Rasas Reflexões Sobre o Fato "Feliciano"

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  • quarta-feira, 20 de março de 2013
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  • Gostaria de saber em que país civilizado  do Mundo um deputado xinga os cidadãos presentes a uma sessão da Comissão de Direitos Humanos de "vagabundos e viados"?

    Pois isto aconteceu em Brasília. Aliás de Brasília espera-se tudo.

    Outro dia mesmo um mendigo idoso foi estuprado por um cidadão no meio da rua, justo em Brasília.

    A indicação e posse do deputado Marcos Feliciano para a Presidência da CDHM é um desastre político, religioso, ético etc.tc..

    E o pior são os etcs.. entre eles um ascenso e popularização de Marcos Feliciano sobre o campo político de Malafaia, até então reinando soberano.
    Feliciano atraindo tantos protestos  passa a ter maior representatividade e mídia nos segmentos "talibans" que o tradicional discurso de Silas.

    Há vários aspectos a serem observados nesta indicação de Feliciano.

    Uma provocação do PSC, que acaba trasnformando-se num tiro no pé junto ao eleitorado?

    Uma armação para queimar o Pastor e o segmento evangélico que ele representa?

    Uma inabilidade política?

    Um cochilo do PT e aliados que  priorizaram outras comissões?

    Toda esta campanha contra o pastor  seria fruto sobretudo de fogo amigo?

    Ou tudo isto junto e mais alguma coisa?

    Ao contrário do que pensa o sr. Rubens Teixeira, o qual considero e sou leitor cotidiano,  não vejo os protestos que se seguiram como uma ofensiva contra o povo  evangélico.
    Até porque diversas denominações evangélicas já se posicionaram contra a indicação de Feliciano.

    Há nas manifestações, é claro, elementos radicais que condenam o fato  da indicação  como se todos os evangélicos e suas denominações apoiassem sem sombra de dúvidas o polêmico pastor. Não é bem assim.

    Primeiro porque Marcos Feliciano com sua "chapinha" e sobrancelhas feitas está mais para metrosexual que para pastor evangélico. A vaidade para a maioria dos evangélicos continua sendo manifestação da carne.

    Segundo porque as infantilidades políticas proferidas pelo Pastor ao longo destes anos na Rede , na WEB e na Imprensa o desqualificam para um cargo que prevê maturidade política,  isenção e equilíbrio.

    Terceiro porque o sr. Feliciano não representa todos os evangélicos, e representa menos ainda o PSC , que esteve e está dividido quanto à sua indicação.

    Não posso crer que não existam dentro do PSC, ou da Bancada Evangélica pessoas mais equilibradas e menos sectárias que o citado Pastor.

    Pessoas capazes de unir com paz e harmonia os segmentos que discutem Direitos Humanos e Minorias.

    Pessoas que não provoquem o escândalo que a Sociedade está assistindo a cada dia na CDHM.

    A Bíblia é muito clara na condenação daquele que seja motivo de escândalo:"Ai daquele  homem por quem vem o escândalo" Mateus, cap. 19 v. 7

    E antes do Pastor Marcos Feliciano a CDHM não era motivo de escândalos, sobressaltos e xingamentos, já que não consigo entender como um "Homem  de Deus" atraia como aliado um deputado  que chama os cidadãos presentes  de "vagabundos e viados".

    Por outro lado também não consigo entender porque  o latifundiário, ex-PPS,  Blairo Maggi na Comissão  de Meio Ambiente, e o condenado pela Justiça ( e sou dos que ressalvam sua condenação), José Genoino,  na Comissão de Constituição e Justiça não causaram nenhum horror.

    Embora Marcos Feliciano seja alvo de críticas por suas primárias declarações, por outro lado não recebe fogo na intensidade que os dois outros acima citados.

    O que me faz suspeitar que esta briga vai além da simples inadequação do Pastor para o cargo.

    Talvez haja outras cartas na manga  no jogo político,  onde o Pastor estaria mais para Peão que para Rei.


     
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