'Revelação de farsa sobre morte de JK põe STF diante de um imperativo moral' (Fernando Brito)

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  • quarta-feira, 2 de outubro de 2013
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  • notícia de que se tentou subornar o motorista do ônibus que, na versão oficial teria provocado o acidente que matou, em 1976, o ex-presidente Juscelino Kubitscheck, coloca o Supremo Tribunal Federal diante da obrigação de rever sua malsinada decisão de considerar prescritos os crimes cometidos durante a ditadura.
    Os indícios são cada vez mais indesmentíveis de que houve, ali, não um acidente, mas um assassinato.
    O argumento de que aqueles fatos são passado, “são história”, já não servem para que deles fique afastada a apuração com fins de responsabilização que afaste o caráter diletante de uma investigação.
    Porque Juscelino – como João Goulart – são a própria história e não há país no mundo que possa se conformar com a obscuridade sobre um assassinato de um Presidente da República.
    Não podemos continuar a ter esta história contada por desvãos, metáforas ou livros romanceados como o premonitório “Beijo da Morte”, de Carlos Heitor Cony e Ana Lee, que descreve este complô e assassinato.
    A insistir numa visão míope, de que uma anistia possa simplesmente apagar os fatos do passado, o Supremo, em última análise, estará se mantendo como cúmplice de assassinatos premeditados e cruelmente urdidos.
    Assassinatos de pessoas, inclusive o de um (ou, quem sabe, dois) Presidente da República.
    E assassinato, também, da história brasileira.
    E deixando de mostrar aos mais jovens do que é capaz uma ditadura, que a direita vive apresentando como sinônimo de ordem.
    Quando é sinônimo de morte.
    Por: Fernando Brito  - via http://tijolaco.com.br
     
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