Tiago Pereira Lima era ligado a Paulo Vieira, apontado como chefe da quadrilha
O diretor da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), Tiago Pereira Lima (Divulgação/Antaq)
Desde o estouro da Operação Porto Seguro, Dilma tem determinado o afastamento ou exoneração de todos os envolvidos na trama investigada pelos policiais. As baixas no governo incluem a ex-chefe do escritório da Presidência da República em São Paulo, Rosemary de Noronha, e o ex-número dois da Advocacia-geral da União (AGU), José Weber de Holanda.
No caso de Tiago Pereira Lima, as investigações da Polícia Federal apontam que ele pode ter atuado na fraude de pareceres em órgãos públicos em benefício da empresa Tecondi.
O afastamento do diretor deverá ser publicado em edição extra do Diário Oficial da União. Procurada pela reportagem, a Antaq não se pronunciou.
Quadrilha - De acordo com as investigações da PF, a quadrilha estava infiltrada em órgãos do governo federal e praticava tráfico de influência e fraudava pareceres técnicos. Seis pessoas foram presas, e dezenove indiciadas pelos crimes de formação de quadrilha, tráfico de influência, violação de sigilo funcional, falsidade ideológica, falsificação de documento particular e corrupção ativa e passiva.