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E se Igrejinha fosse no Texas?


E se os alemães que se instalaram no Rio Grande do Sul, em cidades como Igrejinha, tivessem ido para o Texas? Bem, daí eles provavelmente teriam fundado Fredericksburg, no Texas.

As perspectivas socioeconômicas domésticas eram sombrias para os alemães, em meados do século 19. A solução era emigrar. É um fato bem conhecido, e central para a narrativa da identidade gaúcha, que colonos alemães se instalaram no Rio Grande do Sul. Mas é um fato menos amplamente conhecido que alemães também foram para o Texas, se instalando em Fredericksburg e em outras cidades próximas do que é conhecido como o Cinturão Alemão, German Belt.

Conhecemos o Texas pelas leis educacionais que inventam um passado oximoronicamente mais-bonito-e-mais-reaça para os brancos, não pelas suas raízes germânicas. No entanto, os colonos alemães chegaram em Fredericksburg em 1846, sendo os primeiros colonos brancos a povoar o estado.

Lá, como aqui, foram dadas aos colonos terras que antes eram de ameríndios. No caso de Fredericksburg, as terras antes pertenciam aos famosos índios comanches. Houve conflitos, e em 1847 o comissário geral da Sociedade para a Proteção dos Imigrantes Alemães no Texas, o barão Otfried Hans von Meusebach, posteriormente autorrebatizado como John O. Meusebach, assinou um tratado entre o povo comanche e a Companhia Alemã de Imigração.

Por volta de 1850, Fredericksburg tinha uma população de cerca de 2.000 pessoas, e o germânico-texano era o dialeto oficial, o qual misturava elementos do alemão, do inglês e do espanhol. Existe um projeto que estuda e busca a preservação desse dialeto.

Em Fredericksburg, o germanismo foi forte até 1940, mas começou a sumir com o advento da Segunda Guerra Mundial. O mesmo fenômeno se deu por aqui. Para dar exemplos caseiros, na mesma época o pai do meu sogro, quem veio para o Brasil buscando uma terra de paz, ficou preso por uma semana por só ser alemão, tendo sua Cruz de Ferro da Primeira Guerra Mundial roubada pela polícia, e minha avó materna não aprendeu alemão porque minha bisavó temia a brutal perseguição da polícia. Minha avó também relata que era comum os vizinhos queimarem livros escritos em alemão chorando, pois qualquer coisa que os ligasse ao passado alemão era motivo para violência e prisão.

Fredericksburg tem uma Oktoberfest, tal como Igrejinha. Aliás, os sites das duas Oktobers têm algo em comum, o reloginho de contagem regressiva para a próxima festa. Quem já foi em uma Oktoberfest das boas, como a de Igrejinha, sabe muito bem que lá se encontra festejo, alegria e celebração tal como temos no Carnaval e nos grandes momentos de alegria coletiva da humanidade. Também se encontra gente que fala um dialeto do alemão, ou mesmo o próprio alemão, tal como acontece com as garotas da foto ao lado, Lisa Hamelow e Regina Brunner. Não se deixe enganar pelo visual de garotas do Texas, pois a primeira é de Berlim, a segunda é de Viena. Ambas estavam curtindo a Oktober de Fredericksburg na ocasião da foto.

Imagens de David KozlowskiFredericksburg Standard, About.com, The Texas Comanches, eHow e HoustonPress Blogs.
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Europa, economia e memória

Which is why this wave of German indignation over the Greek bailout is so important. After all, Germany is now run by a generation with no personal memories of the war. Germany's historical debate is now focused on the fate of Germans who suffered from wartime bombing and postwar deportation, not with the fate of Germany's victims—in Greece or anywhere else. Sooner or later, the Germans will collectively decide that enough sacrifices have been made and that the debt to Europe has been paid.
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Stalingrado (História e memória)

Excelente postagem no NPTO.
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Patrus Ananias é premiado na Alemanha

As políticas de segurança alimentar e nutricional implantadas no município de Belo Horizonte, estabelecidas pela lei municipal 6.352 de 15 de julho de 1993, receberão o 1º. Prêmio Políticas do Futuro (Future Policy Award), concedido pelo World Future Council, organização não governamental fundada em 2004 pelo escritor sueco e ativista Jakob von Uexkull.
As ações datam da época em que era prefeito de Belo Horizonte o atual ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Patrus Ananias. Ele irá a Hamburgo, no dia 1º de outubro, para receber o prêmio.
No ano passado, os conselheiros da entidade escolheram o tema segurança alimentar em função da crise de alimentos mundial e o crescente número de pessoas com fome ao redor do globo – um bilhão de pessoas em dezembro de 2008, segundo a entidade.
Cinco iniciativas da Ásia, África, América Latina, América Central e Europa foram indicadas e o prêmio principal será entregue ao Brasil.
A experiência da prefeitura de Belo Horizonte foi escolhida como exemplo de solução local que pode ser colocada em prática por outros governos. Além disso, os conselheiros consideraram que é a mais abrangente legislação para acabar com a fome e garantir segurança nutricional para todos os cidadãos, com resultados impressionantes.
Entre eles, apontam que a mortalidade infantil diminuiu 60% nos últimos 10 anos, o número de crianças com menos de 5 anos internadas por desnutrição caiu 75% e 40% dos moradores da cidade se beneficiam das políticas municipais.
Comentário: Patrus Ananias e sua Secretária Municipal de Abastecimento, a falecida professora Maria Regina Nabuco, merecem maior reconhecimento pela atuação no combate à fome. A gestão Patrus criou políticas inovadoras como o restaurante popular, o comboio do trabalhador, a implantação do programa de abastecimento popular (ABC) e o programa Direto da Roça. Esse último reduzia os atravessadores, oferecendo alimentos de melhor qualidade e mais acessível para a população, principalmente de baixa renda. Isso mostra o compromisso de Patrus com os mais pobres. Sua experiência no combate à fome e melhoria da segurança alimentar vem muito antes do Bolsa Família, programa que tornou a principal marca do governo Lula após a entrada de Patrus no governo. Infelizmente, nossa mídia não publica essas coisas. Prefere nivelar por baixo. Parabéns Patrus! É um orgulho para nós mineiros.
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