Oscar Wilde critica O Dentista Mascarado: É um Batman e Robin que não ousa dizer seu nome

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  • segunda-feira, 8 de abril de 2013
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  • Taís Araújo e Marcelo Adnet, O Dentista Mascarado


    Aos meus leitores, especialmente aos que me acompanham durante os oito anos deste blog, confesso que também não serei imparcial nesta análise do primeiro episódio do seriado global "O Dentista Mascarado".

    Conheço o protagonista desde pequeno, filho de meu amigo e parceiro Chico Adnet, e por isso procurei assistir o primeiro episódio querendo gostar. Acabei gostando.

    Mas fiquei com uma monte de senões na cabeça. Especialmente porque esperava mais de todo mundo, do Marcelo, do também excelente Leandro Hassum, do casal Alexandre Machado (autor dos impagáveis Folhetins de Eleonora V. Vorsky no Planeta Diário)-Fernanda Young (o casal responsável por Os Normais) e do diretor José Alvarenga (também dos Normais, e meu vizinho - o que dá uma certa cumplicidade por proximidade).

    Tinha uma desconfiança em minha cabeça sobre o que o casal de autores faria com um policial, pois sempre me pareceu que a área deles, desde o Planeta Diário, é a comportamental, com divertida abordagem sexual.

    E o texto foi realmente a parte mais fraca do primeiro episódio. É certo que o objetivo principal era a apresentação dos personagens e a introdução na trama que vai se desenvolver no seriado. Mas ficou tão abaixo do que todos podem produzir, que imagino que esse episódio específico tenha sofrido influência de pesquisas qualitativas que acabaram transformando o cavalo num dromedário. Ou será que estou tentando livrar a cara do grupo?

    Penso eu que, a partir do texto fraco (ou cortado pelas qualis ou censuras internas da Globo), Alvarenga partiu para uma direção em que privilegiou o histrionismo da dupla Adnet-Hassun, com alguns momentos que me fizeram lembrar Os Trapalhões.

    Daí que tudo ficou no meio do caminho. Por isso, o título desta postagem. Se é para partir para a farsa total, o nonsense (como nos roubos das quantidades absurdas de gás hilariante e próteses de ouro), por que não assumir de vez uma linguagem de quadrinhos e partir para algo semelhante ao Batman (O Vingador Mascarado) de Adam West, na década de 60?

    Para quem não se lembra, ou não sabe do que se trata (o que tenho certeza não acontece com atores, autores e diretor do Dentista Mascarado), reproduzo um episódio a seguir:



    Em favor de toda a equipe, não se deve esquecer que esse foi apenas o primeiro episódio (aquele em que mais gente dá palpite). Quem vê apenas a tromba, não adivinha o elefante que vem em seguida.

    Tomara que sejam episódios melhores, que reforcem nossa produção. Afinal, o trio Alfredo Machado-Fernanda Young-José Alvarenga tem o crédito da criação e produção de Os Normais, talvez o seriado mais bem sucedido da moderna TV brasileira.

    E a dupla Marcelo Adnet-Leandro Hassun é sucesso na TV, na internet e nos cinemas. Que não seja diferente no Dentista Mascarado.



     
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