Mostrando postagens com marcador Aborto. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Aborto. Mostrar todas as postagens

Aborto na visão de Carl Sagan




Em tempos de discussão sobre aborto, cabe ler o que pensava o cientista Carl Sagan.

No encerramento de artigo sobre o tema, o cientista afirma:


"E por que razão, exatamente, deve a respiração (ou a função renal, ou a resistência à doença) justificar protecção legal? Se um feto demonstra que pensa e sente, mas não consegue respirar, será legítimo matá-lo?
Clique para ver...

O Papa me dá náuseas!!!



Clique para ver...

BENTO XVI, O ÚLTIMO CABO ELEITORAL DE SERRA

A coisa é nojenta, repugnante. Sabendo de antemão a data e a hora do seu passamento político, Serra conseguiu mobilizar a TFP, a seção tupiniquim da Opus Dei e o clero católico reacionário para obter do ex-integrante da juventude nazista que hoje prega moral de batina branca em Roma e protege padres pedófilos,  uma providencial sessão de conselhos a bispos do Maranhão, afirmando que estes devem orientar politicamente os fiéis católicos.

Pois Bento XVI, "coincidentemente" a três dias de uma eleição em que o tema do aborto fulgurou pela boca da turma que clama pela volta da Idade das Trevas, fez estas declarações sob encomenda: "O vosso dever como Bispos junto com o vosso clero é mediato, enquanto vos compete contribuir para a purificação da razão e o despertar das forças morais necessárias para a construção de uma sociedade justa e fraterna. Quando, porém, os direitos fundamentais da pessoa ou a salvação das almas o exigirem, os pastores têm o grave dever de emitir um juízo moral, mesmo em matérias políticas. (...) Quando os projetos políticos contemplam, aberta ou veladamente, a descriminalização do aborto ou da eutanásia, o ideal democrático - que só é verdadeiramente tal quando reconhece e tutela a dignidade de toda a pessoa humana - é atraiçoado nas suas bases. Portanto, caros Irmãos no episcopado, ao defender a vida não devemos temer a oposição e a impopularidade, recusando qualquer compromisso e ambiguidade que nos conformem com a mentalidade deste mundo".

Quem adivinhar o endereço das declarações do Papa ganha uma medalhinha de Santo Expedito, o das causas impossíveis.

Na verdade, as declarações acima corroboram a ação do bispo panfleteiro de Guarulhos, colocando gasolina no tanque do medievalismo de parte da Igreja Católica brasileira que fecha os olhos para os graves problemas de saúde pública decorrentes da pratica do aborto em clínicas clandestinas que colocam em risco a vida das mulheres.

Para poupar trabalho, se herr Ratzinger quisesse, de fato, ajudar Serra, deveria enviar uma extrema-unção à sua candidatura, que já está com o pé na kalunga há dias. Seria algo mais condigno com os ideais cristãos do que tentar se intrometer na eleição alheia.


Leia a pérola, na íntegra, aqui (Estadão)
Clique para ver...

UMA RESPOSTA DIDÁTICA PARA A QUESTÃO DO ABORTO (SUGESTÃO À DILMA)

Constata-se que, durante os debates e entrevistas, embora Dilma esclareça as duas dimensões da sua compreensão para a questão do aborto - sua posição pessoal contrária e a responsabilidade do governante diante da quarta maior causa de morte de mulheres jovens no Brasil -, a mídia e o candidato da TFP, distorcendo as posições da nossa candidata, lançam uma certa dúvida se, afinal, estas posições não seriam contraditórias.

Creio que uma solução didática seria fazer uma comparação simétrica (obviamente respeitada a diferença dos planos em que o assunto é tratado), com a forma como os cristãos tratam da questão. Explica-se.

As igrejas cristãs têm posição contrária ao aborto. Mas como elas tratam que o praticou? Segregam as pessoas, consideram-nas malditas? Não. Embora a posição frontalmente contrária, os credos cristãos recebem estas pessoas e as acolhe sob o fundamento de que todos são filhos de Deus e, como seres humanos, erram, mas o Senhor sempre oferece a possibilidade da redenção dos pecados, confortando assim as pessoas.

