Garotinho, réu na AP-640, foge da 'guilhotina' de Joaquim Barbosa

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  • terça-feira, 4 de dezembro de 2012
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  • O deputado Anthony Garotinho (PR-RJ), está na "fila da guilhotina" de Joaquim Barbosa. Ele é réu na Ação Penal 640 no STF, relatada pela ministra Carmem Lúcia.

    O Ministério Público Federal acusa os réus de Corrupção passiva , Crimes contra a Paz Pública, Quadrilha ou Bando, "Lavagem" ou Ocultação de Bens, Direitos ou Valores.

    Esta ação parece relacionada ao escândalo de propinas ligado a caça-níqueis. Isso quando Garotinho comandava a Secretaria de Segurança Pública.

    Diante do andamento deste processo, Garotinho parece imitar a turma do "mensalão tucano", ligada ao senador Aécio Neves (PSDB-MG). Espalha boatos para colocar a faca no pescoço direcionada a outros processos, de forma a fugir da fila.

    Garotinho andou espalhando o boato de que na Operação Porto Seguro haveria a estória de um caixote diplomático que teria sido usado para levar a estratosférica quantia de 25 milhões de Euros para Portugal em uma viagem oficial da Presidência da República. Óbvio que a estória era fantasiosa demais para alguém acreditar. Hoje, em audiência na Câmara dos Deputados, o superintendente da PF em São Paulo, delegado Roberto Troncon, que conduziu a Operação, desmentiu essa estória espalhada na internet.

    Agora, o ministro Joaquim Barbosa, egresso do Ministério Público Federal do Rio de Janeiro, onde atuou quando Garotinho foi governador, terá oportunidade de demonstrar independência e ser apartidário se colocar esse julgamento e o do "mensalão" tucano em pauta, com a agilidade pelo menos próxima da que teve na Ação Penal 470.

    O ministro Luiz Fux, também egresso do Judiciário fluminense, havia sido sorteado para relatar o processo de Garotinho. Declarou-se impedido por motivo de foro íntimo, segundo consta na movimentação do processo.
     
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