247 adverte: aposta no pessimismo é eleitoral
                                                               Em sua coluna no Globo, a jornalista Miriam Leitão  entrevista o economista José Roberto Mendonça de Barros, ex-secretário  de Política Econômica de FHC, que fala em desânimo generalizado no setor  empresarial; detalhe: a análise de Mendonça de Barros não é  absolutamente isenta; neste mês de dezembro, ele passou a integrar o  time de economistas do presidenciável tucano Aécio Neves (o que ela não  diz aos seus leitores); número divulgado hoje pela FGV aponta justamente  o inverso: a confiança dos empresários cresceuO time
Aécio  Neves agregou um novo peso-pesado ao seu time de economistas, que já  conta na linha de frente com Armínio Fraga: José Roberto Mendonça de  Barros.
Ex-secretário  de Política Econômica do ex-presidente FHC, Mendonça de Barros é um  economista afável, respeitado, mas o governo ao qual serviu não foi  marcado, propriamente, por um ciclo de prosperidade e alto crescimento.  Predominava o que seu irmão, Luiz Carlos Mendonça de Barros, que seria  ministro da Produção no segundo governo FHC se não tivesse sido abatido  pelos grampos do BNDES, chamava de "voo de galinha".
Até aí, nada  demais. No entanto, neste domingo, Mendonça de Barros é o entrevistado  da coluna de Miriam Leitão, no Globo, onde ele fala de um suposto risco  de desânimo generalizado entre os empresários. “As empresas se  convenceram de que o país vai continuar crescendo pouco e, por isso,  estão reduzindo investimentos e determinando cortes de gastos. Isso  preocupa porque adia a recuperação”, diz ele.
Na verdade,  os números mostram o contrário. Uma sondagem da Fundação Getúlio Vargas  aponta que a confiança empresarial, em vez de cair, subiu (leia mais aqui).  Além disso, economistas, como Delfim Netto, passaram a prever  crescimento superior a 3% em 2014 e empresários, como Abilio Diniz,  reforçaram a aposta no otimismo em 2014 – ano em que a economia será  naturalmente estimulada pela Copa e pelas eleições. Ou seja: o risco de  "tempestade perfeita" parece ser cada vez menor (leia mais aqui).  Além disso, nunca é demais reler o anúncio publicado pela BMW sobre sua  decisão de investir no Brasil, contra o vaticínio de derrotistas (leia aqui), como parece ser o caso de Mendonça de Barros.
Que Miriam  Leitão o entreviste, ok. Mas ela deveria advertir o leitor que ele faz  parte da equipe do principal candidato oposicionista.