Por Cadu Amaral, em seu blog:
Quase meia tonelada de pasta base de cocaína foi encontrada no Espírito Santo no último dia 24 de novembro. A droga estava em um helicóptero do filho do senador mineiro Zezé Perrella (PDT), o deputado estadual em Minas Gerais, Gustavo Perrella (Solidariedade), ambos aliados do também senador mineiro e pré-candidato à Presidência da República Aécio Neves (PSDB).
Cada quilo de pasta base cocaína pode render até dois quilos da droga. Então no helicóptero de Perrella continha até uma tonelada de cocaína. Uma tonelada! Tráfico de drogas como nos filmes de Hollywood.
Isso deveria abalar as coisas no Senado Federal. Um dos seus pares é traficante de drogas, ou melhor – como gosta a “grande imprensa” quando trata das mazelas dos seus –, “suposto traficante”.
Pior, o senador e “suposto traficante” é aliado de Aécio Neves, o salvador da pátria para os aliados do tucanato. Mas essa relação política entre Perrella e Neves você não vê, nem lê, nem ouve da grande mídia. Por quê?
Já imaginaram se essa quantidade de droga fosse encontrada em posse de alguém ligado ao PT como o trato seria diferente? Não precisava nem ser quase meia tonelada de pasta base de cocaína, bastaria ser um quilo da droga. Num carro de um amigo do vizinho do primo do Lula. Provavelmente teríamos uma capa de Veja com a seguinte frase: além de pingunço, cheirador de pó!
Será que o judiciário brasileiro vai adotar a teoria do domínio do fato nesse caso e prender o Zezé Perrella e todos ao seu redor? Sim, por que agora já empurram a culpa de tudo para o piloto do helicóptero que, aliás, é nomeado na Assembleia legislativa de Minas Gerais. Mas já sabemos que a cobertura sobre esse caso não será nem um décimo do que foi a cobertura sobre a Ação Penal 470.
Empurram a culpa de tudo para o piloto, como tentam fazer com o ministro da Justiça José Eduardo Cardozo no caso da máfia dos fiscais em São Paulo. Os tucanos não mudam. E a “grande imprensa” também. A aeronave tem dono, a fazenda para onde a droga seria levada também, mas a cocaína não. Maravilha!
Agora diante disso tudo algo me incomoda: qual o tamanho do dedo do Serra sobre a pasta base de cocaína no helicóptero? Será que seria surpresa que ele ajudou a revelar tudo isso apenas para desgastar seu obstáculo a ser – mais uma vez! – candidato a presidente em 2014? Do Serra pode se esperar tudo. E onde tem o Serra tem baixaria.
Quase meia tonelada de pasta base de cocaína foi encontrada no Espírito Santo no último dia 24 de novembro. A droga estava em um helicóptero do filho do senador mineiro Zezé Perrella (PDT), o deputado estadual em Minas Gerais, Gustavo Perrella (Solidariedade), ambos aliados do também senador mineiro e pré-candidato à Presidência da República Aécio Neves (PSDB).
Cada quilo de pasta base cocaína pode render até dois quilos da droga. Então no helicóptero de Perrella continha até uma tonelada de cocaína. Uma tonelada! Tráfico de drogas como nos filmes de Hollywood.
Isso deveria abalar as coisas no Senado Federal. Um dos seus pares é traficante de drogas, ou melhor – como gosta a “grande imprensa” quando trata das mazelas dos seus –, “suposto traficante”.
Pior, o senador e “suposto traficante” é aliado de Aécio Neves, o salvador da pátria para os aliados do tucanato. Mas essa relação política entre Perrella e Neves você não vê, nem lê, nem ouve da grande mídia. Por quê?
Já imaginaram se essa quantidade de droga fosse encontrada em posse de alguém ligado ao PT como o trato seria diferente? Não precisava nem ser quase meia tonelada de pasta base de cocaína, bastaria ser um quilo da droga. Num carro de um amigo do vizinho do primo do Lula. Provavelmente teríamos uma capa de Veja com a seguinte frase: além de pingunço, cheirador de pó!
Será que o judiciário brasileiro vai adotar a teoria do domínio do fato nesse caso e prender o Zezé Perrella e todos ao seu redor? Sim, por que agora já empurram a culpa de tudo para o piloto do helicóptero que, aliás, é nomeado na Assembleia legislativa de Minas Gerais. Mas já sabemos que a cobertura sobre esse caso não será nem um décimo do que foi a cobertura sobre a Ação Penal 470.
Empurram a culpa de tudo para o piloto, como tentam fazer com o ministro da Justiça José Eduardo Cardozo no caso da máfia dos fiscais em São Paulo. Os tucanos não mudam. E a “grande imprensa” também. A aeronave tem dono, a fazenda para onde a droga seria levada também, mas a cocaína não. Maravilha!
Agora diante disso tudo algo me incomoda: qual o tamanho do dedo do Serra sobre a pasta base de cocaína no helicóptero? Será que seria surpresa que ele ajudou a revelar tudo isso apenas para desgastar seu obstáculo a ser – mais uma vez! – candidato a presidente em 2014? Do Serra pode se esperar tudo. E onde tem o Serra tem baixaria.