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Amigos e militantes estiveram em frente ao prédio da PF em São Paulo prestar solidariedade ao Genoino, gritando mensagens de apoio ao deputado: "Viva Genoino". Já dentro da superintendência, Genoino respondeu, também em voz alta e de punho cerrado: "Viva o PT".
José Dirceu chegou à superintendência da PF acompanhado do advogado, e entrou de carro pelo acesso dos fundos, saiu do veículo e foi até a frente do prédio, onde saudou os manifestantes. Ele não falou com a imprensa, nem se manifestou ao público, limitando-se apenas a igualmente erguer o punho.
Segundo o jornal Folha de S.Paulo, o advogado de Dirceu, José Luís de Oliveira Lima, criticou o Supremo por que o mandado de prisão não especificou que o ex-ministro deveria ir ao regime semiaberto. "Foi cometida uma ilegalidade contra o meu cliente", disse.
Oliveira Lima afirmou que irá entrar neste sábado (16) com uma representação contra a omissão do STF. Também pretende entrar na segunda-feira (18) com um pedido para que Dirceu, retorne para a cidade de São Paulo, caso seja transferido para Brasília.
Sem resistência
Até as 22h30 da noite da sexta-feira (15), feriado de Proclamação da República, nove pessoas que tiveram prisão imediata decretada pelo ministro Joaquim Barbosa por condenações na Ação Penal 470, o processo do chamado mensalão, haviam se apresentado à Polícia Federal.
O deputado federal José Genoino foi levado de sua casa, na zona oeste da capital paulista; o ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu, apresentou-se à Superintendência da PF, também em São Paulo; o publicitário Marcos Valério, Simone Vasconcelos , ex-funcionária de Valério, se entregou em Belo Horizonte, assim comoe Cristiano Paz e Ramon Hollerbach, ex-sócios do publicitário.
Kátia Rabello, ex-presidenta do Banco Rural e o ex-deputado federal Romeu Queiroz (PTB-MG) entregaram-se em Belo Horizonte; Jacinto Lamas, ex-tesoureiro do PL (atual PR), apresentou-se em Brasília.
Delúbio Soares, ex-tesoureiro do PT, comunicou, por seu advogado, que vai se apresentar no sábado (16) pela manhã.
A PF pretende transferir todos os presos para Brasília durante o fim de semana em avião próprio. A execução das penas será feita pelo juiz da Vara de Execuções Penais do Distrito Federal. Os réus poderão pedir para cumprir a pena nas cidades onde moram.
Em uma carta aberta, Dirceu afirma que é inocente e que foi linchado pela imprensa. “Fui condenado sem ato de ofício ou provas, num julgamento transmitido dia e noite pela TV, sob pressão da grande imprensa, que durante esses oito anos me submeteu a um pré-julgamento e linchamento”.
Genoino distribuiu nota à imprensa em que se diz considerar preso político. "Fui condenado previamente em uma operação midiática inédita na história do Brasil. E me julgaram em um processo marcado por injustiças e desrespeito às regras do Estado Democrático de Direito."