PSDB busca unidade nacional e modernização do discurso

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  • segunda-feira, 7 de janeiro de 2013
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  • Partido estuda lançar candidatura de economista ao governo do Rio

    Paulo Celso Pereira

    BRASÍLIA - Com a economia patinando e os índices de popularidade da presidente Dilma Rousseff elevados - porém estáveis - há cerca de um ano, os dirigentes do PSDB começam a se mobilizar para organizar a estrutura e as propostas do partido. O objetivo é evitar repetir os problemas enfrentados nas últimas duas eleições nacionais, quando o partido chegou ao ano do pleito sem sequer ter discurso e candidatos definidos. Para chegar em 2014 forte, cresce na legenda a ideia de fazer um congresso que redefina as bandeiras do partido para o país.

    Um dos mais próximos aliados do favorito para o ser candidato tucano à Presidência da República, senador Aécio Neves (MG), o deputado federal Marcus Pestana (PSDB-MG) preparou um documento com sugestões para o congresso do partido, que deve ocorrer entre março e maio. O texto já foi entregue à bancada do partido na Câmara, ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e ao próprio Aécio.

    - Este é um ano de reorganizar o partido, analisando cada estado. Precisamos de uma profissionalização maior e mobilizar as bases - explica Pestana.

    A realização do congresso pode ser sacramentada ainda este mês, na próxima reunião da Executiva Nacional do partido. Ela é um dos poucos pontos que hoje colocam do mesmo lado os grupos paulista e mineiro da legenda.

    Pela primeira vez desde a fundação do partido, em 1988, o favorito para ser o candidato tucano à Presidência não saiu do diretório paulista. Mas, para contemplar a ala paulista, parte dos dirigentes no estado exige que o ex-governador José Serra tenha um espaço relevante na nova direção partidária. A seu favor, Aécio tem o apoio explícito do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e de muitos deputados de São Paulo, além de contar com uma relação sem conflitos com o governador Geraldo Alckmin.

    Tentativa de solução para o Rio

    Secretário da Casa Civil de Alckmin, Edson Aparecido evita individualizar o debate, mas acredita que a unidade da nova direção é o primeiro passo para um cenário alvissareiro para 2014:

    - Se conseguirmos montar uma direção que represente governadores, bancadas no Senado e na Câmara, prefeitos, começamos bem. A segunda medida é o partido modernizar suas bandeiras e o discurso. Precisamos modernizá-los frente à nova realidade do país. A terceira questão é exatamente fazer crescer a interlocução do PSDB com a sociedade civil. É fundamental que essas bandeiras tenham maior enraizamento no conjunto da sociedade, nos grandes centros urbanos, no segmento produtivo, nas classes populares.

    O Rio encabeça a lista de problemas do PSDB. Com o governo do estado e a prefeitura alinhados ao governo Dilma e há anos sem um candidato tucano forte, o partido cogita lançar em 2014 um dos economistas que tiveram papel chave no governo Fernando Henrique Cardoso: o ex-ministro da Fazenda Pedro Malan, o ex-presidente do BNDES Edmar Bacha ou os ex-presidentes do Banco Central Gustavo Franco e Armínio Fraga.

    Os quatro vêm participando de encontros com FH e Aécio e são vistos como uma aposta de risco, mas uma alternativa diante da falta de quadros populares. O próprio presidente estadual do PSDB, deputado Luiz Paulo Corrêa da Rocha, confirma a possibilidade de o partido lançar um dos economistas:

    - Estamos em busca de quadros que tenham viabilidade eleitoral e política. Malan e Armínio Fraga são nomes de excelência, que podem fortalecer uma chapa de governador ou de senador. Como também Edmar Bacha e Gustavo Franco, que já são filiados.

    Fonte: O Globo
     
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