Governo do Paraná deixará de pagar fornecedores

Com as contas dentro do limite prudencial estabelecido pela Lei de Responsabilidade Fiscal, governo do tucano Beto Richa publicou decreto que não garante pagamento de serviços após janeiro de 2014; "é a oficialização do calote", diz o deputado estadual petista Tadeu Veneri; o governo tem enfrentado dificuldades nos pagamentos de fornecedores de combustíveis, atrasos nos repasses de obras e há risco de ser suspensa a entrega de comida aos presos do sistema penitenciário
29 de Dezembro de 2013 às 10:20
247 - A crise nas finanças do governo do Paraná chegou a um patamar preocupante: o governo do tucano Beto Richa anunciou que suspenderá o pagamento dos seus fornecedores a partir de fevereiro do próximo ano, caso não haja recursos. De acordo com decreto publicado em 17 de dezembro, "os empenhos não processados do exercício financeiro de 2013, relativos aos recursos de quaisquer fontes" ficarão cancelados, e depois do dia 31 de janeiro de 2014 "os restos a pagar serão automaticamente cancelados, sendo que o pagamento que vier a ser reclamado poderá ser atendido à conta de dotação destinada a despesas de exercícios anteriores, mediante o reconhecimento de dívida pela autoridade competente".
A suspensão dos pagamentos ocorre em um momento em que o governo paranaense está prestes a receber cerca de R$ 2 bilhões, entre empréstimos internacionais do Banco Mundial e recursos federais. O líder da bancada do PT, deputado estadual Tadeu Veneri (PT), disse, em entrevista ao jornal Estado de S. Paulo que o decreto é uma "oficialização do calote". O governo tem enfrentado dificuldades nos pagamentos de fornecedores de combustíveis, atrasos nos repasses de obras e há risco de ser suspensa a entrega de comida aos presos do sistema penitenciário.