23/12/2013
Fernando Brito, via Tijolaço
A Petrobras enviou na noite de quarta-feira, dia 18, à Agência Nacional de Petróleo a declaração de comercialidade do campo de Franco, que será rebatizado de Búzios. A nota divulgada pela companhia não contém o volume total das reservas estimadas na área, limitando-se a dizer que ela atende ao volume estimado no contrato de cessão onerosa pelo qual a União concedeu à empresa o direito de explorá-lo, em troca de ações da companhia emitidas no processo de capitalização de 2010, que é de 3 bilhões de barris. Mas é possível estima-las, grosso modo, pelo número de sistemas de produção que a empresa propõe-se a instalar, na previsão de operações que remete à ANP.
Serão cinco, cada um deles com capacidade de extrair e processar 180 mil barris de óleo por dia, que entram progressivamente em operação de produção entre o segundo semestre de 2016 e o final de 2019. Isso, uma previsão inicial, que pode e será revista ao longo da exploração da área e à medida em que se completar a extensão do contrato de exploração firmado com a União. Um sistema de produção, em geral, concentra uma dúzia de poços ou pouco mais.
Somados, portanto, os cinco sistemas representam uma produção diária de perto de 900 mil barris /dia. E perto de 70 poços extratores, além de uma quantidade semelhante de poços injetores, que bombeiam gás ou água para forçar a saída do petróleo. Cada poço custando na ordem de grandeza de cerca de US$5o milhões, isso porque o conhecimento geológico os barateia. 900 mil barris são 40% de tudo o que hoje extrai a Petrobras, em todos os seus poços.
Nos 35 anos de contrato, descontados os declínios de produção com a continuidade da exploração e as paradas operacionais programadas das plataformas, 900 mil barris diários representam algo entre 9 e 10 bilhões de barris, considerarmos que novos sistemas compensem as perdas pelo amadurecimento das primeiras áreas exploradas. Um volume semelhante ao campo de Libra, onde as estimativas variam entre 8 e 12 bilhões de barris.
Búzios, ex-Franco, é um campo gigantesco, equivalente ou até maior que Libra, como se previu aqui. E todo da Petrobras, que começa agora a negociar com a União como se fará a extensão dos 3 bilhões contratados para o triplo do volume. Será que agora é possível compreender – para os que não entenderam o leilão de Libra, o tamanho do desafio que isso representa?
Será que agora é possível compreender por que atacam tanto a Petrobras?
Fernando Brito, via Tijolaço
A Petrobras enviou na noite de quarta-feira, dia 18, à Agência Nacional de Petróleo a declaração de comercialidade do campo de Franco, que será rebatizado de Búzios. A nota divulgada pela companhia não contém o volume total das reservas estimadas na área, limitando-se a dizer que ela atende ao volume estimado no contrato de cessão onerosa pelo qual a União concedeu à empresa o direito de explorá-lo, em troca de ações da companhia emitidas no processo de capitalização de 2010, que é de 3 bilhões de barris. Mas é possível estima-las, grosso modo, pelo número de sistemas de produção que a empresa propõe-se a instalar, na previsão de operações que remete à ANP.
Serão cinco, cada um deles com capacidade de extrair e processar 180 mil barris de óleo por dia, que entram progressivamente em operação de produção entre o segundo semestre de 2016 e o final de 2019. Isso, uma previsão inicial, que pode e será revista ao longo da exploração da área e à medida em que se completar a extensão do contrato de exploração firmado com a União. Um sistema de produção, em geral, concentra uma dúzia de poços ou pouco mais.
Somados, portanto, os cinco sistemas representam uma produção diária de perto de 900 mil barris /dia. E perto de 70 poços extratores, além de uma quantidade semelhante de poços injetores, que bombeiam gás ou água para forçar a saída do petróleo. Cada poço custando na ordem de grandeza de cerca de US$5o milhões, isso porque o conhecimento geológico os barateia. 900 mil barris são 40% de tudo o que hoje extrai a Petrobras, em todos os seus poços.
Nos 35 anos de contrato, descontados os declínios de produção com a continuidade da exploração e as paradas operacionais programadas das plataformas, 900 mil barris diários representam algo entre 9 e 10 bilhões de barris, considerarmos que novos sistemas compensem as perdas pelo amadurecimento das primeiras áreas exploradas. Um volume semelhante ao campo de Libra, onde as estimativas variam entre 8 e 12 bilhões de barris.
Búzios, ex-Franco, é um campo gigantesco, equivalente ou até maior que Libra, como se previu aqui. E todo da Petrobras, que começa agora a negociar com a União como se fará a extensão dos 3 bilhões contratados para o triplo do volume. Será que agora é possível compreender – para os que não entenderam o leilão de Libra, o tamanho do desafio que isso representa?
Será que agora é possível compreender por que atacam tanto a Petrobras?