Por Helena Sthephanowitz, na Rede Brasil Atual:
Até há pouco tempo era inimaginável a dissolução do bloco oposicionista PSDB-DEM-PPS. Pois o PPS, durante congresso do partido realizado no sábado (7), aprovou preferência pela aliança com o PSB do governador Eduardo Campos, em vez da aliança com Aécio Neves (PSDB-MG).
Hoje o PPS tem só sete deputados e 16 segundos de TV, o que não é uma grande conquista para Campos, mas a guinada tem um simbolismo com forte gosto de derrota para Aécio. Demonstra que o PPS vê tanta perspectiva do tucano vencer as eleições quanto de Honduras conquistar a Copa do Mundo em 2014. E, pior, o tucano não é visto nem como candidato capaz de fazer bonito para puxar votos na eleição de bancadas de deputados.
Aécio contava com os oito governadores tucanos para pressionar os diretórios do PPS nestes estados a apoiar a candidatura presidencial tucana. Porém os governadores do PSDB cuidaram de garantir o apoio apenas para si, deixando a candidatura federal fora do pacote, largada à própria sorte.
O caso de São Paulo é emblemático, onde os pepessistas manifestaram apoio à candidatura do governador Geraldo Alckmin (PSDB) à reeleição, mas no âmbito federal apoiaram em peso a aliança com Eduardo Campos. O fato demonstra que Alckmin está cuidando de salvar a própria pele, sem apostar suas fichas na candidatura presidencial de seu próprio partido.
O DEM também já cogita lançar uma candidatura própria à presidência, avaliando se seria melhor marcar posição do que ver sua bancada no Congresso ter dificuldade em se reeleger, caso fique vinculada a uma candidatura presidencial do PSDB que considera frágil.
Assim, Aécio corre o risco de ficar isolado, sem conquistar aliança nenhuma, em um momento em que patina nas pesquisas de intenção de votos. A falta de expectativa de poder costuma ser cruel com candidatos, esvaziando apoios políticos e de doadores de campanha.
É esse processo de derretimento que a candidatura de Aécio Neves corre o risco de sofrer. Como complicador, o outro presidenciável tucano, José Serra, parece assistir de camarote às dificuldades do rival à espera da candidatura tucana cair em seu colo.
Hoje o PPS tem só sete deputados e 16 segundos de TV, o que não é uma grande conquista para Campos, mas a guinada tem um simbolismo com forte gosto de derrota para Aécio. Demonstra que o PPS vê tanta perspectiva do tucano vencer as eleições quanto de Honduras conquistar a Copa do Mundo em 2014. E, pior, o tucano não é visto nem como candidato capaz de fazer bonito para puxar votos na eleição de bancadas de deputados.
Aécio contava com os oito governadores tucanos para pressionar os diretórios do PPS nestes estados a apoiar a candidatura presidencial tucana. Porém os governadores do PSDB cuidaram de garantir o apoio apenas para si, deixando a candidatura federal fora do pacote, largada à própria sorte.
O caso de São Paulo é emblemático, onde os pepessistas manifestaram apoio à candidatura do governador Geraldo Alckmin (PSDB) à reeleição, mas no âmbito federal apoiaram em peso a aliança com Eduardo Campos. O fato demonstra que Alckmin está cuidando de salvar a própria pele, sem apostar suas fichas na candidatura presidencial de seu próprio partido.
O DEM também já cogita lançar uma candidatura própria à presidência, avaliando se seria melhor marcar posição do que ver sua bancada no Congresso ter dificuldade em se reeleger, caso fique vinculada a uma candidatura presidencial do PSDB que considera frágil.
Assim, Aécio corre o risco de ficar isolado, sem conquistar aliança nenhuma, em um momento em que patina nas pesquisas de intenção de votos. A falta de expectativa de poder costuma ser cruel com candidatos, esvaziando apoios políticos e de doadores de campanha.
É esse processo de derretimento que a candidatura de Aécio Neves corre o risco de sofrer. Como complicador, o outro presidenciável tucano, José Serra, parece assistir de camarote às dificuldades do rival à espera da candidatura tucana cair em seu colo.