Do sítio da UNE:
A União Nacional dos Estudantes se despede de Oscar Niemeyer com a certeza de ter convivido, nas últimas décadas, com um dos brasileiros mais marcantes para a história da humanidade. Ao doar sua luta e seus traços para a UNE e para outras causas sociais às quais devotava-se, Oscar encontrou um equilíbrio entre arte e política, sonho e realidade, pensar e agir, talento e militância, sabendo exatamente a dimensão de seu legado para a transformação de todo um povo. Niemeyer foi mais que um arquiteto, Niemeyer foi, e continua sendo, um transformador de horizontes.
A UNE tem em Oscar Niemeyer seu patrono, seu professor, seu mestre. Recebeu dele, de forma voluntária, o projeto e as ideias para a reconstrução de sua sede na Praia do Flamengo 132, Rio de Janeiro, após ter sido incendiada e demolida pela ditadura civil-militar. O local, que fora tomado dos estudantes por décadas, recuperado recentemente e que agora tem suas obras em andamento, simboliza a esperança de tantos jovens que tiveram suas trajetórias brutalizada pelas perseguições, torturas e mortes de um período a ser devidamente superado.
Niemeyer e a UNE planejaram então erguer ali a “casa dos sonhos invencíveis”, um prédio que alcançasse altura ainda muito maior do que seus tantos andares, seu teatro, centro cultural e museu da juventude. Niemeyer pensou, na verdade, em um desafio rumo ao futuro. Completamente empenhado nessa ideia, reuniu-se inúmeras vezes com o movimento estudantil brasileiro como um companheiro, humilde e gigante, a quem a idade e diferença de gerações eram o que menos interessava. Niemeyer, aos 100 anos de idade, em 2007, doou aos estudantes o projeto da “casa do poder jovem”. Esteve também, há dois anos, no terreno da Praia do Flamengo, com o então presidente Lula, autoridades e representantes dos movimentos sociais para ser a presença mais aplaudida e reverenciada do ato de lançamento da pedra fundamental do novo prédio da UNE.
Oscar Niemeyer precisa ser eternizado como um ícone da juventude brasileira, uma referência de inovação não somente em concreto, mas também em atitude. Seu nome, seu rosto, suas ideias devem ser lembrados para ainda muito além de suas obras. Niemeyer é uma inquietação, um novo olhar, a realização de um plano ousado. Conseguiu vencer o tempo, representando um pensamento que não tem idade, pois está sempre pronto para renascer. Seu grande projeto ainda está em curso. É o projeto de um horizonte mais justo, igualitário, tolerante, inclusivo, positivo e – consequentemente – belo e libertario para quem o avista.
Os estudantes deste país possuem o indescritível orgulho de não somente aprender, mas também lutar ao lado de um de seus maiores professores.
União Nacional dos Estudantes
A União Nacional dos Estudantes se despede de Oscar Niemeyer com a certeza de ter convivido, nas últimas décadas, com um dos brasileiros mais marcantes para a história da humanidade. Ao doar sua luta e seus traços para a UNE e para outras causas sociais às quais devotava-se, Oscar encontrou um equilíbrio entre arte e política, sonho e realidade, pensar e agir, talento e militância, sabendo exatamente a dimensão de seu legado para a transformação de todo um povo. Niemeyer foi mais que um arquiteto, Niemeyer foi, e continua sendo, um transformador de horizontes.
A UNE tem em Oscar Niemeyer seu patrono, seu professor, seu mestre. Recebeu dele, de forma voluntária, o projeto e as ideias para a reconstrução de sua sede na Praia do Flamengo 132, Rio de Janeiro, após ter sido incendiada e demolida pela ditadura civil-militar. O local, que fora tomado dos estudantes por décadas, recuperado recentemente e que agora tem suas obras em andamento, simboliza a esperança de tantos jovens que tiveram suas trajetórias brutalizada pelas perseguições, torturas e mortes de um período a ser devidamente superado.
Niemeyer e a UNE planejaram então erguer ali a “casa dos sonhos invencíveis”, um prédio que alcançasse altura ainda muito maior do que seus tantos andares, seu teatro, centro cultural e museu da juventude. Niemeyer pensou, na verdade, em um desafio rumo ao futuro. Completamente empenhado nessa ideia, reuniu-se inúmeras vezes com o movimento estudantil brasileiro como um companheiro, humilde e gigante, a quem a idade e diferença de gerações eram o que menos interessava. Niemeyer, aos 100 anos de idade, em 2007, doou aos estudantes o projeto da “casa do poder jovem”. Esteve também, há dois anos, no terreno da Praia do Flamengo, com o então presidente Lula, autoridades e representantes dos movimentos sociais para ser a presença mais aplaudida e reverenciada do ato de lançamento da pedra fundamental do novo prédio da UNE.
Oscar Niemeyer precisa ser eternizado como um ícone da juventude brasileira, uma referência de inovação não somente em concreto, mas também em atitude. Seu nome, seu rosto, suas ideias devem ser lembrados para ainda muito além de suas obras. Niemeyer é uma inquietação, um novo olhar, a realização de um plano ousado. Conseguiu vencer o tempo, representando um pensamento que não tem idade, pois está sempre pronto para renascer. Seu grande projeto ainda está em curso. É o projeto de um horizonte mais justo, igualitário, tolerante, inclusivo, positivo e – consequentemente – belo e libertario para quem o avista.
Os estudantes deste país possuem o indescritível orgulho de não somente aprender, mas também lutar ao lado de um de seus maiores professores.
União Nacional dos Estudantes