27/11/2013
Via Conversa Afiada
Saiu na excelente Notícias da TV, do Daniel Castro:
Verba pública financia microsséries da Globo que fracassaram no cinema
A Globo exibirá em janeiro no formato de microssérie dois filmes brasileiros lançados recentemente. Em comum, O tempo e o vento e Serra Pelada têm o fato de terem sido financiados por dinheiro público e de terem fracassado nos cinemas. Juntos, consumiram mais de R$13 milhões em renúncia fiscal e só arrecadaram R$11,7 milhões até o último dia 17.
De Jayme Monjardim, diretor de novelas da Globo, O tempo e o vento é uma superprodução para os parâmetros brasileiros. Segundo a Ancine (Agência Nacional do Cinema) custou R$14 milhões. Quase metade desse orçamento (R$6,5 milhões) saiu dos cofres públicos, via incentivos fiscais para a produção de filmes.
Nos cinemas, O tempo e o vento recuperou pouco mais da metade de seus custos. Segundo o site Filme B, que monitora bilheterias nacionais, até o último dia 17 o longa havia arrecadado R$7,6 milhões. Foi visto por 707 mil espectadores.
A Globo exibirá O tempo e o vento em três capítulos, de 1º a 3 de janeiro, depois de Amor à vida. Se der 20 pontos no Ibope da Grande São Paulo, terá sido cinco vezes mais visto do que nos cinemas.
Já Serra Pelada teve produção mais modesta. Custou R$8,4 milhões, dos quais R$6,8 milhões, ou 81%, foram financiados por incentivos fiscais. Segundo o Filme B, foi visto por 389 mil espectadores, arrecadando R$4,1 milhões. A Globo a exibirá em quatro episódios, de 21 a 24 de janeiro.
Globo sócia
O dinheiro público, via vários mecanismos de incentivos fiscais, é o principal instrumento de política cultural no Brasil. Sem esses mecanismos, pelos quais empresas (a maioria estatais, como Petrobras e Caixa) deduzem de impostos a pagar o que investem em filmes e projetos culturais, não haveria cinema nacional.
A Globo participa dessa “engenharia” por meio da Globo Filmes. Entra como sócia dos filmes cedendo diretores, atores e mídia, ou seja, publicidade. Sem colocar dinheiro diretamente, geralmente fica com 15% dos direitos dos longa metragens. E tem a preferência para exibir os filmes na tevê, às vezes os transformando em microsséries.
Outro lado
A Globo reconhece que O tempo e o vento e Serra Pelada “foram financiados por dinheiro público, via incentivos fiscais aplicados por empresas estatais”. Mas não concorda com a afirmação de que “dinheiro público financia minisséries” da emissora. “A Globo não captou dinheiro público para fazer a minissérie.
Por meio da Globo Filmes, que é coprodutora dos dois filmes, captou para fazer os filmes, pois esse é o principal modelo de fomento do cinema nacional”, argumenta a área de Comunicação da rede.
Em tempo: saiu na Folha, que está à direita da KKK, à espera da xepa do Estadão.
Noticiários noturnos da tevê perdem audiência em 2013
Com o público chegando cada vez mais tarde em casa e informando-se por outras vias, quase todos os noticiários noturnos de tevê perderam audiência em 2013 em São Paulo.
De janeiro a outubro, o Jornal Nacional (Globo) registrou média de 26,3 pontos, ante 29,3 pontos do mesmo período, em 2012. Uma queda de 10%. Cada ponto equivale a 62 mil domicílios na Grande São Paulo. O SPTV 2ª edição foi de 24,2 pontos (2012) para 22,5 pontos (2013).
Saiu na excelente Notícias da TV, do Daniel Castro:
Verba pública financia microsséries da Globo que fracassaram no cinema
A Globo exibirá em janeiro no formato de microssérie dois filmes brasileiros lançados recentemente. Em comum, O tempo e o vento e Serra Pelada têm o fato de terem sido financiados por dinheiro público e de terem fracassado nos cinemas. Juntos, consumiram mais de R$13 milhões em renúncia fiscal e só arrecadaram R$11,7 milhões até o último dia 17.
De Jayme Monjardim, diretor de novelas da Globo, O tempo e o vento é uma superprodução para os parâmetros brasileiros. Segundo a Ancine (Agência Nacional do Cinema) custou R$14 milhões. Quase metade desse orçamento (R$6,5 milhões) saiu dos cofres públicos, via incentivos fiscais para a produção de filmes.
Nos cinemas, O tempo e o vento recuperou pouco mais da metade de seus custos. Segundo o site Filme B, que monitora bilheterias nacionais, até o último dia 17 o longa havia arrecadado R$7,6 milhões. Foi visto por 707 mil espectadores.
A Globo exibirá O tempo e o vento em três capítulos, de 1º a 3 de janeiro, depois de Amor à vida. Se der 20 pontos no Ibope da Grande São Paulo, terá sido cinco vezes mais visto do que nos cinemas.
Já Serra Pelada teve produção mais modesta. Custou R$8,4 milhões, dos quais R$6,8 milhões, ou 81%, foram financiados por incentivos fiscais. Segundo o Filme B, foi visto por 389 mil espectadores, arrecadando R$4,1 milhões. A Globo a exibirá em quatro episódios, de 21 a 24 de janeiro.
Globo sócia
O dinheiro público, via vários mecanismos de incentivos fiscais, é o principal instrumento de política cultural no Brasil. Sem esses mecanismos, pelos quais empresas (a maioria estatais, como Petrobras e Caixa) deduzem de impostos a pagar o que investem em filmes e projetos culturais, não haveria cinema nacional.
A Globo participa dessa “engenharia” por meio da Globo Filmes. Entra como sócia dos filmes cedendo diretores, atores e mídia, ou seja, publicidade. Sem colocar dinheiro diretamente, geralmente fica com 15% dos direitos dos longa metragens. E tem a preferência para exibir os filmes na tevê, às vezes os transformando em microsséries.
Outro lado
A Globo reconhece que O tempo e o vento e Serra Pelada “foram financiados por dinheiro público, via incentivos fiscais aplicados por empresas estatais”. Mas não concorda com a afirmação de que “dinheiro público financia minisséries” da emissora. “A Globo não captou dinheiro público para fazer a minissérie.
Por meio da Globo Filmes, que é coprodutora dos dois filmes, captou para fazer os filmes, pois esse é o principal modelo de fomento do cinema nacional”, argumenta a área de Comunicação da rede.
Em tempo: saiu na Folha, que está à direita da KKK, à espera da xepa do Estadão.
Noticiários noturnos da tevê perdem audiência em 2013
Com o público chegando cada vez mais tarde em casa e informando-se por outras vias, quase todos os noticiários noturnos de tevê perderam audiência em 2013 em São Paulo.
De janeiro a outubro, o Jornal Nacional (Globo) registrou média de 26,3 pontos, ante 29,3 pontos do mesmo período, em 2012. Uma queda de 10%. Cada ponto equivale a 62 mil domicílios na Grande São Paulo. O SPTV 2ª edição foi de 24,2 pontos (2012) para 22,5 pontos (2013).