Campos deu carona ao escorpião?
Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:
Mesmo na política brasileira, onde o interesse pessoal, com tanta frequência, é o centro das razões políticas, é difícil entender porque Eduardo Campos entregou sua candidatura, de maneira tão evidente, às mãos de harpia de Marina Silva.
Porque parece evidente que não havia entre ambos, até a semana passada, sequer uma relação de proximidade, quanto mais uma identidade política, passo inicial de qualquer lealdade política.
É certo que Eduardo Campos, com suas alianças com caiados, bornhausens e heráclitos, não mirava um “renovação ética” nos quadros da política, mas o estabelecimento de bases estaduais de que sua candidatura se ressentia.
Marina, ao contrário, jamais as procurou e demonstrava crer que seu sucesso eleitoral poderia apoiar-se uma nova “adoção” de seu nome pelas classes médias urbanas e na confusa e algo anárquica aliança evangélica, que poderia dar-lhe os votos populares.
A docilidade com que Campos se entrega às baboseiras de “transversalidades” e “horizontalidades” do discurso marinista e aceita deixar “em aberto” a cabeça de chapa não é, absolutamente, algo que pareça fruto de uma harmonia entre ambos.
Antes, parece a pantomima de um trato que já está feito e que precisa de um balé para que se torne “natural” o que foi acertado entre ambos.
E o que foi acertado?
Parece que, além dos dois, talvez só os que promoveram o “acordo” o saibam.
Mas, por favor, não nos peçam para engolir que é uma “relação aberta”, uma “amizade colorida”…
Uma pista é o coro quase unânime da grande mídia de que “se Marina não for a candidata, Dilma leva no primeiro turno”.
Esse é o objetivo possível, neste momento, e é por ele que a direita e sua ferramenta, a mídia, trabalharão.
Eduardo, ao que parece, é o dócil veículo para este projeto.
Aparentemente, apenas, porém, porque seu controle sobre a máquina partidária, indispensável para a formalização de uma candidatura de Marina, é dele.
E, portanto, vale muito politicamente, e não apenas politicamente.
O “frete” eleitoral vai ser custoso.
Mas será pago, à vista e a prazo.
A ambição de Campos e de Marina tem uma diferença.
A dela tem muita pressa.
Porque parece evidente que não havia entre ambos, até a semana passada, sequer uma relação de proximidade, quanto mais uma identidade política, passo inicial de qualquer lealdade política.
É certo que Eduardo Campos, com suas alianças com caiados, bornhausens e heráclitos, não mirava um “renovação ética” nos quadros da política, mas o estabelecimento de bases estaduais de que sua candidatura se ressentia.
Marina, ao contrário, jamais as procurou e demonstrava crer que seu sucesso eleitoral poderia apoiar-se uma nova “adoção” de seu nome pelas classes médias urbanas e na confusa e algo anárquica aliança evangélica, que poderia dar-lhe os votos populares.
A docilidade com que Campos se entrega às baboseiras de “transversalidades” e “horizontalidades” do discurso marinista e aceita deixar “em aberto” a cabeça de chapa não é, absolutamente, algo que pareça fruto de uma harmonia entre ambos.
Antes, parece a pantomima de um trato que já está feito e que precisa de um balé para que se torne “natural” o que foi acertado entre ambos.
E o que foi acertado?
Parece que, além dos dois, talvez só os que promoveram o “acordo” o saibam.
Mas, por favor, não nos peçam para engolir que é uma “relação aberta”, uma “amizade colorida”…
Uma pista é o coro quase unânime da grande mídia de que “se Marina não for a candidata, Dilma leva no primeiro turno”.
Esse é o objetivo possível, neste momento, e é por ele que a direita e sua ferramenta, a mídia, trabalharão.
Eduardo, ao que parece, é o dócil veículo para este projeto.
Aparentemente, apenas, porém, porque seu controle sobre a máquina partidária, indispensável para a formalização de uma candidatura de Marina, é dele.
E, portanto, vale muito politicamente, e não apenas politicamente.
O “frete” eleitoral vai ser custoso.
Mas será pago, à vista e a prazo.
A ambição de Campos e de Marina tem uma diferença.
A dela tem muita pressa.