Ora, traduzida esta posição para o plano secular - no sentido que Dilma dá à questão - pode-se estabelecer uma simetria ente a postura cristã as  posições da candidata sobre o aborto e a forma de tratamento que o Estado deve dar a quem o pratica: em primeiro lugar, contrária à prática, mas enquanto governante, acolhendo as pessoas que chegam ao extremo de praticar o aborto (não pensem que esta decisão é tranqüila para a mulher) e oferecendo-lhes, através do sistema público de saúde o tratamento médico adequado, de forma a evitar a perda de vidas.

Estabelecendo-se esta simetria, penso que questão ficará mais compreensível  à população em geral e imune à manipulação.
Clique para ver...

SERRA FOI EXCOMUNGADO POR ARCEBISPO PERNAMBUCANO

No dia 3 de março de 2009, um rumoroso caso envolvendo uma menina de nove anos movimentou os noticiários. A menor, internada em um hospital público de Recife, fora estuprada pelo próprio padrasto e estava grávida de gêmeos, com a vida em iminente perigo. A equipe médica responsável pelo atendimento avaliou a gravidade da situação e, cumprindo as normas, procedeu à interrupção da gravidez. “Há duas indicações legais no abortamento previsto em lei, que é o estupro e o risco de vida. Ela está incluída nos dois e, como médico, a gente não pode deixar que uma menina de 9 anos seja submetida a sofrimento e até a pagar com a própria vida”, disse à imprensa, na ocasião, o médico Olímpio Moraes.
Ao tomar conhecimento do ocorrido, o arcebispo de Olinda e Recife, dom José Cardoso Sobrinho, entrou em delíquio cósmico: para o sacerdote, teria sido consumado um crime e “um ato inaceitável para a doutrina”. O vigário, então, decidiu excomungar sumariamente da Igreja todas as pessoas que participaram do aborto, exceto a criança.
Os médicos que atenderam – e salvaram – a menina levaram em consideração a Norma Técnica “Prevenção e Tratamento dos Agravos Resultantes da Violência Sexual contra Mulheres e Adolescentes”, assinada em 1998 por José Serra, então ministro da Saúde. A íntegra do documento pode ser encontrada no site da organização não-governamental CFEMEA – Centro Feminista de Estudos e Assessoria. Clique aqui para ler.
Para você ver que esta não é uma questão de “ser ou não ser”, sugerimos a leitura deste artigo do blog Café & Aspirinas.
.
Imagem expropriada do blog Dialógico.
Clique para ver...

Voto em Marina não é ecológico, mas também não evangélico

Por Antonio Luiz M. C. Costa, da Carta Capital

A religião e a legalização do aborto se tornaram os grandes temas nacionais, capazes de decidir os rumos da eleição presidencial, conforme parecem defender alguns comentaristas? Parece-nos antes que isso é um mal-entendido, que se for levado a sério pode distorcer terrivelmente os rumos de campanhas e de programas políticos. Considere-se, para começar, a distribuição geográfica, por atacado, dos votos em Marina.

Como se sabe, os votos de Dilma, assim como os votos de Lula em 2006, concentram-se em um arco leste-norte, que vai do Espírito Santo e norte de Minas ao Amazonas, com centro de gravidade no Nordeste. Os votos de Serra, assim como os votos em Alckmin de 2006, concentram-se em um eixo que sai do Sul, tem o centro de gravidade em São Paulo e se estende ao Mato Grosso, com alguns enclaves nas fronteiras nortistas do agronegócio (interior do Pará, Acre, Roraima). A maior diferença em relação ao quadro do primeiro turno de há quatro anos é que o Rio Grande do Sul, em boa parte, “avermelhou”.

O voto da Marina, tido como “verde” – mas só em um sentido convencional, já que só secundariamente tem algo a ver com ambientalismo e menos ainda com a pequena votação do Partido Verde a cargos no legislativo – concentra-se principalmente na fronteira entre as regiões “vermelha” e “azul”: no Sudeste e Centro-Oeste – Minas Gerais, Rio de Janeiro, Distrito Federal, Goiás, Tocantins – embora também sejam significativas, e muito importantes em termos absolutos, as votações em São Paulo, Paraná e nas metrópoles do Nordeste, nos “corações” políticos dos adversários.

