Por Saul Leblon*
O capital parasita – leia-se, rentistas, especuladores e a república dos acionistas sem pátria – acha que chegou a hora de tirar uma lasca do Brasil.
Um pedaço do pré-sal, talvez. Ou um naco das reservas em dólar. Quem sabe um escalpo extra da população para atingir ‘a meta cheia’ do superávit fiscal.
Os preparativos para o assalto começaram há algumas semanas; deixaram os rastros de sempre nas manchetes nada sutis do jornalismo ‘especializado’.
A interpretação que a mídia e consultorias oferecem para o salto do dólar nesta 6ª feira, quando a moeda norte-americana avançou 2% e beirou R$ 2,40, inclui-se nesse esforço de achacar a nação por asfixia.
O jornal Valor Econômico foi originalmente um veículo conservador com apego à exatidão útil aos mercados.
Rasgou a fantasia este ano; hoje é mais um clarim estridente dessa ordem unida de achacadores.
Para se credenciar, limou a redação da competência heterodoxa de que dispunha e despediu a seriedade.
Ajustou-se.
Agora é o porta-voz dos administradores de carteiras. (...)
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