Brasil: um dos 10 maiores produtores de petróleo mundiais a partir de 2015
O Brasil deve se tornar um exportador de petróleo e ficar entre os 10 maiores produtores do mundo a partir de 2015, quando
desenvolver a prospecção de suas gigantes reservas do pré-sal. A previsão é da Agência Internacional de Energia (AIE) – que propõe políticas energéticas para o mundo – e foi divulgada nesta 3ª feira, na sede do órgão, em Paris. A AIE prevê que o Brasil será o 6º maior produtor de petróleo do mundo em 2035.
Em seu relatório Perspectivas Energéticas Mundiais 2013, a AIE argumenta que o Brasil pode desempenhar um importante papel no atendimento da demanda global de energia nas próximas décadas, se for bem sucedido na exploração de suas reservas marítimas. “O Brasil terá um papel central no atendimento à demanda global de petróleo até 2035, representando 1/3 do crescimento líquido da oferta global”, diz o documento da AIE.
“Tal aumento da oferta – prossegue o relatório – depende fortemente do desenvolvimento (da exploração) em águas profundas, altamente complexo e que necessita de muito investimento, e onde o Brasil tem como objetivo consolidar sua posição como líder mundial.”
Se previsões se confirmarem, Brasil dobrará suas reservas de petróleo
Maior economia da América Latina, o Brasil fez várias descobertas em águas profundas desde 2007. A maior é a reserva de Libra, que conta com entre 8 e 12 bilhões de barris de petróleo recuperável, segundo a Agência Nacional de Petróleo (ANP) – cálculo reforçado por uma empresa de certificação de reservas sediada em Dallas, nos Estados Unidos.
Caso a previsão sobre o potencial da reserva se mantenha , Libra pode quase dobrar as reservas de petróleo do Brasil ou fornecer petróleo suficiente para atender a demanda mundial de petróleo. “O fardo mais pesado recai sobre a Petrobras, maior operadora em águas profundas do mundo, se ela enfatizar sua capacidade de implementar eficazmente os recursos através de um amplo programa de investimento”, acrescentou a AIE.
A Agência prevê, ainda, que as nossas exportações líquidas crescerão e representarão cerca de 40% do comércio mundial de biocombustíveis até 2035.