Livre-nos do Mal...

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  • terça-feira, 30 de julho de 2013
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  •                                       Cena da estupidez


    Ontem à noite saí para jantar com minha mulher e amigos para comemorar meu aniversário, ocorrido dia  27 p.p..
    Durante o jantar uma jovem presente,  que participou da Marcha das Vadias mostrou-me fotos inéditas do casal seminu e mascarado que profanava símbolos  cristãos, como a cruz.

    Numa terrível e impublicável foto a moça introduzia o crucifixo no rapaz, isto sob a proteção de um cordão humano que permitia o fato.
    Lembrei-me  do filme "O Exorcista" quando a menina se desvirgina com o crucifixo, possuída pelo demônio.
    O casal da manifestação arremedava a cena.

    O estúpido par pode não representar a Marcha das Vadias, como os vândalos podem não representar as demais marchas.
    Porém, os séculos de perseguições, torturas, mortes, inquisições outrora adotadas pela Igreja Católica não se justificam por cenas como esta.
    Justificam-se pela fé de todos nós  num mundo melhor, onde não se repita a mesma estupidez histórica que gerou até hoje insanável  ferida na História da igreja vaticana.

    Ao protagonizar a cena, o casal - cujos desarmoniosos corpos denotavam a desarmonia em que vivem - ao terem seus rostos cobertos usavam da mesma covardia que os inquisidores encapuzados do passado.
    Escondiam sob panos fétidos o opróbrio das suas faces.

    Os demônios que os motivaram são os mesmos...os milenares demônios da ira, da intolerância, da tortura e da morte. Quer pela religião, quer pela política.
    Há uma eterna luta do Bem contra o Mal.
    E naquele casal profano estava o Mal agindo, feliz, sob a proteção da corrente humana.

    Todos os que se deram as mãos para que o ato vergonhoso ocorresse são cúmplices deste atentado que lembra o grito fascista espanhol, em 1936:
    "Abaixo a Inteligência e Viva  a Morte!".

    Os intolerantes religiosos do passado e  do presente não podem nos tornar semelhantes a eles. Ou piores.
    Sinto-me ofendido e indignado por tamanha violência contra a minha fé e a do próximo.
    Procurei aplacar a raiva que senti ao ver a foto, pois embora não seja religioso lembrei-me da passagem bíblica na carta de Paulo aos Efésios, cap. 4 vs. 26 e 27 :
    "Irai-vos e não pequeis; não se ponha o sol sobre a vossa ira, nem deis lugar ao diabo."

    Tudo que o Mal deseja é que o seu ódio se plante no meu coração, no seu coração.

    Esse gosto não darei nem a ele nem aos possuídos da foto.

    Pacifico-me  e peço a Deus que os perdoe, e livre-nos do Mal, agora e sempre.
     
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