Em grandes números, 25% da votação de Marina veio de São Paulo, 28% dos outros estados do Sudeste, 21% do Nordeste, 11% do Sul (principalmente Paraná), 8% do Centro-Oeste e 7% no Norte – muito pouco, por sinal, de seu estado natal, o Acre. Suas votações mais fracas foram as dos estados mais pobres do Nordeste, Maranhão, Piauí e Alagoas (também Sergipe, exceção nesse aspecto) e dos estados politicamente mais polarizados ou com intensas disputas de terras – Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Mato Grosso, Rondônia, Pará – onde há menos espaço para conciliação e “terceira via”.

Só por isso, já é de se pensar que Marina ocupa de fato o espaço que reivindicou ao longo da campanha: de um progressismo moderado, uma terceira via “centrista” entre o PT e o PSDB. Impreciso, com certeza, mas igualmente são imprecisas as ideias políticas de uma parcela importante do eleitorado, chamada “nova classe média”, a classe C ascendente.

É uma camada principalmente urbana, que progrediu em relação aos pais pobres e mal educados, tem certa educação, até superior, está decentemente empregada e precisa cada vez menos de programas sociais como o Bolsa-Família, do SUS ou de novos projetos de saúde e saneamento. Ao mesmo tempo, é mestiça, não está à vontade com a “alta cultura”, tem gostos populares e se sabe desprezada pela elite tradicional. Não se identifica totalmente com as prioridades da esquerda – redução da desigualdade e crescimento econômico – mas também não com as da direita – conservação de privilégios disfarçados em competência e meritocracia. Busca um meio-termo que, assim como Marina, não sabe definir com precisão e chama de “mudança”.

É uma camada que se identifica mais com a história pessoal de Marina, uma ex-empregada doméstica alfabetizada pelo Mobral que “subiu na vida”, fez curso superior e uma carreira política pacífica e respeitada, do que com a carreira de um integrante convencional da elite política como Serra ou com o passado combativo de uma ex-guerrilheira como Dilma. Que tem um vago receio do “comunismo” e do MST e se esforça por se diferenciar das “massas” pobres e turbulentas e hesita em dar um cheque em branco a Dilma e ao PT. Não é a parcela da opinião pública mais conservadora, nem a que tem seu voto definido pelo padre, pelo pastor ou pela questão do aborto. Estes provavelmente votaram em Serra.

Esta interpretação se reforça quando se desce ao detalhe dos votos por município. Recife, capital do estado natal de Lula, não tem uma proporção excepcional de evangélicos pelos padrões brasileiros: apenas 17,6%. Mas 37% dos recifenses votaram em Marina (42% em Dilma, 19% em Serra). Já o município pernambucano de Abreu e Lima, o mais evangélico do estado (31,2%) teve 27% de votos em Marina, 52% em Dilma e 15% em Serra.

No Rio de Janeiro, Marina teve 29% em um município de alta concentração de evangélicos (30%) como Belford Roxo, 32% na capital (17,7% evangélica) e 37% em Niterói (15,3% evangélica), enquanto Dilma teve 57%, 43% e 35%, respectivamente, nesses municípios (e Serra 12%, 22% e 25%).

A abstenção acima do esperado explica alguma coisa? Não. Se alguém achou surpreendente que a soma de ausências, votos nulos e brancos no Nordeste tenha chegado a 29,34%, devia pensar de novo, pois no primeiro turno de 2006 foi 27,01%. Esses 2,33% de diferença – mesmo que fossem todos votos em Dilma, o que é muito improvável – não explicam por que a votação nela ficou algo abaixo de 60% nos principais estados, em vez dos mais de dois terços que se chegou a esperar. No conjunto do país, o não comparecimento às urnas foi 16,75% em 2006 e 18,12% em 2010: um aumento de apenas 1,37%.

