Um querido amigo passa por sérios problemas financeiros.
Homem até então temente a Deus - para usar um linguajar dele mesmo - neste momento tormentoso fecha os punhos e tenta esmurrar os céus.
Grita impropérios contra um Deus que ele julgava que era só seu, e que a si dispensaria sempre todas as honras e atenções.
Age por impulso emocional, grita e esperneia como um bebê esfomeado em busca do seio da fartura.
Em vão.
Seus punhos erguidos contra os céus não alcançam sequer as nuvens que passam...
Seus gritos desesperados sequer são capazes de dar ordem à manhã que nasce.
Sua energia dispendida sequer mostra à aurora o seu lugar.
Quem somos nós diante desta grandeza do Multiverso?
Olhando para sua ira percebo muito claramente que o mundo não existe para nossa glória e serviço.
O caos do Universo sequer se importa com a nossa soberba, e tudo que ela nos traz é mais humilhação pelo nada que somos.
Despoja-te pois companheiro, de todo orgulho, de toda presunção, e tome para si a humildade diante do mistério da existência.
Acalma-te amigo querido.
Aguarde com perseverança.
Todo sofrimento nos ensina Paciência.
Então aproveite o momento e aprenda a Paz, como ciência.
Nenhum Deus te livrará do Inferno se, impaciente, te jogas nele.
Lembra-te que os antigos - sábios - sempre disseram: depois da tempestade vem a bonança.