solange Amaral (9%), Chico Alencar (6%), e Molon (1%).

Apesar de liderança na disputa, Crivella é o candidato com maior índice de rejeição (28%), seguido por Solange (18%), Gabeira (16%), Jandira (13%), Chico Alencar (11%) e Molon (6%).

O Datafolha ainda mostra que Crivella tem preferência do eleitorado com baixa escolaridade (29% dos votos), dos mais pobres (23%). Já entre a população com curso superior, Gabeira e Jandira se destacam, com 25% e 21%, respectivamente. O mesmo acontece entre os mais ricos. Gabeira tem 30% dos votos daqueles que recebem mais de 10 salários-mínimos, enquanto Jandira tem 28% dos que ganham de 5 a 10 salários-mínimos.

Comentário do blogueiro: A eleição do Rio certamente terá segundo turno. Mas ainda há muita indefinição. Apesar de aparecer na lanterninha, Alessandro Molon (PT) é o que maiores chances de crescimento, pois contará com o maior tempo de horário gratuito, a máquina política do Cabral e a possibilidade de melhor identificação da candidatura às obras do PAC no município. Além disso, é um candidato com rejeição pequena. Resta saber se os atributos são suficientes para levá-lo ao segundo turno. Em um embate contra Crivella ou Jandira, é grande a chance dele sair vitorioso. Os candidatos Gabeira, Solange e Chico Alencar têm dificuldade de expandir o eleitorado. O Chico Alencar sofrerá com a baixa estrutura do partido, além do pequeno horário de televisão. Já a candidatura de Solange Amaral será atingida pela avalanche de notícias negativas da administração César Maia. A candidatura de Gabeira eu analisei no post “Fernando Gabeira: De ex-guerrilheiro de esquerda a candidato das elites”.
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Fernando Gabeira: De ex-guerrilheiro de esquerda a candidato das elites

O passado de guerrilheiro de Fernando Gabeira é comum a algumas personalidades da esquerda brasileira. Petista e militante verde, acabou deixando o PT por divergências com o governo. A militância verde foi sendo substituída pela bandeira ética. Seu discurso passou a defender reformas no campo das relações políticas. Fora do PT, o deputado Gabeira tornou-se uma sensação da grande mídia. Se antes era visto com desconfiança, agora a mesma mídia abre os braços para o ex-guerrilheiro. O que mudou? A grande mídia ou Gabeira? Não há qualquer motivo para acreditar que seja a primeira opção.

A cruzada ética lhe deu o título de algoz do deputado Severino Cavalcanti, ex-presidente da Câmara dos Deputados. Gabeira tornava-se o político da moda, entrevistado por revistas e programas de televisão. A sua ida para o PV não tem nenhuma relação com qualquer divergência que ele possa ter da política ambiental do governo. Isso porque o PV não tem nada de verde. O partido nem tem idéia do que seja política ambiental: sua bancada é composta de deputados verdes de conveniência. Mas isso tem pouca importância política.

A candidatura de Gabeira à prefeitura do Rio de Janeiro com o apoio do PSDB e PPS completa o ciclo de sua inflexão à direita. É bem verdade que o deputado possa não ter espaço político para bancar um projeto nesse sentido na esquerda carioca. Mas é também verdade que o candidato Gabeira fez a opção à direita bem antes. A inflexão de Gabeira é natural na política. Políticos em geral sofrem de constantes metamorfoses. Na busca de seu espaço político, a direita passou a ser sua melhor opção. Gabeira, o ex-guerrilheiro petista, tornou-se então o candidato das elites (e também da Rede Globo).

O apoio do PSDB à candidatura do ex-guerrilheiro tem uma lógica política mais sofisticada. A entrada do partido na candidatura de Gabeira não tem relação com a possibilidade ou não de fazê-lo futuro prefeito do Rio. Uma vitória de Gabeira deverá deixar com o PSDB o controle dos principais postos da administração municipal (só quem não conhece a política acredita naquele discurso tecnicista do Gabeira). É verdade que Gabeira passaria a ser vidraça - juntamente com sua administração -, o que poderia não ser bom para o PSDB. Mas o partido tem mesmo são outras motivações políticas.

O PSDB quer é enquadrar o DEM, seu principal aliado na oposição política, tirando-lhe qualquer perspectiva real de poder. O DEM ficaria sem opções políticas em 2010, a não ser aliar incondicionalmente ao PSDB. A mesma coisa deve acontecer na eleição paulistana com o lançamento da candidatura Alckmin. Da mesma forma que o PT, o PSDB não quer no seu campo político aliados com condições de alçarem vôos sozinhos.

Além disso, parte importante do PSDB (Aécio à frente) entendeu que o partido precisa estabelecer novas pontes de diálogo, ou seja, outras frentes de batalha política. Se o diálogo do partido restringir-se ao DEM, poderá não sair vitorioso na eleição de 2010. Nesse sentido, a opção pela candidatura de Gabeira é uma forte sinalização. O próprio candidato entendeu o recado e mostrou-se disposto a dialogar com diversos partidos, independentemente da linha ideológica. A candidatura de Gabeira procura se distanciar do rótulo oposicionista, negando qualquer caráter oposicionista ao governo federal e estadual. Deseja-se para o Rio construir uma candidatura seguindo o modelo da chamada “cooperação administrativa” – união do governo local, estadual e federal - vigente na capital mineira sob a administração do petista Fernando Pimentel. É uma mudança significativa na administração municipal carioca, marcada por disputas políticas entre as diferentes esferas de governo.