Pode ser, porém, que os institutos de pesquisa tenham deixado de levar em conta as diferenças históricas de comparecimento entre as regiões ao ponderar as médias nacionais das intenções de voto e com isso tenham superestimado a votação em Dilma. Se fizeram isso, poderiam ter evitado o erro. Nos EUA, como em muitos outros países, as pesquisas sempre indagam ao eleitor se ele pretende votar. O fato de o voto ser teoricamente obrigatório no Brasil não justifica negligenciar o fator abstenção.

O mais importante, porém, é que candidatos, partidos e analistas percebem que a decisão do segundo turno não depende de propaganda religiosa ou anti-religiosa, de se ser contra ou a favor da legalização do aborto, mas de convencer um eleitorado centrista e flutuante, desconfiado tanto da esquerda quanto da direita, de que seus interesses práticos e racionais estão mais de um lado que de outro. É muito mais fácil para Dilma do que para Serra – até porque a vitória de Dilma depende de conquistar apenas 16% do voto em Marina, mesmo sem contar os 1% de Plínio que, no segundo turno, poderão votar nulo ou em Dilma, mas jamais em Serra. Mas superestimar a importância do voto religioso e conservador só vai atrapalhar.

Antonio Luiz M.C.Costa é editor de internacional de CartaCapital e também escreve sobre ciência e ficção científica
Clique para ver...

Preconceitos não são bases para decisões, Marina

Uma maneira da candidata Marina Silva tirar o corpo fora de discussões onde ela só tem preconceitos a oferecer, como o casamento gay e o aborto, é tratá-las como questões polêmicas, propondo consultas populares.

Mas isso é um engodo, pois um preconceito não pode ser base de uma decisão do Estado sobre garantias individuais. Preconceitos devem ficar de fora da discussão, e não podem ser bases para decisões.

Assim, a discussão sobre casamento gay deve levar em conta os direitos e garantias individuais, deixando de fora os preconceitos. Até onde vejo, a discussão assim colocada reconheceria imediatamente o direito ao casamento gay, desconsiderando o preconceito na discussão, e o punindo de acordo com a lei, em casos previstos.

O mesmo vale para o aborto. Preconceitos de fora, como deve ser, me parece claro que o direito ao aborto deve ser reconhecido imediatamente, considerando antes de tudo a garantia individual básica do direito de escolha.
Clique para ver...

Leis, direitos, mulheres pobres, e morte

Aborto: o governo tem medo? — Portal ClippingMP:
"Por exemplo, em Salvador, onde a população é majoritariamente negra, desde o início da década de 90 o aborto é a primeira causa isolada de mortalidade materna. Ao mesmo tempo, o aborto é a terceira causa de morte materna em São Paulo. Essas mortes e sequelas não têm recebido a devida atenção da sociedade, e nem uma resposta eficaz do Estado brasileiro.

As evidências têm demonstrado que a simples proibição do aborto em nada tem contribuído para diminuir sua prática entre as mulheres. Há países com legislações restritivas que apresentam taxas elevadas de aborto entre mulheres em idade reprodutiva. Em contraste, há países que asseguram ampla autonomia da mulher em decidir pelo destino da gravidez, nos quais as taxas de aborto estão entre as mais baixas."
Clique para ver...

Aborto: o direito de escolher

O mapa das leis do aborto pelo mundo afora mostra que o Brasil está ao lado dos países mais atrasados da África e da América Latina. Os países do assim chamado "Primeiro Mundo" permitem o aborto, caso a mulher assim decida.

Eu acho que o tal "Primeiro Mundo" está certo. Quem tem o corpo e a mente decide, os outros respeitam.

Levando isso em conta, é lamentável que o assunto saia da pauta do Congresso por mero casuísmo eleitoral. Isso é colocar os próprios interesses eleitoreiros acima dos direitos das cidadãs e cidadãos.

Com informações de @tuliovianna. Arte baseada em Green Change.

Posted via email from cesarshu's posterous

Clique para ver...
 
Copyright (c) 2013 Blogger templates by Bloggermint
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...