Shell e Total, as surpresas da guerra que não houve
Pra não dizer que não falei do leilão de Libra, vou apenas fazer um breve registro sobre o grande acontecimento do dia para mostrar a vocês como é perigoso a gente se achar o dono da verdade.
Como não sou especialista em petróleo, nem em leilões, nem em nada, acompanhei o dia todo o noticiário, depois de ter lido os principais jornais, para ver se eu conseguia aprender o mínimo necessário para acompanhar o assunto.
Pelo que entendi, a imprensa se preparou para cobrir uma guerra entre as forças de segurança e manifestantes contrários ao leilão promovido num hotel da Barra da Tijuca, no Rio.
Enquanto a guerra lá fora e o leilão lá dentro não começavam, e o povo continuava aproveitando o feriado carioca na praia, ouvi um desfile de altos especialistas, todos fazendo mais ou menos a mesma previsão: por culpa do modelo adotado pelo governo, o leilão seria um fracasso, com a participação apenas da Petrobras e de duas estatais chinesas.
Após um chatíssimo ritual burocrático, em poucos minutos ficamos sabendo que, além da Petrobras (40%) e dos chineses (20%), participarão também do superconsórcio formado para a da exploração do pré-sal de Libra, o primeiro campo sob o regime de partilha, duas das grandes irmãs petrolíferas: a anglo-holandesa Shell e a francesa Total, cada uma com 20% do consórcio, empresas que não foram sequer citadas por nenhum dos sábios professores que decretaram o fracasso do leilão.
Resultado final: nem houve guerra (apenas as ações de sempre de alguns poucos vândalos), nem o leilão foi um fracasso. Estavam em jogo 15 bilhões de barris de petróleo, um tesouro avaliado em mais de R$ 300 bilhões. Dos royalties que render, 75% irão para a educação e 25% para a saúde. .
Mais uma vez, a crise do fim do mundo foi adiada e os que jogaram contra o governo perderam. As ações da Petrobras dispararam na Bolsa de Valores e, na praia, o pessoal continuou jogando bola e tomando sol. Afinal, ninguém é de ferro.
Vida que segue.
Como não sou especialista em petróleo, nem em leilões, nem em nada, acompanhei o dia todo o noticiário, depois de ter lido os principais jornais, para ver se eu conseguia aprender o mínimo necessário para acompanhar o assunto.
Pelo que entendi, a imprensa se preparou para cobrir uma guerra entre as forças de segurança e manifestantes contrários ao leilão promovido num hotel da Barra da Tijuca, no Rio.
Enquanto a guerra lá fora e o leilão lá dentro não começavam, e o povo continuava aproveitando o feriado carioca na praia, ouvi um desfile de altos especialistas, todos fazendo mais ou menos a mesma previsão: por culpa do modelo adotado pelo governo, o leilão seria um fracasso, com a participação apenas da Petrobras e de duas estatais chinesas.
Após um chatíssimo ritual burocrático, em poucos minutos ficamos sabendo que, além da Petrobras (40%) e dos chineses (20%), participarão também do superconsórcio formado para a da exploração do pré-sal de Libra, o primeiro campo sob o regime de partilha, duas das grandes irmãs petrolíferas: a anglo-holandesa Shell e a francesa Total, cada uma com 20% do consórcio, empresas que não foram sequer citadas por nenhum dos sábios professores que decretaram o fracasso do leilão.
Resultado final: nem houve guerra (apenas as ações de sempre de alguns poucos vândalos), nem o leilão foi um fracasso. Estavam em jogo 15 bilhões de barris de petróleo, um tesouro avaliado em mais de R$ 300 bilhões. Dos royalties que render, 75% irão para a educação e 25% para a saúde. .
Mais uma vez, a crise do fim do mundo foi adiada e os que jogaram contra o governo perderam. As ações da Petrobras dispararam na Bolsa de Valores e, na praia, o pessoal continuou jogando bola e tomando sol. Afinal, ninguém é de ferro.
Vida que segue.