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A Turquia será a nova superpotência?

Esta pergunta foi colocada pela revista Salon, a partir das seguintes evidências:
  • a economia da Turquia cresce bastante
  • o poderio militar da Turquia é grande
  • a influência da Turquia no Oriente Médio é ampla
A Turquia será a nova superpotência? Talvez sim, talvez não. Mas, uma coisa é certa: a Turquia é importante no cenário internacional, e sua importância só aumentará. O que nos faz, mais uma vez, aplaudir a diplomacia brasileira, por colocar nosso país ao lado dos que estarão no centro do tabuleiro geopolítico nas próximas décadas.
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O punho cerrado de Obama

No discurso de posse, com W. Bush e família saindo de cena rápido mas fininho, Obama disse algo lindo, sobre a relação que promoveria com os países em conflito com os EUA, como o Irã. Não lembro as palavras exatas, mas ele disse algo como:

Se vocês abrirem seus punhos, nós lhes estenderemos a mão.

Eu me emocionei. É tudo o que eu gostaria de ter ouvido um presidente dos EUA falar, naquele momento. Senti esperança de paz.

Agora, Obama cerra o punho. Os céticos já diziam que a coisa seria assim, e eles têm razão, infelizmente. Não há diferença entre Obama e W. Bush para nós que não votamos para presidente dos EUA.

O Brasil e outros países buscam soluções pelo diálogo, e fomos todos esbofeteados pela hybris estadunidense. Isso não quer dizer que perdemos, pois o perdedor claro é Obama, pois ele simplesmente repete a fórmula que tirou a credibilidade de W. Bush e Blair, além dos EUA e da Inglaterra. Não se pode dizer nem mesmo que Obama e os EUA ganham por ter a decisão final, no caso a opção pela guerra, dado que as sanções darão nisso. Não há vitória aqui, pois este é o beco sem saída no qual W. Bush enfiou os EUA, e do qual os estadunidenses achavam que Obama os tiraria. É um beco sem saída econômico, dados os custos trilionários da guerra. É um beco sem saída político, dada a insatisfação popular. E é um beco sem saída diplomático, por razões mais do que óbvias.

PS - É claro que a comunidade internacional tem o direito de tentar impedir a proliferação de armas nucleares, se é que isto não é um dever. A crítica é ao meio escolhido, no caso as sanções. Por duas razões. Primeiro, é inefetivo, pois maltrata a população civil, o que leva à exacerbação e extremismo internos, com consequente enfraquecimento de posições mais ao centro e liberais. No caso do Irã, isto sim é explosivo. Segundo, porque a história recente nos mostra que usualmente o passo seguinte é a guerra ou o impasse, ao invés do diálogo. Tivemos guerra no caso do Iraque, e impasse nos casos de Cuba e das Coreias. O meio escolhido tem que ser o diálogo. Esta é uma lição importante do século 20, a qual levou à criação da ONU. Pode ser caro e doloroso esquecer disto.

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Sobre o acordo nuclear com o Irã, vale a pena ler...

Levando em conta que a Globo decidiu noticiar meras reações emocionais negativas e tolices, eis uma amostra do que vale a pena ler sobre o acordo nuclear com o Irã conquistado pelo eixo Brasil-Turquia:
  • Brasil e Turquia conseguiram fazer com que o Irã aceitasse agora os termos da proposta dos EUA de oito meses atrás. Ou seja, não há conflito com os EUA. Ao contrário, há competência de Brasil e Turquia por terem conseguido fazer, pelos EUA, o que os EUA não conseguiram.
  • Para Leonam dos Santos Guimarães, consultor da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), o acordo conquistado por Brasil e Turquia é positivo, e não há bases nucleares para a desconfiança dos EUA e da Europa, apesar de haver bases geopolíticas que extrapolam a discussão.
Também vale a pena lembrar, e discutir, o que não está sendo discutido: o poder nuclear de Israel. Discutindo o problema do ponto de vista nuclear, ao invés de geopolítico: cadê a proposta de sanções a Israel? Israel preocupa a AIEA, e está com novos submarinos capazes de lançar mísseis com ogivas nucleares.

PS - A França apoia o acordo. Se tiver acordado e tiver paciência, troca por um instante do Studio Pampa, programa com garotas seminuas da TV Pampa, o qual é um programa relativamente sério, perto da concorrência, e coloca na Globo, canal que estará apresentando um comidiciário ou notédia (mistura de comédia com noticíario, pois as "notícias" são uma piada) só pra ver o apresentador William Waack fazendo cara feia para Sarkô, por (sic!) chutar as canelas dos EUA. Isso se o apoio da França ao Brasil for assunto para a Globo, é claro.
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Eixo Brasil-Turquia é nova força global, diz colunista de The Guardian

Para Stephen Kinzer, do jornal inglês The guardian, o acordo com o Irã mostra que o eixo Brasil-Turquia é uma nova força global.

Para Kinzer, o acordo com o Irã conquistado pelo eixo Brasil-Turquia é uma boa notícia para todos, a não ser para os membros dos governos dos EUA e de Israel que buscavam uma desculpa para isolar o Irã. e, apesar das declarações da secretária de Estado Hillary Clinton em direção contrária, há sinais de que Obama via com bons olhos a iniciativa do novo eixo.

Kinzer elogia a habilidade dos corpos diplomáticos do Brasil e da Turquia, e dos líderes Lula e Erdogan. Ele nota que, nos últimos anos, Brasil e Turquia foram os países que mais abriram embaixadas no mundo.

Além da conquista do acordo, Kinzer nota que o eixo Brasil-Turquia mostrou aos EUA, Israel e União Europeia que eles estavam errados ao presumir que somente ameaças e sanções fariam o Irã aceitar um acordo.

PS - É de se imaginar que a conquista do acordo tenha reflexos no Brasil. Por exemplo, já há quem diga que o PSDB entrará com ação no TSE contra o Irã, por campanha antecipada para Dilma. :)

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