José Serra se junta a Roberto Freire para chegar ao Palácio do Planalto em 2014

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  • terça-feira, 8 de janeiro de 2013
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  • A imprensa divulgou matéria hoje informando que  Serra está se queixando  de isolamento dentro de seu partido, PSDB, e avalia com apoiadores sair do partido para viabilizar sua candidatura à Presidência da República em 2014.Segundo aliados, ele ainda não desistiu do sonho de chegar ao Palácio do Planalto, nem que para isso tenha de se filiar a outro partido.

    De acordo com o jornal Folha de S.Paulo, o presidente nacional do PPS, Roberto Freire (SP) conta que, desde o ano passado, discute com Serra o projeto de criação de um outro partido. "Poderíamos criar uma nova sigla. Isso foi conversado com Serra", admite Roberto  Freire, reconhecendo que a disputa pela Presidência ainda está em seu horizonte. "Serra continua ativo."

    Serra, o eterno candidato á presidência

    Serra, contudo, não parece convencido a abrir caminho para caras novas. E deixou isso claro no primeiro discurso após a derrota para a prefeitura paulistana: "Esse contato (com o eleitorado) renovou a minha energia, a minha disposição e as minhas ideias a respeito da cidade e a respeito do Brasil".

    Verdade ou não, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, quer levar José Serra para o seu secretariado. Embora tenha negado ontem, por meio da assessoria, que tenha convidado o candidato derrotado à prefeitura paulistana para a pasta estadual da Saúde.Um expert nas manias de Serra brinca que essa certeza poderá vir muito tardiamente. "Do jeito que ele é, se tiver uma posse marcada para as 15 horas, é bem capaz que confirme o convite para assumir o cargo às 14h30", completou o aliado. O recall serrista não desmente a piada.

    Para outros integrantes do PSDB, porém, é arriscado trazer novamente Serra para a ribalta política. "É ruim para o Serra, porque é como se um síndico virasse porteiro, diz. E, para Alckmim, também é um tiro no pé.

     O governo dele é cobrado para ter renovação e ele responde com o Serra?", ironizou o tucano. Ele lembra que o eleitorado paulistano mostrou, nas últimas eleições, ao eleger Haddad, que quer políticos novos, renovação.
    Há o temor no PSDB  de que o reinado do partido no governo do estado de São Paulo esteja ameaçado. A vitória de Fernando Haddad para a prefeitura da capital e a natural "fadiga de material" após 18 anos de tucanato no Palácio dos Bandeirantes - serão 20 anos em 2014 - ameaçam a reeleição de Alckmin no ano que vem.

    Para nublar ainda mais o tempo em São Paulo, os tucanos estarão espremidos entre duas fortalezas petistas: o governo federal e a prefeitura paulistana. O Palácio do Planalto já deu todos os sinais de que vai fortalecer ao máximo a gestão de Haddad. Este, por sua vez, "importou" uma equipe de técnicos federais para o secretariado municipal com a intenção de transformar a prefeitura em um front avançado das experiências exitosas aplicadas pela União.

     Segundo estrategistas tucanos, se os petistas mantiverem a tática do "novo", adotada com a escolha de Haddad, o quadro ficará ainda mais complicado. Nessa perspectiva, o nome que o PSDB aposta no horizonte é o do ministro da Saúde, Alexandre Padilha. "É um quadro ainda não testado eleitoralmente e que está livre do mensalão , avaliou uma pessoa ligada a Serra.
     
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