Antonio Marcos dos Santos ia para a igreja quando foi abordado pela polícia. O cabo da PM atirou, e só depois que percebeu o erro.
Cabo confunde Bíblia com arma e mata gari no interior de SP 28/12/2012 - 04h00 | da Folha.com Aumentar tamanho da letra Diminuir tamanho da letra Compartilhar Imprimir Enviar por e-mail Comente Compre Seu Imóvel Milhares de Ofertas de Aptos Online Acesse Já o ImovelWeb! www.ImovelWeb.com.br/Imovel Certificados Certisign Faça sua declaração de atividades imobiliárias DIMOB com a Certisign www.certisign.com.br DE SÃO PAULO DO "AGORA" Um cabo da Polícia Militar atirou e matou um gari evangélico de 39 anos, em Avaré (a 262 km de São Paulo), ao confundir a Bíblia que o homem carregava sob sua camisa com uma arma de fogo. A tragédia aconteceu por volta das 20h de anteontem no bairro Bonsucesso, quando o gari da Prefeitura de Avaré Antonio Marcos dos Santos ia para um culto religioso. Policiais militares faziam patrulhamento na rua Félix Fagundes quando suspeitaram do gari e pediram para ele levantar as mãos. Segundo o cabo João Samir de Oliveira, 36, que estava acompanhado do sargento Carlos Piagentino da Silva, 35, o gari não teria atendido a ordem de levantar as mãos dada sucessivas vezes e, num dado momento, tentou retirar um objeto que levava sob a camisa, que parecia ser uma arma de fogo. Foi neste momento que o cabo disse ter sacado a pistola e efetuado um disparo. O gari foi atingido no pescoço. O major Maurício José Raimundo, subcomandante do 53º Batalhão do Interior, onde o cabo Oliveira trabalha, disse que o policial e não tinha histórico de atos violentos. A reportagem não localizou seu advogado. O policial disse que efetuou o disparo porque pensou que o canto da capa dura da Bíblia (que é de cor escura) fosse o cabo de uma arma de fogo. Os policiais chegaram a levar Santos para um pronto-socorro, mas o gari não resistiu aos ferimentos e morreu. O cabo Oliveira foi preso em flagrante sob suspeita de homicídio e transferido ontem mesmo para o Presídio Militar Romão Gomes, no bairro da Água Fria (zona norte de São Paulo). Ainda de acordo com o major, o subordinado tem 11 anos e sete meses de serviços prestados à polícia. Segundo o major, o cabo é um PM respeitado pelos colegas e não havia nada que levasse o comando a suspeitar da versão apresentada por ele sobre o caso. O major disse ainda que familiares de Santos afirmavam que a vida do gari praticamente se limitava a trabalhar e ir à igreja.
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