Dilma faz novo aceno a Eduardo

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  • segunda-feira, 7 de janeiro de 2013
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  • BRASÍLIA - Enquanto setores do PT estão em pé de guerra com o PSB desde a eleição municipal e se sentem incomodados pelas pretensões eleitorais do governador Eduardo Campos (PSB), a presidente Dilma Rousseff fez mais um gesto de aproximação: almoçou com o socialista no sábado, na Base Naval de Aratu, em Salvador, onde ela passa férias desde o dia 28.

    O governador baiano Jaques Wagner (PT) - já citado como coordenador da campanha à reeleição de Dilma - participou do encontro. Essa foi a segunda vez, depois das eleições municipais, que Dilma teve um encontro privado com Eduardo. O primeiro ocorreu em novembro, no Palácio da Alvorada, com a presença de dirigentes de PT e PSB.

    Os dois governadores chegaram à Base Naval de Aratu por volta das 13h e só deixaram o local às 19h. Além das mulheres de Wagner e Eduardo, a família de Dilma também participou do almoço.

    No PT, o governador da Bahia é um dos principais defensores da tese de que o partido deve estreitar os laços com Eduardo, em vez de tratá-lo com desconfiança. Para Wagner, o PT está empurrando o socialista não só para um voo solo em 2014, mas também aproximando-o ainda mais de Aécio Neves (PSDB-MG). Uma candidatura presidencial do socialista em 2014 pode favorecer o tucano, já que divide a base aliada.

    Em novembro, Dilma se empenhou em desanuviar o ambiente e procurou deixar claro que não partilhava das rusgas entre PT e PSB. Parabenizou Eduardo pelo crescimento do PSB e disse que tinha ficado satisfeita com o bom desempenho do aliado. O debate sobre as eleições de 2014, à época, foi delicadamente deixado de lado, para alívio de Campos. Pessoas próximas ao socialista afirmaram que ele estava receoso com a possibilidade de a presidente perguntar se ele seria candidato, mesmo o PSB acumulando dois ministérios ? Integração Nacional e Portos.

    Dilma trabalha para manter o PSB na sua base de apoio e tenta se dissociar das rusgas que ficaram entre petistas e socialistas depois das eleições municipais. Os principais problemas aconteceram no Recife e em Fortaleza, onde os dois partidos romperam a aliança e os candidatos do PSB derrotaram os do PT.

    Fonte: Jornal do Commercio (PE)
     
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