A cena ficou famosa, escandalizou o mundo e nos abriu os olhos para o WikiLeaks, que nos revelou as imagens secretas de um helicóptero Apache dos EUA abrindo fogo contra civis no Iraque.
Parecia um videogame, mas as imagens eram reais, demasiadamente reais, como conta o veterano da guerra do Iraque Ethan McCord. Ele estava em terra, no batalhão 216 e todos se deslocaram para o local dos assassinatos.
“Um dos homens estava decapitado, a parte superior de sua cabeça estava completamente aberta e seu cérebro estava espalhado pelo chão, e o cheiro... esse cheiro ainda me persegue a cada dia. Não sei como descrevê-lo", disse McCord.Os mortos e seus familiares que restaram também não. Nem o Iraque, país totalmente destruído, com a sociedade fragmentada, em frangalhos, após a invasão das "Forças do Bem", que foram buscar as armas químicas que não haviam, nunca existiram, foram apenas um pretexto para a invasão e a guerra pelo petróleo.
As seqüelas são inumeráveis. McCord começou a beber e tentou acabar com sua vida em várias ocasiões. E o seu não é um caso isolado. De fato, oito de seus colegas se mataram depois da guerra e, igual a ele, dezenas de milhares de veteranos estadounidenses padecem de transtorno por estresse postraumático.
"Sei que nunca jamais melhorarei", lamentou. "Nunca vou superar isso" [Fonte].