Do ponto de vista de marketing, a campanha foi lançada com sucesso. Ainda mais com os apoios que obteve na grande mídia. É preciso, porém, avaliar os reflexos que a candidatura Gabeira deverá produzir na luta interna do PSDB. César Maia, prefeito do Rio, é um aliado de Serra no plano nacional. Embora o candidato Gabeira mostre disposição de agregar o seu grupo político à sua candidatura, ficou evidente que a escolha do PSDB de não lançar candidato representa um distanciamento do DEM. O prefeito rapidamente captou os movimentos do PSDB, e imediatamente distribui através do seu Ex-blog uma crítica mais forte ao partido. O presidente do DEM, Rodrigo Maia, filho de César Maia, em entrevista ao Blog do Josias de Souza, reclamou da postura do PSDB e flertou com a possibilidade de apoiar a candidatura de Ciro Gomes à Presidência.

Serra sai novamente enfraquecido. Para sua candidatura, o melhor é que o PSDB desse apoio às pretensões de César Maia, um aliado político dentro do DEM. Em São Paulo, a candidatura Alckmin provocará estragos no grupo político de Serra, mas é uma candidatura natural. No Rio, não há nada de natural no apoio do PSDB ao Gabeira. Apesar de ainda ser pouco visível, o baque na candidatura Serra é quase inevitável. Além disso, a articulação que produziu a candidatura de Gabeira parece ter as digitais do Palácio da Liberdade em Minas Gerais. Se Gabeira 2008 é bom para o Aécio, o mesmo não deve valer para o Serra. É a eterna briga interna do PSDB. Só que agora escalaram um ex-guerrilheiro para a trincheira.

Em nota: As elites também têm suas briguinhas. A verdade é que não há casamento perfeito, principalmente na política. As juras de amor não duram para sempre, pois o casamento é de conveniência. A diferença é que, ao contrário da esquerda, no final a reconciliação é a regra. E todos felizes até a próxima crise.
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Aliança PSDB, PPS e PV irá lançar Gabeira para a prefeitura do Rio; Wagner Montes desiste da candidatura

A Coluna de Merval Pereira no jornal O Globo deste domingo (clique aqui para ler a matéria) informou que o deputado Fernando Gabeira prepara-se para lançar sua candidatura à prefeitura do Rio de Janeiro numa aliança da Frente Rio formada pelos partidos PSDB, PPS e PV. O boato sobre a candidatura de Gabeira já estava circulando nos bastidores algum tempo. O deputado parece que resistia à iniciativa, mas foi convencido a entrar no jogo eleitoral.

A aliança só foi possível em razão da pouca disposição da deputada Denise Frossard, do PPS, em candidatar-se à prefeitura do Rio. A deputada, que aparece nas pesquisas de intenção de voto próximo de 15%, também não era bem vista com bons olhos por setores do partido e seus aliados. Além disso, a aliança resolve o problema da disputa interna dentro do PSDB, que não tem um candidato natural, mas tinha três pré-candidatos. O PSDB deverá ficar com o vice.

É bastante estranha a posição do PPS. Reforça a tese de que o partido tornou-se um apêndice do PSDB. A deputada Denise Frossard é a única que aparece bem nas pesquisas. Politicamente o partido deveria cerrar fileiras para sua candidatura, mas o partido parece disposto a abrir mão da candidatura. Resta saber o que partido ganhará saindo da disputa.

Gabeira reforçou sua imagem com sua atuação parlamentar. Após a saída do PT por desavenças com o então ministro José Dirceu, Gabeira participou de CPIs importantes e obteve amplo espaço na mídia. Isso permitiu ao deputado na última eleição elevar seu potencial de votos, elegendo-se com boa votação no Rio. Há uma certa receptividade de seu nome junto à população da zona sul carioca. Porém, suas posições sobre drogas, aborto, prostituição e outros temas polêmicos representam um empecilho para atingir eleitores de comunidades mais carentes.

O fato é que a candidatura de Gabeira tem pouca chance de decolar e sair vitoriosa. Sua plataforma política só encanta setores da classe média. Sofre do mesmo problema de Denise Frossard: não chega ao eleitorado mais pobre. A tendência é Gabeira conquistar boa parte do eleitor que aparece nas pesquisas votando em Frossard, mas insuficiente para uma eleição majoritária. A candidatura resolve mesmo são disputas internas nos partidos da Frente Rio. O deputado, por outro lado, tem pouco a perder politicamente. Poderá sair vitorioso mesmo derrotado nas eleições. Só precisará no final do processo eleitoral ser um político maior que entrou no início da campanha. A tarefa não é difícil.
Em tempo: o deputado estadual e apresentador de TV Wagner Montes desistiu da candidatura ao governo do Rio neste último sábado após três debates internos. A justificativa para sua desistência é que sua principal plataforma política é segurança pública e pouco poderá fazer como prefeito. Sua pretensão é concorrer ao governo estadual em 2010. O deputado é um dos líderes das pesquisas de intenção de voto para a prefeitura do Rio, ao lado da deputada Denise Frossard e do senador Marcelo Crivella. Wagner Montes negou que a desistência tenha qualquer vinculação com a candidatura de Marcelo Crivella, um dos líderes da Igreja Universal, proprietária da Rede Record, onde o deputado apresenta o programa “Balanço Geral”. O PDT, partido de Wagner Montes, deve escolher o deputado estadual Paulo Ramos para a prefeitura do Rio em convenção no próximo domingo. O partido também não descarta composição entre PV, PPS, PSB e PC do B. Dessa forma, segundo as últimas informações, dois pré-candidatos líderes - Wagner Montes e Denise Frossard - nas pesquisas podem não saírem candidatos à prefeitura do Rio. Permanecem as pré-candidaturas de Marcelo Crivella, PRB, e Solange Amaral, DEM.
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